quinta-feira, 29 de setembro de 2011

TV digital: Sucesso do Ginga será fora do Brasil

Por Ana Paula Lobo e Luiz Queiroz

No Rio Info 2011, evento que discute negócios de TIC, no Rio de Janeiro, especialistas admitem que o Ginga, middleware de interatividade, desenvolvido no país, perdeu a chance de ser transformador dos negócios na TV aberta.
"Não adianta procurar culpados, mas é fato que o mercado Ginga não evoluiu como se esperava e devia no Brasil", afirma Salustiano Fagundes, da HXD, desenvolvedora local de software, especializada em aplicativos para TV digital.
Para Fagundes, o middleware de interatividade na TV aberta será, agora, apenas mais uma tecnologia disponível. Mas isso não significa que o Ginga morreu. "Ele terá um futuro brilhante no IPTV e pode, sim, abrir frentes na TV digital", sustenta.
Marcelo Moreno, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, e um dos articuladores da defesa do Ginga como padrão para o IPTV junto à União Internacional de Telecomunicações, concorda que faltam modelos de negócios por parte das radiodifusoras para o uso da interatividade.
"Hoje o ginga está sendo trabalhado para conteúdos próprios. Não é possível usar nenhum canal interativo para conteúdo que não seja da própria emissora. Isso retarda a oferta de novos negócios", afirmou Moreno.
Com relação ao IPTV no Brasil - agora que as teles estão autorizadas a atuarem neste segmento - a maior preocupação é com a adoção de plataformas proprietárias. "O Ginga tem espaço porque ele harmoniza diferentes plataformas. O consumidor não quer saber se o conteúdo é broacast ou broadband. Ele quer acessar. E esse papel que queremos para o Ginga - harmonizar diferentes plataformas", afirma.
O ponto forte do debate sobre TV digital e aplicações foi a constatação que o Ginga fará mais sucesso fora do que dentro do Brasil. "Parece que tecnologia nacional não tem muito espaço aqui dentro", lamenta Moreno. Assista a posição de Marcelo Moreno, da UFJF, e de Salustiano Fagundes, da HXD, sobre Ginga e TV digital no Brasil e no mundo, na CDTV, do Convergência Digital.

Fonte: Convergência Digital

Globo News faz 15 anos

A Globo News preparou programação especial de aniversário para comemorar seus 15 anos, que serão completados em outubro. Neste domingo, dia 02 de outubro, Pedro Bial apresenta a série ‘O Futuro do Mundo’. Em quatro episódios, o especial discute as perspectivas do planeta para este e para os próximos séculos em diversos aspectos, como política, economia, meio-ambiente, comportamento, ciências e tecnologias.
 
No episódio de estreia, o repórter Geneton Moraes Neto entrevista o sociólogo Demétrio Magnoli e o diplomata Marcos Azambuja. Eles discutem, entre outros temas, o papel da ONU e dos países emergentes e o dilema brasileiro de não conseguir crescer como gostaria nos setores da educação e tecnologia. Para os outros episódios, Luis Fernando Silva Pinto, Christiane Pelajo, Jorge Pontual, Cristina Serra, Leila Sterenberg, Monica Sanches, Sandra Moreyra, Ricardo Lessa, Francisco José e Carlos de Lannoy entrevistam ainda especialistas de diferentes áreas, como o filósofo da informação, estudioso das interações entre a internet e a sociedade, Pierre Levy; o físico Mário Novello; o cientista político americano George Friedman; o historiador Nicolau Sevcenko; o especialista em terrorismo Gabriel Weimann; e a bióloga molecular e geneticista brasileira Mayana Zatz.
 
Na terça-feira, dia 04, o ‘Starte’ de Bianca Ramoneda traz o especial ‘Grandes Atores’, que entrevista alguns dos principais nomes da teledramaturgia e do teatro brasileiros. No primeiro episódio, o ator Walmor Chagas conta o que tem feito desde que deixou os palcos e as telas para se refugiar em seu sítio em Guaratinguetá, em São Paulo, onde mora há 19 anos. “Hoje se faz um teatro que não é mais da minha época. O artista tem o seu tempo, ele é como o atleta. Ele é um acrobata intelectual, então tem o período de auge na carreira e depois vai decaindo”, defende Walmor, aos 80 anos de idade. Nas semanas seguintes, é a vez de Bianca Ramoneda receber os atores Lima Duarte, Juca de Oliveira e Paulo José.  
 
Na quinta-feira, dia 06, a jornalista Miriam Leitão fala sobre os últimos 15 anos no Brasil e no mundo e discute as expectativas para os próximos 15 anos na economia e mercado mundiais. O especial ‘Miriam 15 + 15’ conta com a participação especial de José Murilo Carvalho, da Academia Brasileira de Ciência; do economista Lara Resende; e do músico Marcelo Yuka, que serão entrevistados por Miriam no estúdio do programa. Uma plateia formada por estudantes de jornalismo, economia e administração também participarão do debate.
 
O ‘Mundo S/A’ exibe a partir do dia 10 uma série de quatro episódios especiais. Nos dois primeiros, o repórter Rodrigo Carvalho apresenta reportagens sobre gestão e liderança. Nas duas segundas seguintes, é a vez do repórter Silio Boccanera mostrar a excelência de ensino das universidades de Oxford e Cambridge, as duas instituições acadêmicas mais antigas e reconhecidas da Inglaterra.
 
O ‘Jornal das Dez’, apresentado diariamente às 22 horas, também traz uma cobertura especial para comemorar o aniversário do canal. Na semana de 11 a 15 de outubro, o telejornal traz uma série de cinco reportagens especiais. Os temas foram escolhidos pelos assinantes, que puderam votar no site da Globo News nas coberturas que gostariam de rever. O telespectador poderá conferir o que aconteceu na época e como está o caso atualmente. Os temas mais votados pelos internautas foram: a crise do mensalão; as tragédias causadas pelas fortes chuvas no Rio de Janeiro em 2010 e 2011; a crise financeira mundial de 2008; as eleições presidenciais brasileiras de 1998, 2002 e 2006; e os acidentes aéreos no Brasil do Fokker 100 da TAM, do Boeing da Gol e do Airbus da TAM. 

Fonte: Adnews

Banda larga atinge 557,8 milhões de acessos no mundo, diz estudo

Na esteira dos países emergentes, que demandam um número cada vez maior de conexões à Internet em banda larga, o mundo atingiu 557,8 milhões de assinantes dos serviços ao final do segundo trimestre deste ano. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira 28, pela consultoria Point Topic, durante o Broadband Forum, em Paris.
De acordo com levantamento, entre abril e junho deste ano foram adicionados 29 milhões de novas conexões à base de clientes das operadoras de todo o mundo. O resultado é fruto da expansão de países Brics, grupo de economias em ascensão, dentre elas o Brasil, onde a quantidade de acessos ao serviço cresceu 5,13% no período.
Já os países asiáticos foram responsáveis por 55% dos novos acessos, com destaque para a expansão do número de conexões da China. O relatório aponta também que a demanda por IPTV, modelo de televisão que usa a conexão à Internet, impactou positivamente o crescimento dos acessos em banda larga no continente. Hoje o IPTV tem 50 milhões de assinantes, ou seja, 9,2% do total de domicílios com acesso à Internet de alta velocidade. Entretanto, com a demanda em alta pelo serviço na China, a tendência é de que a Ásia supere a Europa em número de assinantes desta modalidade de televisão paga até 2012. Atualmente a França é o país onde há a maior penetração do IPTV, que chega a mais de 50% das residências francesas, somando 11,5 milhões de assinantes. A China vem logo atrás, com 10,5 milhões de assinantes do serviço, mas a penetração é menor: 7,6% dos domicílios.

Fonte: Tela Viva

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

YouTube fecha contratos para se lançar contra a TV paga

O Google já está em fase de fechamento de contratos com as empresas que oferecerão os canais de conteúdo próprio no YouTube.

De acordo com o Wall Street Journal, o primeiro pacote de dez canais já está praticamente fechado.  Várias dessas fornecedoras de vídeo têm apresentado trabalhos ao YouTube desde o começo do ano na esperança de figurar entre os controladores dos 20 canais fixos que o site irá lançar - e deve estrear já em janeiro de 2012.

Em julho, a gigante de buscas já disponibilizou o que pode ser o novo
layout do portal, que oferecerá um serviço bem parecido com o das operadoras de TV paga: canais de esportes, entretenimento, alimentação etc. E os escolhidos para preencher esses espaços terão uma série de benefícios, como um empréstimo de US$ 5 milhões e um lugar de destaque no site. Além disso, o próprio YouTube se encarregará de vender publicidade até que o canal consiga devolver a ajuda de custo – depois, site e produtor dividirão os ganhos 50-50.

Serão fechados contratos de três anos com cada produtor, mas por pelo menos um ano todo o conteúdo  será exclusivo para o YouTube. Os criadores terão propriedade plena de tudo o que for para o site.


Fonte: Adnews

TV paga terá regulamentos separados para distribuição e conteúdo

Por Luis Osvaldo Grossmann

A área técnica da Anatel deve concluir até o fim desta semana a proposta de regulamentação da Lei 12.485/2011, que modifica o mercado de TV por assinatura e abre esse setor para as teles, nos temas relacionados à distribuição. Apesar de discutida em conjunto com a Ancine, cada órgão regulador deverá aprovar regras em sua seara.

A expectativa na Anatel é que a regulamentação venha a ser aprovada em definitivo até março do próximo ano – ao fim, portanto, dos 180 dias previstos na Lei. Próximo desse prazo, porém, a agência já deve indicar aos interessados nas novas licenças que se manifestem.

Uma triagem nos cerca de 1,2 mil pedidos acumulados nos últimos 10 anos, especialmente para TV a cabo, resultou em 700 requerimentos ainda válidos, mas sobre os quais as empresas deverão se manifestar se ainda há interesse em atuar com base nesses pedidos.

Um dos pontos que constará do regulamento será o carregamento dos canais obrigatórios (must carry) para todas as tecnologias. Isso significa que mesmo no serviço prestado via satélite com DTH essa obrigação deverá ser respeitada. “A única exceção deverá ser o MMDS”, explicou o superintendente de comunicação de massa da Anatel, Ara Minassian.



Fonte: Convergência Digital

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Uma proposta de reestruturação

Por Valério Cruz Brittos e César Ricardo Siqueira Bolaño

Apresenta-se aqui uma proposta de mudança estrutural da TV de massa no Brasil. O esboço de proposta aqui apresentado, que tem sido defendido pelos autores em diferentes fóruns e situações, é muito simples na sua formulação, embora envolva problemas de difícil solução no que se refere à construção social de uma nova institucionalidade que só será possível a partir de uma mudança efetiva na balança de poder entre os diferentes agentes envolvidos na regulação das comunicações.
O Brasil conta, desde o início da década de 1970, com um sistema público estatal de televisão educativa, atingindo praticamente todo o território nacional, constituído por emissoras ligadas, na sua maioria, aos governos estaduais – com algumas poucas ligadas às universidades federais públicas presentes no respectivo estado da federação, como é o caso no da TV Educativa de Pernambuco. Trata-se de uma criação do regime militar instaurado no Brasil a partir de 1964, que optou por manter o sistema comercial privado, apoiando fortemente a sua concentração em torno da Rede Globo de Televisão, mas não abriu mão do controle de uma rede pública estatal.
Princípio da complementaridade
Um princípio que pode ser tomado como consensual é aquele constitucional da complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal, mesmo que as definições de cada um desses conceitos ainda não existam, nos termos da lei, sendo a sua definição parte do problema, que não será tratada aqui. Em todo caso, pode-se partir dos seguintes princípios:
a) O sistema privado não se pode eximir das obrigações de serviço público, visto tratar-se de concessão pública, exigindo, no caso dos países plenamente democráticos, contratos de concessão, cadernos de encargos e controle público sobre os conteúdos, de modo a evitar as distorções conhecidas no mercado brasileiro: censura privada e manipulação.
b) O sistema público estatal deve submeter-se também a formas democráticas de controle público, evitando concentração de poder e uso político dos meios.
c) O sistema público não estatal (ou privado sem fins lucrativos, se se preferir, como é o caso da TV comunitária, ou da universitária conhecida no Brasil), assim como o estatal, deve atuar excluído da lógica da publicidade comercial, salvo as exceções conhecidas de patrocínio cultural, conforme regulamentação específica.
Três redes nacionais
Tendo em vista que as necessidades do sistema público não estatal, não lucrativo, devem ser preenchidas, de alguma forma, pelo Estado, não diferindo, em essência, daquelas do público estatal (financiamento e qualificação técnica), pode-se pensar num modelo constituído, à moda europeia, no seu conjunto por dois setores (público e comercial). Do ponto de vista da complementaridade, à produção regional, independente e plural deve-se garantir direito de acesso à antena, tanto no sistema privado, quanto no público.
Assim, pode-se pensar, como na Europa, em um sistema público constituído por três redes nacionais, a saber:
a) Um primeiro canal centralizado, à maneira do que pretende ser a TV Brasil, com capacidade de concorrer pela liderança de audiência em nível nacional. Um canal deste tipo deveria propor-se a conquistar uma participação de 30% da audiência nacional (share).
b) Um segundo canal mais segmentado – que poderia ser definido em nível estadual, como as atuais emissoras educativas, mas com o mesmo elevado grau de autonomia financeira e de gestão pensada para a primeira TV e dispondo de mecanismos semelhantes de controle público. Teria por objetivo algo em torno de 15% de share diário, podendo disputar espaço com a primeira rede em determinados momentos, através de uma programação mais vinculada à cultura local.
c) O terceiro canal totalmente descentralizado, com uma grade estruturada à base de produção local independente, muito próximo do que deveria ser uma TV comunitária. A coordenação da grade se daria, de um modo geral, em nível local, mas o conjunto das emissoras desse sistema se articularia em rede nacional, em determinados horários, de modo a permitir que toda a produção local pudesse atingir, em algum momento, a audiência nacional, como ocorre tradicionalmente com a televisão pública alemã, por exemplo. Em média poder-se-ia supor um share de 5%.
Homogeneidade da programação
Evidentemente, tal proposta é para a televisão aberta. A TV pública também deve participar de alguma forma da televisão fechada, mas isso não será tão importante, no caso da consecução de uma proposta deste matiz. Se somados os índices propostos como objetivo para cada uma das três redes, tem-se participação em precisamente metade da audiência nacional, o que garante complementaridade e equilíbrio ao conjunto do sistema. Claro que, além dessas, permaneceriam, e com sinal aberto, as emissoras do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, com a incumbência explícita de transmitir as sessões do plenário e das comissões das respectivas casas, por exemplo, cumprindo sempre a obrigação de publicidade, sem preocupação com índices de audiência. Também o Canal Brasil, criado para atender à exigência legal de divulgação do cinema brasileiro, deveria ser distribuído em aberto, assim como outros canais de utilidade pública (como de t-government e educação à distância – EAD) e de serviço eventual.
Na medida em que permite a ampliação do espectro, a TV digital serve à proposta aqui esboçada. Além disso, nas negociações em torno da reestruturação do sistema atual, visivelmente inadequado – seja do ponto de vista democrático, da competitividade sistêmica do país na área ou da preservação da diversidade cultural e da cultura brasileira –, será preciso discutir o interesse nacional em manter determinado tipo de empresa atualmente em funcionamento, que prima pelo oferecimento de todo tipo de conteúdo religioso, tele-compras e programação de qualidade duvidosa.
Por certo, não cabe aqui julgar a programação das emissoras, mas é inegável que a sociedade brasileira deve dispor de mecanismos democráticos para tal, já que a própria homogeneidade da programação, que impera mesmo nas redes comerciais mais conhecidas, dadas as limitações do espectro – que se reproduzirão, aliás, em grande medida, na televisão digital, dada a solução a que se chegou, no Brasil, de deixar a decisão a respeito de sua utilização basicamente nas mãos dos atuais radiodifusores –, representa uma censura estrutural a qualquer conteúdo divergente daqueles definidos pelos setores hegemônicos da comunicação social, que ainda detêm o monopólio da mediação social no país.

[Valério Cruz Brittos e César Ricardo Siqueira Bolaño são, respectivamente, professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos; e professor da Universidade Federal de Sergipe, coordenador do Obscom, presidente da Alaic e doutor em Economia pela Unicamp]


Fonte: Observatório da Imprensa

Massificação do acesso à web é tema de fórum Ibero-americano

A Associação Ibero-Americana de Centros de Pesquisa e Empresas de Telecomunicações (AHCIET) promoverá, juntamente com a Telebrasil – Associação Brasileira de Telecomunicações, o II Fórum Ibero-Americano para o Desenvolvimento da Banda Larga, que acontecerá na sede da Assembleia Legislativa de São Paulo, nos dias 7 e 8 de novembro. O evento contará com a presença de representantes de governos da região, reguladores, operadores de serviços de telecomunicações, organismos internacionais e provedores de conteúdo e de aplicações e de outros formadores de opinião.
O Fórum é realizado também com apoio de entidades brasileiras, como o Governo do Estado de São Paulo, Ministério das Comunicações, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel),  Ministério da Ciência e Tecnologia, e Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel); e internacionais, como a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e o Programa @LIS (Aliança para a Sociedade da Informação) da Comissão Europeia, de cooperação entre a União Europeia e a América Latina e Caribe.
Partindo do princípio de que a implantação de redes de nova geração vai requerer um novo e importante esforço de investimento, o evento abre espaço para se buscar propostas de fomento a um ambiente que possibilite o desenvolvimento de modelos sustentáveis de negócios no mercado latino-americano de banda larga.
O Fórum foi estruturado com o objetivo de facilitar do diálogo público-privado. A abertura terá a presença dos presidentes da AHCIET, Roberto Blois, e da Telefônica Brasil e da Telebrasil, Antonio Carlos Valente. Também participarão o Secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, deputado Júlio Semeghini (PSDB-SP); o Secretário da Fazenda de São Paulo, Andrea Calabi; o presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE); e o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado, senador Eduardo Braga (PMDB-AM) e do deputado estadual de São Paulo, Edmir Chedid (DEM-SP).
Conferências - A conferência de abertura será realizada pela economista Claudia Viegas, da LCA Consultores, e por Alexander Castro, diretor de regulação do SindiTelebrasil – Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal. O tema geral do evento será a “A Banda Larga – Oportunidades e Desafios para se alcançar um modelo sustentável”.
O II Fórum seguirá em quatro painéis. O primeiro - “Políticas Públicas de Estímulo para o Desenvolvimento da Banda Larga: Progressos 2011 e Perspectivas 2015/2020”, terá como moderador o diretor do Columbia Institute for Teleinformation, Raul Katz. Participarão ainda das discussões nesse momento, com representantes do Ministério das Comunicações, o chefe do Departamento de Políticas e Estratégias da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Mario Maniewicz; o Subsecretário das Telecomunicações do Chile, Jorge Atton; o diretor executivo da Comissão de regulação de Comunicações da Colômbia, Cristhian Lizcano; e a presidente do Conselho Diretivo da Superintendência de Telecomunicações da Costa Rica (SUTEL), Maryleana Méndez.
Ainda no contexto do primeiro painel do dia, será realizada uma mesa redonda de operadores latino-americanos de telecomunicações que tratará dos cenários de incentivo aos investimentos necessários à massificação do acesso em banda larga na região. Desse debate participarão, além do presidente da Telefônica Brasil e da TELEBRASIL, Antônio Carlos Valente, o Coordenador de Assuntos Regulatórios da America Movil, Daniel Bernal; a presidente da operadora uruguaia Antel, Carolina Cosse; e o assessor de assuntos internacionais da empresa paraguaia Copaco, Sante Vallese.
O Painel 2 terá como tema “Aplicações e Conteúdos para o Cenário da Banda Larga: A Visão 2015/2020 dos Setores de Grande Influência para o desenvolvimento – Administração Pública, Saúde, Educação e Setores Produtivos”. Será moderador do debate o presidente da Fundação CPqD, Hélio Marcos Machado Graciosa. Como conferencistas participarão o Diretor do Programa World Ahead da Intel, Carlos Martinez; a coordenadora do Instituto para o Desenvolvimento e a Inovação Educativa da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), Marcia Padilha; o presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços de Informática, Márcio Girão; e Edwin Fernando Rojas Mejia, da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL).
O tema do terceiro painel será “Desafios para a implantação de Infraestrutura de Banda Larga: Colaboração Público-Privada com Governos, Estados, Municípios e Órgãos Reguladores” e tratará de assuntos como a adequação de marcos regulatórios, convergência, alinhamento fiscal, compartilhamento de infraestruturas, inclusão e formação para o trabalho. Será moderador o consultor Ernesto Flores-Roux.
As mesas redondas desse painel contarão com a participação do consultor legislativo do Senado Federal, Igor Freitas; do presidente e da Telefônica Brasil e da TELEBRASIL, Antonio Carlos Valente; do diretor executivo da Embratel, Oscar Petersen Filho; do presidente da Oi, Francisco Valim; e do vice-presidente de Assuntos Regulatórios e Institucionais da TIM Brasil, Mario Girasole. Nesse painel o estudo da Ahciet Benefícios Econômicos do Dividendo Digital para a América Latina será apresentado por Sebastian Cabello, da GSM Association, e Ernesto Flores-Roux, do  Centro de Investigação e Docência Econômica (CIDE), do México.
O último painel tem como tema “A Banda Larga, uma Ferramenta para a Organização de Grandes Eventos Internacionais na Brasil: Mundial de Futebol 2014 e Jogos Olímpicos de 2016”. Serão analisadas nesse painel, entre outros aspectos, as experiências internacionais de sucesso os desafios de financiamento e a oportunidade de colaboração público-privada. O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Jarbas Valente, será moderador do debate. Está confirmado ainda, como conferencista desse Painel Mario Baumgarten, da Nokia Siemens Networks.
A AHCIET conta com mais de 50 empresas associadas e destacado reconhecimento na representação do setor das telecomunicações na Ibero-América. Nos últimos anos, a associação tem coordenado suas atividades, visando ser uma plataforma que contribua com o Desenvolvimento da Banda Larga e a integração na região.
O Fórum será realizado no Auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo. Informações adicionais e instruções para inscrições podem ser encontradas no site da AHCIET: www.ahciet.net e esclarecimentos adicionais podem ser solicitados via e-mail com o coordenador da AHCIET, Martín Grasso, martin.grasso@ahciet.es.

Fonte: Convergência Digital

TV paga pode ter venda avulsa de canais

Passou na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio a proposta que dá às operadoas a condição de vender canais avulsos na TV paga. O texto aprovado é uma emenda do deputado Guilherme Campos (DEM-SP) ao Projeto de Lei 6412/09.
 
Escrito pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o documento original previa tornar obrigatória a oferta avulsa dos canais. Entretanto, de acordo com o relator do PL, o deputado Felipe Bornier (PHS-RJ), a medida precisava de reformulação por conta do caráter forçado. Se seguisse do jeito que estava, corria o risco de causar efeito inverso, ou seja, encarecer o custo dos pacotes já oferecidos e dos próprios canais a serem colocados à venda.
 
Embora previamente aprovado, o projeto ainda deve percorrer longo caminho até virar realidade. Tramita em caráter conclusivo e depende do aval das Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
 
Fonte: Adnews

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

TV paga: Brasil bate recorde de adesão nos últimos cinco anos

Com 334,6 mil novos assinantes, o Brasil chegou a agosto com 11,6 milhões de domicílios atendidos com TV por Assinatura, revela dados da Anatel, divulgados nesta segunda-feira, 26/09. Nos oito meses de 2011, foram quase de 1,9 milhão de novos assinantes, o que representa um crescimento de mais de 19%. O crescimento observado em agosto representa uma evolução de 2,96% em relação à base de assinantes do mês de julho. Esse é o maior crescimento em no mês de agosto nos últimos cinco anos, sustenta o órgão regulador.

Considerando-se o número médio de pessoas por domicílio divulgado pelo IBGE (3,3 pessoas)¹, os Serviços de TV por Assinatura alcançaram mais de 38,3 milhões de brasileiros. Os serviços de TV por Assinatura são prestados através de sinais codificados por diferentes tecnologias: por meios físicos (Cabo - TVC), por microondas (Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais - MMDS) e por satélite (Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite - DTH).

Em agosto, os serviços prestados via satélite cresceram 5,0%, contra um crescimento de 2,6% registrado no mês anterior. O número de assinantes que recebe os serviços via cabo cresceu quase 1,0% em agosto, desempenho superior ao crescimento de 0,9% registrado em julho. As prestadoras de MMDS, por sua vez, perderam 2,0% de sua base de assinantes no mesmo período.

Como consequência da contínua expansão do DTH, houve nova ampliação da participação dos serviços prestados via satélite no mercado de TV por Assinatura em agosto deste ano. A participação do DTH atingiu 52,0% da base e a participação dos serviços a cabo representam 45,7% dos assinantes. No final de 2010, no mês de dezembro, os serviços DTH representavam 45,8% do mercado nacional e os serviços prestados via cabo possuíam 51% de market share, conforme divulgado naquele mês.

Em agosto, os serviços de TV por Assinatura estavam presentes em 19,4 de cada 100 domicílios no país, de acordo com estimativas da Agência, a partir das informações de número de domicílios divulgadas pelo IBGE ³. A Região Sudeste apresentou densidade de 28,5% de domicílios com TV por Assinatura.Entre as Unidades da Federação, destacam-se o Distrito Federal e os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, por terem registrado desempenho acima da média nacional quanto à densidade dos serviços de TV por Assinatura.

Por sua vez, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste cresceram acima da média nacional nos últimos 12 meses. As regiões Sul e Sudeste apresentaram crescimento inferior à média nacional.


Fonte: Convergência Digital

A mídia no combate à corrupção

Por Lilia Diniz

O Observatório da Imprensa exibido ao vivo na terça-feira (20/09) pela TV Brasil analisou o papel da mídia no combate à corrupção. Desde o início do mandato, em janeiro de 2011, a presidente Dilma Rousseff anunciou que teria tolerância zero com desvios éticos. Nos últimos dois meses, denúncias de irregularidades divulgadas pela imprensa provocaram a queda de quadro ministros. Antônio Palocci, da Casa Civil; Alfredo Nascimento, dos Transportes; Wagner Rossi, da Agricultura; e Pedro Novais, do Turismo, entregaram o cargo após escândalos na administração de suas pastas chegarem às manchetes. Ontem, durante o lançamento do projeto “Parceria para Governo Aberto”, sobre transparência orçamentária e acesso a informações públicas, em Nova York, Dilma Rousseff destacou a “posição vigilante da imprensa brasileira” na fiscalização do poder público.
Alberto Dines recebeu no estúdio do Rio de Janeiro o jornalista investigativo Chico Otávio, repórter especial do jornal O Globo. Professor da PUC-Rio, o repórter recebeu cinco vezes o Prêmio Esso. É autor de reportagens de destaque como o escândalo da LBV, a máfia do INSS, o caso Riocentro e fraudes nas importações. O estúdio de Brasília recebeu o vice-presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),Alberto de Paula Machado. Advogado há 28 anos, Machado foi diretor-secretario do Colégio de Advogados do Mercosul, entidade que reúne os advogados do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
No editorial que abre o programa, Dines sublinhou que o presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP), foi denunciado em uma série de escândalos administrativos e, ainda assim, coube a ele indicar três ministros no atual governo. “A presidente Dilma Rousseff está promovendo com discrição e determinação um processo de saneamento e tem sido ajudada decisivamente pela imprensa, já que os quatro ministros demitidos por corrupção foram denunciados pelos jornais. Mas a imprensa parece embalada nas suas façanhas e glórias e esquecida de que, além de denunciar um malfeitor e noticiar a sua punição, cabe a ela acompanhar pacientemente os desdobramentos de cada caso até o ressarcimento total dos prejuízos causados ao erário”, disse.
Desde 1500
A reportagem produzida pelo Observatório fez um retrospecto da corrupção no Brasil. O historiador José Murilo de Carvalho explicou que a transgressão da lei e o aproveitamento de recursos públicos ocorrem desde a chegada de Pedro Álvares Cabral ao país. Ao longo da história, a corrupção adquiriu sentidos diferentes. Durante o antigo regime, por exemplo, o sistema era patrimonial e o uso de recursos públicos para premiação era uma prática corriqueira. “No final do Império, os republicanos falavam que o regime era corrupto, não as pessoas. Em 1930, diziam que os políticos da Primeira República eram carcomidos, que era a palavra que se usava na época”, detalhou. A palavra corrupção popularizou-se na década de 1950, quando o partido político UDN passou a empregá-la em suas virulentas campanhas contra indivíduos.
Na avaliação do historiador, há muitos casos de corrupção porque, no Brasil, esta prática compensa. “Não há punição. Há uma impunidade completa. Quem não quer roubar se pode se dar bem?” . A imprensa, para o historiador, pode ajudar a formar a opinião pública que vai combater essas práticas indevidas e, com isso, inibir comportamentos inadequados. Para o jornalista Clóvis Rossi, a opinião pública tem reagido contra os desvios de conduta apenas de forma virtual, com o envio de correspondências aos jornais e aos gabinetes. “Sem que haja uma indignação fervendo nas ruas, você não consegue resolver o problema porque o mundo político parece não ter noção do que é interesse público”, advertiu.
Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da ONG Contas Abertas, disse que a sucessão de escândalos ao longo da história pode acabar gerando na população a sensação de que não é possível manter a corrupção dentro de limites aceitáveis. Para o antropólogo Marcos Otavio Bezerra, a idéia de que os brasileiros são portadores de uma cultura corrupta tende a naturalizar as práticas ilegais. “É importante a gente deixar esta ideia de lado. É importante que a discussão a respeito da corrupção no Brasil passe a ver a corrupção como o resultado de práticas institucionais que favorecem mais ou menos a implementação de práticas corruptas e corruptoras”, sublinhou. A imprensa precisa dar “um passo adiante” no combate à corrupção e promover debates sistemáticos em torno do tema.
Destaque internacional
Um dos jornais de maior prestígio da Europa, o diário espanhol El País, tem dado amplo espaço para a cobertura da corrupção no Brasil. Juan Árias, correspondente do jornal baseado no Rio de Janeiro, ponderou que a corrupção existe em todo o mundo, mas a impunidade marca a cena política no Brasil. E esta característica chama a atenção dos europeus porque, no Velho Mundo, a punição para administradores públicos que são pegos cometendo desvios é rápida.
“O Brasil é um dos países mais importantes do mundo. É o país mais democrático de todos os emergentes. A Espanha tem os olhos colocados no Brasil; a Europa e, eu diria, o mundo. A importância que tem dado à luta contra a corrupção é por uma coisa muito simples: a primeira que está dando esta importância é a presidente da República. Algo que é uma coisa paradoxal, uma anomalia, porque em outros países do mundo os movimentos dos indignados contra corrupção e a ilegalidade normalmente são contra os governos”, avaliou Árias.
No debate ao vivo, Dines criticou o fato de os jornais não terem convocado a população a participar da manifestação “Todos juntos contra a corrupção”, ocorrida no centro do Rio de Janeiro na terça-feira, 20. Para ele, a mídia poderia ter mobilizado a população e, assim, atraído bem mais do que os cerca de três mil manifestantes que participaram do evento. O vice-presidente nacional da OAB,Alberto de Paula Machado, ponderou que, muitas vezes, movimentos populares começam pequenos e, com o tempo, ganham maior adesão. “O que é fundamental é que permaneça a indignação da população”, disse.
Inimigo delimitado
Para Machado, é importante que haja focos claros, como nas Diretas Já e na mobilização para o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. “A corrupção é uma bandeira geral, uma bandeira importante, mas talvez um segundo passo seja identificar aquilo que realmente é prioritário nesta grande campanha nacional”. A imprensa, na opinião do representante da OAB, é essencial quando denuncia e também ao repercutir a mobilização da sociedade. “Esse é um papel do qual a imprensa não pode abrir mão, sob o risco de sucumbir à própria sociedade. E não tem rivais nisso”, alertou.
Outras entidades da sociedade civil deveriam estar participando deste processo, na avaliação de Alberto de Paula Machado. O poder de indignação dos estudantes e dos trabalhadores, por exemplo, é fundamental nesta situação. “Nós temos, neste momento, uma inserção política, partidária, de algumas entidades muito maior e isso prejudica a sua independência e a sua mobilização neste momento histórico sob pena de a gente comprometer um ou outro interesse”.
Para ele, é preciso limpar a política brasileira através de medidas que legitimem o processo político e evitem a contaminação por interesses comerciais. A Lei da Ficha Limpa é um bom exemplo de atitudes concretas neste sentido. “Nós temos uma outra medida. A própria OAB ingressou agora com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal para impedir a doação de empresas privadas a campanhas políticas exatamente porque nosso histórico indica que esse dinheiro, depois, volta para a empresa privada”, disse. Medidas saneadoras e pontuais que inibam o forte interesse econômico presente na conjuntura política é que podem depurar o processo eleitoral no Brasil.
Cobertura sobe-e-desce
Chico Otávio comentou que, em diversas ocasiões, a mídia denuncia uma irregularidade, mas não pode dar continuidade ao assunto por conta da morosidade do sistema judiciário brasileiro. “A gente, muitas vezes, tem que ficar esperando as coisas acontecerem, os prazos são dilatados. Eu já tive embates com os meus editores porque eu queria continuar e eles ponderaram que ia virar uma campanha. Se você não tem um fato novo, a cobertura de uma denúncia acaba virando uma campanha contra o denunciado. A gente fica na dependência deste desdobramento, que é lento, que às vezes demora anos para acontecer”.
Embora concorde que a divulgação da manifestação de terça-feira poderia ter sido mais ampla, Chico Otávio avalia que a imprensa tem coberto a mobilização com destaque. “Mas, infelizmente, a gente não pode ‘fazer de conta’. Se a população não atende a este apelo, não dá para continuar mostrando um grande clamor nas ruas. O que está acontecendo no Brasil é uma crise de representatividade. A população não se vê tão estimulada assim a ir para as ruas gritar e bater panela”, argumentou o jornalista.
Ele comentou que fica receoso com o atual estado de apatia da sociedade brasileira. “Minha mãe é leitora do jornal onde eu trabalho e disse: ‘muitas vezes parece que você só trocou o nome do denunciado na matéria, que o texto é o mesmo, o problema é o mesmo e vira e mexe os jornais estão voltando à mesma questão só com a troca de personagem’. De certa forma, gera uma apatia. Ninguém mais quer protestar. Ao invés de protestar, as pessoas preferem ficar em casa fingindo que nada está acontecendo. Lamentável”, criticou. Na avaliação de Chico Otávio, atualmente, apenas dois segmentos tomam as ruas com movimentos populares e, curiosamente, estão opostos em questões morais – os gays e os pentecostais.

Fonte: Observatório da Imprensa

Computador está em 58% dos lares metropolitanos brasileiros

A Intel divulgou os resultados da pesquisa “Tech Metrics Brasil”, produzida através da Ipsos Brasil, que mapeou a penetração de computadores e conexões de banda larga em 16 cidades brasileiras. O estudo apontou que o computador e o acesso à internet já se tornaram vitais em todos os estratos sociais, mesmo entre aqueles que não possuem um computador em casa.

“A universalização do acesso ao computador e a individualização do uso são grande vetores de redução da desigualdade social e da transformação da sociedade brasileira por meio da informação, da colaboração e da interatividade,” disse Cássio Tietê, diretor da Marketing da Intel Brasil. “Estamos avançando, mas ainda precisamos trabalhar para criar um país altamente conectado e preparado para aproveitar os benefícios que os grandes eventos mundiais, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, trarão para a economia e para a sociedade.”

A pesquisa foi realizada em 16 regiões metropolitanas de destaque no país, o equivalente a 35% da população brasileira e cerca de 50% do PIB nacional. Foram entrevistadas 2500 pessoas das classes sociais ABCD com idades entre 16 e 65 anos, que fossem usuários de computador, mesmo que não tivessem um em casa.  As 16 regiões metropolitanas abordadas neste estudo incluem São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Votorantim, Curitiba Porto Alegre, Balneário Camboriú, Brasília, Goiânia, Fortaleza, Salvador, Recife, Petrolina, Sobral e Belém.


Penetração e individualização dos PCs


O estudo mostrou que 58% dos lares nas regiões metropolitanas do Brasil já possuem computadores, com uma presença ainda muito forte dos desktops. Enquanto 56% dos lares possuem pelo menos um desktop, apenas 15% possuem pelo menos um notebook. A penetração de notebooks é mais expressiva no Distrito Federal, onde o dispositivo já está em 25% dos lares, enquanto a média nacional é de apenas 15%. Em todo o Brasil, o notebook está fortemente concentrado na classe A (47% dos lares) e B (23% dos lares).


Já nas classes C e D, o desktop marca presença de modo mais expressivo. Enquanto 56% dos lares da classe C já possuem pelo menos um computador, o computador desktop já está presente em 22% dos lares da classe D.


O Brasileiro também começa a seguir a tendência mundial de individualização do PC, com pelo menos 19% dos lares contando com mais de um computador. Em pelo menos 9% dos lares, o desktop e o notebook coexistem: o primeiro como o “computador da família”, compartilhado, e o segundo como o computador pessoal de um dos moradores. Enquanto apenas 12% dos desktops nos lares são considerados de uso “individual”, para os notebooks esse percentual é de 46%.


Um total de 58% dos possuidores de Notebook também têm pelo menos um desktop e entre os que possuem um netbook, 36% também têm um notebook no lar. Mesmo nas classes C e D, a presença de mais de um computador no lar já alcança os percentuais de 7% e 4%, respectivamente. Em média, o brasileiro considera que apenas um computador não é suficiente para o lar. Em todas as regiões e classes sociais, a opinião média é de que o número ideal de computadores dentro do lar é acima de um.


Acesso à banda larga é vital


Acessar  a internet já é praticamente um hábito amplamente disseminado nas regiões metropolitanas pesquisadas, mesmo nos lares que não possuem computador. 96% dos donos de PC declararam que acessam a internet regularmente. Entre os que não são donos de um computador, 93% também acessa a internet regularmente. Entre os donos de computador, 63% declararam acessar a internet diariamente, enquanto apenas 23% dos que não possuem computador o fazem. O acesso a internet faz parte do dia a dia de 99% da classe A, 97% da classe B, 96% da C e 88% da D.


Entre os donos de computador, o acesso a sites de busca foi considerado a atividade mais frequente no uso de computadores, apontado como a principal atividade por 78% dos entrevistados. Outras atividades apontadas como as mais frequentes são o acesso ao Orkut (69%), ouvir, organizar e manter uma coleção de músicas digitais (69%), editar, organizar ou manter uma coleção de fotos (47%) e pesquisar em sites de comparação de preços (41%).


Para os que não são donos de PCs, mas acessa a internet regularmente, as atividades não são muito diferentes: pesquisa em sites de busca (69%), Orkut (67%), músicas digitais (47%), fotos (37%) e preparar trabalhos para escola, faculdade ou outros cursos (32%). O acesso destas pessoas se dá majoritariamente em LAN Houses (76%), casa de amigos e parentes (33%) e no trabalho (15%).


Preferência em eletroeletrônicos


O computador é o eletroeletrônico mais desejado pelos brasileiros. 47% dos entrevistados apontaram que sua próxima compra de eletroeletrônico deve ser um desktop, notebook ou netbook, bem acima dos desejos por uma TV LCD (16%) ou um celular com câmera e música (8%). O desejo por computadores é especialmente proeminente na região sul, onde o percentual chega a 58%.


O desejo de compra é latente nos lares que ainda não possuem um computador em casa (56%), enquanto 30% dos donos de PC têm planos de trocar de computador ou comprar uma máquina adicional. Desktops e notebooks dividem a preferência de compras dos consumidores nas regiões pesquisadas - 25% para os desktops e 19% para os notebooks nas próximas compras de eletroeletrônicos. Os netbooks apresentam um percentual de 3%, mas sempre com o objetivo de ser um segundo ou terceiro computador dentro do lar.


O desejo por notebooks é substancialmente maior na Classe A (28%), mas está presente em todas as classes sociais. Na classe D, 11% desejam um notebook como seu próximo eletroeletrônico, enquanto 31% desejam um desktop.


As próximas compras de desktops e notebooks serão quase todas realizadas a prazo (82% das próximas vendas de desktops e 73% das vendas de notebooks). Mesmo nas classes mais altas, as compras a prazo são preferidas na hora de comprar eletroeletrônicos.


A pesquisa também abordou a penetração e o desejo de compra de outros dispositivos de acesso a internet, como smartphones e tablets. Embora os telefones celulares sejam onipresentes nas regiões metropolitanas, o smartphone ainda apresenta baixa penetração na sociedade brasileira – apenas 2% dos entrevistados possuíam um smartphone, e apenas 1% demonstrou interesse em adquirir um nos próximos 12 meses. Já a penetração de tablets foi irrisória, menos de 1% tanto para a posse quanto para o desejo de aquisição nos próximos 12 meses.


“O computador continua sendo a principal forma de acesso a internet e ferramenta insubstituível no dia-a-dia das pessoas. Embora esperemos um enorme crescimento no número de dispositivos pessoais de acesso a internet, o que percebemos é que estas tecnologias são complementares, e não substitutas do PC”, comentou Cássio Tietê.


Computador marca abismo social


A posse do computador parece marcar um grande abismo social no Brasil – nos lares sem computadores pesquisados, a renda média familiar média é menos da metade da renda familiar dos lares com acesso a computadores.  Entre os que não possuem computador, a falta de dinheiro e condições de financiamento é apontada como a principal razão (66%).


“Este estudo nos mostra como é importante para o país o acesso a computadores e ao acesso a internet. Fizemos grandes avanços na inclusão digital, com isenção fiscal e pacotes de benefícios que ajudaram o brasileiro a ingressar na vida digital, mas ainda existe uma distância grande a ser percorrida. Aumentar o acesso à informação e recursos da internet é uma das formas mais eficientes que temos para melhorar a educação, promover serviços de governo eletrônico e a vida da população brasileira.” concluiu Cássio Tietê.
 
Fonte: Adnews

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Governo rebate teles e garante metas para internet

Por Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz

Em meio ao tiroteio das teles contra as metas de qualidade para a banda larga, o governo firmou posição de que, apesar da gritaria, os critérios serão estabelecidos em linha com a proposta da Anatel de regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia – até aqui, com garantia de pelo menos, 60% da velocidade média contratada. E a neutralidade de rede deve ser aprovada nos termos do Marco Civil da Internet.

“O sindicato das empresas chegou a chamar consultores internacionais para dizer que isso não existe, diz que é jabuticaba. Então teremos jabuticaba. Seremos uma exceção e teremos instrumentos legais e regulatórios sobre a qualidade do acesso. Estamos dispostos a discutir o ritmo disso e a que prazo, mas as metas existirão”, afirmou nesta quinta-feira, 22/9, o secretário-executivo do Minicom, Cezar Alvarez.

As empresas estão pressionando a Anatel contra a proposta com o argumento de que a fixação de metas não encontra paralelo em outros países e ameaçam aumentar os preços do serviço de acesso à internet. O texto, no entanto, é uma reação à prática usual no mercado de garantir somente 10% da velocidade contratada.

A posição do Minicom é coerente com a discussão ocorrida durante a negociação do acordo para oferta “voluntária” das teles de planos serviço de 1Mbps por R$ 35. Na época, a Presidência da República queria fixar metas já nos termos de compromisso – inclusive com percentuais mínimos de velocidade. Houve compromisso do ministério e da Anatel que a questão seria resolvida em regulamento da agência reguladora.

O reforço de Alvarez à proposta agradou o público do seminário sobre o Plano Nacional de Banda Larga, promovido pelas entidades que organizam a campanha “Banda Larga é um Direito Seu” e realizado nesta quinta-feira na Universidade de Brasília – ainda que o mote principal dessa campanha, a transformação da oferta de internet em serviço prestado em regime público – continuar sendo ponto de discórdia.

Neutralidade

Provocado com a proposta das teles de cobrarem valores diferenciados a depender do perfil dos usuários, o secretário-executivo também defendeu a neutralidade de rede nos termos previstos no Marco Civil da Internet – como consta no projeto de lei encaminhado pelo Executivo ao Congresso. “Devemos prestar atenção ao Marco Civil, pois essa é a referência para nós”, disse Alvarez.

O Marco Civil, em seu artigo 9º, prevê que “o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicativo, sendo vedada qualquer discriminação ou degradação do tráfego que não decorra de requisitos técnicos necessários à prestação adequada dos serviços, conforme regulamentação”.

O único porém, nesse caso, é que a regulamentação – ao menos no formato proposto pela Anatel – é genérica nas limitações, pois a proibição à discriminação “não impede a adoção de medidas de bloqueio ou gerenciamento de tráfego que se mostrarem indispensáveis à garantia de segurança e da estabilidade do serviço e das redes que lhe dão suporte”.


Fonte: Convergência Digital

Rock in Rio amplia público com TV e web

Por Fernando Murad

Festival será transmitido pela Globo, na TV aberta, pelo Multishow, na TV fechada e na internet, e também pelo portal G1

 Foram pouco mais de dez anos de espera para a volta do Rock in Rio para a sua cidade natal após sua última edição no Brasil, em 2001. Mas quem não conseguiu carimbar o passaporte para entrar na cidade do rock poderá acompanhar de perto as atrações do festival pela telinha da TV e do computador. A Rede Globo, o Multishow e o portal G1 mostrarão as principais atrações dos sete dias do evento (23, 24, 25, 29 e 30 de setembro, e 1º e 2 de outubro).

Na TV aberta, as madrugadas da Globo serão embaladas pelo som dos artistas. O canal exibirá apresentações ao vivo e também compactos com os melhores momentos de cada dia. Serão, em média, três horas de transmissão por dia. A apresentação ficará a cargo do jornalista Zeca Camargo – que comandará o Fantástico de domingo, 25, diretamente da cidade do rock. Bruno De Luca e André Marques serão os responsáveis pelas entrevistas no local.

Além das transmissões, patrocinadas por Claro, Sadia, Coca-Cola, Sedex e Volkswagen, o jornalismo da emissora fará a cobertura do evento em todos os telejornais, inclusive com flashes ao vivo. Já no domingo, 9, uma semana após o encerramento, a Globo exibirá um compacto com os melhores momentos do festival.

O Multishow, por sua vez, transmitirá, ao vivo, mais de 60 horas de shows. A cobertura do canal da Globosat inclui a TV por assinatura, que exibirá as atrações do Palco Mundo – o principal -, e a web, que mostrará no multishow.com.br os artistas do Palco Sunset. Os patrocinadores da cobertura são NET, Trident, Claro, Itaú, Coca-Cola e Volkswagen.

A cobertura do Multishow, comandada por Beto Lee e Didi Wagner, incluirá cerca de 500 profissionais, de acordo com Stella Amaral, gerente de produtos e negócios do canal. Além da dupla de apresentadores, que acompanharão o Palco Mundo, Erika Mader apresentará as atrações do Palco Sunset, e Luisa Micheletti, Fernando Caruso e Dani Monteiro vão conferir a animação da plateia e dos convidados VIPs.

Já o portal G1 terá galeria de fotos, vídeos e reportagens especiais com o público e no backstage, além da transmissão ao vivo dos shows do Palco Mundo. Nos intervalos das apresentações, serão publicadas matérias especiais do festival. Os internautas também poderão participar da cobertura do portal enviando fotos e vídeos.

 Fonte: Meio e Mensagem

Blockbuster ressurge para alugar filmes online

A Netflix vai ganhar um concorrente indigesto, que a própria empresa ajudou a afundar no passado. Trata-se da Blockbuster, antes uma das redes de locadoras mais prestigiadas do mundo e que vai retornar à ativa para correr atrás do mercado levado pela Netflix.

A Blockbuster foi comprada há seis meses pela Dish Network por módicos US$ 228 milhões e é esta empresa que apresentou, nesta sexta-feira, 23, o serviço de locação à distância “Blockbuster Movie Pass”.

É um aluguel de filmes e programas de TV via internet combinado à entrega de jogos e filmes via correio. O mesmo modelo da Netflix, que acaba de se
dividir em duas para atender aos dois formatos, gerando a entregadora de mídia Qwikster.

O site
TechCrunch explica que o “Movie Pass” é uma combinação dos serviços de conteúdo sob demanda da Blokbuster e da Dish. Esse encontro criou um modelo de oferta praticamente completo, com parcerias dos dois lados: Starz, Epix, Sony Movie Channel, Encore - já fechadas antes com a Blockbuster. E Fox, TBS, TNT, Discovery, AMC, CN, DIY, HGTV, FOOD e History - da Dish.

O conteúdo total estará disponível apenas na DishNetwork.com, sendo que a Blockbuster continua com o seu serviço anterior, chamado “On Demand”. A biblioteca foi dividida em duas partes: se o cliente quiser alugar para ver na TV, terá 3 mil títulos à disposição; se optar pelo computador, são 4 mil.


A grande sacada fica por conta do aluguel via correio, modalidade que oferece mais risco ao Qwikster. Neste caso a locadora conta com cerca de 100 mil filmes, com a possibilidade, inclusive, de serem ser trocados em lojas físicas da Blockbuster.


A novidade passa a funcionar nos Estados Unidos a partir do próximo sábado, 1, por US$ 10. Mas só quem possui algum pacote de TV via satélite da Dish pode assinar.


Fonte: Adnews

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Seminário discute Plano Nacional de Banda Larga em Brasília

Por Carla Festucci

A Campanha Banda Larga é um direito seu, manifestação de diversas entidades da sociedade civil em prol de uma internet rápida, barata e de qualidade para todos, promoverá o seminário "Banda Larga como Direito: balanço do PNBL e perspectivas para a universalização do serviço". O evento será realizado no dia 22 de setembro (quinta-feira), no auditório da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, com início às 9h30 e atividades que seguem até as 18h.

O objetivo é debater as propostas do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), após o balanço de mais de um ano de seu lançamento – ocorrido em maio de 2010 – e suas perspectivas para os próximos anos. Apesar de terem acontecido algumas conversas pontuais, as organizações que integram a campanha criticam a falta de espaços institucionalizados de diálogo entre governo e sociedade civil.

Segundo Veridiana Alimonti, advogada do Idec (uma das instituições envolvidas), é cada vez mais difícil pensar em inclusão social sem a democratização do acesso à banda larga. “O que temos até 2014 é uma Internet de 1 Mbps e ainda uma lacuna de como será resolvido o acesso à Internet nas zonas rurais”, argumenta. O seminário traz à luz a essencialidade do serviço como um direito, para o exercício da cidadania de milhões de brasileiros.

Na abertura do evento, está prevista a presença do ministro das comunicações, Paulo Bernardo, ainda sem confirmação. Além dele, outros nomes importantes no cenário das comunicações do país estão cotados para comparecer, como o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cézar Alvarez, a deputada federal Luiza Erundina - que também preside a Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Direito à Comunicação com Participação Popular - e outros. Mais informações através das redes sociais: Twitter e Facebook


Fonte: Observatório do Direito à Comunicação

Internet brasileira é mais lenta que a da Etiópia

Sétima maior economia do mundo, quarto maior em extensão territorial e 163º no ranking que mede a velocidade da internet. Estudo publicado pela Pando Networks coloca o Brasil atrás de países como Níger, Haiti, Etiópia e Angola quando o assunto é a rapidez da banda larga.
 
A segunda conexão média mais lenta de todo o mundo foi constatada numa cidade brasileira. Itapema, em Santa Catarina, tem velocidade de 61 Kbps e só não ficou em último porque a cidade de Algiers, na Argélia, oferece o acesso a 56Kbps. De acordo om o estudo, a média mundial de acesso é 508 KBps.
 
A liderança do ranking está nas mãos da Coreia do Sul, que cravou 2,2 MBps. Em segundo lugar vem a Romênia, com 1,9 MBps, seguida de  Bulgária (1,6 MBps), Lituânia (1,5 MBps) e Letônia (1,4 MBps). Os EUA têm média de 616 KBps a China, de 245 KBps.
 
De acordo com a Folha.com, a pesquisa se baseou em 27 milhões de downloads feitos de 20 milhões de computadores espalhados pelo globo. Apesar de se referir a países, a lista não é composta apenas por nações. Em duas ocasiões, foram encontradas classificações como "Anonymous Proxy" e "Satellite Provider" que, segundo a Folha, referem-se a conexões realizadas por meio de proxy e provedor via satélite cujo país de origem não pôde ser identificado.

Fonte: Adnews

Banda larga: Acesso via smartphone é o que mais cresce no Brasil

Por Fábio Barros

A IDC divulgou nesta quarta-feira, 21/09, alguns dados do tracker sobre a utilização de banda larga no Brasil no primeiro semestre deste ano. De acordo com a consultoria, o país tem hoje cerca de 20 milhões de acessos fixos e móveis (modens 3G) e por volta de 2 milhões de acessos via pacote de dados (smartphones e tablets).

De acordo com Samuel Rodrigues, analista da IDC responsável pelo estudo, com os números atingidos no segundo trimestre deste ano o Brasil está muito próximo de atingir uma penetração de 10% em acessos via banda larga. “Estamos muito próximos de países como a Argentina e o Chile, onde a taxa média de penetração é de 12%”, afirma.

Dos 20 milhões de acessos fixos e móveis registrados, cerca de 10 milhões são feitos via ADSL, ficando o restante dividido entre acesso via cabo, modens 3G e outras tecnologias, como acesso sem fio ou via satélite. No mesmo período do ano passado, o país registrava, de acordo com a IDC, cerca de 16 milhões de acessos.


“Mantido o ritmo de crescimento, o Brasil deve fechar o ano com cerca de 22 milhões de acessos fixos e móveis”, afirma Rodrigues. A este total deve se somar cerca de 5 milhões de acessos via pacote de dados (smartphones) e aproximadamente 2,5 milhões de acessos por meio de planos pré-pagos, totalizando cerca de 30 milhões de acessos.

Um dado interessante sobre o crescimento é que, há alguns anos, este volume – 30 milhões – era a previsão da IDC de acessos a serem alcançados pelo país em 2015. “Esta era a nossa previsão antes da confirmação da realização de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, comenta Rodrigues. O analista afirma que o ritmo de crescimento deve se manter por conta do potencial de crescimento de áreas não saturadas e, também, do crescimento da classe média, hoje composta por 110 milhões de pessoas, muitas delas ainda sem acesso à internet.

“A banda larga móvel é a que cresce mais rápido. Os acessos via smartphone, por exemplo, cresceram 30% no último trimestre, e devem mais que dobrar até o final deste ano”, afirma. Não por acaso, em 2010, a IDC registrou 1,8 milhão de acessos via pacotes de dados, número que deve chegar a 5 milhões até o final deste ano.

“As operadoras que não tiverem ofertas em banda larga móvel, vão ficar para trás”, diz. Por conta disso, a consultoria prevê que, nos próximos anos, as teles nacionais deverão investir o equivalente a R$ 15 bilhões anuais, incluindo aí infraestrutura, contratações e capacitação de profissionais.


Fonte: Convergência Digital

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A reestruturação do mercado e os oligopólios globais


As indústrias de comunicação vêm sofrendo profundas mudanças ao longo das últimas décadas, em consonância com as transformações do capitalismo. Novas maneiras de organizá-las vêm garantindo a este mercado outra interface, caracterizada por uma economia de disputas e atuações globais. Como consequência, cada vez mais este setor tem maior participação de conglomerados, capazes de produzir sinergias, ao atuarem em diversas mídias, capitalizados, em geral com capitais oriundos de outras áreas de investimento.
Essas novas modalidades operacionais têm sido responsáveis, nas últimas três décadas, por uma reestruturação das dinâmicas dos mercados, estruturados sob a forma de oligopólios cada vez mais concentrados. Trata-se de um problema que não chega a ser uma exceção, mas a classe de estrutura de mercado inerente ao capitalismo, com sérias consequências sobre o processo de decisão do consumidor e, no caso da comunicação, com um efeito mais devastador: de restringir mais ainda o acesso da diversidade à arena miditática.
As fusões & aquisições (F&A) – cujo agregado de recursos econômicos contribuiu para a inovação em geral – propagaram-se a partir da metade da década de 80. No caso dos Estados Unidos, em um só ano, 1985, a ABC foi vendida para a Capital Cities Communication, a NBC foi comprada pela General Electric e Ted Turner quase assumiu o controle da CBS. Durante este decênio e a primeira metade do seguinte, as atividades de F&A ficaram restritas a mercados nacionais, não transpondo barreiras fronteiriças.
News Corporation como exemplo
Contudo, a partir da segunda metade dos anos 1990, os acordos feitos entre empresas de diferentes nacionalidades aumentaram de maneira significativa, abrindo portas para o comércio e a concorrência global. Tomando como exemplo as organizações de radiodifusão, apenas 4,3% dos acordos feitos entre 1983 e 1987 foram realizados entre companhias de nacionalidades diferentes. Já entre 1997 e 2005, esse número cresceu para 16%. O mesmo destino seguiram as telecomunicações, assim como os jornais e as agências de publicidade.
Diversos fatos possibilitaram o surgimento desses novos desenhos empresariais, passíveis de resumo em três acontecimentos-chave. Os dois primeiros envolvem diretamente os Estados Unidos: a) a decisão do Federal Communications Commission (FCC), que em 1985 permitiu que uma empresa passasse a possuir, por direito, 12 canais de televisão de uma só vez; b) a Lei das Telecomunicações de 1996, que derrubou as barreiras do mercado norte-americano para a atuação estrangeira, resultando em uma enorme onda de F&A. O terceiro episódio vai além dos EUA e refere-se aos acordos para o setor de telecomunicações propostos pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1997, os quais também permitiram abrir as portas para o livre comércio entre os países membros.
Todos esses eventos, frutos de políticas neoliberais, resultaram na privatização e desregulamentação do setor, possibilitando às empresas tomar uma orientação política regida pelo e para o mercado, com o primado pelo lucro, acima de tudo, sem grande tutela pública.
Fruto do crescente movimento de F&A ao redor do globo, a gigantesca News Corporation, propriedade do empresário e magnata Rupert Murdoch, serve como bom exemplo para se discutir os oligopólios mundiais e suas consequências. A companhia tem sob seu domínio dezenas de jornais, revistas, estúdios de TV e cinema, companhias de broadcasting, televisões por satélite e sistemas de cabo, entre outros. Suas principais atividades estão entre os três maiores países de língua inglesa, Austrália, EUA e Inglaterra.
Império de oligopólios
O império de Murdoch – presente em toda Europa, na América Latina e Ásia – mostra como as políticas de desregulamentação da FCC serviram ao seu propósito de um “livre mercado”, mesmo que claramente apenas indivíduos ou empresas com um alto poder aquisitivo tenham recursos para entrar no jogo com alguma garantia de êxito. Afinal, mercado livre não significa resultado positivo para a sociedade: ao contrário, auto-regulado, fica restrito aos objetivos econômicos de seus controladores, desligado de compromisso social.
Em 1985, com carta branca garantida pela nova regulação da FCC, Murdoch, cidadão australiano naturalizado norte-americano, tomou controle do estúdio de televisão estadunidense Fox TV que, por seus esforços, foi lançada ao mercado como concorrente direto das outras três estações televisivas do país, CBS, NBC e ABC. A iniciativa foi bem sucedida e, após a aquisição de um conjunto de emissoras da Metromedia, aprovada pela FCC em 1986, surgiu a Fox, desde então a quarta maior rede de TV aberta dos EUA.
Entre centenas de aquisições que a News Corporation realizou, uma tentativa recente vale ser reportada. No ano passado, Murdoch iniciou uma odisseia para adquirir a BSkyB, empresa da qual já possuía 31,9% das ações. Durante as negociações, que já duravam um ano, veio à tona um escândalo, que partiu de um dos jornais de propriedade da News Corp, o News of the World. Seus editores e jornalistas vinham praticando escuta ilegal e grampeamento de telefones. O jornal fechou e o acordo não resistiu, sendo Murdoch forçado a desistir.
Questões como essa trazem à tona o problema deste modelo empresarial concentrado e concentrador. Suas ações e objetivos colocam-se acima das constituições e da capacidade de governança dos países, afetando inclusive a democracia, visto que o poder da mídia concentra-se, cada vez mais, em menos mãos. Se, por um lado, prolifera a inovação tecnológica e informacional, por outro cria-se um império de oligopólios, onde tudo é possível, como em uma disputa de titãs, na qual nem mesmo o Estado consegue intervir.
***
[Valério Cruz Brittos e Jéssica M. G. Finger são, respectivamente, professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e graduanda em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda na mesma instituição]

TV digital: Mercado vende aparelhos sem o selo DTV


O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD) identificou a venda no Brasil de aparelhos para recepção de TV digital sem o selo DTV. O adesivo, presente em televisores, dispositivos móveis e conversores digitais, garante a conformidade dos produtos com os requisitos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O selo DTV pode estar localizado na superfície do produto ou impresso nas embalagens, e atesta a excelência do desempenho dos equipamentos, de acordo com o padrão oficial de qualidade do Sistema Brasileiro de Televisão Digital.

Aparelhos sem o selo podem apresentar problemas na recepção e exibição do sinal de TV digital, restringindo a quantidade de canais disponíveis ou mesmo impedindo o processamento contínuo do sinal, o que pode provocar falhas e bloqueios na exibição.

Conforme levantamento realizado pelo Fórum SBTVD, a maior parte dos equipamentos sem o selo DTV é vendida pela internet. "O consumidor precisa prestar atenção a esse item na hora da compra para garantir satisfação e tranquilidade após a aquisição dos receptores de TV digital", adverte Dilson Funaro, vice-presidente do Fórum SBTVD.

Confira a relação de fabricantes autorizados a identificar produtos com o selo DTV: Antenas Castelo -AOC -Century-Ekotech-Elsys-H Buster-LG-Panasonic-Philips-Samsung-Semp Toshiba-Sony-Tec Toy-Tele System e Visiontec.



Fonte: Convergência Digital

SBT aumenta "De Frente com Gabi" para dois dias


O SBT estreia, nesta quarta-feira, 21, às 0h15, mais uma edição do programa "De Frente com Gabi". Após consolidar a vice-liderança, Marília Gabriela chega às quartas com uma proposta diferente do domingo, quando seus entrevistados são, geralmente, artistas e personalidades famosas. Desta vez, quem vai ficar frente a frente com a loira serão nomes importantes da economia, política, medicina, ciência, empreendedores sociais e também pessoas que não são necessariamente conhecidas do grande público de televisão.

Para a estreia, o primeiro convidado será Andrés Sanches, presidente do Corinthians. Ainda esta semana, ela grava entrevista com David Hertz, chef responsável pela ONG Gastromotiva, que oferece curso voltado a jovens de baixa renda em busca de aperfeiçoamento profissional para conseguir o primeiro emprego ou abrir o seu próprio negócio.

“Não tenho a pretensão de ter a audiência de domingo, mas quero criar um nicho em que as pessoas saibam que vão ver histórias de vida interessantes e até inspiradoras", afirma Marília.

Fonte: Adnews

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Radiodifusão busca novas aplicações para 700 MHz para garantir faixa

Por Helton Posseti

Os representantes do setor de telecomunicações pedem que o governo inicie já as dicussões sobre o dividendo digital da faixa de 700 MHz. Mesmo sem a participação do governo, ou à revelia da sua vontade, é inegável que essa discussão já começou.
Tanto é que o setor de radiodifusão, diante da intensificação do discurso das teles, agora acelera os seus estudos para identificar e mostrar à Anatel quais aplicações, no futuro, exigirão dos radiodifusores espectro suficiente para provê-las.
Um executivo ligado à radiodifusão, entretanto, afirma que esse ambiente futuro ainda não é claro e, por essa razão, a discussão para a nova destinação da faixa para as radiodifusoras é prematura. Como o futuro é incerto para a radiodifusão, não se sabe também até que ponto as empresas terão interesse em investir em novas tecnologias que já despontam, como vídeo 3D e super HD. "Não adianta a gente ganhar a guerra e depois as empresas não colocarem dinheiro", confidencia a fonte.

Soma-se à essa incerteza do setor de radiodifusão o forte lobby que o outro lado exerce junto à UIT. O grupo que discute a harmonização do espectro na UIT é formado majoritariamente por representantes de operadoras de telecom e, principalmente, de fabricantes de equipamentos de telecom. "Engana-se quem acha que a UIT é um órgão isento, porque não é. Eles querem forçar o uso da faixa para o IMT", diz o executivo.
Para a radiodifusão uma decisão da UIT nesse sentido seria praticamente o fim da disputa. Isso porque as decisões tomadas nas conferências mundias realizadas pelo órgão são assinadas pelos chefes da delegação de cada país-membro. Depois disso, ela passa pelo Itamaraty para ser ratificada pelo Congresso Nacional, criando então um acordo internacional que passaria a ser referência para as normatizações futuras da Anatel .
Em 2007, a UIT destinou a faixa de 700 MHz em caráter primário para o serviço móvel terrestre, mas o Brasil manteve a destinação da faixa em caráter primário para a radiodifusão e secundário para o serviço móvel terrestre o que, por enquanto, garante a faixa para a radiodifusão. Na Europa também ainda não há uma definição sobre o uso da faixa, assim como na Ásia. O único lugar em que a destinação da faixa de 700 MHz está assegurada ao setor de telecom é na América do Norte.

Fonte: Tela Viva

Teles querem excluir metas de qualidade e adotar preços por perfil de internauta

Por Luis Osvaldo Grossmann

A definição de parâmetros objetivos de qualidade na oferta de banda larga foi, como esperado, fortemente bombardeada pelas operadoras em consulta pública encerrada pela Anatel no último dia 16 de setembro. As teles cerraram fileiras contra qualquer definição nesse sentido, além de ameaçarem com o aumento dos preços do serviço e a redução de investimentos.

A própria Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda faz restrições à proposta de novo regulamento de qualidade do Serviço de Comunicação Multimídia, sugerindo a adoção de critérios mais leves. Pelo texto da agência, os provedores devem garantir 60% da velocidade contratada, em média, sendo que a velocidade mínima não deve ser inferior a 20%. Para a SEAE, os percentuais devem mudar para 50% e 10% – este último para manter a atual prática de mercado.

No caso das teles, as principais restrições são de que “de um lado, haveria um aumento significativo dos preços praticados no mercado de conexão à internet banda larga, diretamente decorrentes dos aumentos de custos incorridos, e de outro, não é possível garantir que a velocidade de conexão à internet experimentada pelo usuário sofreria qualquer incremento significativo”.

Paralelamente, porém, as operadoras querem autorização da Anatel para praticarem preços distintos conforme os diferentes usos da web – ou seja, assinaturas mais caras para aqueles clientes que fazem uso intensivo de vídeos, por exemplo. Ou, como defende a Oi na consulta pública – de forma semelhante a sugestões também feitas por outras empresas:

“A diferenciação dos produtos, através do correto dimensionamento e gerenciamento da rede, permitiria o acesso de usuários com perfil menos intensivo de utilização de banda a preços mais baixos, enquanto uma parcela maior dos custos incorridos para a manutenção e ampliação da rede poderia ser repassada apenas aos usuários de maior renda, cujo perfil de utilização da rede é mais intenso.”

Na mesma linha de diferenciação dos serviços, há proposta de criação de parâmetros distintos de qualidade conforme a região do país – assim, haveria critérios diferentes conforme cada área local do STFC. Vale lembrar que o teste do CGI, Inmetro e Anatel sobre a qualidade da banda larga que motivou a proposta de regulamento foi feito somente em grandes centros (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) e em bairros escolhidos pelas próprias teles.

Em contrapartida, contribuições apresentadas por consumidores defendem que a oferta de banda larga respeite totalmente aquilo que foi contratado. Assim, entendem que a agência deveria exigir dos provedores o respeito a 100% da velocidade prevista no momento da aquisição do serviço. 


Fonte: Convergência Digital

RedeTV! chega a 157 países

A RedeTV! não possui nenhum canal internacional como a Globo e a Record, mas transmite toda programação pela web. Por isso pode ser vista de qualquer lugar do mundo. A emissora anunciou que foi vista por mais de 200 mil brasileiros em 157 países em agosto.

De acordo com levantamento da própria RedeTV! os líderes de acesso dos 4.143.997 registrados são Pânico, TV Fama e telejornais. Nos Estados Unidos são 51.727, em seguida Portugal (26.547), Japão (24.366), Reino Unido (14.634), Espanha (11.747), Itália (11.282), Alemanha (10.015) e França (9.418). Canadá, Líbano, Austrália e Paraguai também estão listados.


Fonte: Adnews

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Netflix chegou. Há vida para as locadoras?

Por Leonardo Pereira

O Netflix chegou ao Brasil na semana passada causando pânico em setores como o de TV paga. Lá fora, a locadora virtual é vista como ameaça à rede HBO e já foi apontada como responsável pela falência da Blockbuster, além de ser temida pelos grandes estúdios de Hollywood. Aqui o modelo já havia aportado antes com a NetMovies, mas só agora parece que "caiu a ficha".

Um dos mercados que poderiam ser atingidos diretamente é o de locadoras físicas, que em apenas seis anos perdeu mais da metade de seus estabelecimentos: das 4 mil lojas existentes em 2005, sobraram apenas 1850. Dentre as causas está o forte crescimento da pirataria e do download ilegal, mas as locadoras virtuais não representam mais uma ameaça, segundo o presidente do SINDEMVIDEO (Sindicato das Empresas Videolocadoras do Estado de São Paulo), Luciano Tadeu.

"De forma nenhuma. É sempre vista com bons olhos, porque é mais uma concorrência", disse ao Adnews sobre a investida do site no Brasil. "É mais um desafio, mas tem custos: de uma banda larga, de uma locação... Na verdade, ela é mais uma loja, é como se aumentasse a quantidade. Funciona como se fosse a Blockbuster entrando no país, é uma concorrência sadia."

Tadeu diz que não há vantagens para as locadoras investirem na oferta de streaming, pois os custos são muito elevados. Assim como não há possibilidade de uma aliança com sites como Netflix e NetMovies, o que pode acontecer é as grandes redes se unirem para tentar algo nesse sentido.

Por que assinar?

Cinéfila assumida, a mestranda em Literatura Russa da USP Flávia Cristina Silva usa o serviço desde a entrada no país e, com base no que viu ali, discorda de Tadeu. "Acho que agora é o fim das locadoras físicas oficialmente", afirma, completando que é preciso se adaptar aos novos tempos. Ela, que assiste a uma média de dez filmes por semana, considera um "abuso" ter de pagar os cerca de R$ 8 cobrados nas locadoras físicas por cada título. O Netflix oferece todo o conteúdo por R$ 14,99 mensais; o problema, comenta Flávia, é a quantidade.

"Achei o acervo bem pobre, não consegui encontrar diretores russos, nada de novelle vague, nada do Woody Allen, quase não tem cinema europeu etc.", critica. "Ainda é cedo para analisar. De início, ganhamos com o preço, com a praticidade e vai ter uma grande diminuição da pirataria, com certeza."

A jornalista Cristiane Joplin também vê a questão do preço como ajuda ao fomento da locação virtual, que ainda cativa pela comodidade. "Hoje se você quer assistir a algum filme que não esteja em cartaz, as opções para se conseguir são complexas ou escassas; se decidir baixar da internet, os filmes, na grande maioria, têm qualidade ruim e ainda a questão das legendas."

"Se optar por alugar, tem de ir até uma ‘2001’ ou qualquer locadora especializada e desembolsar a bagatela de R$ 8 a R$ 10, por isso acho um ótimo negócio a locadora online, afinal, o mundo roda em torno da rede e, assim como os livros, que têm suas versões na internet, chegou a vez das locadoras", sentencia.

Vai pegar?

Para o presidente do SINDEMVIDEO, a Netflix vai penar muito no Brasil por conta da banda larga fraca do país. A empresa, afirma, não conseguirá atender aqui com a mesma eficiência conseguida nos Estados Unidos, pois, diferente de lá, a internet de alta velocidade brasileira pertence a uma camada mínima da população. Ele tem a mesma opinião do fundador da locadora, Reed Hastins, que já reconheceu as dificuldades a serem enfrentadas.

Outro entrave ao modelo virtual é o romantismo perdido com a falta de um espaço físico, que possui atendentes não-automatizados e possibilita o contato com outras pessoas. Nos EUA, por exemplo, já há um movimento de retomada das locadoras tradicionais. "Elas estão se recuperando porque o consumidor chega a um ponto em que acaba se cansando só do virtual. Ele quer pegar o filme na mão, movimentar aquilo", diz. "E o brasileiro é muito mais sensitivo do que o americano. Há uma tendência de volta."

"Tinha uma locadora do lado de casa e era um evento escolher os filmes e passear pelas prateleiras, reservar, receber ligação dizendo que aquele filme que você tanto queria chegou", lembra Cristiane. "Um dia eu fui a essa locadora e ela estava vendendo todos os filmes a R$ 10. Os clássicos queridos que eu assisti por R$ 4,50 estavam disponíveis. E a placa anunciava: ‘em breve, lan house’."

"Ou seja", continua, "nosso filhos não vão passear pelas prateleiras".

Fonte: Adnews