segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SPFC terá canal na internet e na TV

Redação AdNews

O São Paulo Futebol Clube será o próximo a ter um canal de TV próprio, a exemplo do que fez o rival Corinthians. O time prepara programação que terá desde comportamento, bastidores e história do clube à exibição de treinos e entrevistas com ícones. A informação é de Alberto Pereira Jr., da colna Zapping.

A estreia deve acontecer inicialmente na internet, por meio de parceria com o site Just Tv. Até junho, o serviço deverá ser oferecido em pacotes da TV a cabo. O projeto vem sendo tocado há dois anos e tem a coordenação de Thaís Kaeim Gunnewik.

"As Tuas Glórias Vêm do Passado", "Área VIP" e "Grife" estão entre os programas que comporão a grade.

Fonte: AdNews

Falha no Gmail apaga os dados de 150 mil usuários

Por Leonardo Carvalho

Uma falha no Gmail ocorrida neste fim de semana causou um verdadeiro “apagão” nas contas de 150 mil usuários do serviço de emails ao redor do mundo – ou cerca de 0,08% do total de contas cadastradas. Mensagens, contatos e anexos sumiram das contas afetadas.

A Google informa que está trabalhando para restaurar as informações de todas as contas.

Isso lembra o resto dos usuários de emails online – de qualquer provedor – da importância de se fazer um backup local das suas mensagens e anexos.

Na verdade, como aponta o site Lifehacker, as informações mais seguras são as que estão salvas localmente e remotamente, ao mesmo tempo.

Considere que você tem um backup no seu HD e esse HD falha por algum motivo. Ter os dados em uma rede remota garante que você vai poder recuperar os dados perdidos. No entanto, se for o serviço de hospedagem onde você guarda seus arquivos que apresentar a falha você vai erguer as mãos para céu e agradecer por ter feito backup dos seus dados no seu HD.

O site dá algumas dicas para manter seus emails seguros

- Use um serviço de email para o desktop.

São muitas as opções, o mais conhecido deles é o Outlook que já vem embutido nas versões do pacote Office da Microsoft (exceto na versão Home & Student). Há também o gratuito Thunderbird e o Apple Mail – esse último para os usuários de Mac. Na página de ajuda da maior parte dos emails online constam as informações de configuração para que você possa baixar seus emails diretamente para o seu computador.

- Envie seus emails para uma conta secundária.

Ter mais de um serviço de emails pode ajudar. Quando mandar novas mensagens, copie seu email secundário como destinatário da mensagem. Claro que você corre o risco de receber resposta apenas no email primário – o destinatário pode responder apenas ao remetente ao invés de responder a todos - mas pelo menos uma parte da mensagem está salva. Se a resposta for realmente importante, basta encaminhar para seu email secundário.

Fonte: Msn

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

TV Record: Juca Kfouri afirma que emissora usa dinheiro dos fiéis da Universal

Redação FNDC

O jornalista Juca Kfouri declarou que o dinheiro da TV Record vem dos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). A afirmação de Juca foi feita nesta quinta-feira (24/2), em sua coluna na Folha de S. Paulo. A emissora de TV e a igreja pertencem ao mesmo empresário, Edir Macedo.

A critica de Juca ao canal 7 de São Paulo está relacionada ao fato de seis clubes terem deixado o Clube dos 13 para negociar de forma independente os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. De acordo com o colunista, a briga entre os times e a entidade aconteceu "porque os que saíram (Botafogo, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama) não querem saber de mudanças e preferem a Globo".

"Eu, aliás, também preferiria, ainda mais que o dinheiro da Record é uma forma de concorrência desleal, porque da Iurd. Só os adeptos daquele chinês que não se importa com a cor do gato, desde que ele coma ratos, não dão bola à origem do dinheiro, como o Corinthians, com o aval de seu atual presidente, não se importou com a grana da MSI", diz Juca, em sua coluna, ao mostrar que também prefere ter sua imagem exibida na emissora da família Marinho.

Comentário parecido
Na noite desta quarta-feira (23/2), o jornalista já havia feito criticas à TV Record durante participação na jornada esportiva da CBN. Em conversa com o narrador Marcelo Gomes e com o apresentador Paulo Massini, Juca declarou que o dinheiro da emissora de Edir Macedo vem "da fé" e que as agências de publicidade preferem divulgar produtos na TV Globo, ao invés de veicularem na Record.

Antes disso, no quadro "Momento do Esporte", durante o "Jornal da CBN 2ª Edição", Juca questionou a parcialidade da Record. "A Record bateu no Andrés não foi por razões jornalísticas, foi pelo fato de ele ser a favor da Globo", disse.

Procurada pela reportagem, a Record disse que não irá se manifestar sobre as declarações de Juca.

Fonte: FNDC

141 jornalistas foram mortos pelo crime organizado na última década

Redação Coletiva.net

Na última década, 141 jornalistas foram assassinados pelo crime organizado, por terem denunciado o poder deste grupo. A informação é do relatório divulgado nesta quinta-feira, 24, pela ONG Repórteres Sem Fronteiras. Segundo o levantamento, no mundo posterior à Guerra Fria, as principais ameaças à imprensa são das máfias, dos cartéis de drogas e dos grupos paramilitares dedicados ao contrabando.


O relatório também destaca o avanço do tráfico de entorpecentes no Brasil e na Argentina e as dificuldades para investigar as organizações criminosas na região da chamada tríplice fronteira. Na avaliação da ONG, a imprensa está desunida para enfrentar o crime organizado, já que seus correspondentes trabalham de forma isolada e a capacidade de cada um de fazer investigações aprofundadas está se reduzindo pela pressão em cobrir o noticiário diário.

Fonte: Coletiva.net

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Racha no Clube dos 13 compromete leilão de direitos

No dia em que o futebol brasileiro poderia dar um passo importante rumo a um novo modelo de negociação de direitos de transmissão, os clubes resolveram "rever seus conceitos". O Clube dos 13 (C13), representantes dos principais times do País, comprometeu-se a distribuir nesta quinta-feira, 24, o edital de concorrência para os direitos de transmissão para TV do Campeonato Brasileiro de futebol no triênio 2012-2014. Mas as coisas podem mudar.

Por Renato PezzottiNa semana passada, o C13 fez um anúncio de página inteira nos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e Lance convocando empresas interessadas nos direitos de transmissão do torneio no triênio a apresentarem propostas para as cinco plataformas disponíveis – TV aberta, TV fechada, pay-per-view, internet e telefonia móvel.

Tal modelo de transmissões foi solicitado pelo plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que decidiu extinguir o direito de preferência nos contratos de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para a Rede Globo. O termo de cessação de conduta (TCC) foi assinado pelo Clube dos 13, Globo e Bandeirantes.

Nas últimas semanas, os dirigentes dos clubes receberam representantes dos mais diferentes veículos para formatar o edital que comandaria a disputa. Uma das solicitações seria que os valores pagos anualmente fossem de, no mínimo, R$ 500 milhões - o dobro do que é pago atualmente pela emissora dos Marinho. A carta-convite para a licitação do Clube dos 13 poderá ser enviada aos veículos esta semana.

Mas, de um dia para outro, tudo mudou. Os clubes do Rio de Janeiro (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) permanecem filiados à associação, mas mantém o discurso de negociação separada com a TV. Corinthians, Coritiba abandonaram a associação. O clube do Parque S. Jorge declarou a saída em seu site. O clube do Paraná divulgou um comunicado no início da noite.

Tal atitude faz com que estes clubes tenham de negociar o direito de transmissão de seus jogos individualmente, o que inviabiliza qualquer disputa igualitária.

Muitas notícias surgiram em diversos sites na quarta-feira 23: que o C13 espera R$ 4 bilhões das plataformas de mídia, segundo o Lance; que o Corinthians terá de passar por assembleia e pagar R$ 25 mi para sair do C13, segundo o UOL, e que isso pode até ocasionar a disputa de duas ligas nacionais, como afirma o blog do jornalista Leandro Quesada. O Painel FC, da Folha de S. Paulo, inclusive, enumerou quem disputará qual mídia e que a Globo não entrará no leilão.

Os novos capítulos dessa verdadeira novela - que, num primeiro momento, envolve os clubes, a Globo e a Record - serão escritos nesta quinta-feira, 24.

Fonte: M&M

Juiz do Pará determina prisão e multa caso jornalista publique informações sobre desvios da Sudam

Por Eduardo Neco

O jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, responsável pelo Jornal Pessoal, foi proibido de publicar, sob pena de prisão e multa de R$ 200 mil, quaisquer informações sobre alguns dos acusados de desviar dinheiro da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) no estado.

Conforme determinação do juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Cível Federal do Pará, o jornalista não pode mais citar os irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, principais executivos do grupo Liberal de comunicação, além de outros dirigentes da corporação, que estão envolvidos na investigação. A razão, segundo o magistrado, é que o processo corre em segredo de justiça.

O grupo Liberal de comunicação controla dois jornais diários, o Liberal e o Amazônia, uma rede de emissoras afiliadas à Rede Globo, além de emissoras de rádio e um portal de notícias.

Em entrevista ao Portal IMPRENSA, Flávio Pinto afirmou que irá acatar a determinação, mas que pretende recorrer alegando que sua matéria se sobrepõe ao sigilo, uma vez que a acusação de fraudes contra o sistema financeiro é de interesse público.

"Esse segredo de justiça é indevido, porque o direito a informação é constitucional", sublinhou o jornalista. Ele afirmou, ainda, que o curioso da determinação é que o sigilo alegado pelo juiz não foi pedido por nenhuma das partes do processo, tampouco consta nos autos. "É uma decisão arbitrária, não teve ofício".

Sobre a penalização em R$ 200, Flávio Pinto comentou que a "multa é desproporcional", uma vez que ele "está defendendo o interesse público.

O portal Yahoo! lembra que, em 2008, o Ministério Público Federal denunciou os proprietários do conglomerado - o maior do Pará - por fraude para obtenção de recursos de incentivos fiscais da Sudam. Até 1999, os desvios somavam R$ 3,3 milhões.

O caso do jornalista paraense se assemelha ao do jornal O Estado de S. Paulo, proibido desde 31 de julho de 2009 de publicar informações sobre a "Operação Boi Barrica",que apura supostas irregularidades cometidas pelo empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

No entanto, a principal diferença entre os dois casos é que, na censura ao Estadão, a parte citada, no caso Fernando Sarney, requisitou que o processo corresse em segredo de justiça e, em consequência, de forma sigilosa. (Veja aqui a matéria de Lúcio Flávio Pinto sobre os desvios da Sudam no Pará).

Fonte: Portal IMPRENSA

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Teles seguem interessadas na disputa, mas ameaça de racha entre os times é problemática

Por Samuel Possebon

As últimas movimentações envolvendo a negociação para a compra dos direitos do Campeonato Brasileiro de Futebol a partir de 2012 podem ter reflexos significativos no mercado de TV por assinatura e, por tabela, para as empresas de telecomunicações. A pressão dos dois maiores clubes de futebol em torcida (Flamento e Corinthians) sobre o Clube dos 13 para uma negociação individualizada, inclusive com a ameaça aberta de rompimento por parte do Corinthians, podem ser uma alternativa para a Globo ter uma opção caso perca os direitos para a Record, mas atrapalhará muito a negociação para as outras plataformas.

Na verdade, algumas definições tomadas pelo Clube dos 13 nesta terça, 22, já têm impactos na concorrência futura. Uma das ideias dos clubes, que era a venda de um jogo exclusivo para a Internet, está sendo descartada. Isso é bom para a Globosat, que assim preserva o seu modelo de pay-per-view, e péssimo para o Terra/Telefônica, que apostava nessa exclusividade.

Conforme publicou este noticiário, o grupo Globo tem, reservadamente, sinalizado para Corinthians e Flamengo que, caso eles rompam com o Clube dos 13, seria possível um modelo de negociação individualizado. Com isso, a Globo fortaleceria outros campeonatos (Copa do Brasil, Libertadores e Estaduais) e passaria a exibir apenas alguns jogos importantes do Campeonato Brasileiro, com times de grande torcida dissidentes do Clube dos 13 na TV aberta. No entanto, essa estratégia pode ser ruim para a Globosat, que teria mais dificuldade de montar o pay-per-view, baseado justamente na exibição de todos os jogos.

Risco para as teles

Há risco para as empresas de telecomunicações interessadas em entrar na disputa. Oi e GVT mantêm o interesse, segundo apurou este noticiário, e ainda costuram um eventual consórcio. Mas o modelo de negociação fragmentada também é ruim para elas, segundo avaliaram fontes familiarizadas com o processo. Avaliam que seria muito mais complicado dar forma a um modelo alternativo, já que não têm a experiência de operacionalização e negociação clube a clube do grupo Globo.

Outra variável que está sendo colocada: se a negociação com o Clube dos 13 se alongar demais, há a possibilidade de o PLC 116/2010 (projeto que cria novas regras para a TV paga) ser aprovado no Senado. Se isso acontecer, pela redação atual do projeto, as empresas de telecomunicações ficam proibidas de negociar a compra de direitos esportivos diretamente, e teriam que buscar um intermediário, complicando ainda mais a negociação.

Fonte: Tela Viva

Nielsen: 45% de crescimento do vídeo na web nos EUA

Redação M&M Online

O relatório anual sobre audiência de vídeos na Internet da Nielsen dos Estados Unidos divulgado nesta segunda, 14, mostra que o tempo gasto pelos norte-americanos subiu 45% entre janeiro de 2010 e janeiro de 2011.Neste mesmo período, o número de internautas que acessam vídeos subiu apenas 3%.

A Nielsen reportou 144 milhões de visitantes únicos para os vídeos na internet no ano, o que totaliza 14,5 bilhões de streamings de vídeo, o que está 31,5% acima do ano anterior.

Nos EUA, o YouTube permanece como a marca mais popular para vídeos na internet, com 112,8 milhões de visitantes únicos, seguido pelo Facebook, num distante segundo lugar, com 32,3 milhões de visitantes. A plataforma Vevo chegou à terceira colocação, muito próxima do Facebook, à frente do Yahoo, com 25,5 milhões de visitantes únicos.

O portal de vídeos que apresentou a maior taxa de crescimento foi o MSN/Windows Live/Bing, com 173 milhões de visitantes. O Hulu, portal de conteúdos de vídeos chancelado pelos grandes estúdios, obteve a sexta colocação e o Netflix, serviço de vídeo o-demand pago, vem em seguida, com 7,4 milhões de visitantes únicos.

O Netflix, contudo, se apresenta como o portal de maior engajamento das marcas; nele, cada internauta gasta uma média de 11h08 assistindo a vídeos oferecidos pelo serviço.

Fonte: M&M Online

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Moldando famílias, comportamentos e influência

Por Valério Cruz Brittos e Jonathan Reis

A televisão é um poderoso instrumento de comunicação. Diferente do ouvinte de rádio, que utiliza a imaginação para completar as lacunas da mensagem, o telespectador recebe as informações prontas, com imagens finalizadas e extremamente produzidas, sem a necessidade de imaginar rostos e cenários, o que, se implica em perda de espaço para a criatividade, também significa obras mais completas, algo relevante para a formação do conhecimento. Isso não representa que na TV o usuário não interaja simbolicamente, pois, inclusive, decodifica os dados recebidos considerando outros elementos prévios.

O poder de manipulação e alienação exercido pela televisão ainda é muito grande, notadamente no Brasil, embora o receptor filtre este consumo a partir de um conjunto de outras mediações. No mínimo, isto limita os comportamentos sociais, impondo padrões e prejudicando quem não consegue neles integrar-se. Por exemplo, o modelo de beleza próprio dos programas de humor e telenovelas torna-se um referencial, difícil de ser alcançado por quase toda a população. Isto influi diretamente na sociabilidade, de forma que a sociedade, na forma como concebida hoje, está diretamente colada no que é a TV e suas práticas.

A influência do produto televisivo, em especial das telenovelas, nas opiniões e gostos dos brasileiros, gera bloqueios, preconceitos, exclusões e aceitações, que, além de repercussões individuais, trazem consequências sociais. Durante a exibição de Laços de Família, a leucemia tornou-se o assunto central no país. Logo, quando Caminho das Índias foi veiculada, a cultura indiana predominou. São pautas importantes, mas que se vinculam à lógica da mídia, a qual se sobrepõe à agenda social. A audiência está em primeiro lugar, sendo o número de capítulos das realizações reduzido ou ampliado a partir dos dados de audiência.

Efeitos negativos e positivos

Em 2009, dois estudos recentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostraram que as telenovelas apresentadas nos últimos 40 anos vêm moldando as famílias em aspectos como número de filhos e divórcios. A análise de 115 novelas transmitidas pela Rede Globo, nos horários das 19 e 20 horas, constatou famílias com menos filhos, comportamento reproduzido no cotidiano social. A emancipação feminina mostrada, com a entrada da mulher no mercado de trabalho, incentivou a independência, repercutindo no número de divórcios.

Os personagens televisivos influenciam o comportamento das pessoas em seu círculo social. O deslumbre causado pela mídia repercute na sociedade, onde situações que antes não eram assimiladas pela maioria passam a ser aceitas. Esse fato pode resultar em efeitos negativos e também positivos. Um dos efeitos negativos é a generalização, na qual, por exemplo, a imagem da mulher, representada de forma incorreta, principalmente em programas de humor, como alguém sem capacidade intelectual, é indicada como engraçada. Os aspectos positivos estão na grande quantidade de informações diferenciadas veiculadas, visto que permite ao público conhecer novos locais, culturas e novidades sem sair de casa.

Devem ser projetadas soluções coletivas

As telenovelas brasileiras não estão apenas influenciando e causando polêmica no Brasil. Em Angola, por exemplo, são os programas de maior sucesso. O comércio também é influenciado, levando centenas de vendedoras informais angolanas a atravessarem o Atlântico e desembarcarem em São Paulo à procura de mercadorias para revenda em seu país. Para as mulheres de Angola, as novelas brasileiras são referência sobre o que vestir. Os audiovisuais mostrados influenciam diretamente as populações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Palop) pelas características específicas de uso do português entre os povos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

O adequado aproveitamento das informações pode depender do telespectador, analisando-as e selecionando-as em busca de resultados positivos. Já quanto às crianças, os pais têm obrigação de apontar limites, visando à sua melhor formação. Há conteúdo apelativo, mas também existe o alternativo de qualidade. O telespectador adulto, mesmo não podendo criar o material, possui o poder de mudar de canal. A questão é que este é um recurso individual e devem ser projetadas soluções coletivas, que não só imponham obrigações sociais aos operadores privados, mas construam saídas que conjuguem serviço público e diversidade.

Acesso à banda larga cresce 53% e atinge 36,1 mi no Brasil

Por Sofia Fernandes

De janeiro de 2010 a janeiro de 2011, o país teve um aumento de 53% no número de acessos à banda larga. Atualmente são 36,1 milhões de acessos à internet em alta velocidade, tanto de banda larga fixa como móvel.

Isso é o equivalente a 24 novas instalações por minuto no país durante esse período, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações).

O crescimento dos acessos móveis, como modems e terminais 3G (como os smartphones) foi de 85%.

Os serviços de internet rápida são ofertados hoje em 88% dos municípios do país, um total de 4.897 cidades.

Mais de 3 mil cidades ainda contam com uma única prestadora de serviço de acesso à banda larga, o que dificulta a redução de preços pela falta de competitividade.

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A nova bolha da internet

Por Renato Cruz

Em 1999, um ano antes do estouro da bolha das ponto com, quando escrevia minha dissertação sobre internet, meu orientador de mestrado, o professor Kardec Pinto Vallada, disse que aquela situação lembrava a história do menino que tentou vender um filhote de cachorro por US$ 1 milhão, mas que, sem conseguir comprador, acabou trocando-o por dois gatinhos de US$ 500 mil.

Valor pode ser um troço muito subjetivo. O valor de uma empresa reflete a expectativa de resultados futuros. Qual é o potencial das empresas que atuam num mercado novo? Ninguém sabe.

O Facebook vale US$ 50 bilhões e, em meados de 2010, valia US$ 10 bilhões. Recentemente, o Twitter, que é deficitário, recebeu propostas de compra entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões. Em dezembro, era avaliado em US$ 3,7 bilhões. O preço da Zynga, que criou o jogo Farmville, é de US$ 10 bilhões. No ano passado, o Groupon recusou uma oferta de US$ 6 bilhões do Google e tem hoje valor estimado de US$ 15 bilhões.

Acho difícil esse cenário não ser considerado de bolha. Mas existem diferenças em relação àquela que explodiu em 2000. Em primeiro lugar, naquela época havia uma corrida para a abertura de capital. Hoje, essas empresas buscam conseguir o máximo de recursos fora da bolsa, de grandes investidores, adiando o lançamento de ações. Com isso, o alcance da bolha é mais restrito.

Em segundo lugar, os modelos de negócios são mais sólidos. O Twitter nem tanto, mas o Facebook e o Groupon fazem dinheiro. Não são como a Pets.com, empresa típica da bolha 1.0. Ela tentava vender pacotes de comida de cachorro (entre outros produtos) e, como o frete custava mais do que o produto, subsidiava o frete. Não tinha como fazer dar certo. A questão principal das ponto com (quem se lembra do termo?) de hoje é a real capacidade de crescimento.

Mas existe um lado positivo das bolhas. Elas aceleram o desenvolvimento do mercado. Sem as redes de telecomunicações e os centros de dados criados durante a bolha 1.0, não teríamos chegado a esta bolha 2.0.

Fonte: Estadão

MUNDO DIGITAL - Os donos da informação na era da internet

Por Arthur Cristóvão Prado

As manchetes mundiais a respeito da internet e da informação digital foram disputadas por dois rostos no ano de 2010. Um deles é o rosto jovem e coberto de sardas de Mark Zuckerberg, mais jovem bilionário do mundo, "personalidade do ano" eleita pela revista Time e dono do Facebook, empresa estimada em 50 bilhões de dólares, que obtém receita oferecendo espaço publicitário para empresas; o outro é o ligeiramente mais velho e menos sorridente de Julian Assange, australiano e pessoa pública do site WikiLeaks, inimigo de todos os diplomatas que falam demais e objeto de adoração dos defensores da informação livre. É claro que a comunidade digital não perdeu a oportunidade de ironizar a situação. Surgiu, na internet, uma imagem (que pode ser encontrada aqui) com uma foto de Julian Assange e um balão de fala que dizia: "Eu distribuo gratuitamente informação particular de empresas e eu sou um vilão." Ao lado, uma foto de Zuckerberg com a frase: "Eu vendo sua informação particular para empresas e sou o Homem do Ano." O fato de o primeiro ter sido amplamente glorificado pela mídia e corporações americanas, enquanto o segundo foi preso e considerado inimigo da diplomacia americana, abre-nos a possibilidade de uma discussão acerca dos valores que eles representam.

Não é possível dizer que um defende a privacidade ou sigilo e o outro, a transparência. Na verdade, tanto Assange quanto Zuckerberg são, ao menos oficialmente, a favor da informação livre, e acreditam que existe um movimento inevitável que levará nossa cultura a uma desvalorização da privacidade. Ao invés disso, eles têm visões opostas em relação a qual privacidade será perdida. O arauto dos WikiLeaks defende que empresas e governos liberem informação confidencial para que, de acordo com os princípios da democracia, elas possam ser fiscalizadas pelo povo. Já a desprivatização de Zuckerberg diz respeito diretamente ao indivíduo, o que é notoriamente conveniente para alguém que lucra vendendo informações pessoais. O cerne da questão, portanto, é a dicotomia que opõe as corporações ao indivíduo; a informação centralizada, àquela fragmentada.

Centralização e fragmentação da informação

Uma manifestação prática dessa oposição pode ser encontrada, de modo exemplar, na questão do software. Defensores do software livre – isto é, aquele que é distribuído gratuitamente e pode ser modificado por qualquer programador – anunciam há mais de uma década a "inevitável" queda do modelo de software proprietário – aquele praticado por empresas como Apple e Microsoft. O software livre se caracteriza por ser desenvolvido por indivíduos voluntários da comunidade. Vem daí seu apelo ideológico: se ele desse certo, a informação, ou pelo menos aquela que faz os programas funcionarem, seria criada por todos, para todos.

Mas, mesmo entre as grandes corporações, há pelo menos um grande defensor do modelo descentralizado: o Google. Isso é evidente no mercado de smartphones, no qual a empresa, criadora do sistema Android, compete com a Apple (cujo valor de mercado é de 322 bilhões de dólares, o equivalente a quase dois Googles ou cerca de 6.4 Facebooks), com o sistema operacional iOS. As duas têm modelos de negócios opostos. O Android, que é, por sinal, software livre, permite ao seu usuário criar seus próprios aplicativos, instalá-lo em qualquer celular compatível e modificar vários aspectos do sistema. O iOS só funciona em hardware fabricado pela Apple (iPhone, iPod, iPad), é software proprietário, não permite ao usuário acessar os aspectos ou modificar fundamentais do sistema e tem uma App Store, isto é, uma loja de programas, em que só entram aplicativos liberados pela empresa. Cada um dos sistemas tem seu nicho e ambos prosperam no mercado, o que parece indicar que nenhuma das duas estratégias é absoluta.

O problema da centralização contra a fragmentação da informação já afeta, há muito tempo, as discussões sobre o futuro do jornalismo. Aqueles que acreditam na inevitabilidade da fragmentação dizem que, no futuro, as grandes redes de notícias serão solapadas pelo conteúdo jornalístico gerado por usuários e publicado em blogs e redes sociais. Os centralistas acreditam que as megacorporações da mídia simplesmente migrarão para o meio da internet, ou então que novas empresas, adequadas especificamente a esse meio, surgirão, de forma semelhante ao que ocorreu com jornais impressos que migraram para a televisão e para o rádio no passado.

Donos do poder e seu monopólio

Desde o dia 2 deste mês, há um novo fator a ser levado em conta nessa discussão. Rupert Murdoch, dono da News Corp. e magnata da mídia internacional, lançou The Daily, o primeiro jornal exclusivamente dedicado ao iPad no mundo. Seu formato procura incorporar algumas das possibilidades que o formato virtual propicia, como interatividade, presença de vídeos e fotos de alta qualidade, mas ele, apesar desses recursos, é projetado para ser muito acessível a usuários casuais da internet, com menos prática. Ele não é gratuito: o preço da assinatura é de 99 centavos de dólar por semana. Com isso, Murdoch fez analistas que defendem a opinião centralista terem argumentos renovados.

Na verdade, ambos os lados são frequentemente seduzidos pelo extremismo e exageram. Sim, é verdade que o fato de um personagem importante e tradicional como Murdoch ter criado The Daily é um fato de imensa relevância, mas é inegável que a internet diminuiu o poder da grande mídia. Para atestar esse fato, basta citar, por exemplo, o próprio WikiLeaks, mas também a constatação de que muitos grandes jornais do mundo, como o New York Times, passam por graves dificuldades. A verdade é que é provável que a mudança pelo qual passa a relação entre nossa sociedade e a informação demore, ainda, muito tempo para completar-se. Qualquer pretensão de prever o resultado dessa mudança é, pelo menos, precipitada. Ainda por anos, indivíduos como Assange, tal qual o Prometeu do mito grego, lutarão para distribuir conhecimento, ainda que roubado dos poderosos que o detêm, à totalidade das pessoas. E é claro que os donos do poder – político ou econômico – confortáveis com o status quo, continuarão a defender seu monopólio da informação.

Fonte: Observatório da Imprensa

O último ano do Twitter?

Por Alexandre Matias

Tweets, trending topics, retweets, seguidores, hashtags, unfollow, #FF, @username… Toda essa terminologia já era conhecida de um punhado de usuários do Twitter antes da explosão da rede social, em 2009. Em 2010, o mundo inteiro abraçou o site – até mesmo o Brasil, tradicionalmente acostumado a uma vida digital paralela à do planeta, entrou na rede em grande estilo, emplacando vários termos e hits nacionais para o resto do mundo. Mas se em 2010, o Twitter indicava ter embalado num crescimento que parecia não ter volta, 2011, no entanto, dá sinais que pode ser o último ano da rede social do passarinho azul. Ou pelo menos como a conhecemos.

O Twitter já vinha dando sinais de desgaste no fim do ano passado, quando o tráfego de dados na rede caiu drasticamente em outubro, segundo o site Alexa. Especula-se que a queda só não foi maior pois a rede social foi traduzida para novos idiomas e começou a agregar usuários em países em que ainda não estava presente. A queda de audiência poderia estar ligada à nova interface do site, que estreou no segundo semestre do ano passado e desagradou muitos de seus cadastrados.

A crise política no Egito também ajudou o Twitter a ganhar uma sobrevida e pareceu repetir o feito de 2009, quando o site foi crucial nas eleições presidenciais do Irã. Como disse o comediante norte-americano John Stewart à época: “Não foi o Twitter que salvou o Irã. Foi o Irã quem salvou o Twitter”. Não é exagero dizer o mesmo do Egito em relação ao site. Só que o momento é exatamente oposto: em 2009, a rede social ainda não tinha vivido seu grande momento popular.

O principal aviso de que, provavelmente, o passarinho do Twitter pode estar com seus dias contados veio na quinta-feira da semana passada, quando o jornal Wall Street Journal publicou que os executivos da rede social estariam conversando tanto com o Google quanto com o Facebook para tentar vender o site – e teriam ouvido ofertas que pagariam entre US$ 8 e 10 bilhões pelo serviço.

Uma vez comprado – seja por quem for –, uma coisa é certa: o Twitter vai mudar. E, pelo histórico dos dois possíveis compradores, pode até acabar. Mas isso ainda é terreno de especulação.

Mas um número citado pelo jornal chama atenção – o de que a rede, hoje com mais de 150 milhões de usuários, teria sido avaliada em US$ 4,5 bilhões em dezembro. Em menos de dois meses seu preço dobrou? E se lembrarmos que, nesta mesma semana, o blog Huffington Post foi vendido à America Online por mais de US$ 300 milhões, não duvide que estamos às vésperas de uma nova bolha digital, como a de 1999.

A coluna Impressão Digital, do editor do Link Alexandre Matias, é publicada todos os domingos, no Caderno 2

Fonte: Estadão

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SBT & TELEVISA - Uma parceria de 29 anos

Por Valério Cruz Brittos e Éderson Silva

Quando o SBT decidiu, em 1982, exibir no Brasil o grande sucesso do mercado latino Los Ricos Tambien Lloran, da Televisa, todos se admiraram. Foi uma quebra dos padrões estabelecidos, diferenciando-se do modelo de teledramaturgia da Rede Globo. Silvio Santos foi ousado em trazer um êxito mexicano que todos consideravam uma trama inferior e sem a identidade nacional presente nas novelas da Globo. Senor Abravanel bateu o pé e decidiu comprar o produto, resgatando na televisão brasileira um tipo de telenovela que estava banido desde o fim do reinado de Glória Magadan como novelista, no final dos anos 60, na Globo.

Os Ricos Também Choram foi um grande sucesso no país, baseado no texto original de Inés Rodena, sob a produção do consagrado Valentim Pinsteim e com um elenco encabeçado por grandes estrelas mexicanas, como Verônica Castro e Rogelio Guerra, que fizeram um par romântico marcante. Tanto que, anos mais tarde, o SBT exibiu com êxito o remake desta novela, chamado Maria do Bairro, protagonizada por Thalía e Fernando Colunga, batendo com a Globo e seu padrão de qualidade. Este folhetim chegou aos 23 pontos de audiência, demonstrando força como produto econômico-cultural, capaz de romper barreiras de diferentes nacionalidades, línguas, culturas e preconceitos.

O SBT investiu muito nesta prática de importar folhetins mexicanos e nas décadas 80 e 90 várias tramas foram dubladas, com edições de aberturas e títulos traduzidos para o português. Foi uma iniciativa audaciosa e exitosa, tanto que muitas destas novelas são lembradas até hoje pelo público, como Carrossel, com seus 21 pontos de audiência. Quinze Anos, Esmeralda, A Usurpadora, A Mentira, Abraça-me Muito Forte, Simplesmente Maria, Camila, Sigo te Amando, Viviana, No Limite da paixão, A Madrasta, A Fera, Topázio, Vovô e Eu, Maria Isabel, Rubi, Marimar, Maria Mercedes, Carinha de Anjo e Serafim, só para citar alguns títulos, representaram outras opções de teledramaturgia.

Hoje, ainda que inexista um contrato permanente entre SBT e Televisa, os produtos dessa emissora voltaram à grade do canal de Silvio Santos. Assim, foi veiculada As Tontas Não Vão ao Céu na programação da tarde, logo vindo outra, Camaleões, obtendo audiência positiva para as expectativas do SBT. Trata-se de uma estratégia logicamente alternativa por parte da rede de Silvio Santos, que tem dificuldade de competir com Globo e Record na produção de telenovelas, sendo suas próprias realizações descontínuas e com qualidade inferior. Mas, nessa condição, pode-se dizer que o SBT vem obtendo resultados, já que consegue ocupar um espaço no mercado interno com custos baixos e rentabilidade.

Telenovelas e dramalhão

A telenovela brasileira, hoje com identidade própria, tem uma história relacionada com o chamado dramalhão. Assim enquadra-se diretamente a autora cubana Glória Madagan, que trabalhou na Rede Globo na década de 60, onde desenvolveu estas novelas de estilo dramático, como Sheik de Agadir e Eu Compro essa Mulher, que, na década de 90, ganhou uma versão mexicana, Yo Compro esa Mujer, protagonizada por Eduardo Yáñez e Letícia Calderón, com adaptação de Liliana Abud. Nessa direção, um dos maiores sucessos da TV brasileira, O Direito de Nascer, original de Félix Caignet, também tem procedência cubana.

Igualmente é de Cuba Inés Rodena, autora de clássicos como Os Ricos Também Choram, A Usurpadora, A Fera e Maria Mercedes, Marimar, Marisol, Viviana e La Dueña. Seguindo no dramalhão, o clássico peruano Simplesmente Maria ganhou uma versão brasileira em 1970, pela extinta TV Tupi, escrita por Benedito Ruy Barbosa e tendo como protagonistas Yoná Magalhães e Carlos Alberto. Ao todo, foram feitas três remakes deste folhetim, no Peru, Brasil e México. A versão mais recente, a do México, exibida pelo SBT na década de 90, atingiu 20 pontos de audiência e consagrou Victoria Ruffo como Maria Lopes.

Outro dramalhão, a novela mexicana Soy tu Dueña, original de Inés Rodena, enorme sucesso mundial (15 países), deve ser apresentado pelo SBT no horário de A História de Ana Raio e Zé Trovão, quando esta produção original da extinta TV Manchete terminar. Soy tu Dueña foi produzida por Nicandro Díaz, mesmo responsável pelos sucessos Amanhã é para Sempre e Destilando Amor, transmitida respectivamente na CNT e no SBT, que realizou, em 2001, um remake desta novela denominado Amor e Ódio. Com isso, o SBT prossegue na mencionada estratégia de veicular programas de baixo custo com possibilidade de retorno.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

“Sarney” e a confusão

Por Tatiana de Mello Dias

Ela deixou claro na bio do Twitter, em português e inglês: “Eu não sou José Sarney! (I am not José Sarney, a lawyer, or a Brazilian lawyer). I know it’s confusing” — “não sou José Sarney, nem advogada, ou uma advogada brasileira. Eu sei, é confuso”.

Sarah Law Wu, uma gerente de produto do Colorado, tem sofrido com os “replies” e mensagens de brasileiros a confundindo com o senador José Sarney (PMDB-AP). No Twitter, ela é simplesmente @Sarney.

A situação piorou depois do comentário feito no Twitter por uma funcionária do Supremo Tribunal Federal, que disse que Sarney deveria “pendurar as chuteiras” referindo-se à aposentadoria do jogador Ronaldo Fenômeno.

No começo, ela reclamou. Mas, agora, parece estar gostando da fama repentina. Todos os seus últimos tweets se referem à confusão — ou ela faz graça e explica a situação para os americanos, ou tenta esclarecer a algum brasileiro que não, não é da família Sarney. E retuíta as constantes piadinhas e vídeos que mandam a ela para tentar explicar quem é o Sarney brasileiro.

Fonte: Estadão

Google monta instituto para estudar o futuro da internet

Redação AdNews

Se depender do Google, um instituto em breve será construído na Alemanha para estudar o futuro da internet. A informação é do jornal local "Die Welt", que publicará na quarta-feira um artigo do chefe-executivo (CEO) da empresa, Eric Schmidt..

De acordo com o texto de Schmidt, o instituto vai se dedicar ao estudo que compreende desde a " inovação tecnológica na internet, a política e os aspectos legais". O executivo justificou a escolha do país pelo fato de ser polo de "um modelo a ser seguido onde a troca de ideias, o talento e a energia podem criar uma força econômica incrível". "Achamos que este país seguirá promovendo as ideias, invenções e o pensamento estratégico a longo prazo", explicou Schmidt para justificar o aumento dos investimentos da Google na Alemanha.

Entretanto, a vida do Google na Alemanha não promete ser das mais tranquilas. O gigante de buscas estreou recentemente o seu serviço Street View, e o lançamento já é acompanhado de duras críticas por conta de ser instrumento perigoso de informação em mãos, o que poderia ser fonte para delinquentes.

Fonte: AdNews

Com rombo de R$ 4,3 bi, PanAmericano não vê desvio de recursos

Por Toni Sciaretta

As fraudes do banco Panamericano foram tão complexas que os novos gestores decidiram apagar o passado e começar do zero uma nova contabilidade a partir de dezembro. O balanço apresentado nesta quarta-feira, portanto, mostra apenas os resultados do banco em dezembro (prejuízo líquido de R$ 133,6 milhões), o primeiro da nova gestão, sem revelar os resultados nem do último trimestre nem do ano de 2010 inteiro.

Os dados confirmam o rombo de R$ 4,3 bilhões, mas surpreendemente, os auditores não encontraram indícos de desvios de recursos das contas do banco, segundo o diretor superintendente do Panamericano, Celso Antunes da Costa.

A principal hipótese é que a fraude contábil tenha sido feita para encobrir uma operação deficitária decorrente de custos elevadíssimos com comissões para lojistas e demais distribuidores de crédito associados a uma captação de recursos com taxas elevadas.

"Torturamos os números e eles confessaram tudo. Não acredito que o rombo possa ser maior do que R$ 4,3 bilhões", disse Costa.

Segundo ele, as fraudes nos balanços do PanAmericano foram muito bem arquitetadas. "Não estou defendendo os auditores e todos que viram as contas do banco. Mas foi uma obra de inteligência para gerar as incosistências contábeis. Não foi fácil desarmar isso. Havia um grau de de automação muito grande."

Antunes acredita, porém, que uma minoria dos funcionários fazia parte da inteligência que arquitetou o mecanismo de manipulação dos números.

ROMBO

Em entrevista em São Paulo hoje, a nova administração do banco afirmou que as inconsistências de empréstimos cedidos a outros bancos e que não existiam eram muito grandes, além de ser muito difícil identificar o momento em que aconteceram. Isso tornou praticamente impossível fazer demonstrações financeiras por período.

Os administradores, então, iniciaram um trabalho de inventariado em que contabilizaram todos os empréstimos em vigor, bens e demais ativos do banco, ao mesmo tempo que identificaram todos os contratos e compromissos estabelecidos junto a clientes e fornecedores.

Dessa conta, descobriram que o patrimônio líquido, a soma de tudo que os acionistas tinham no banco, era de apenas R$ 197 milhões. Esse montante não era sufuciente para dar respaldo à carteira de crédito de R$ 13 bilhões emprestados aos clientes (incluindo sessões) e que estava baseada em uma posição patrimonial "fictícia" de R$ 1,5 bilhão.

Assim, o rombo no balanço do banco, inicialmente projetado em R$ 2,5 bilhões subiu em mais R$ 1,3 bilhão, somando R$ 3,8 bilhões, como foi confirmado pelo PanAmericano no início do mês. Além disso, outros ajustes não relacionados a inconsistências, no valor de R$ 500 milhões, aumentaram ainda mais a dívida do banco.

Depois que inventariou sua posição patrimonial, os novos contadores fizeram as demonstrações financeiras do que aconteceu em dezembro, único mês cheio sob a nova administração. Neste mês, o banco teve prejuízo de líquido de R$ 133,6 milhões.

Em 2009, o banco já havia apresentado um prejuízo de R$ 7,88 milhões. O balanço de 2008 foi o último em que os resultados do banco ficaram no "azul", com um ganho de R$ 73,5 milhões.

NEGÓCIO

O BTG Pactual e o Grupo Silvio Santos acertaram no último dia 31 de janeiro a venda do banco por R$ 450 milhões. O acordo também incluiu um empréstimo adicional pelo Fundo Garantidor de Créditos, entidade dirigida pelos bancos, de R$ 1,3 bilhão ao PanAmericano. Em novembro do ano passado, o fundo já havia emprestado R$ 2,5 bilhões. Os outros R$ 500 milhões foram tirados do próprio banco PanAmericano, de uma forma que o fundo ainda não explicou.

Em dezembro de 2009, a Caixa Econômica Federal havia adquirido 36,56% do capital total do banco por R$ 739,27 milhões. O restante das ações segue na Bolsa, com acionistas minoritários.

Reportagem da Folha publicada no último dia 3 aponta que a Caixa e o BTG Pactual ainda devem comprar R$ 14 bilhões em títulos e carteiras de crédito do banco para que ele possa funcionar em condições competitivas. A Caixa se comprometeu sozinha a colocar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões no PanAmericano.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Mídia social faz do Egito janela para jovens

Por Luciana Coelho

Para especialista da NPR, rádio pública dos EUA, milhões no mundo árabe estão atentos ao que ocorreu no país. Andy Carvin agiu como "curador" de notícias nos 18 dias da revolta, filtrando e repassando informações on-line

BOSTON - Se havia dúvidas sobre o papel das mídias sociais nos movimentos populares recentes, os protestos que culminaram na queda do ditador Hosni Mubarak no Egito as dissiparam. Sobrou apenas a questão da dimensão. "Não dá para adivinhar o que vai acontecer daqui para frente, mas há dezenas de milhões de jovens no mundo árabe prestando muita atenção ao que acaba de ocorrer no Egito", diz Andy Carvin. Estrategista-sênior para mídias sociais na NPR, a respeitada rede pública de rádio americana, Carvin organiza comunidades on-line há mais de uma década. Durante a revolta, ativou contatos no Egito e tuitou 18 dias sem parar, atuando como editor-curador do noticiário -viesse ele de jornalistas ou ativistas, Carvin impôs um padrão de qualidade. A Folha conversou com Carvin por e-mail sobre ativismo, redes sociais, jornalismo e as formas como os três se interligaram no Egito.

Folha - Quão cruciais foram as redes sociais no Egito?
Andy Carvin - Não há dúvida de que tiveram um papel. Há anos existe um grupo de blogueiros dissidentes, tanto dentro quanto fora do Egito, que se comunica e comunica ao mundo seu desejo de mudança. Eles também usam o Facebook e o Twitter para atrair mais gente.

Claro, em última análise, a ação teve que acontecer no mundo real -protestos, ocupações-, mas parte dessas atividades foi organizada e difundida por mídias sociais.

O jornalista Malcolm Gladwell argumenta que as redes sociais não criam movimentos sozinhas se as condições para isso não existirem em campo. Afinal, elas são catalisadores ou detonadores?
Por centenas de anos, as revoluções usaram as ferramentas que tinham à mão para avançar. É esquisito argumentar que manifestantes não usariam a mídia social, que é a ferramenta de hoje.

Uma crítica ao Twitter é que muita gente fala e ninguém ouve. O assunto Egito dominou a rede por três semanas. O interesse o surpreendeu?
Passei quatro anos no Twitter cultivando fontes, interagindo com pessoas. Não estou surpreso. A diferença, desta vez, é que muita gente que eu retuitava estava envolvida na revolução. Virei um curador de informações.

Como foi lidar com essa quantidade de informação?
Sigo vários veículos de imprensa, e na maior parte do tempo estava com Al Jazeera ou CNN ligadas. Montei minhas listas de jornalistas no Egito, especialistas em Oriente Médio, ativistas etc., além de monitorar vídeos no YouTube e no Facebook.

Eu conhecia vários dos manifestantes egípcios havia anos, sabia que podia confiar neles. Em muitos casos, as pessoas em campo eram mais confiáveis do que os veículos, mas isso é anormal numa situação tão fluida.

Também pedi para citarem a fonte da informação. Ajudou a separar fato de boato.

Como você vê a interação entre jornalismo e Twitter?
A Al Jazeera tinha meia dúzia de jornalistas tuitando, e segui-los foi bem útil naqueles dias. A CNN, a ABC, a NBC [redes de TV americanas] e a NPR também tinham gente tuitando, embora menos. Muitos estavam usando o Twitter como ferramenta para reportagem; outros, para encontrar as pessoas dentro de seu processo de apuração.

Apesar de censuras e prisões, o Egito mostrou ter uma comunidade vibrante on-line. O que tornou isso possível?
Acesso à internet e um grupo de pessoas mais educadas e familiarizadas com tecnologia, que estava cheia desse regime havia muito tempo.

Que semelhanças essa comunidade tem com outras?
O Egito parece ser o país [da região] com a cultura de blogs políticos mais forte. Muito semelhante à Tunísia, mas em escala bem maior. Acho que isso fez diferença.

Fonte: FNDC

Censura à imprensa na AL está no nível mais alto, diz comitê

Por Uirá Machado

Os casos de censura à imprensa na América Latina estão nos níveis mais altos desde a redemocratização, afirma Carlos Lauría, coordenador do CPJ (Comitê para Proteção de Jornalistas).

Segundo Lauría, responsável pela apresentação do relatório "Ataques à Imprensa em 2010", a situação é preocupante em vários países da região.

"Houve um aumento significativo dos casos de censura em todo o continente, seja por censura judicial, seja pela violência do crime organizado, seja por pressão do Estado", diz Lauría.

De acordo com ele, o principal problema no Brasil é a censura judicial, enquanto a pressão do Estado se manifesta de forma mais clara na Venezuela, e as ameaças do crime organizado, no México.

O relatório, que traz um levantamento global sobre o estado da liberdade de imprensa, menciona 44 jornalistas mortos no exercício da profissão e 145 presos, o maior número nos últimos 15 anos.

O relatório do CPJ é apresentado hoje em diversos países do mundo inteiro. No Brasil, o evento é realizado com o apoio da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).

Fonte: FNDC

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Jornalista Mexicana é demitida por criticar presidente

Redação Portal IMPRENSA

A repórter Carmem Aristegui, da rádio mexicana MVS, foi demitida após fazer um comentário sobre acusação feita contra o presidente Felipe Calderón.

A jornalista comentou em seu programa de rádio um discurso do parlamentar Gerardo Fernandez Norona, no qual ele afirmou que Calderón era alcoólatra e duvidou de sua capacidade de governar, dizendo: "Você não deixaria um bêbado dirigir o seu carro, certo?".

Apesar de o deputado não ter apresentado provas concretas sobre a acusação, ela achou a acusação séria e pediu explicações por parte do presidente. Pouco depois foi dispensada pela rádio com o argumento de ter violado o código de ética interno ao "dar credibilidade a um rumor".

Aristegui afirma que na realidade foi demitida devido a uma pressão do próprio governo de Calderón, que assim que soube do comentário ligou para a rádio pedindo uma retratação pública. Ela se recusou a se desculpar e reiterou o pedido por explicações do presidente.

A rádio MVS, uma das mais ouvidas no México, procurou sanar rapidamente o "problema", pois aguarda renovação da concessão de freqüência. O caso foi levado para o parlamento mexicano, onde se discutiu que o presidente usou de influência política para forçar a demissão, mas a rádio MVS também não deu explicações claras sobre o assunto, como relata o Repórteres sem fronteiras, para o jornal Folha de S.Paulo.

Fonte: Portal IMPRENSA

O ÚLTIMO ANO DO TWITTER? O PASSARINHO AZUL SUBIU NO TELHADO

Por Alexandre Matias

Tweets, trending topics, retweets, seguidores, hashtags, unfollow, #FF, @username... Toda essa terminologia já era conhecida de um punhado de usuários do Twitter antes da explosão da rede social, em 2009. Em 2010, o mundo inteiro abraçou o site - até mesmo o Brasil, tradicionalmente acostumado a uma vida digital paralela à do planeta, entrou na rede em grande estilo, emplacando vários termos e hits nacionais para o resto do mundo. Mas se em 2010, o Twitter indicava ter embalado num crescimento que parecia não ter volta, 2011, no entanto, dá sinais que pode ser o último ano da rede social do passarinho azul. Ou pelo menos como a conhecemos.O Twitter já vinha dando sinais de desgaste no fim do ano passado, quando o tráfego de dados na rede caiu drasticamente em outubro, segundo o site Alexa. Especula-se que a queda só não foi maior pois a rede social foi traduzida para novos idiomas e começou a agregar usuários em países em que ainda não estava presente. A queda de audiência poderia estar ligada à nova interface do site, que estreou no segundo semestre do ano passado e desagradou muitos de seus cadastrados.

A crise política no Egito também ajudou o Twitter a ganhar uma sobrevida e pareceu repetir o feito de 2009, quando o site foi crucial nas eleições presidenciais do Irã. Como disse o comediante norte-americano John Stewart à época: "Não foi o Twitter que salvou o Irã. Foi o Irã quem salvou o Twitter". Não é exagero dizer o mesmo do Egito em relação ao site. Só que o momento é exatamente oposto: em 2009, a rede social ainda não tinha vivido seu grande momento popular.

O principal aviso de que, provavelmente, o passarinho do Twitter pode estar com seus dias contados veio na quinta-feira da semana passada, quando o jornal Wall Street Journal publicou que os executivos da rede social estariam conversando tanto com o Google quanto com o Facebook para tentar vender o site - e teriam ouvido ofertas que pagariam entre US$ 8 e 10 bilhões pelo serviço.

Uma vez comprado - seja por quem for -, uma coisa é certa: o Twitter vai mudar. E, pelo histórico dos dois possíveis compradores, pode até acabar. Mas isso ainda é terreno de especulação.

Mas um número citado pelo jornal chama atenção - o de que a rede, hoje com mais de 150 milhões de usuários, teria sido avaliada em US$ 4,5 bilhões em dezembro. Em menos de dois meses seu preço dobrou? E se lembrarmos que, nesta mesma semana, o blog Huffington Post foi vendido à America Online por mais de US$ 300 milhões, não duvide que estamos às vésperas de uma nova bolha digital, como a de 1999.

Fonte: Estadão

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"É hora de acelerar a inclusão digital", afirma presidenta Dilma

Por Mariana Mazza.

A presidenta Dilma Rousseff fez nesta quinta-feira, 10, seu primeiro pronunciamento à Nação em cadeia de rádio e televisão. E o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) marcou presença já neste primeiro discurso, voltado para os compromissos do governo em avançar na educação.

A necessidade de ampliar o acesso à Internet no Brasil foi destacada pela presidenta como um meio de reforçar o conhecimento dos jovens, abrindo novos horizontes para os brasileiros. "É hora de acelerar a inclusão digital, pois a juventude brasileira, precisa incorporar ainda mais rapidamente, os novos modos de pensar, informar e produzir, que hoje se espalham por todo o planeta", afirmou a presidenta.

Ao citar diretamente o PNBL, formulado pela Casa Civil quando Dilma conduzia a pasta, a presidenta deixou claro que a intenção do plano é baratear a oferta de banda larga no país. "Estamos também acelerando a implantação do Plano Nacional de Banda Larga, não só para que todas as escolas públicas tenham acesso à Internet como também para que, no médio e longo prazos, a população possa ter Internet em sua casa ou no seu pequeno negócio a preço compatível com sua renda", declarou Dilma.

Fonte: Tela Viva

CRISE NO EGITO - Sinais que a mídia não capta

Por Alberto Dine

Acostumada com a linearidade e as simplificações ocidentais, a mídia não está percebendo a linguagem cifrada, sutil, que chega do Oriente.

Os telejornais e portais da noite de quinta-feira (10/2) não souberam fazer a leitura correta dos despachos que chegavam do Cairo. Queriam a renúncia formal do ditador Hosni Mubarak e não perceberam que o rais já não manda, agora é apenas o chefe de Estado, de jure. A república castrense voltou a funcionar ostensivamente como acontece há quase 60 anos consecutivos, desde a derrubada do rei Faruk.

Mais competência

Na reunião de quinta-feira do Conselho Supremo das Forças Armadas – sem a presença de Mubarak, teoricamente seu chefe – foi emitida uma nota de apoio às exigências legítimas do povo, denominada de Comunicado Número 1:

"O Exército continuará examinando medidas a serem tomadas para proteger a nação e as ambições do maravilhoso povo egípcio".

Mas quem ameaça o Egito? É exatamente isto que falta explicar à multidão acampada na Praça Tahrir. Em algum momento a explicação será dada, porém sem dramatizações. O líder oposicionista El-Baradei já pediu a intervenção do exército antes que o país seja varrido por uma explosão popular.

O cenário está armado, faltam os novos atores. A mídia trouxe a Praça Tahrir para o centro do mundo. Agora, além da coragem para enfrentar a repressão precisará de muita competência e conhecimento para traduzir as complexidades de uma revolta sem revolução.

Fonte: Observatório da Imprensa

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Gaúcho cria Wikileaks Brasil

Redação Coletiva.net

Está no ar desde dezembro o site Wikileaks Brasil. A página, embora não seja vinculada à original Wikileaks, de Julian Assange, segue a mesma linha de denúncia. O criador e fundador do espaço é o gaúcho Luiz Afonso Donati Pasko. Com formação em informática pela PUC e pela Ufrgs, ele é proprietário da empresa Perfumes do Mundo. A inspiração para a criação da página, segundo ele, existe desde os tempos da faculdade. “Me identifiquei com a causa de Assange e resolvi colaborar”, explicou a Coletiva.net. Luiz Afonso ainda não conta com equipe para a produção de conteúdo e investigações maiores, por isso, todo o material divulgado no site é fruto de pesquisas feitas na internet e demais meios de Comunicação.


A linha editorial seguida por Luiz Afonso são os principais problemas sociais do mundo, como política, religião, tráfico de drogas, trabalho escravo e irregularidades de todo o tipo. Esta semana, por exemplo, ele faz denúncias sobre a forma como são escolhidos os participantes do Big Brother Brasil, acusa os discursos de Pedro Bial de manipulativos e considera o Ministério Público “frouxo”, por não intervir.


Por questões de segurança, ele está migrando todo o sistema do site para fora do Brasil, avaliando hospedagem no Canadá ou nos Estados Unidos nas próximas semanas. “Estou me precavendo, caso venham para cima de mim”, disse. OS custos com o site ainda estão sendo bancaos por Luiz Afonso, que estuda a possibilidade de trabalhar com anúncios ou donativos.


O criador do Wikileaks Brasil conta com um parceiro, o blog Tijoladas, de Santa Catarina, que possuiu link no site. Em busca de novos parceiros em outros Estados, ele pede que os interessados entrem em contato pelo e-mail luiz.afonso@wikileaksbrasil.net.br. Aos 54 anos anos, diz que está disposto a discutir e denunciar todo o tipo de problema social no Pais, mas que não pretende se esconder. “Se tu vais falar de outros, antes de mais nada deves te apresentar”, ressaltou.

Fonte: Coletiva.net

Rádios poderão transmitir jogo da Seleção Brasileira

Redação Coletiva.net

Após o Senado Federal ter aprovado a flexibilização do horário de transmissão programa ‘A Voz do Brasil’, em dezembro, uma liminar concedida nesta terça-feira, 8, permite que as emissoras de rádio transmitam o jogo de futebol entre Brasil e França no lugar da atração. A permissão foi dada pela 6ª Vara de Justiça Federal, de Brasília (DF). A decisão acatou um mandado de segurança de autoria da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Na última segunda-feira, 7, a entidade havia solicitado à Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) para que as rádios pudessem transmitir o amistoso entre as seleções, às 18h, sem sucesso.

Segundo a Abert, a decisão beneficia 2,4 mil emissoras associadas pelo país. "A juíza (Ivani Silva da Luz) acertou ao flexibilizar a transmissão sem prejuízo ao seu ouvinte e, ao mesmo tempo, à cobertura de um jogo que atrairá a atenção de milhões de pessoas", disse o presidente da entidade, Emanuel Carneiro. Em sua liminar, Ivani alegou que "a melhor solução é postergar a retransmissão para outro horário, o que, decerto, não leva a eventual descumprimento da obrigação legal de retransmissão do referido programa".

Sobre a flexibilização definitiva do horário de transmissão da ‘Voz do Brasil’, o projeto de lei ainda terá que passar por nova votação na Câmara dos Deputados. O programa, que estreou em 1935 durante o governo de Getúlio Vargas, gerou muitas reclamações das emissoras de rádio que eram obrigadas a exibi-lo pontualmente às 19h, prejudicando seus índices de audiência. Caso seja novamente aprovada pela Câmara, a proposta do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) permitirá que as rádios transmitam o programa entre as 19h e 22h, mas deverão informar o horário alternativo às 19h. Apenas as emissoras educativas deverão manter a atual faixa de horário da atração.

Fonte: Coletiva.net

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Igreja Católica aprova aplicativo de “confissão online” para o iTunes

Por Leonardo Carvalho

Você tem um iPad, iPod Touch ou iPhone e é um católico praticante? Agora você pode agilizar o sacramento da confissão usando um aplicativo do iTunes aprovado pelo Vaticano. Batizado (trocadilho não intencional) de Confession, o aplicativo começou a ser vendido na loja online da Apple por US$1,99.

Uma vez instalado, o Confession funciona como uma lista (ou antilista, se você preferir) alimentada pelo usuário com os pecados cometidos. Com a lista salva, é possível rastrear os pecados cometidos anteriormente – e os recorrentes, claro.

Também é possível fazer um exame de consciência com base em fatores pessoais como sexo, idade e estado civil. Claro que o perdão eclesiástico não pode ser dado virtualmente. Para conseguí-lo, o fiel ainda terá que recorrer ao método tradicional da confissão a uma autoridade eclesiástica. O objetivo do Confessions, segundo seu criador, é “convidar os católicos a exercitar sua fé através da tecnologia digital.

O lançamento acontece pouco depois do Papa Bento XVI pedir aos fieis que usem a tecnologia para fazer o bem. No dia 24 de janeiro, a autoridade máxima da Igreja convidou especialmente os jovens a “fazerem bom uso da sua presença no mundo digital”.

Fonte: MSN

Cuba não vê obstáculos políticos para liberar acesso à Internet

Redação AdNews

Cuba não vê "nenhum obstáculo político" para abrir o acesso da população à Internet, disse na segunda-feira o vice-ministro de Comunicações, Jorge Luis Perdomo, na semana em que um cabo de fibra ótica venezuelano entrará em operação e aumentará a velocidade de conexão na ilha.

No entanto, Perdomo disse que o novo cabo não será uma "varinha mágica" e que ainda falta investimento em infraestrutura para disponibilizar o acesso à Internet na casa dos cubanos.

"Não há nenhum obstáculo político... que possa deter esse processo", disse Perdomo a jornalistas ao ser perguntado se Cuba abrirá o acesso à Internet à população.

Fonte: AdNews

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Pelo menos 75 jornalistas são vítimas de censura ou violência no Egito durante crise política

Por Renata Giraldi

Brasília – A organização não governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras concluiu levantamento parcial de que 75 jornalistas foram impedidos de trabalhar no Egito desde o último dia 2 – quando se intensificaram os protesto no país. Vários profissionais relataram casos de violência, roubos e humilhações, além de censura. A ONG informou que o levantamento “está longe” de ser finalizado. Segundo a organização, a lista precisa ser atualizada diariamente.

“Quase todos os jornalistas que estão no Cairo parecem ter sido vítima de um incidente. Alguns solicitaram o anonimato por medo de represálias”, diz o levantamento da organização, referindo-se a profissionais de imprensa de várias nacionalidades, inclusive brasileiros.

Pelo levantamento, apenas o jornalista egípcio Mahmoud Ahmed Mohammed de Al-Ahram foi morto vítima de uma bala, enquanto fotografava na Praça Tahrir, epicentro das manifestações de protesto pela permanência do presidente do Egito, Hosni Mubarak.

Segundo a pesquisa da organização, 72 profissionais ficaram detidos sob poder das autoridades policiais por pelo menos duas horas. Há sete casos em que a ONG não tem informações sobre a conclusão.

Pelo menos 25 profissionais tiveram seu material de trabalho apreendido pelos policiais egípcios, enquanto três denunciaram agressões – físicas ou psicológicas. De acordo com o levantamento, os alvos são jornalistas do Egito, da França, da Polônia e do Catar.

No caso do Brasil, os repórteres Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, ficaram 18 horas presos, tiveram os olhos vendados, além de passaportes e equipamentos apreendidos. Em seguida, foram obrigados a deixar o Egito. Gilvan e Corban chegaram hoje no começo da tarde a Brasília.

Também relatou ter vivido momentos de apreensão o jornalista Luiz Antonio Araújo, do jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul. Ele disse que foi agredido e roubado enquanto fazia a cobertura jornalística das manifestações. Outros jornalistas brasileiros, que estão no Cairo, viram-se obrigados a trocar de hotel, depois de terem os quartos invadidos para vistoria por autoridades de segurança.

Fonte: FNDC

Jornal diz que hackers atacaram site da Nasdaq

Redação Folha.com

A rede de computadores da empresa que administra a bolsa de valores Nasdaq foi invadida várias vezes por hackers em 2010, segundo reportagem do jornal americano "Wall Street Journal".

O jornal diz ter ouvido fontes que acompanham o caso. Segundo o jornal, investigadores federais estão tentando descobrir a identidade dos hackers e qual era o objetivo deles ao invadir os computadores da Nasdaq.

A parte do sistema da rede em que os negócios feitos na bolsa eletrônica são registrados não teria sido afetada, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal. Mas a reportagem acrescenta que a extensão dos danos possivelmente causados pelo ataque ainda não está clara.

Segundo o jornal, o caso teria preocupado autoridades norte-americanas por conta da importância da Nasdaq para o mercado financeiro global.

O jornal --também citando fontes anônimas do setor de segurança-- diz que houve um caso no passado em que hackers teriam conseguido instalar um software com potencial de causar danos em parte da rede de energia elétrica norte-americana.

Investigadores estariam preocupados em identificar o motivo da invasão da Nasdaq. Autoridades que investigam crimes cibernéticos têm percebido uma onda de ataques feitos por hackers em redes de computadores do setor corporativo.

A Nasdaq não quis comentar os ataques supostamente ocorridos em 2010.

Em 1999, o website da bolsa eletrônica --assim como os de empresas de mídia dos EUA-- foi vandalizado por hackers. Na época, porta-vozes da Nasdaq afirmaram que o sistema de computadores interno da empresa não tinha sido atingido.

Fonte: Folha.com

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Agora é a hora de vender o MySpace

Por Murilo Roncolato

O chefe de operações da News Corp., Chase Carey, disse ontem em uma conversa com analistas que “agora é a hora certa” de finalizar negociações acerca do site MySpace. O executivo considera como possibilidades a venda, a entrada de um investidor no negócio ou uma reorganização da direção da empresa.


“O novo MySpace tem sido bem recebido pelo mercado, e nós temos números bem encorajadores. Mas o plano de fazer o MySpace atingir seu potencial máximo pode ter melhor efeito sob outra direção”, disse Carey ao portal de economia paidContent.

Em novembro do ano passado o executivo já havia feito comentários sobre os prejuízos que o MySpace vinha dando à gigante News Corp. Ele havia classificado as perdas de US$ 174 milhões no terceiro trimestre de 2010 como “nem aceitáveis, nem sustentáveis”, e disse que os executivos da News Corp. precisavam “lidar com isso urgentemente”.

O site criado em 2003 já vinha assumindo perdas, principalmente pela evasão de usuários causada pelas então novas redes sociais como Facebook e Twitter. Em janeiro deste ano a News Corp., a fim de diminuir os prejuízos, a gigante demitiu 47% do corpo de funcionários do MySpace, cerca de 500 ao todo.

Apesar da situação, Carey disse ao portal ainda que acredita que o negócio possui um “futuro real” e ele acredita que ainda há uma “oportunidade para realmente se tornar algo especial”.

Fonte: Estadão

Ministro reafirma que governo não intenciona controlar conteúdo da mídia

Redação Portal IMPRENSA

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reafirmou que o governo não quer controlar o conteúdo das emissoras de rádio e TV pelo fato de ser "inconstitucional". A declaração foi feita nesta sexta-feira (04), após o ministro ter sido questionado sobre o projeto de criação do marco regulatório para a mídia. "Essa intenção do governo de regular a mídia eletrônica está na Constituição. Tem pelo menos quatro ou cinco artigos da Constituição que mencionam isso e que tratam do conteúdo", disse Bernardo em entrevista ao canal NBR TV.

O ministro ressaltou que a Constituição Federal já estabelece regras para as redes de rádio e TV do país, e que proíbe "manifestação de cunho racista e atentado contra crianças e adolescentes". Bernardo disse, ainda, que o governo pretende "fortalecer a democracia" e não retroceder. "Agora, se a Constituição prevê essas coisas, nós temos de ter uma legislação dizendo como isso vai se dar", informou.

O anteprojeto de regulação da mídia foi deixado pelo ex-ministro da Secretaria da Comunicação Social (Secom), Franklin Martins, e abrange a regulamentação de artigos da Constituição sobre produção de conteúdo nacional e investimento de capital estrangeiro em veículos de mídia brasileiros.

Além disso, o texto prevê a criação da Agência Nacional de Comunicação (ANC), que substituiria a Agência Nacional de Cinema (Ancine) e teria poderes para aplicar multas em caso de programação considerada abusiva ou imprópria para determinado horário, além de proibir a concessão de emissoras de rádio e TV a políticos.

Durante a entrevista, Bernardo falou sobre a entrada das empresas de telecomunicações no setor de comercialização de TV por assinatura, e acredita que deve haver uma regulação para a área. "Hoje é comum, você vai mandar ligar um telefone e já te oferecem TV a cabo, internet. Acho importante fazer a regulação dessas coisas", disse.

REDES SOCIAIS - Um novo ícone da liberdade

Por Muniz Sodré

Na mesma edição (sábado, 29/1) em que noticiava o aumento da circulação de jornais no Brasil (alta de 2%no ano passado, segundo o IVC), O Globo mostrava com tintas fortes, em sua cobertura da revolta civil no mundo árabe, o papel estratégico da internet, dos celulares e das redes sociais.

Segundo o IVC e o jornal, a participação de mercado dos jornais populares não se alterou em relação à fatia dos chamados jornais qualificados, consolidando a tendência dos últimos anos. Para o gerente-geral de Mercado Leitor da Infoglobo, Alexandre Kabarite, "isso demonstra que, apesar de algumas dúvidas em relação ao futuro do jornal impresso, o mercado brasileiro ainda é bastante promissor para os leitores, anunciantes e editores".

Não deixa de ser auspicioso esse tipo de notícia para a classe jornalística como um todo, mas também não deixa de chamar a atenção do observador a evidência de que, em nenhum instante, se tocou no papel da imprensa tradicional na convulsão social do mundo árabe em demanda de mudanças políticas. O que se sabe com certeza é que o presidente Barack Obama proclamou a internet como um "ícone da liberdade", mídia sobre a qual o governo egípcio se empenha em exercer estreito controle.

Esse controle cresceu no momento em que milhares de pessoas passaram a enfrentar blindados nas ruas, o que levou a cortes esporádicos em redes sociais como Facebook e Twitter, e depois no SMS, três das principais ferramentas que ajudaram a alimentar os protestos. Verificou-se então aquilo que os analistas do setor têm chamado de "ciberguerra". Mas não se trata dos cenários de ataques terroristas imaginados por estrategistas militares americanos ou mesmo por roteiristas de cinema, e sim do confronto da sociedade civil com o poder de Estado.

Censura, modos de usar

Como bem se sabe, as fortalezas cibernéticas estão repletas de pontos vulneráveis em meio à complexidade técnica das conexões eletrônicas. A exemplo de uma rede de pesca, os vértices interligados da web deixam pequenos espaços vazios, por onde se infiltra a "contracensura". Cientes das brechas, mais de 16 milhões de internautas egípcios recorreram aos servidores proxy, que garantem o anonimato dos usuários e são muito conhecidos na luta contra a censura na China.

Há algo de notável em toda essa movimentação quando se leva em conta que, até mesmo um velho espaço urbano, como é o caso do Cairo, transmuta-se topologicamente em um novo, na medida em que se deixa atravessar pela lógica reticular (a lógica da rede) no nível das relações sociais.

Em tempos de crise ou de normalidade institucional, essa lógica caracteriza-se peladescentralização (não há uma posição única, e sim uma multiplicidade de conexões), pela interdependência coordenada dos elementos (o que implica tanto a solidariedade entre vizinhos quanto o comum das associações ou de grupos ligados por um mesmo projeto), pela abertura (capacidade de extensão da rede), pela particularização(formação de nichos relacionais no interior de um conjunto ou subconjuntos autônomos e legítimos), pela acessibilidade (a partir de um ponto, pode-se atingir qualquer outro) e pela mobilidade (liberação ou plasticidade dos movimentos). Estas características implicam desterritorialização – e reterritorialização – de espaços tradicionalmente demarcados.

Ao mesmo tempo, é um choque de realidade tomar conhecimento de que é possível ao Estado controlar todos os principais provedores de internet e telefonia celular, derrubando o sistema quando bem quiser. É precisamente o que ocorre no Egito, onde o governo, dando-se conta da insuficiência do controle sobre as redes sociais como o Facebook, simplesmente forçou as operadoras móveis a suspender os serviços.

Sem rede elétrica, sem telecomunicações, sem operadores, a censura acaba sendo exercida de modo semelhante ao que sempre ocorreu nos regimes de exceção, quando exército ou polícia invadia as redações de jornais, rádio e televisão, apreendendo equipamentos e prendendo jornalistas.

Dispositivo tradicional

Apesar do choque, é forçoso constatar que existe mesmo uma nova lógica informativa, subversiva do modelo tradicional, em que o fatos de uma sociedade presumidamente pronta e constituída eram transmitidos a um público-leitor por uma corporação profissional que se industrializou progressivamente ao longo da História – a dos jornalistas. Agora, o complexo informacional conhecido como "mídia" não ocupa mais o lugar de mera correia de transmissão de relatos, porque é um verdadeiro sistema ou um dispositivo capaz de conformar aspectos da própria sociedade.

"Eu chamo dispositivo tudo aquilo que tem, de uma maneira ou de outra, a capacidade de capturar, orientar, determinar, interceptar, modelar, controlar e de assegurar os gestos, as condutas, as opiniões e os discursos dos seres vivos", explica o filósofo italiano Giorgio Aganbem. Dispositivos – telefone portátil, computador, televisão, automóvel etc. – não são, para ele, meros objetos de consumo, e sim funções estratégicas (sempre inscritas em jogos de poder) na disseminação de novas subjetividades.

O jornal confirma-se agora como um dispositivo tradicional, aparentemente mais exultante com a sua própria sobrevida (refletida nos números do IVC) do que com a esfera pública, que animou politicamente no passado. Se o "ícone da liberdade" era o impresso no tempo de Benjamin Constant, passa a ser o virtual na era de Barack Obama.

Fonte: Observatório da Imprensa

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Parceria entre Google e Twitter permitirá que os egípcios publiquem mensagens usando o telefone

Por Leonardo Carvalho

A Google, em parceria com o Twitter e a empresa SayNow quer dar voz aos egípcios que foram impedidos de se expressar via internet usando o velho e bom telefone.

Na semana passada o governo egípcio, liderado pelo ditador Hosni Mubarak, tomou uma medida radical contra os manifestantes que pedem seu afastamento do poder cancelado absolutamente todo o acesso à internet no país. As manifestações continuam, mas o acesso da população egípcia à rede mundial continua cortado, o mesmo vale para pessoas de fora que tentam acessar informações de sites egípcios; em resumo: o país vive um apagão da internet.

O serviço criado com a parceria permite que os cidadãos postem mensagens no Twitter usando o telefone.

Ao discar para os números +16504194196, +390662207294 ou +97316199855 a pessoa é direcionada para uma caixa postal onde uma mensagem pode ser gravada. Em seguida o serviço traduz a mensagem de voz em texto e faz a postagem na rede social usando a hashtag #egypt.

Fonte: MSN

WikiLeaks é indicado para o Prêmio Nobel da Paz

Redação AdNews

O site WikiLeaks foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz de 2011, disse nesta quarta-feira o parlamentar norueguês Snorre Valen, autor da proposta, um dia depois de encerrado o prazo para as candidaturas.

O Comitê do Nobel norueguês aceita até 1o de fevereiro as indicações para o prêmio considerado por muitos como a principal honraria do mundo, embora os cinco membros do painel tenham até o fim do mês para fazer as suas propostas.

Valen disse que o WikiLeaks é "uma das contribuições mais importantes para a liberdade de expressão e transparência" no século XXI.

"Ao divulgar informações sobre corrupção, violações dos direitos humanos e crimes de guerra, o WikiLeaks é um candidato natural ao Prêmio Nobel da Paz", afirmou Valen.

Parlamentares, professores de direito ou de ciência política e laureados pelo prêmio em anos anteriores estão entre os que podem fazer indicações. O comitê não quis fazer comentários sobre a indicação do WikiLeaks nem de outras nomeações.

Fonte: AdNews

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Proer privado resgata Silvio Santos

Por David Friedlander e Leandro Modé

SÃO PAULO - Um Proer privado evitou a quebra do Panamericano e salvou o patrimônio do empresário Silvio Santos. Ontem à noite, o BTG Pactual comprou a participação de Silvio no Panamericano por R$ 450 milhões. O dinheiro foi usado por Silvio para liquidar a dívida de R$ 4 bilhões que ele contraiu com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para cobrir dois rombos em seu ex-banco. O restante será absorvido pelo FGC, em nome da preservação do sistema financeiro nacional.

Não foi à toa que Silvio saiu sorrindo da sede do BTG Pactual após a assinatura do negócio, na noite de ontem. Em uma só tacada, ele quitou uma dívida de R$ 4 bilhões por pouco mais de 10% do valor. E mais: protegeu a maior parte de seu patrimônio, que engloba o SBT e a empresa de cosméticos Jequiti, entre outras. Em contrapartida, abriu mão do banco, unidade mais rentável de seu grupo.

A engenharia da operação é a seguinte: Silvio não foi pago em dinheiro, mas em recebíveis do BTG, de André Esteves, no valor de R$ 450 milhões. Repassou esses títulos para o FGC e liquidou a dívida que tinha por causa do Panamericano. Cabe agora ao BTG definir quando vai pagar o FGC. O banco de André Esteves tem até 2028 para fazer isso, pagando uma correção 13% ao ano. Se decidir levar a dívida até o prazo final, terá pago R$ 3,8 bilhões ao FGC.

Mas o BTG pode quitar a dívida quando quiser. Se, por exemplo, resolver liquidar o débito amanhã, o fará por R$ 450 milhões. Nesse caso, o FGC assumiria um prejuízo de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Se usar o prazo máximo, o FGC receberá daqui a 17 anos R$ 3,8 bilhões sem correção.

O FGC é uma entidade criada pelos bancos em 1995 (época em que o governo fez o Proer, para socorrer instituições em dificuldades) com objetivo de garantir parte dos depósitos em caso de quebra de algum banco. O dinheiro que sai do fundo precisa da aprovação dos principais banqueiros do País. O Estado apurou que eles ficaram aborrecidos com a situação, mas julgaram que deixar o Panamericano quebrar poderia criar uma crise de confiança no sistema. Em setembro, o FGC tinha um patrimônio total de R$ 26 bilhões.

Em setembro, o Banco Central (BC) descobriu uma fraude no Panamericano que resultou em um rombo de R$ 2,5 bilhões. O FGC emprestou o dinheiro a Silvio, que colocou todo seu patrimônio pessoal como garantia.

Em janeiro, a atual administração do Panamericano, indicada pela Caixa Econômica Federal (que tem e manterá 49% do capital votante do banco), descobriu que o rombo era cerca de R$ 1,5 bilhão maior, totalizando R$ 4 bilhões. Para viabilizar a venda e a continuidade das operações do Panamericano, o FGC fez um novo aporte, de R$ 1,5 bilhão.

A partir de hoje, o banco passa a ser dirigido por José Luiz Acar Pedro, sócio do BTG e ex-vice-presidente do Bradesco.

Fonte: Estadão

Tecnologia Egípcios driblam bloqueio da internet com tecnologia 'retrô'

Redação Terra

Aparelhos com tecnologias já antigas como máquinas de fax, aparelhos de rádio amador e modems discados estão ajudando manifestantes egípcios a evitar o bloqueio imposto pelo governo à circulação de informações.

No dia 27 de janeiro, a internet foi quase que inteiramente bloqueada no Egito por ordem do governo, devido à onda de protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak. Mas nessa situação, as tecnologias "velhas" continuaram funcionando e provaram ser uma saída para os manifestantes.

Por meio delas os ativistas estão tendo acesso a informações vindas do exterior e também circulam dicas sobre como evitar mecanismos de controle de informação dentro do Egito.

Listas de números
Modems discados têm sido uma das mais populares rotas para que os egípcios consigam utilizar a internet. Extensas listas de números internacionais que podem ser conectados aos aparelhos estão circulando no Egito, graças a ativistas da internet.

Provedores de internet em vários países como França, Estados Unidos, Suécia e Espanha montaram redes de modems que aceitam chamadas internacionais de modo a receber e passar informações para os manifestantes. Muitos até abriram mão da cobrança de taxas para permitir que mais pessoas se conectem.

Mas são poucas as linhas telefónicas egípcias que permitem realizar chamadas internacionais que permitam uma conexão com os modems. O blog Manalaa deu dicas sobre como usar conexão discada utilizando bluetooth, um telefone celular e um laptop. De acordo com o blog, o custo das chamadas internacionais pode ser "caro", mas ele é bom o suficiente para "comunicação urgente". O texto foi publicado em vários blogs, copiado e enviado por muitos outros.

O grupo We Re-Build, que milita por acesso de internet sem monitoramento em toda a Europa, disse que também está acompanhando algumas frequências de rádio amador e que vai repassar quaisquer mensagens recebidas, seja por voz ou por código morse.

Máquinas de fax também vêm sendo utilizadas por ativistas online e outros que buscam contactar pessoas dentro do Egito e passar informações sobre como restaurar o acesso à internet. O grupo de ativistas da internet conhecido como Anonymous, por exemplo, vem utilizando faxes para passar informações para estudantes em diversas escolas do país.

Ajuda internacional
Apesar de a maior parte das conexões de internet do Egito ter sido suspensa, o provedor egípcio Noor parece ter ficado online em grande parte porque ele conecta a Bolsa de Valores do país e as filiais egípcias de muitas empresas ocidentais com outras nações.

Relatos vindos do Cairo sugerem que muitas empresas e pessoas que são assinantes do Noor retiraram as suas senhas, de modo a permitir que outros possam "pegar carona" em suas conexões Wi-Fi. Militantes também divulgaram um documento intitulado Vinte Maneiras de Contornar o Bloqueio da Internet pelo Governo Egípcio, contendo as formas mais eficazes de permitir que a população do país troque informações.

Alguns egípcios relataram ter conseguido utilizar sites como Google, Twitter e Facebook utilizando os endereços numéricos desses sites em vez de o nome deles em inglês. As redes de telefone celular também não escaparam à interferência oficial. Na sexta-feira, a companhia Vodafone Egypt disse ter sido bloqueada em algumas áreas, assim como todas as demais operadoras do país.

Para contornar esse bloqueio, ativistas fizeram circular os telefones de centrais de envios de mensagens, o que permitiu que alguns locais seguissem usando serviços como o Twitter.

Fonte: Terra

GRUPO SILVIO SANTOS - O PanAmericano e a venda de concessões

Por Valério Cruz Brittos e Diego Costa

Há muito tempo, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) perdeu o segundo lugar de audiência para a Rede Record. Com isso, não há mais a histórica dicotomia Globo e SBT, tão forte nos anos 1980 e 90, e nem a força expressiva das empresas do Grupo Silvio Santos (GSS) como demonstrativos de ascensão empresarial. A crise no Banco PanAmericano derruba as possibilidades de crescimento do Grupo e deixa muito claro que Silvio Santos (SS) não tem como supervisionar (sempre) todas as operações de suas múltiplas organizações.

Com isto, resta aos seus descendentes assumirem as posições de liderança no Grupo, transição que SS tem feito nos últimos anos, mas ainda em ritmo lento, delegando as direções das empresas especialmente às suas filhas e genros. Mais do que isto, e mais intensamente no SBT, o que deveria ser feito é a constituição de uma administração profissional, formada por gente com experiência televisiva, e não por familiares sem trajetória na área. Isto facilita também a troca de gestores, quando necessário, por incompetência ou malversação de caixa.

As investigações do rombo no PanAmericano já começaram, tendo o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo recebido notificação do Banco Central (BC) para tal. Ao mesmo, a Polícia Federal (PF) também abriu processo investigativo. No entanto, mesmo que o efetivamente ocorrido seja esclarecido e os responsáveis venham a ser apontados, isto não representará a regularização da situação econômica do Grupo Silvio Santos (GSS), pois o histórico do país aponta que não haverá devolução de recursos eventualmente desviados.

Auditoria não detectou desmandos

Inexistindo retorno dos recursos aos cofres do PanAmericano, caberá ao GSS honrar a dívida, já que o rombo decorrente da fraude foi assumido pelas empresas de Silvio Santos, através de empréstimo ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Assim, ao SBT resta fomentar a criatividade e estimular a inovação para tentar sair da crise, o que não é fácil, pois convive com o controle estreito de Silvio Santos e enfrenta um adversário direto rico, a Record, capitalizada com as transferências da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

Esta é a crise mais séria do SBT, ficando difícil antever-se uma solução, sem a venda de ativos. Isto porque o empréstimo contraído envolve praticamente todo o patrimônio das 44 empresas do GSS – entre elas Baú da Felicidade, Jequiti Cosméticos, Liderança Capitalização e Hotel Jequitimar –, orçadas em R$ 2,7 bilhões. Há, portanto, uma margem de manobra muito baixa, embora o empréstimo tenha 10 anos para pagamento. A primeira parcela vence três anos após a contração da dívida e não se identifica suporte para sua quitação.

Lembre-se que o colapso da rede de empresas do empresário Senor Abravanel, o carismático comunicador brasileiro Silvio Santos, foi anunciado em novembro de 2010. Com R$ 11.882 bilhões em ativos totais em junho de 2010, o PanAmericano era até então a 21ª maior instituição bancária do país. A Caixa Econômica Federal (CEF) havia comprado 49% do PanAmericano em 2009, ano em que, tudo indica, os desmandos já estavam ocorrendo, o que não foi detectado durante a auditoria que deve ter antecedido sua venda parcial.

Comercialização de canais

Sendo assim, um dos caminhos que tem sido ventilado é a venda de parte ou todo o SBT para outros grupos. Tal possibilidade foi aventada pela imprensa e o próprio SS já foi questionado sobre isso, num primeiro momento não descartando a alternativa. Isso, contudo, deve ser encarado com firmeza pelo Estado brasileiro: a comercialização de concessões não é permitida, depreende-se da legislação. Uma emissora de TV pode desfazer-se de seus ativos, o que envolve equipamentos, prédios e arquivos, mas não o canal de transmissão.

O alerta, não obstante, precisa ser feito, pois a história das comunicações brasileiras é repleta de casos de venda de concessões de televisão e rádio. O Ministério das Comunicações (Minicom) tem sido não raro um mero órgão de referendo de decisões privadas, não oficialmente explicitadas como venda, mas nesta direção constituídas e, inclusive, noticiadas. Se isto ocorre sem investigações e decorrentes punições, tem havido uma postura permissiva por parte das autoridades governamentais, que confirma (este e muitos outros) privilégios.

Compreende-se que o governo Dilma Rousseff deve ratificar a proibição, aproveitando que o assunto voltou à tona e que em início de mandato tem mais chances de passar matérias polêmicas no Congresso Nacional. Neste sentido, deve editar um texto legal explicitamente vedando a comercialização de concessões. Se uma organização recebe do Estado o direito de gerir um canal de radiodifusão é porque apresentou melhores condições de operação, cabendo ao Estado abrir novo concurso e decidir quem a sucederá, se desistir da outorga.