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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SBT fará remake brasileiro de "Chaves"

Prestes a comemorar 30 anos de atividades, o SBT prepara uma programação especial para a data. E um dos homenageados mais destacados será o programa "Chaves", que há anos faz parte do rol de atrações principais da emissora.

Segundo o colunista do UOL Flávio Ricco, personalidades do SBT gravarão, na próxima sexta-feira, 12, um remake da série mexicana, sob direção de Marcelo de Nóbrega.

Marília Gabriela (Dona Florinda), Ratinho (Seu Barriga), Marlei Cevada (Chiquinha), Zé Américo (Quico), Carlos Alberto de Nóbrega (Professor Girafales), Christina Rocha (Dona Clotilde), Felipe Levoto (Seu Madruga) e Renê Loureiro (Chaves) farão as atuações.

Recentemente, o SBT anunciou ter em mãos nove episódios perdidos de Chaves. A veiculação desse material também faz parte das comemorações pelo aniversário do canal (relembre).

Fonte: Adnews

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Carrossel de volta ao SBT

Por Bárbara Sacchitiello

Quem assistia TV no início da década de 90, seja criança ou adulto, certamente se lembra – ou no mínimo tem uma vaga ideia – da novela Carrossel. Trama da rede mexicana Televisa, a novela, direcionada ao público infantil, foi exibida pelo SBT pela primeira vez em 1991, ganhando uma legião de fãs e se tornando um marco na TV aberta nacional.

Agora, vinte anos depois de sua primeira exibição, os fãs da turminha da Escola Mundial e da professora Helena terão a chance de matar as saudades da novela. O SBT confirmou que, em setembro, iniciará as gravações da versão nacional de Carrossel, que será escrita por Íris Abravanel, com apoio do núcleo de dramaturgia da emissora.

Segundo a emissora, a novela irá conservar as características da trama original, mas será adaptada aos costumes e estilo brasileiros. Ainda não há uma previsão concreta para a estreia da novela e nem a decisão do horário em que a trama entrará no ar. De acordo com o SBT, não haverá nenhum problema de uso da marca Carrossel com a Record (uma vez que a Televisa é atual parceira da emissora concorrente), pois a rede de Silvio Santos é a detentora dos direitos da novela infantil.

Na última semana o SBT já deu início à seleção do elenco. A emissora já começou a receber crianças, com faixa etária entre sete e dez anos, para os testes. A emissora confirma que existe a possibilidade de a apresentadora mirim Maísa fazer parte do elenco, mas ainda não há um personagem definido para a garotinha.

Quando foi exibida pela primeira vez, Carrossel conseguiu incomodar a TV Globo, chegando, algumas vezes, a superar a audiência do Jornal Nacional - uma vez que entrava no ar sempre após as 20h. A trama mexicana chegou a ser reprisada três vezes pelo próprio SBT.

Fonte: Meio e Mensagem

terça-feira, 17 de maio de 2011

Universal faz proposta irrecusável ao SBT, diz colunista

Por Redação Adnews

A Igreja Universal formalizou ao SBT uma proposta para comprar a madrugada da emissora. A oferta oficial foi feita na última sexta-feira, 14, de acordo com o colunista do UOL Flávio Ricco.

Ricco conversou com uma pessoa próxima à negociação, que afirmou: a proposta é irrecusável. Seria mais do que os quase R$ 18 milhões oferecidos pela igreja Mundial do Poder de Deus, de Valdomiro Santiago, em fevereiro deste ano (relembre).

O próprio Santiago estaria, segundo o colunista, arrecadando contribuições individuais de R$ 100 "para uma ‘grande obra’, que ele não fala abertamente, mas é a pretensão de comprar o horário do SBT".

A Record seria grande beneficiária em uma eventual compra de espaço pela Universal no SBT, pois com isso o bispo Edir Macedo poderia reduzir o tempo que a entidade tem atualmente em sua emissora.

O SBT é dono de uma das audiências mais altas durante a madrugada e consegue isso justamente por ser um dos canais que não possui programação religiosa. Essa transferência da Universal para uma emissora tão poderosa quanto a que a abriga atualmente poderia dar uma guinada nos números da Record.

O Adnews tentou contatar as duas emissoras, mas os responsáveis não estavam imediatamente à disposição.

Fonte: Adnews

terça-feira, 10 de maio de 2011

Nem melhor nem pior que as novelas da Globo

Por: Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske

Produzida pelo SBT, Amor e Revolução é a primeira telenovela brasileira que – tardiamente – explora o regime militar em sua temática central. Não obstante o casal de protagonistas tenha sido batizado com nomes bíblicos (Maria e José) e sobrenomes sugestivos à sua trajetória (Paixão e Guerra), o produto é diferenciado e merece atenção especial. Sua distinção começa pelo roteiro, que, ao contrário da tradição da emissora de Silvio Santos de privilegiar textos transnacionais, é um original de Tiago Santiago, com colaboração de Renata Dias Gomes e Miguel Paiva. A direção também foi adequadamente escolhida, sendo seu responsável o experiente Reynaldo Boury, que durante anos atuou na Globo.

Ao contrário de sua antecessora, Uma Rosa com Amor, que foi ao ar com 100 capítulos gravados, Amor e Revolução estreou com uma frente de 24 episódios. Com isso, o SBT poderá realizar pesquisas de opinião junto aos telespectadores, para averiguar a aceitação do produto. Mercadologicamente, representa mais um divisor de águas no inconstante núcleo de teledramaturgia do canal, que revigora o mercado paulista de ficção seriada. A pré-produção foi assinada pelo recém-falecido Sérgio Madureira, o qual contratou cenógrafos e diretores de arte que fizeram escola na Globo. Para compor hematomas dignos de horas de intensa tortura, Madureira também renovou a equipe de especialistas em efeitos especiais.

No entanto, no plano tecno-estético o acabamento de Amor e Revolução deixou a desejar. Nada que comprometa a história, mas para mostrar a São Paulo dos anos 60, por exemplo, desfoques nos prédios mais modernos não foram suficientes, confundindo o telespectador. Ainda, os efeitos especiais que surgem no encerramento de cada capítulo, onde as três cores da bandeira nacional se intercalam com a imagem congelada dos atores, poderiam ser mais bem finalizados. Para completar o star system da novela, o elenco conta com os veteranos Lúcia Veríssimo, Reinaldo Gonzaga, Claudio Cavalcanti, Jayme Periard e Antônio Petrin. Por outro lado, rostos conhecidos da teledramaturgia do SBT, como Patricia de Sabrit e Gabriela Alves, têm desempenhado uma excelente presença nas cenas mais difíceis.

Reação dos militares

Passado pouco mais de um mês de exibição de Amor e Revolução, o mais perceptível não foi apenas o esforço do SBT em produzir teledramaturgia. Para além de seus méritos mercadológicos, os tiroteios, afogamentos e explosões reacenderam o debate sobre o período em que os militares assumiram o país. Apenas por este motivo a novela já teria valido a pena, estabelecendo-se como um bem simbólico digno que, para os limites de uma ficção, não é nem melhor nem pior que uma novela exibida na Globo. Na verdade, vai além, visto que aborda uma temática que a Globo não ousou tratar em suas telenovelas, ao representar temas tabus no Brasil, como a tortura. Não por acaso que Amor e Revolução tem sido a novela mais comentada da internet brasileira, especialmente entre os integrantes da rede social Twitter.

Cabe ressaltar que a estreia da novela coincidiu com a discussão gerada pela proposta de instalação da Comissão Nacional da Verdade, prevista no Projeto de Lei 7376/10, do Executivo, enviado ao Congresso Nacional em maio de 2010, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa significa o reconhecimento das violações contra os direitos humanos ocorridas durante o golpe, buscando esclarecer torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e crimes em geral acontecidos em território nacional e no exterior. Na verdade, trata-se de apenas uma das ações previstas no Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), mas que, por sua dimensão, ganhou notoriedade.

Neste quadro, como esperado, alguns oficiais das Forças Armadas manifestaram-se negativamente a respeito de Amor e Revolução. Os saudosos da censura organizaram um abaixo-assinado, através da Associação Beneficente dos Militares Inativos e Graduados da Aeronáutica (Abmigaer), solicitando que o Ministério Público Federal suspendesse a exibição da novela. O argumento principal foi que a reconstituição da história estaria ferindo a imagem da categoria, especialmente a memória dos militares que participaram do regime militar e seus familiares. Em nota, a Abmigaer cogitou que o governo federal seria simpatizante à exibição de Amor e Revolução, a partir de um suposto e infundado acordo firmado com o empresário Silvio Santos, que visaria ao saneamento da dívida do Banco PanAmericano.

Saldo essencial

A resposta do autor Tiago Santiago não tardou. Através da imprensa, esclareceu que a novela está sendo respeitosa com as Forças Armadas, através de personagens militares e oficiais democratas posicionados a favor da legalidade. Quanto ao descabido acordo entre o SBT e o governo federal, Santiago contestou, alegando que o trabalho de pré-produção foi iniciado anteriormente ao rombo no PanAmericano ser midiatizado e que o argumento da novela vem sendo pensado por ele há mais de 10 anos; lembrou, inclusive, que o projeto já havia sido oferecido à Globo nos anos 90. Assim, o assunto acabou arquivado, mesmo tendo potencial para voltar à tona, conforme a conjuntura e o próprio resultado da novela.

Ainda que na televisão a atração não registre a audiência esperada por seus executivos – oscilando entre cinco e sete pontos, conforme o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) –, o produto possui potencial de crescimento. Hoje a situação do SBT é diferente, mas nos anos 90 outros títulos produzidos pela emissora, como a requintada Éramos Seis, de Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, ou Fascinação, de Walcyr Carrasco, chegaram a atingir 24 e 17 pontos, respectivamente. Mais recentemente, em 2010, a novela Uma Rosa com Amor também surpreendeu: escrita por Vicente Sesso e adaptada por Santiago, registrou 10 pontos, um número excelente para o atual momento da emissora.

Embora seja difícil prever os rumos de Amor e Revolução, ao término de cada capítulo permanece a esperança de que, ao menos para o núcleo de teledramaturgia do SBT, dias melhores virão. O saldo desta realização será essencial para este futuro, já que fica difícil para a emissora, fundamentalmente com as dificuldades que enfrenta hoje, seguir investindo em uma área de custos elevados, como a teledramaturgia, se não obtiver dividendos positivos mínimos. Resta aguardar para ver se o telespectador se deixará envolver pela trama do canal de Silvio Santos, onde a teleficção durante anos esteve em segundo plano e mantém-se presentemente bastante incerta, sem um fluxo de produção constante e livre de interrupções.

Fonte: Observatório da Imprensa

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SBT & TELEVISA - Uma parceria de 29 anos

Por Valério Cruz Brittos e Éderson Silva

Quando o SBT decidiu, em 1982, exibir no Brasil o grande sucesso do mercado latino Los Ricos Tambien Lloran, da Televisa, todos se admiraram. Foi uma quebra dos padrões estabelecidos, diferenciando-se do modelo de teledramaturgia da Rede Globo. Silvio Santos foi ousado em trazer um êxito mexicano que todos consideravam uma trama inferior e sem a identidade nacional presente nas novelas da Globo. Senor Abravanel bateu o pé e decidiu comprar o produto, resgatando na televisão brasileira um tipo de telenovela que estava banido desde o fim do reinado de Glória Magadan como novelista, no final dos anos 60, na Globo.

Os Ricos Também Choram foi um grande sucesso no país, baseado no texto original de Inés Rodena, sob a produção do consagrado Valentim Pinsteim e com um elenco encabeçado por grandes estrelas mexicanas, como Verônica Castro e Rogelio Guerra, que fizeram um par romântico marcante. Tanto que, anos mais tarde, o SBT exibiu com êxito o remake desta novela, chamado Maria do Bairro, protagonizada por Thalía e Fernando Colunga, batendo com a Globo e seu padrão de qualidade. Este folhetim chegou aos 23 pontos de audiência, demonstrando força como produto econômico-cultural, capaz de romper barreiras de diferentes nacionalidades, línguas, culturas e preconceitos.

O SBT investiu muito nesta prática de importar folhetins mexicanos e nas décadas 80 e 90 várias tramas foram dubladas, com edições de aberturas e títulos traduzidos para o português. Foi uma iniciativa audaciosa e exitosa, tanto que muitas destas novelas são lembradas até hoje pelo público, como Carrossel, com seus 21 pontos de audiência. Quinze Anos, Esmeralda, A Usurpadora, A Mentira, Abraça-me Muito Forte, Simplesmente Maria, Camila, Sigo te Amando, Viviana, No Limite da paixão, A Madrasta, A Fera, Topázio, Vovô e Eu, Maria Isabel, Rubi, Marimar, Maria Mercedes, Carinha de Anjo e Serafim, só para citar alguns títulos, representaram outras opções de teledramaturgia.

Hoje, ainda que inexista um contrato permanente entre SBT e Televisa, os produtos dessa emissora voltaram à grade do canal de Silvio Santos. Assim, foi veiculada As Tontas Não Vão ao Céu na programação da tarde, logo vindo outra, Camaleões, obtendo audiência positiva para as expectativas do SBT. Trata-se de uma estratégia logicamente alternativa por parte da rede de Silvio Santos, que tem dificuldade de competir com Globo e Record na produção de telenovelas, sendo suas próprias realizações descontínuas e com qualidade inferior. Mas, nessa condição, pode-se dizer que o SBT vem obtendo resultados, já que consegue ocupar um espaço no mercado interno com custos baixos e rentabilidade.

Telenovelas e dramalhão

A telenovela brasileira, hoje com identidade própria, tem uma história relacionada com o chamado dramalhão. Assim enquadra-se diretamente a autora cubana Glória Madagan, que trabalhou na Rede Globo na década de 60, onde desenvolveu estas novelas de estilo dramático, como Sheik de Agadir e Eu Compro essa Mulher, que, na década de 90, ganhou uma versão mexicana, Yo Compro esa Mujer, protagonizada por Eduardo Yáñez e Letícia Calderón, com adaptação de Liliana Abud. Nessa direção, um dos maiores sucessos da TV brasileira, O Direito de Nascer, original de Félix Caignet, também tem procedência cubana.

Igualmente é de Cuba Inés Rodena, autora de clássicos como Os Ricos Também Choram, A Usurpadora, A Fera e Maria Mercedes, Marimar, Marisol, Viviana e La Dueña. Seguindo no dramalhão, o clássico peruano Simplesmente Maria ganhou uma versão brasileira em 1970, pela extinta TV Tupi, escrita por Benedito Ruy Barbosa e tendo como protagonistas Yoná Magalhães e Carlos Alberto. Ao todo, foram feitas três remakes deste folhetim, no Peru, Brasil e México. A versão mais recente, a do México, exibida pelo SBT na década de 90, atingiu 20 pontos de audiência e consagrou Victoria Ruffo como Maria Lopes.

Outro dramalhão, a novela mexicana Soy tu Dueña, original de Inés Rodena, enorme sucesso mundial (15 países), deve ser apresentado pelo SBT no horário de A História de Ana Raio e Zé Trovão, quando esta produção original da extinta TV Manchete terminar. Soy tu Dueña foi produzida por Nicandro Díaz, mesmo responsável pelos sucessos Amanhã é para Sempre e Destilando Amor, transmitida respectivamente na CNT e no SBT, que realizou, em 2001, um remake desta novela denominado Amor e Ódio. Com isso, o SBT prossegue na mencionada estratégia de veicular programas de baixo custo com possibilidade de retorno.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Com rombo de R$ 4,3 bi, PanAmericano não vê desvio de recursos

Por Toni Sciaretta

As fraudes do banco Panamericano foram tão complexas que os novos gestores decidiram apagar o passado e começar do zero uma nova contabilidade a partir de dezembro. O balanço apresentado nesta quarta-feira, portanto, mostra apenas os resultados do banco em dezembro (prejuízo líquido de R$ 133,6 milhões), o primeiro da nova gestão, sem revelar os resultados nem do último trimestre nem do ano de 2010 inteiro.

Os dados confirmam o rombo de R$ 4,3 bilhões, mas surpreendemente, os auditores não encontraram indícos de desvios de recursos das contas do banco, segundo o diretor superintendente do Panamericano, Celso Antunes da Costa.

A principal hipótese é que a fraude contábil tenha sido feita para encobrir uma operação deficitária decorrente de custos elevadíssimos com comissões para lojistas e demais distribuidores de crédito associados a uma captação de recursos com taxas elevadas.

"Torturamos os números e eles confessaram tudo. Não acredito que o rombo possa ser maior do que R$ 4,3 bilhões", disse Costa.

Segundo ele, as fraudes nos balanços do PanAmericano foram muito bem arquitetadas. "Não estou defendendo os auditores e todos que viram as contas do banco. Mas foi uma obra de inteligência para gerar as incosistências contábeis. Não foi fácil desarmar isso. Havia um grau de de automação muito grande."

Antunes acredita, porém, que uma minoria dos funcionários fazia parte da inteligência que arquitetou o mecanismo de manipulação dos números.

ROMBO

Em entrevista em São Paulo hoje, a nova administração do banco afirmou que as inconsistências de empréstimos cedidos a outros bancos e que não existiam eram muito grandes, além de ser muito difícil identificar o momento em que aconteceram. Isso tornou praticamente impossível fazer demonstrações financeiras por período.

Os administradores, então, iniciaram um trabalho de inventariado em que contabilizaram todos os empréstimos em vigor, bens e demais ativos do banco, ao mesmo tempo que identificaram todos os contratos e compromissos estabelecidos junto a clientes e fornecedores.

Dessa conta, descobriram que o patrimônio líquido, a soma de tudo que os acionistas tinham no banco, era de apenas R$ 197 milhões. Esse montante não era sufuciente para dar respaldo à carteira de crédito de R$ 13 bilhões emprestados aos clientes (incluindo sessões) e que estava baseada em uma posição patrimonial "fictícia" de R$ 1,5 bilhão.

Assim, o rombo no balanço do banco, inicialmente projetado em R$ 2,5 bilhões subiu em mais R$ 1,3 bilhão, somando R$ 3,8 bilhões, como foi confirmado pelo PanAmericano no início do mês. Além disso, outros ajustes não relacionados a inconsistências, no valor de R$ 500 milhões, aumentaram ainda mais a dívida do banco.

Depois que inventariou sua posição patrimonial, os novos contadores fizeram as demonstrações financeiras do que aconteceu em dezembro, único mês cheio sob a nova administração. Neste mês, o banco teve prejuízo de líquido de R$ 133,6 milhões.

Em 2009, o banco já havia apresentado um prejuízo de R$ 7,88 milhões. O balanço de 2008 foi o último em que os resultados do banco ficaram no "azul", com um ganho de R$ 73,5 milhões.

NEGÓCIO

O BTG Pactual e o Grupo Silvio Santos acertaram no último dia 31 de janeiro a venda do banco por R$ 450 milhões. O acordo também incluiu um empréstimo adicional pelo Fundo Garantidor de Créditos, entidade dirigida pelos bancos, de R$ 1,3 bilhão ao PanAmericano. Em novembro do ano passado, o fundo já havia emprestado R$ 2,5 bilhões. Os outros R$ 500 milhões foram tirados do próprio banco PanAmericano, de uma forma que o fundo ainda não explicou.

Em dezembro de 2009, a Caixa Econômica Federal havia adquirido 36,56% do capital total do banco por R$ 739,27 milhões. O restante das ações segue na Bolsa, com acionistas minoritários.

Reportagem da Folha publicada no último dia 3 aponta que a Caixa e o BTG Pactual ainda devem comprar R$ 14 bilhões em títulos e carteiras de crédito do banco para que ele possa funcionar em condições competitivas. A Caixa se comprometeu sozinha a colocar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões no PanAmericano.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Proer privado resgata Silvio Santos

Por David Friedlander e Leandro Modé

SÃO PAULO - Um Proer privado evitou a quebra do Panamericano e salvou o patrimônio do empresário Silvio Santos. Ontem à noite, o BTG Pactual comprou a participação de Silvio no Panamericano por R$ 450 milhões. O dinheiro foi usado por Silvio para liquidar a dívida de R$ 4 bilhões que ele contraiu com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para cobrir dois rombos em seu ex-banco. O restante será absorvido pelo FGC, em nome da preservação do sistema financeiro nacional.

Não foi à toa que Silvio saiu sorrindo da sede do BTG Pactual após a assinatura do negócio, na noite de ontem. Em uma só tacada, ele quitou uma dívida de R$ 4 bilhões por pouco mais de 10% do valor. E mais: protegeu a maior parte de seu patrimônio, que engloba o SBT e a empresa de cosméticos Jequiti, entre outras. Em contrapartida, abriu mão do banco, unidade mais rentável de seu grupo.

A engenharia da operação é a seguinte: Silvio não foi pago em dinheiro, mas em recebíveis do BTG, de André Esteves, no valor de R$ 450 milhões. Repassou esses títulos para o FGC e liquidou a dívida que tinha por causa do Panamericano. Cabe agora ao BTG definir quando vai pagar o FGC. O banco de André Esteves tem até 2028 para fazer isso, pagando uma correção 13% ao ano. Se decidir levar a dívida até o prazo final, terá pago R$ 3,8 bilhões ao FGC.

Mas o BTG pode quitar a dívida quando quiser. Se, por exemplo, resolver liquidar o débito amanhã, o fará por R$ 450 milhões. Nesse caso, o FGC assumiria um prejuízo de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Se usar o prazo máximo, o FGC receberá daqui a 17 anos R$ 3,8 bilhões sem correção.

O FGC é uma entidade criada pelos bancos em 1995 (época em que o governo fez o Proer, para socorrer instituições em dificuldades) com objetivo de garantir parte dos depósitos em caso de quebra de algum banco. O dinheiro que sai do fundo precisa da aprovação dos principais banqueiros do País. O Estado apurou que eles ficaram aborrecidos com a situação, mas julgaram que deixar o Panamericano quebrar poderia criar uma crise de confiança no sistema. Em setembro, o FGC tinha um patrimônio total de R$ 26 bilhões.

Em setembro, o Banco Central (BC) descobriu uma fraude no Panamericano que resultou em um rombo de R$ 2,5 bilhões. O FGC emprestou o dinheiro a Silvio, que colocou todo seu patrimônio pessoal como garantia.

Em janeiro, a atual administração do Panamericano, indicada pela Caixa Econômica Federal (que tem e manterá 49% do capital votante do banco), descobriu que o rombo era cerca de R$ 1,5 bilhão maior, totalizando R$ 4 bilhões. Para viabilizar a venda e a continuidade das operações do Panamericano, o FGC fez um novo aporte, de R$ 1,5 bilhão.

A partir de hoje, o banco passa a ser dirigido por José Luiz Acar Pedro, sócio do BTG e ex-vice-presidente do Bradesco.

Fonte: Estadão

GRUPO SILVIO SANTOS - O PanAmericano e a venda de concessões

Por Valério Cruz Brittos e Diego Costa

Há muito tempo, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) perdeu o segundo lugar de audiência para a Rede Record. Com isso, não há mais a histórica dicotomia Globo e SBT, tão forte nos anos 1980 e 90, e nem a força expressiva das empresas do Grupo Silvio Santos (GSS) como demonstrativos de ascensão empresarial. A crise no Banco PanAmericano derruba as possibilidades de crescimento do Grupo e deixa muito claro que Silvio Santos (SS) não tem como supervisionar (sempre) todas as operações de suas múltiplas organizações.

Com isto, resta aos seus descendentes assumirem as posições de liderança no Grupo, transição que SS tem feito nos últimos anos, mas ainda em ritmo lento, delegando as direções das empresas especialmente às suas filhas e genros. Mais do que isto, e mais intensamente no SBT, o que deveria ser feito é a constituição de uma administração profissional, formada por gente com experiência televisiva, e não por familiares sem trajetória na área. Isto facilita também a troca de gestores, quando necessário, por incompetência ou malversação de caixa.

As investigações do rombo no PanAmericano já começaram, tendo o Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo recebido notificação do Banco Central (BC) para tal. Ao mesmo, a Polícia Federal (PF) também abriu processo investigativo. No entanto, mesmo que o efetivamente ocorrido seja esclarecido e os responsáveis venham a ser apontados, isto não representará a regularização da situação econômica do Grupo Silvio Santos (GSS), pois o histórico do país aponta que não haverá devolução de recursos eventualmente desviados.

Auditoria não detectou desmandos

Inexistindo retorno dos recursos aos cofres do PanAmericano, caberá ao GSS honrar a dívida, já que o rombo decorrente da fraude foi assumido pelas empresas de Silvio Santos, através de empréstimo ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Assim, ao SBT resta fomentar a criatividade e estimular a inovação para tentar sair da crise, o que não é fácil, pois convive com o controle estreito de Silvio Santos e enfrenta um adversário direto rico, a Record, capitalizada com as transferências da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

Esta é a crise mais séria do SBT, ficando difícil antever-se uma solução, sem a venda de ativos. Isto porque o empréstimo contraído envolve praticamente todo o patrimônio das 44 empresas do GSS – entre elas Baú da Felicidade, Jequiti Cosméticos, Liderança Capitalização e Hotel Jequitimar –, orçadas em R$ 2,7 bilhões. Há, portanto, uma margem de manobra muito baixa, embora o empréstimo tenha 10 anos para pagamento. A primeira parcela vence três anos após a contração da dívida e não se identifica suporte para sua quitação.

Lembre-se que o colapso da rede de empresas do empresário Senor Abravanel, o carismático comunicador brasileiro Silvio Santos, foi anunciado em novembro de 2010. Com R$ 11.882 bilhões em ativos totais em junho de 2010, o PanAmericano era até então a 21ª maior instituição bancária do país. A Caixa Econômica Federal (CEF) havia comprado 49% do PanAmericano em 2009, ano em que, tudo indica, os desmandos já estavam ocorrendo, o que não foi detectado durante a auditoria que deve ter antecedido sua venda parcial.

Comercialização de canais

Sendo assim, um dos caminhos que tem sido ventilado é a venda de parte ou todo o SBT para outros grupos. Tal possibilidade foi aventada pela imprensa e o próprio SS já foi questionado sobre isso, num primeiro momento não descartando a alternativa. Isso, contudo, deve ser encarado com firmeza pelo Estado brasileiro: a comercialização de concessões não é permitida, depreende-se da legislação. Uma emissora de TV pode desfazer-se de seus ativos, o que envolve equipamentos, prédios e arquivos, mas não o canal de transmissão.

O alerta, não obstante, precisa ser feito, pois a história das comunicações brasileiras é repleta de casos de venda de concessões de televisão e rádio. O Ministério das Comunicações (Minicom) tem sido não raro um mero órgão de referendo de decisões privadas, não oficialmente explicitadas como venda, mas nesta direção constituídas e, inclusive, noticiadas. Se isto ocorre sem investigações e decorrentes punições, tem havido uma postura permissiva por parte das autoridades governamentais, que confirma (este e muitos outros) privilégios.

Compreende-se que o governo Dilma Rousseff deve ratificar a proibição, aproveitando que o assunto voltou à tona e que em início de mandato tem mais chances de passar matérias polêmicas no Congresso Nacional. Neste sentido, deve editar um texto legal explicitamente vedando a comercialização de concessões. Se uma organização recebe do Estado o direito de gerir um canal de radiodifusão é porque apresentou melhores condições de operação, cabendo ao Estado abrir novo concurso e decidir quem a sucederá, se desistir da outorga.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

TELENOVELAS - Os anos rebeldes

Por Valério Cruz Brittos e Francine Bandeira

Quando Pedro Damián negociou com a produtora Cris Morena Group os direitos de produção local da telenovela Rebelde Way não sabia que a trama – derivada de um original argentino – teria tanta repercussão, na mídia e no comércio, dentro e fora do México. Seguindo a velha fórmula de fazer novelas adolescentes, Rebelde, exibida no Brasil entre 2005 e 2007 pelo SBT (Sistema Brasileiro de Televisão), trouxe seis jovens cheios de complexos e sensualidade que tinham um interesse em comum: a música.

Até aí, tudo bem, telenovela mexicana, SBT, meninas de saias curtíssimas, cabelos com mechas coloridas, rebeldias e crianças assistindo. Crianças assistindo?! Durante dois anos de exibição, a narrativa gerou discussões e diversos posicionamentos contrários e a favor do melodrama. Pais, professores e psicólogos versus crianças, mídia e comerciantes. Não que os comerciantes tenham assistido à novela. O fato é que eles muito lucraram com a febre de rebeldia daquela época (assim como buscam rentabilizar outras rebeldias, posicionamentos e sensações).

Apresentem-se os números: a média de público estimado em shows no Brasil, em 2006, foi de 700 mil pessoas, 44 milhões de chicletes foram mascados, 150 mil bonecas foram manipuladas por crianças e, incrivelmente, até por adultos, com venda de 10 milhões de revistas e pôsteres, todos levando a marca "Rebelde". O consumo fala mais alto sempre e as lojas eram lotadas de produtos relacionados à produção e à banda RBD, que saiu da ficção para as paradas de sucesso e shows lotados de fãs orgulhosos. Foi uma grande festa para o comércio brasileiro.

Uma (falsa) realidade bonita

O canal SBT já exibiu telenovelas direcionadas para o público infantil vistas com bons olhos por pais e educadores, duas delas tendo sido produzidas pelo mesmo produtor de Rebelde: Vovô e Eu e Luz Clarita. As tramas traziam crianças como protagonistas, deixando a realidade mais próxima de quem as assistia. Diferente, contudo, deRebelde, que carregava um elenco adulto interpretando jovens de 15 a 17 anos.

O figurino (saia curta, gravata e bota de cano alto) era mais ousado – ao contrário da versão argentina –, explorando descaradamente a sensualidade das atrizes, o que ajudou no sucesso da novela, obviamente. Não havia lugar onde não se encontrasse uma criança com esse tal uniforme imitando poses das personagens. Psicólogos se arriscam a dizer que o fanatismo das crianças se deve ao fato da novela mostrar uma (falsa) realidade bonita, próxima da perfeição e com personagens belos. Professores denunciam alunas que usavam maquiagem carregada no período matutino – imitação de uma das protagonistas: a "rebelde" mais rebelde, Roberta Pardo.

Botas de cano alto, gravatas desalinhadas

A mídia pescou, faz tempo, que o belo atrai (também) o público infantil, e usa isso como estratégia para fisgar telespectadores. A realidade mostrada encanta qualquer um: Elite Way School era um colégio de prestígio frequentado por alunos de classe média alta que desfilavam pelos corredores com notebooks, celulares de última geração, motoristas, limusines e todo esse universo que o dinheiro pode proporcionar.

Talvez a discussão volte neste 2011, já que a Rede Record está envolvida no desenvolvimento da Rebelde brasileira. Diferente da mexicana, que contava com um elenco conhecido, a emissora vai apostar em novos talentos. Aos poucos estão divulgando fotos e informações, todo um mistério capaz de instigar mais aquele público que ficou órfão quando o último capítulo da novela foi exibido, em 2007. Não se sabe se um grande sucesso é esperado, pois atualmente, da pré-adolescência em diante, os valores e modismos seguem em mutação permanente. Mas se a produção for similar à mexicana, pode-se esperar a volta das botas de cano alto e gravatas desalinhadas.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Boas notícias sobre Silvio Santos

Por Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske

Considerado um dos maiores ícones da televisão brasileira, Silvio Santos voltou a ter notoriedade midiática nos últimos meses. Estranhamente, semanas depois que as primeiras notícias sobre o rombo em seu Banco PanAmericano foram divulgadas, a imagem do animador de auditório foi fortalecida junto à opinião pública. O tratamento da imprensa ao caso revelou uma espécie de afetividade por aquele que, durante muitos anos, tem alegrado com programas populares e gincanas lúdicas os domingos de milhões de brasileiros.

Pode-se afirmar que este fenômeno de midiatização ocorreu, em parte, pela postura de Silvio Santos em não apenas assumir publicamente a incompetência de seus executivos como gestores financeiros, mas especialmente por oferecer suas empresas como garantia ao empréstimo de R$ 2,5 bilhões – valor necessário para injetar fôlego no PanAmericano. Na semana que precedeu o escândalo, o apresentador-empresário informou aos principais jornais do país que o Grupo Silvio Santos processaria cível e criminalmente os diretores do banco.

Por outro lado, a comemoração de seus 80 anos, festejados no último dia 12/12, relativizou em grande medida o peso do escândalo. Por parte da mídia televisiva, a contrapartida também não tardou: o discurso do vendedor-ambulante que se transformou em um magnata da TV, sempre creditando estímulo ao país através de suas empresas e preocupado com o acesso das classes populares a bens de consumo, voltou com força total.

Fotos e vídeos em momentos familiares íntimos

Em meio à amabilidade midiática instaurada, o mais surpreendente foi uma reportagem de Marcelo Rezende, exibida no último dia 28/11 no Domingo Espetacular, da Record. Uma homenagem de cunho jornalístico que nem mesmo o próprio SBT lhe concedeu. O discurso positivo foi mantido: Rezende revisitou a infância de Silvio Santos no Rio de Janeiro, narrando como o garoto pobre construiu seu conglomerado de empresas. Colheu ainda depoimentos de artistas notórios do SBT, como Carlos Alberto de Nóbrega e Raul Gil, além de funcionários e admiradores do empresário, entre eles José Messias, Liminha e Gonçalo Roque. Já a fraude bilionária no Banco PanAmericano, anunciada na semana que antecedeu a edição do programa como a essência da reportagem, recebeu tratamento superficial.

As mais de 40 horas de gravações foram comprimidas em uma matéria especial de 50 minutos. Apesar do SBT estar em cena, no quesito audiência quem levou a melhor foi a Record. Nesta edição, o Domingo Espetacular obteve 17 pontos de média com picos de 23, encostando na Globo e ocupando a vice-liderança isolada no Ibope. Tratou-se da melhor marca já registrada pelo programa, no ar desde 2004. Na mesma faixa de horário, Globo e SBT registraram uma média de 20 e 10 pontos, respectivamente. Durante a exibição da trajetória de Silvio Santos, a Record venceu a Globo com 21 pontos de média contra 16, deixando a emissora de Edir Macedo na liderança por mais de 45 minutos.

No SBT, a homenagem a Silvio Santos recebeu tratamento alinhado ao tradicional posicionamento da emissora. Sem anuncio prévio na programação – que poderia lhe render os mesmos excelentes índices de audiência da Record –, um Silvio Santos alegre, honesto e preocupado com os funcionários de suas empresas, interrompeu o programa Domingo Legal, apresentado por Celso Portiolli. Com 20 minutos de duração, a homenagem foi legitimada pela voz de Marília Gabriela, privilegiando depoimentos das filhas do apresentador. A novidade ficou por conta das fotos e vídeos de Silvio Santos em momentos familiares íntimos.

Nem tudo está tão diferente no SBT

Atualmente, as 37 empresas que compõem o Grupo Silvio Santos empregam mais de 11 mil funcionários, no Brasil e no exterior. Após o escândalo financeiro, cogitou-se a transferência da sede do grupo para o SBT. Recentemente, um relatório elaborado pelo Banco Central (BC) apontou que 14 executivos do banco estavam envolvidos no rombo. Entre diretores e membros do Conselho de Administração, também teriam sido responsabilizados o ex-presidente Luiz Sebastião Sandoval e o atual, Guilherme Stoliar, que é sobrinho de Silvio Santos. Mais do que um desafio, a crise representa a oportunidade de profissionalizar a gestão, livrando a emissora dos familiares que ocupam cargos administrativos.

Para o SBT, sob o ponto de vista mercadológico, a crise não poderia ter chegado em pior momento. Após gozar da vice-liderança isolada na TV aberta brasileira por mais de 25 anos, a emissora depara com a eficácia do "comércio das almas" praticado pela Record. Filiada à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), a TV de Edir Macedo encontrou no dízimo dos fiéis um modelo de financiamento muito mais lucrativo que os produtos para o lar do Baú da Felicidade. Nesta direção, a midiatização de Silvio Santos é positiva especialmente para o SBT, uma vez que a empresa centraliza suas ações na figura do apresentador.

Após o rombo no PanAmericano, ainda que timidamente, alguns reflexos já puderam ser vistos na tela da emissora. Entre medidas de contenção de despesas está o cancelamento de gravações no exterior e até a redução de salário de seus artistas. No que é perceptível ao telespectador, a emissora deslocou o policial Boletim de Ocorrências para 18 horas (concorrendo diretamente com o Brasil Urgente, da Band) e incumbiu Carlos Massa, o popular Ratinho, de alavancar a audiência do prime time, o horário nobre. A estratégia mostrou-se acertada, uma vez que o programa obteve altos índices de audiência para a atual situação do SBT: segundo dados prévios da Grande São Paulo, fechou com média de seis pontos e picos de 12.

Ainda se chegou a cogitar a possibilidade do SBT vender seus horários na madrugada a líderes evangélicos. Conforme divulgou a emissora, as propostas não interessaram sob nenhum aspecto. Rapidamente, a saída encontrada foi muito mais à la Silvio Santos, com a estreia do programa Participe e Ganhe. Em um cenário pouco atrativo, a apresentadora Helen Ganzarolli se esforçou para motivar o telespectador a ligar para o telefone tarifado que aparecia no vídeo. Nem deu tempo de respirar. Com pouca audiência e rentabilidade pífia, o programa foi cancelado em menos de 24 horas. Apenas um indício de que nem tudo está tão diferente no SBT.

Fonte: Observatório da Imprensa

sábado, 18 de dezembro de 2010

Silvio Santos admite em carta a ex-executivo que terá de 'enxugar' grupo

Redação Bol

O ex-presidente do Grupo Silvio Santos, Luiz Sandoval, disse que recebeu um presente de Natal do ex-patrão no mesmo dia em que a Polícia Federal invadia a sua casa numa operação de busca e apreensão. Silvio Santos enviou a ele um urso de pelúcia cheio de suvenires e um cartão.

O dono do SBT diz na carta que o grupo terá "o seu tamanho muito diminuído". Sandoval afirma que se posicionou contra a decisão de Silvio de enxugar os negócios e que essa foi a razão de seu desligamento da holding.

Na carta, o apresentador define o ex-auxiliar como brilhante e eficiente. "E ainda diz 'conte sempre com esse amigo e admirador agradecido'. Depois dessa confusão toda, quer carta de referência melhor do que essa?", diz Sandoval.

Ele começou a escrever um livro sobre administração de empresas em que conta histórias dos 40 anos em que trabalhou com Silvio.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha deste sábado (18). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

PANAMERICANO

O Grupo Silvio Santos, principal acionista do PanAmericano, precisou colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil.

O BC descobriu que o banco vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

Fonte: Bol

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A volta das telenovelas mexicanas

Por Valério Cruz Brittos e Éderson Pinheiro da Silva

SBT vem tentando incessantemente repetir o sucesso alcançado no passado com telenovelas que marcaram a década de 90, como A Usurpadora, A Mentira, Carrossel e Esmeralda. O investimento expresso na contratação do novelista Tiago Santiago rendeu bons frutos, com o remake de Uma Rosa com Amor, original de Vicente Sesso. Porém, os poucos recursos disponíveis, especialmente de autores suficientes para escreverem folhetins, fez com que a emissora de Silvio Santos voltasse ao passado, na busca por resultados positivos.

Historicamente, a primeira opção do SBT sempre foi a exibição de produções mexicanas, em virtude do êxito desses produtos e do laço então existente com a Televisa, a maior exportadora de novelas no mundo. Com o tempo, esta tática simples de trazer folhetins importados acabou não mais agradando ao público e, com isso, foram amargados vários fracassos, que culminaram no rompimento do contrato com a Televisa. Silvio Santos passou a se utilizar de outras formas para impulsionar o setor e trouxe as tramas da extinta Manchete. A exibição do clássico Pantanal foi um grande êxito, pois conseguiu colocar o SBT, naquele horário, de volta ao antigo posto de segunda emissora de maior audiência no país.

Logo após este sucesso, a mulher de Silvio Santos, Íris Abravanel, encarregou-se de escrever os próximos folhetins, Revelação e Vende-se um Véu de Noiva, os quais foram dois tremendos fracassos, gerando falta de perspectiva quanto ao futuro da dramaturgia na emissora. Sem autores para desenvolverem histórias que preenchessem o horário, depois do fim de Uma Rosa Com Amor, o SBT voltou com reprises para segurar a audiência. A escolhida foi Canavial de Paixões, versão da telenovela mexicana Cañaveral de Pasiones, original de Caridad Bravo Adams, e seguem outras apresentações no horário vespertino, como Esmeralda, também uma adaptação. Isso sem falar na veiculação original de As Tontas Não Vão Ao Céu, retornando com as novelas da Televisa, sempre indo e vindo para o SBT.

Número reduzido de roteiristas criativos

As tardes do canal possuem três teleficções, Pérola Negra, Esmeralda e As Tontas Não Vão Céu, num horário antes pertencente aos filmes, na tradicional sessão Cinema em Casa. Existem sérios riscos destas atrações, não obtendo o retorno desejado, terem seus finais abruptamente encerrados, com o recurso da edição, um dos problemas mais graves que Silvio Santos tem provocado, com mudanças repentinas de horários e término antecipado de programas, de acordo com seu desempenho. Ao final de Canavial de Paixões, deve estrear a inédita Corações Feridos, de Íris Abravanel – não tão inédita assim, pois se trata de uma adaptação da mexicana La Mentira, antigo sucesso do canal.

Há um obstáculo persistente na teledramaturgia nacional: o número reduzido de roteiristas criativos para fazer a diferença, o que tem provocado a importação de tramas (prontas ou roteiros), para sobrevivência das emissoras no universo dramatúrgico, com exceção da Globo, que tem a maior fábrica de audiovisual do Brasil. Escritores, assim como elenco conhecido, estão cada vez mais escassos, com a disputa constante das emissoras pelo mercado da teledramaturgia, liderado pela Globo e, num segundo e distante plano, a Record. O público acostumou-se a ver textos realistas, onde se identificam, considerando-se representados, assim como seu dia-a-dia. Este sempre foi um dos maiores trunfos da sobrevivência da telenovela brasileira, em meio à diversidade e às adversidades televisivas.

Fonte: Observatório de Imprensa

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Band e SBT disputam 3° lugar na audiência

Com média de quatro pontos, Band e SBT disputam o terceiro lugar no ranking da audiência. O cenário, que mostrava a emissora Band em quarto lugar, mudou após o início do horário eleitoral.

As informações da coluna Outro Canal mostram que nas últimas semanas as duas emissoras empataram nas médias de audiência das 18h à 0h em quase todos os dias, de segunda a sexta.

No entanto, o cenário muda durante os finais de semana quando o SBT consegue rever o posto com 9,8 pontos, contra 2,6 da Band (média do último domingo).

Fonte: Adnews