quarta-feira, 30 de novembro de 2011

E se o Facebook reunisse tudo o que você vê na web?

Em setembro, quando anunciou as mudanças no perfil do Facebook - a "Timeline" -, Mark Zuckerberg falou sobre uma intenção que preocupou muita gente. Trata-se do "frictionless sharing" (compartilhamento sem fricção), que voltou à pauta nos últimos dias.

A proposta do dono da maior rede social do mundo é que ninguém precise mais compartilhar nada; deixe que o Facebook faça isso por você. Enquanto navega, o internauta lê, assiste e escuta e tudo isso iria para o site sem que fosse necessário dar um "curtir".

A princípio é preciso autorizar essa coleta automática de dados, chamada de "Open Graph". A plataforma usa o "Ticker" (no Brasil, "novidades"), que publica tudo o que os usuários fazem - ali são postadas as atividades por meio de aplicativos que mostram o que estão ouvindo, assistindo, se estão cozinhando, correndo etc.


Nem mesmo nos Estados Unidos a Timeline funciona plenamente, tampouco o Ticker, portanto o assunto ainda não gerou tanta discussão. Porém, algumas pessoas já conseguem experimentar o recurso - e o feedback se divide entre positivo e negativo.


De volta


Alguns dias atrás o Financial Times
reportou que houve um aumento considerável no tráfego de notícias velhas, muito velhas. Em uma semana específica, Tim Bradshaw, do blog FT Tech Hub, relatou que os assuntos mais vistos eram da década de 1990.

Isso aconteceu porque os internautas que autorizaram o Facebook a rastreá-los e, depois disso, acessaram alguma notícia antiga, tiveram as informações postadas no site involuntariamente.


Geralmente, quando lemos algo velho,
segundo Jeff Sonderman, do Poynter, é por ser um assunto interessante ou bizarro (um garoto que foi pai aos 12 anos, por exemplo), portanto, os contatos desse usuário "curtiram", comentaram ou compartilharam, aumentando o tráfego sobre o que aconteceu há tempos.

Isso cria novas oportunidades para o mercado de informação, que não precisaria se preocupar tanto com as notícias quentes, e sim com o que poderia chamar atenção por mais tempo.


Automático demais


Ao mesmo tempo, criou sensações desagradáveis a quem encontrou no Facebook o que não gostaria que estivesse lá.


David John Walker, do Social Barrel,
deu um testemunho sobre o assunto afirmando ter visto na rede social uma atualização de status que dizia: "Dave leu 'tal e tal notícias' no Yahoo! News", sendo que logo abaixo seus amigos interagiam sem que ele tivesse feito nada.

"Foi um pouco desconcertante ver que foi publicado na minha 'Wall' e na do meu amigo, e um amigo tinha visto e 'curtiu', tudo sem qualquer esforço da minha parte", reclamou ele, que tirou a permissão.


Evgeny Morozov, colunista da Folha de S.Paulo,
foi mais além: o esforço combinado do Vale do Silício em cercar os internautas vai acabar com a criatividade da rede. Na semana passada, Zuckerberg se viu obrigado a admitir que vigia os usuários mesmo quando não estão logados no Facebook. Imagine isso em escala maior - bem maior.

E se tudo o que você vir na internet não passar de resultado de rastreamento? Todos os links e banners com sugestões de livros, filmes, músicas, roupas, lugares para frequentar... Tudo.


Os passos arriscados pelo dono do Facebook poderiam transformar o internauta crítico e ávido por conteúdo novo em alguém passivo que simplesmente recebe - sem perceber - o que lhe é mostrado.




Para quê serve?


Um caso que chamou atenção no mês passado e que foi
repercutido esta semana pelo youPIX é o do estudante de direito Max Schrems, de Viena (Áustria). Ele pediu ao Facebook um relatório sobre ele próprio (há essa opção).

Depois de muita resistência, a equipe da rede social enviou um CD a Schrems com tudo o que ele já havia feito por lá durante os três anos em que manteve sua conta. Se impresso, o documento contém 1,2 mil páginas - nem serviços de inteligência possuem relatórios tão extensos.


Com isso em mãos, o estudante descobriu que o Facebook não apaga os dados quando você quer que isso seja feito, então entrou na Justiça contra a rede e criou um site chamado
Europa versus Facebook para pedir transparência.

E toda essa informação virá à tona quando a Timeline for efetivamente implementada, pois ela mostrará fatos até então esquecidos. Todos divididos por período - como nascimento, começo e término de namoros, casamento, conquista de um novo emprego etc.

Fonte: AdNews

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Facebook transmite "Missão Impossível" por streaming

Os três primeiros filmes de “Missão Impossível”, da Paramount, poderão ser assistidos por streaming através do Facebook. Cada um deles custará três dólares, o equivalente a 30 créditos.

Desta forma, a Paramount promove o quarto episódio da série. Os títulos estão disponíveis na
fan page promocional do quarto capítulo da franquia, o novo "Missão Impossível: Protocolo Fantasma", que estreia em dezembro. O usuário que aluga o filme deve assisti-lo em até 48 horas. Durante este período, é possível pausar a execução, sair da rede social e continuar do ponto em que parou quando voltar a se logar.

O serviço foi apresentado em março deste ano pela rede social. Na época, fez uma parceria com a Warner Bros para transmitir “Batman - O Cavaleiro das Trevas".

Fonte: Ad News

Procon penaliza portais de compras coletivas

Os sites de compras coletivas Groupon, Click On e Peixe Urbano foram autuados pela Fundação Procon-SP por praticarem condutas em desacordo com o Código de Defesa do Consumidor, como não garantir a qualidade dos serviços oferecidos, negar a devolução dos valores nos casos de não prestação do serviço e informar percentual de desconto incorreto. As empresas responderão a processos administrativos e, caso considerados culpados, a multa pode variar de R$ 400 a R$ 6 milhões. As empresas ainda podem recorrer. As autuações foram realizadas em 7 de novembro.

Além das empresas citadas acima, onze estabelecimentos que vendem produtos e serviços por meio das ofertas nestes sites também foram autuados pela instituição de defesa do consumidor, sendo estes a Bioplastica Brasil Clínica Médica, Praça dos Amores Morumbi, Radisson Hotel Maceió (Atlântica Hotels International Brasil), Leandro Augusto Ferreira Cosméticos, Instituto R Hartmann & Costa, Summer In; Mirante Mooca Restaurante, Form & Elegance Estética; Thermas de São Paulo, Hotel Pousada São Roque e Digispace.

Segundo o Procon/SP, a fiscalização constatou nos estabelecimentos físicos, dentre outras condutas irregulares, ausência ou inadequação na informação de preço, o que impossibilita ao consumidor comparar o preço ofertado no site e o preço praticado no estabelecimento; alteração dos preços anunciados no período da promoção divulgada nos sites; e negativa de devolução de valores nos casos de não prestação do serviço.

O instituto de defesa do consumidor informou que as condutas das empresas foram verificadas por meio de um trabalho de análise das informações anunciadas nos sites de compras coletivas e também, in loco, no estabelecimentos que oferecem os produtos e serviços.

Reclamações

De janeiro a setembro deste ano, os sites de compras coletivas responderam por 767 atendimentos registrados pelos consumidores nos postos de atendimento do Procon/SP, com destaque para a prática do Groupon e Groupalia, que venderam tablets e TVs de alta definição importados pela Fluent Celular e não cumpriram grande parte das entregas.

O Procon-SP notificou as três empresas para esclarecer os problemas e cobrou medidas que visem solucioná-los. Groupon e Groupalia informaram que a única proposta é a de restituição do valor já pago pelos produtos, não havendo possibilidade de entrega destes. O Groupon sequer se propôs a corrigir monetariamente os valores.

Considerando a oferta dos produtos (aquisição por preços muito atraentes, se comparados a similares no mercado e o prazo de 60 dias para entrega, já vencido) a mera restituição do valor pago não cumpre o que diz o Código de Defesa do Consumidor.

Brasil pede intervenção da ONU na gestão da Internet

O Brasil está negociando com a Organização das Nações Unidas (ONU) a democratização da gestão da internet, que atualmente está nas mãos de dois ou três países, sendo o principal deles os Estados Unidos, informou nesta segunda-feira, 28/11, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar da Silva Nunes.

Segundo ele, esses países têm o controle dos endereçamentos da rede, da distribuição de números IP (Internet Protocol) e de nomes de domínio (que definem como são chamadas as páginas de internet).

“Essa gestão dos fluxos de informação hoje está muito concentrada. Não é inclusivo, não é seguro, não é justo, nem desejável. A ideia é agregar novos atores. O domínio da internet está sob a égide do governo norte-americano. Há outros atores que agem lateralmente. A ideia é moderar essa gestão”, disse.

Tovar participou da apresentação oficial da campanha para a Rio+20, a conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável promovida pela ONU, que vai ser realizada em junho do ano que vem, no Rio de Janeiro. Dentre as propostas do país para o evento, o Brasil defendeu a criação de uma convenção global sobre acesso à informação.

“Se a pessoa não tem informação, muito dificilmente ela será mobilizada a atuar para o desenvolvimento sustentável. A proposta será negociada em Nova York, mas também será objeto de negociação na própria Rio+20”, sustentou o porta-voz.

Os Estados Unidos justificam o controle dos fluxos de informação virtuais por terem sido o país criador da internet, em um projeto do Pentágono, e por terem sido o principal financiador desse projeto.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Teles vão à Justiça para que Telebras abra contratos firmados com Eletrobrás e Petrobras

Aparentemente ainda não satisfeitas com o ritmo lento do Plano Nacional de Banda Larga - ou mesmo com o acordo firmado com o Ministério das Comunicações - as teles, por meio do sindicato nacional das empresas, o Sinditelebrasil, entraram com um mandado de segurança contra o presidente da Telebras. Querem saber os temos dos contratos firmados com a Petrobras e Eletrobras para uso das redes de fibras ópticas.

O processo (0064335-62.2011.4.01.3400) foi apresentado na última sexta-feira à Justiça Federal em Brasília e tem como alvo os contratos de compartilhamento de infraestrutura que deram à Telebras o uso das redes para implantação do PNBL - contratos esses que possuem cláusulas de sigilo.

O Sinditelebrasil, porém, não quis comentar os motivos do ingresso com esse mandado de segurança - enquanto a Telebras ainda não foi intimada. É lícito supor, no entanto, que o interesse das empresas é conhecer os valores a serem pagos pela estatal pela cessão de uso das fibras ópticas.

Sabe-se que são valores inferiores ao que as teles - notadamente a Oi - pagam pelo uso da infraestrutura alugadas do setor elétrico. Ressalte-se que em algumas regiões, praticamente toda a rede utilizada pelas operadoras é, de fato, das elétricas - caso do Norte do país ou mesmo de estados como Minas Gerais.

O valor mais baixo negociado pela Telebras com as “primas” estatais foi, inclusive, um dos motivos que levou à demora no acerto entre as empresas - e consequentemente ao adiamento do cronograma de implantação do PNBL.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Na era da mobilidade, aplicativos reinam e voz fica irrelevante

Os celulares avançam cada vez mais junto aos consumidores. De acordo com estudo "Opportunity Calling: The Future of Mobile Communications-Take Two", produzido pela Oracle, com 3 mil consumidores em todo mundo. A pesquisa apura que 43% dos usuários de telefones celulares já substituíram suas câmeras, 34% deixaram o MP3 Player e 24% não usam mais GPS.

No ano passado, essa mesma pesquisa apontava que essa migração aconteceria apenas em 2015. O levantamento constata ainda a explosão de dados - 69% dos usuários globais têm smartphones, sendo que 47% passaram a usar um volume maior de dados. Prova disso é que a a área de aplicativos teve um crescimento explosivo.

De acordo com a pesquisa, 55% dos entrevistados baixaram um aplicativo gratuito e 25% pagaram por um software para o celular. Além disso, a demanda por aplicativos está se expandindo dos celulares para outros dispositivos móveis, especialmente, para os tablets: 57% dos participantes do estudo já têm um tablet ou planejam adquirir um nos próximos 12 meses, embora essa tecnologia ainda esteja sendo adotada gradativamente.


Não por acaso, de acordo com a IDC, nos últimos três anos cerca de 300 mil aplicativos móveis foram baixados mais de 10,9 bilhões de vezes. O crescimento na adoção de dispositivos móveis, no entanto, não reduziu a preocupação com segurança. Mesmo utilizando mais funções de seus celulares, 68% dos entrevistados disseram não confiar ou não ter certeza quanto à segurança das informações transmitidas ou armazenadas em seus aparelhos.

Explosão de dados exige mudanças

Apesar disso, mais consumidores continuam utilizando seus celulares nos processos de compra: 30% fazem comparações de preços de produtos usando o celular, ao passo que 24% consultam opiniões de clientes e 14% escanearam um código QR (código de barras em 2D) de um anúncio ou artigo.  No entanto, quando se trata de comprar pelo telefone, 84% dos entrevistados preferem fazer suas compras nas lojas.

“O ponto claro desta pesquisa é que os smartphones estão se tornando o equipamento mais importante dos usuários”, afirma Arturo Pereira, diretor de marketing e desenvolvimento de negócios da unidade de comunicação da Oracle para a América Latina. Alguns exemplos: o estudo indica que 84% dos entrevistados disseram que seus provedores de serviços móveis fazem um bom trabalho.

Mas 54% afirmam que estes provedores não conseguem lhes fornecer as ferramentas necessárias para que eles gerenciem o uso mensal que fazem do serviço. Em relação aos planos, apenas 8% têm planos de dados familiares, e 31% estariam interessados em adquirir um. Outro ponto: embora pareçam satisfeitos, 74% dos usuários disseram que trocariam de provedor, se o concorrente oferecesse preços melhores. 


Pereira lembra que a tendência de crescimento no uso de mobilidade vai exigir mudanças em várias frentes. Os provedores de serviços precisarão se adaptar às necessidades deste novo cliente, que não usa mais apenas voz e SMS. "Com mais e mais equipamentos e serviços sendo agregados à rede, os provedores precisam se preparar para crescer e competir em um ambiente mais complexo. Eles precisarão continuar trabalhando para garantir redes e sistemas de back-end escaláveis, seguros e abertos aos desenvolvedores”, prevê.

Do ponto de vista das corporações, o cuidado não deve ser menor, uma vez que as expectativas dos usuários em relação aos serviços móveis em breve se estenderão também aos aplicativos corporativos. “É importante conhecermos o mercado de mobilidade, uma vez que nossa experiência demonstra que 50% das adoções de soluções corporativas começam com os clientes”, completa. 

Projeto no Congresso transfere poder da Anatel para o Minicom

Em reunião com o presidente da Anatel, João Rezende, o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) reclamou do projeto que estabelece uma Lei Geral das Agências Reguladoras, por entender que ele enfraquece as autarquias.

“As alterações se apresentam de tal forma que vislumbramos o esvaziamento das atribuições da agência e poderão limitar o grau de dinamismo percebido pelo setor, viabilizado ao longo desses 14 anos de existência da Anatel”, lamentou o diretor jurídico do sindicato, Nei Jobson.

As mudanças estão consolidadas em um substitutivo a quatro projetos de lei sobre o assunto e, de fato, entre as propostas há alterações na Lei Geral de Telecomunicações que retiram competências da Anatel, recolocando-as sob o Ministério das Comunicações.

De autoria da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que é relatora no Plenário da Câmara, o substitutivo deixa com o Minicom o poder de expedir normas e editar atos de outorga de exploração de serviços nos regimes público e privado, além de celebrar os contratos de concessão.

O projeto já está em negociação entre a relatora e o governo. A Casa Civil da Presidência da República aguarda manifestações pedidas aos ministérios da Fazenda e do Planejamento sobre o texto – e não ao Minicom, ressalte-se – mas tem defendido a aprovação da proposta.

Há menos de um mês, o subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil, Luiz Alberto dos Santos, defendeu na Câmara a votação do projeto ainda neste ano. A possibilidade real disso é remota, mas a expectativa é de que a votação aconteça no início de 2012.

* Com informações do Sinagências

Cobertura da TV digital segue concentrada nos grandes centros

O sinal da TV digital aberta está presente em 457 dos 5561 municípios brasileiros, revela o Forum SBTVD. Apesar da baixa presença, observa o Forum através de dados do Censo 2010, do IBGE, essas localidades possuem uma população somada de aproximadamente 86.641.005 pessoas, o que equivale a 45,4% dos brasileiros.

Considerando as cinco regiões geográficas do País, a maior parte desses municípios está na região Sudeste. Os estados do Rio de Janeiro, São Paulo,
Minas Gerais e Espírito Santo concentram 159 municípios com o sinal digital de pelo menos uma emissora, a exemplo de Araguari (MG), que passou a fazer
parte da área de cobertura no último mês de setembro, e Campos de Goytacazes (RJ), que teve o sinal digital inaugurado neste mês. O Sudeste possui 59% de sua população com acesso ao sinal.

O Sul chegou este ano a 113 municípios cobertos pelo sinal digital aberto e gratuito, inclusive com mais de uma emissora em diversas cidades. Cascavel
(PR), por exemplo, passou a receber a programação em alta definição da RPC, afiliada da TV Globo, desde outubro deste ano, além de já receber o conteúdo da TV Tarobá, afiliada da TV Bandeirantes. O estado do Paraná também passou a contar, em 2011, com a programação em HD da RICTV, afiliada da Rede Record em Curitiba. Em toda a região Sul, 37% da população mora em cidades com sinal de TV digital.

Em outubro, Fortaleza (CE) entrou para a lista da Record de afiliadas digitalizadas, por meio da TV Cidade. Na capital cearense, além da Record, é possível assistir à programação em HD da TV Verdes Mares (Globo), Rede TV!, TV Ceará, TV Jangadeiro (SBT) e TV União. Em todo o Nordeste, outros 80 municípios contam com o sinal da TV digital, correspondendo a 31% da população dos nove estados.

O Centro-Oeste, por sua vez, possui 67 municípios com o sinal da TV digital, com um alcance de 56% da população, enquanto o Norte soma 37 municípios que concentram 33% da população de todos os sete estados. Para ampliar esses percentuais, um dos principais objetivos das emissoras a partir de 2012 é interiorizar a transmissão do sinal gratuito.

Dentre os estados, São Paulo figura com aproximadamente 70% de sua população coberta pelo sinal digital – mais de 28 milhões de pessoas. O índice também é elevado no Rio de Janeiro, onde 65,7% dos habitantes podem receber o sinal da TV digital em televisores ou em dispositivos móveis, como celulares, receptores de TV digital ou em notebooks utilizando um aparelho com saída USB. Em Goiás, 59,6% da população vivem em cidades onde já existe o sinal da TV digital – seja pela TV Anhanguera, TV Tocantins, TV Rio Vermelho, TV Serra Dourada ou Rede Record.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

CNN estreia rede social de notícias

A CNN reformulou sua página de "jornalismo cidadão" para transformá-la em uma "rede social de notícias". O site iReport existe há cinco anos e tem quase um milhão de contribuintes, que estão espalhados pelo mundo todo.

Agora, com novo layout, o site também ganha novas funcionalidades. "Queremos criar uma rede social de notícias, que conecta as pessoas com as histórias e as fontes", disse Lila King, diretora de participação para a CNN Digital. "O novo iReport convida as pessoas a participar das reportagens de histórias que lhes interessam."

A página ganhou um esquema de grupos, que são como comunidades em que os iReporters podem seguir tópicos de interesse como política, comida, fotografia, tecnologia, bem como grupos em torno de alguns dos programas da CNN. Eles também podem obter atribuições com base em seus interesses individuais e se conectar com outros contribuidores.


A página de perfil e a homepage também foram repaginadas, sendo que a primeira inclui um histórico da participação de uma iReporter no site e um feed de suas atividades. O novo perfil também inclui medidas de reputação de uma iReporter dentro da comunidade, com estatísticas como page views, o número de suas histórias vetados para a CNN, quantos seguidores têm emblemas e que eles ganharam.

Fonte: AdNews

Nova classe C dita os rumos da internet brasileira

Acontece em São Paulo a quinta edição do MediaOn, seminário sobre jornalismo online. Nesta quarta-feira, um dos paineis reuniu Renato Meirelles, diretor do Data Popular, Rodrigo Flores, diretor de conteúdo UOL, Alex Banks, diretor-executivo do Brasil e vice-presidente da comScore para America Latina, e Marcelo Coutinho, diretor de Inteligência de Mercado para América Latina do Terra, que mediou o encontro.

A conversa girou em torno do advento da chamada "nova classe C" brasileira, que já corresponde a quase 54% da população e movimenta R$ 1,03 trilhão por ano. "Com certeza é isso que impulsiona a internet", opinou Meirelles.

A web do Brasil, de acordo com dados divulgados por Banks, é a oitava no mundo em número total de visitantes únicos, com 45,2 milhões. Em questão de procura por notícias e informações, o país só perde para os Estados Unidos, pois 99,2% dos brasileiros estão atrás disso quando se conectam.


Com a relação entre ascensão das classes mais pobres para o patamar de "média" e a quantidade de pessoas que navegam, ficou a pergunta: o que deve-se mudar para atender a essa demanda?


Segundo Meirelles, 46% da classe C têm acesso à internet, e 50% o faz via banda larga. Essas pessoas, disse, também são mais otimistas do que as demais, portanto, estão sempre em busca de algo que lhes dê crescimento, nem que isso se dê via "jeitinho brasileiro". "Enquanto uma pessoa das classes A e B paga R$ 100 na sua banda larga, duas antenas de Wi-Fi atendem à COHAB inteira, pagando 'cincão' cada", explicou.


O executivo culpa o próprio mercado formal, que ainda não conseguiu dar conta da nova demanda. "A classe C paga por tudo o que ela acha relevante", disse, "e ela está acostumada a achar meios gratuitos para tudo o que ela acha relevante."


Um dos principais entraves enfrentados por aqui é a velocidade da internet, já que as operadoras de telefonia são obrigadas a entregar somente 10% da banda contratada. "Isso tem nome: é picaretagem", criticou Meirelles. É por essa razão, afirma, que o consumidor vive procurando alternativas, mas, na sua opinião, o crescimento social deve ajudar a combater o problema.

Fonte: AdNews

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NetMovies fecha com Miramax

A NetMovies fechou acordo de licenciamento de conteúdo com o estúdio Miramax e passou a oferecer centenas de novos títulos que podem ser acessados por SVOD (Streaming Video on demand).

O catálogo do estúdio inclui sucessos como “Pulp Fiction”, “O Paciente Inglês”, “Cidade de Deus”, “Shakespeare Apaixonado”, “Sangue Negro” e “Kill Bill”.

Estes e outros títulos estarão disponíveis a partir de 1 de dezembro aos assinantes da NetMovies via computador, Smart TVs, Blu-Ray players com acesso à internet e smartphones e tablets com sistema Android ou iOS.


“Como fã do cinema independente, estou muito feliz em assinar esse acordo que disponibiliza aos nossos clientes os clássicos filmes da Miramax. Espero que este seja o início de uma longa e crescente parceria, que é importante não apenas para a NetMovies, mas também para o público brasileiro”, destaca Daniel Topel, fundador e CEO da locadora.
 
Fonte: AdNews

Para Intel, Brasil teria 56 milhões de novos internautas com banda larga pré-paga

Enquanto começa a admitir que o WiMAX fracassou no Brasil, a Intel prepara uma nova estratégia para incentivar a massificação da banda larga. Para a fabricante, em um país onde a telefonia é majoritariamente pré-paga, não há porque não se fazer o mesmo com as conexões 3G.

“A banda larga pré-paga já é sucesso em outros países e deveria ser adotada no Brasil, que tem nesse modelo de negócios a maior parte dos celulares”, diz o presidente da Intel no país, Fernando Martins.

Em agosto, em entrevista exclusiva para o Convergência Digital, John Davies, diretor geral do programa Intel World Ahead, antecipou a decisão da fabricante em fomentar a massificação da banda larga por meio do modelo pré-pago. O executivo, inclusive, teve uma audiência com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Também se mostrou disposto a negociar com as operadoras de telecom e a fomentar, por meio de ações de marketing, apoio financeiro para a decolagem do projeto. Paralelamente, a fabricante já admite que vai suportar o LTE no Brasil e que, por aqui, “falhou com o WiMAX”, como explicou Martins. “Defenderemos a tecnologia que tiver”, disse ele.

O movimento pela internet pré-paga faz sentido para uma empresa que calcula triplicar o faturamento no Brasil – e que vive essencialmente dos chips e desenvolvimentos para computadores.

“As pessoas buscam o computador para acessar a Internet, mas no Brasil a banda larga é um problema, uma barreira à adoção de tecnologia”, diz o diretor de expansão de mercado da Intel, Fabio Tagnin.

Modelos de Internet pré-paga foram adotados na Índia, Indonésia, Sri Lanka, Quênia e Vietnã. “Em alguns países, como o Sri Lanka, o pré-pago fez dobrar o número de usuários em um ano”, diz Tagnin.

Em geral, os consumidores compram cartões que dão direito a uma certa quantidade de tráfego, exatamente como na telefonia pré-paga – e sem o compromisso de uma assinatura mensal. Aí estaria o sucesso, segundo a Intel, pois a banda larga pré-paga funcionou como instrumento para que o custo mensal com Internet ficasse em US$ 10.

“Na Indonésia, a US$ 10 por mês o número de usuários cresceu em 37 milhões. No Brasil, esse mesmo parâmetro permitiria incluir 56 milhões a mais de pessoas”, calcula o diretor da Intel. A fabricante reconhece, no entanto, que há resistências das operadoras. Por exemplo, há dúvidas sobre como seria coberto o custo do modem móvel sem uma assinatura mensal. 

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aplicativo permite envio de dinheiro via Facebook

O Facebook vai virar uma espécie de banco online. Um acordo com a empresa PayPal levará à rede social um aplicativo que premite o envio e dinheiro, movimento restrito aos usuários da rede.
O aplicativo "Send Money" foi especialmente desenhado para o Facebook.  "Estamos unindo a maior empresa de transações financeiras on-line à maior rede social do mundo, para tornar ainda mais fácil o envio de dinheiro entre amigos e familiares", disse JB Coutinho, diretor de marketing da PayPal.
Para se livrar das taxas, o internauta deve realizar a transferência por meio de contas bancárias ou então do serviço financeiro online da Paypal, propriedade do eBay.
Fonte: AdNews

Anatel cria grupo de trabalho para definir aferição de qualidade na banda larga

A Superintendência de Serviços Privados da Anatel divulgou hoje (18) o Ato nº 7.540 - que trata da constituição do Grupo de Implantação de Processos de Aferição da Qualidade - GIPAQ. Esse grupo terá por função, implantar os processos de aferição dos indicadores de qualidade previstos nos novos Regulamento de Gestão da Qualidade do Serviço de Comunicação Multimídia e do Serviço Móvel pessoal (SMP).
Foram designados para compor e coordenar o GIPAQ os funcionários, Bruno de Carvalho Ramos, atual Gerente Geral de Comunicações Pessoais Terrestres; e Jose Augusto Domingos Trentino. Faltam ainda serem indicados para o grupo, os representantes das prestadoras do Serviço de Comunicação Multimídia e das prestadoras do SMP.
Qualidade
A metodologia e procedimentos que forem definidos por esse Grupo de Implantação de Processos de Aferição da Qualidade (Gipaq), serão a base para os usuários de banda larga poderem conferir se os serviços pretados pelas operadoras estão dentro dos parâmetros exigidos em regulamento da Anatel.
Para tanto, o GIPAQ ficará responsável por determinar as regras para a contratação de uma "Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ), pelas prestadoras do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM).

A Anatel espera que o próprio usuário tenha a possibilidade de efetuar essa medição de velocidade, por meio de um software a ser gratuitamente fornecido pela prestadora de SCM. Entretanto, até agora questões como a entrega dos códigos-fonte do software, para que a agência reguladora possa conferir que não haverá burla na medição da capacidade da rede oferecida ao usuário, não foi definida. Espera-se que nas discussões com as prestadoras de SCM dentro desse grupo de trabalho, sejam definidas regras para a entrega das fontes desses sistemas, o que proporcionará transparência e controle do assinante.
A Anatel calcula que em no máximo 120 dias o software de medição esteja disponível para o assinante, contados da data de publicação do regulamento (31 de outubro de 2011).

Indicadores de rede
Independentemente das negociações que se seguirão no âmbito do GIPAQ - a Anatel já definiu os principais indicadores de rede que as prestadoras de SCM terão de cumprir. São elas:
Velocidade Instantânea: Velocidade aferida em cada medição feita pelo software, cujo resultado não poderá ser menor do que 20% da velocidade máxima contratada pelo Assinante, tanto para download como para upload, em 95% das medições. A meta de 20 % é válida para os primeiros doze meses, contados a partir da entrada em vigor do Regulamento. Nos doze meses seguintes, será de 30% e, a partir de então, 40%.

Velocidade Média: Resultado da média de todas as medições realizadas no mês na rede da Prestadora. A meta inicial é de 60%, nos doze primeiros meses. Nos 12 meses seguintes será de 70% e, a partir de então, 80%.

Latência Bidirecional: Tempo em que um pacote de dados percorre a rede de um determinado ponto até seu destino e retorna à sua origem. A meta, a ser observada em 95% das medições, é de, no máximo, 80 milissegundos em conexões terrestres e 900 milissegundos em conexões por satélite.

Obrigações
De acordo com o Ato 7.540 publicado hoje pela Anatel, o GIPAQ terá as seguintes obrigações a serem cumpridas:
I - Coordenar, definir, elaborar o cronograma detalhado de atividades e acompanhar a implantação dos processos de aferição de indicadores de qualidade previstos no Capítulo II do Título IV do RGQ-SCM (indicadores de rede) e nos artigos 22 e 23 do RGQ-SMP
(SMP10 e SMP11, respectivamente), além do desenvolvimento do software de medição previsto nestes dois Regulamentos (artigo 10 do RGQ-SCM e artigo 24 do RGQ-SMP.
II - Realizar as ações necessárias para garantir a contratação da Entidade Aferidora da Qualidade no prazo previsto no RGQ-SCM e no RGQ-SMP.
III - Validar os procedimentos técnico-operacionais relativos à aferição de indicadores de qualidade a que se refere o inciso I.
IV - Avaliar e divulgar as fases de implantação dos processos de aferição dos indicadores de qualidade e do software a que se refere o inciso I.
* Com informações da Anatel.

Fonte: Convergência Digital

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ancine abre consulta pública para nova lei de TV paga em dezembro

A nova legislação que regulamenta o setor da TV paga (Lei 12.485) será colocada no dia 16 de dezembro para consulta pública pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), informa a Folha de S.Paulo.

O presidente do órgão, Manoel Rangel, anunciou a decisão nesta quinta-feira (17), durante um seminário sobre os efeitos da nova lei. Ele também anunciou o investimento de R$ 450 milhões no setor audiovisual para alavancar a produção nacional de conteúdo.

De acordo com a nova regra, as operadoras de TV por assinatura deverão veicular pelo menos três horas e meia por semana de conteúdo nacional em horário nobre. As teles contestaram esta medida, alegando que os consumidores não reivindicavam por exibição de conteúdo nacional e demonstraram-se  insatisfeitos.

Para Rangel, a produção brasileira tem qualidade suficiente para não aborrecer os telespectadores e lembrou a contribuição dos canais TV Cultura e TV Brasil para a elevação da qualidade das produções. O presidente afirma que a ideia não é "afastar os canais internacionais, mas trazer mais canais brasileiros para perto".
 

Claro quer consórcio com Embratel e Net para leilão das sobras do SMP

Com firme decisão de usar a faixa de 1,8GHz, destinada para 3G, em projetos de 4G, os controladores da Claro autorizaram a participação da empresa - de forma isolada ou por meio de consórcio com as outras empresas do grupo America Móvil - no leilão das sobras de 800 MHz e 1,8 GHz, agendado pela Anatel para o dia 1º de dezembro. Preço mínimo com a venda das frequências foi estipulado em R$ 591,9 milhões.

A decisão dos controladores da Claro foi tomada em reunião realizada no último dia 10 de novembro. Em informe à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador financeiro do Brasil, a empresa comunica que que os conselheiros deliberaram 'por unanimidade e sem reservas", a participação da empresa no leilão na seguinte forma:

1) aprovar os procedimentos para a formação de consórcio a CLARO S/A., se assim for necessário, conforme o lote em que haja interesse, para a participação da Companhia na licitação mencionada, e:

2) autorizar os Diretores da Companhia, ou procuradores por eles nomeados, à prática de todos os atos decorrentes da participação da Companhia na referida licitação, inclusive isoladamente, conforme dispõe o Estatuto, bem como a celebração de termos de Autorização junto à ANATEL, caso a Companhia seja vitoriosa na licitação.

A Claro é uma das operadoras que está testando o uso do LTE, a 4G da telefonia celular, na faixa de 1,8GHz. A compra de mais espectro é crucial para o sucesso da iniciativa. Ainda assim é bom lembrar, a operadora foi a única a manifestar posição favorável à venda da faixa de 2,5GHz, em abril de 2012, como quer o governo - as demais reclamam que não é 'momento' para investir numa nova geração de telefonia móvel.

O leilão das sobras do Serviço Móvel Pessoal foi agendado pela Anatel para o dia 01 de dezembro. Serão ofertadas subfaixas A(S) e extensão (SE) para serem exploradas por 15 anos, em 54 lotes. A agência fixou o preço mínimo em R$ 591,9 milhões.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vivo apresenta biblioteca virtual

A Vivo e a Editora Gol, com suporte da Gol Mobile, lançam a Nuvem de Livros – uma biblioteca em cloud que permite a consulta e leitura on-line de mais de 3.000 obras literárias. O serviço, exclusivo para clientes Vivo, é gratuito por 30 dias e, após esse período, será cobrada uma assinatura semanal de R$ 0,99, além dos tributos.

Para se cadastrar, basta acessar o site, digitar o número do celular Vivo e confirmar a assinatura com a senha recebida por SMS. Todos os títulos podem ser acessados do computador ou tablet com sistema operacional Android 3.0.

A Vivo é a primeira operadora no Brasil a disponibilizar aos clientes uma solução de e-books. O leitor encontra de conteúdo educacional a clássicos da literatura na Nuvem de Livros. Sob a curadoria do escritor Antônio Torres, a plataforma criada pela Editora Gol reúne romances, biografias, coletâneas de contos, crônicas, poesia, ensaios, novelas, além de atlas, enciclopédias e dicionários. Há obras das editoras e selos Moderna, Desiderata, Ediouro, Escrituras, Callis, Fundação Roberto Marinho e Nova Fronteira, por exemplo.


No catálogo, livros de autores de destaque como Ariano Suassuna, Eça de Queirós, João Ubaldo Ribeiro, Fernando Pessoa, Mário de Andrade e Monteiro Lobato estão à disposição. Para completar o acervo, a Coleção Clássicos da Literatura traz obras de Machado de Assis, José de Alencar, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Casemiro de Abreu, Castro Alves, Olavo Bilac e Aluísio Azevedo. Também há acesso a conteúdos multimídia da Fundação Roberto Marinho, como o Novo Telecurso e Tecendo o Saber, para os ensinos Fundamental e Médio - totalizando cerca de 1.600 tele-aulas -, todos utilizados no processo de reforço escolar.


Ao entrar na Nuvem de Livros, o usuário pode criar um avatar: ele representa o assinante na plataforma virtual. Um robô anfitrião pode ajudar o usuário na busca pelas preferências, a partir das perguntas feitas pelo assinante. A pesquisa pode ser feita por assunto, nome do autor, título do livro ou editora. A Nuvem de Livros tem um sistema de recomendações que personaliza a estante do usuário a partir de seus interesses, com “Obras Recomendadas”, que indica livros de temas que interessem ao leitor; “Minha estante”, que registra exemplares já lidos ou que está sendo lido na plataforma; e “Novidades”, que apresenta as recentes aquisições do acervo.


É possível marcar trechos, tomar notas, adicionar marcadores e copiar pequenas passagens. O usuário também terá acesso a um serviço de alertas SMS da Vivo, que vai notificar novidades e títulos em destaque na biblioteca virtual.
 
Fonte: AdNews

Telebras acerta com RNP uso de redes metropolitanas de fibras

A Telebras costura com a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) um acordo que dará ao Plano Nacional de Banda Larga capilaridade em todas as capitais do país. É, basicamente, um acerto de “troca de fibras”, onde a estatal entra com o backbone nacional e poderá utilizar a Redecomep, ou seja, redes de alta velocidade nas regiões metropolitanas servidas por Pontos de Presença da RNP.

Até aqui, as Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep) já estão implantadas em 21 capitais. As outras seis – Rio de Janeiro-RJ, Belo Horizonte-MG, Maceió-AL, Teresina-PI, Porto Velho-RO e Palmas-TO – estão em estágios diferentes da construção da infraestrutura.

Trata-se, portanto, de um acordo que dará ao PNBL o que ele até aqui só possui em casos isolados: capilaridade nas cidades, o que por enquanto dependia de investimentos próprios ou da disponibilidade de redes já implantadas por provedores ou associações de provedores de acesso.

Alguns acertos foram encaminhados nesse sentido, especialmente no Ceará, onde um termo de ajuste com a Etice – a empresa estadual de TI – para a troca de capacidades dará à Telebras acesso às 82 cidades cearenses beneficiadas pelo Cinturão Digital construído pelo governo.

Contratos

Paralelamente, a Telebras firmou mais um acordo de troca de capacidades, agora com a Eletrosul, o que na prática antecipa a disponibilidade do backbone na Região Sul do país – partindo de Assis-SP e chegando até Gravataí-RS, já na área metropolitana de Porto Alegre.

“É um acordo semelhante ao que fizemos com a Eletronorte e esperamos ativar até dezembro”, afirma o presidente da Telebras, Caio Boniha. Com a Eletronorte, o acerto prevê uso das fibras da elétrica a partir de Itumbiara-GO até Porto Velho-RO e Rio Branco-AC.

Outro braço da rede vai sendo implantado entre Brasília e Fortaleza-CE, mas é no trecho que parte da capital na direção do sul de Goiás que até agora se concentram os seis contratos já firmados pela estatal com provedores. Mas esse número deve se multiplicar em breve.

A Telebras já começou a firmar contratos futuros com provedores. Por enquanto, há pelo menos 18 deles na fila que prevêem a entrega da capacidade até abril do próximo ano – em média, de 50 Mbps. Além disso, a disponibilidade de redes na Região Sul significa a chegada do PNBL em áreas de maior demanda.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Documentário sobre a indústria audiovisual tem estreia multiplataforma

O documentário “Ctrl-V”, de Leonardo Brant, que aborda as relações de poder e efeitos da indústria audiovisual sobre as sociedades contemporâneas, terá lançamento transmídia no dia 24 de novembro. Além de exibição na TV Cultura, às 23h30, o documentário estará disponível para download gratuito na Internet e no celular. A plataforma web (www.ctrl-v.net/), reúne bibliografia, filmografia e mais cinquenta entrevistas exclusivas com alguns dos maiores pensadores internacionais sobre a indústria audiovisual. O documentário foi pautado e editado colaborativamente no âmbito da RAIA (Rede Audiovisual Iberoamericana – www.raiavirtual.net).

Fonte: Tela Viva

Diretor de entidade defensora da liberdade de imprensa no Equador é ameaçado de morte

César Ricaurte, diretor da Fundamedios, organização defensora da liberdade de imprensa no Equador, foi ameaçado de morte por membros do governo. De acordo com ele, sua segurança foi abalada em reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Cidh), na sexta-feira (11).
"Responsabilizamos o Governo do Equador pela segurança dos funcionários do Fundamedios e de seu diretor, César Ricaurte", disse Carlos Lauría, diretor do Comitê para Proteção aos Jornalistas (CPJ), em pronunciamento sobre o caso.
Anteriormente, o governo já havia tornado obrigatória a transmissão de mensagens na televisão, em horário nobre, contra a entidade e seu diretor. Nas peças, tanto a Fundamedios quanto Ricaurte são acusados de serem ligados a crimes de Estado.

 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Joint-venture entre Telebrás e Embraer terá capital de aproximadamente R$ 50 milhões

Telebrás e Embraer estão em fase final de eleboração do acordo de acionistas que criará a primeira integradora de satélites brasileira. Na semana passada o conselho de administração da Telebrás aprovou um memorando de entendimento assinado entre as partes, que agora trabalham na redação do acordo de acionistas. A expectativa da Telebrás é que o documento esteja finalizado lá pelo dia 20 de dezembro. O início da operação está previsto para o começo do ano que vem, já que a empresa paralelamente trabalha na redação dos outros documentos, como o contrato social etc.

A joint-venture, cujo nome ainda não foi decidido, terá um conselho de administração formado por seis membros, sendo três indicações de cada sócio. Bolivar Tarragó Moura Neto, diretor administrativo-financeiro e de relações com investidores da Telebrás, explica que algumas matérias como questões societárias e questões que envolvam transferência de tecnologia exigirão aprovação por unanimidade. "Não é poder de veto, mas é como se fosse", afirma ele.

O capital social da companhia está estimado em, no máximo, R$ 50 milhões – que será integralizado na proporção da participação de cada sócio. A Telebrás terá 49% de participação e a Embraer 51%. Moura Neto afirma que o capital social relativamente baixo se explica porque o investimento na parte de integração, que é o propósito inicial da parceria,  não é tão grande.

Por enquanto, está descartada a entrada de outros sócios, porque isso significaria um atraso na criação da empresa. "Estamos em um estágio avançado de negociação. Um sócio agora significaria rediscutir esse acordo", diz o executivo.

Clientes

O primeiro cliente da joint-venture será a própria Telebrás, que tem um orçamento de R$ 714 milhões para aplicar no primeiro satélite geoestacionário brasileiro. "A Telebrás vai encomendar dessa empresa, que vai contratar fornecedores, integrar e entregar o satélite para a Telebrás", afirma o executivo, o que descarta a hipótese de que a Embraer seja, nesse momento, investidora do satélite em si.

O objetivo inicial da empresa é concentrar-se na parte de integração, mas nada impede que, no futuro, ela se capacite para também realizar operação de satélites. O lançamento do satélite geoestacionário, que será operado em conjunto com a Defesa, esté previsto para 2014. "O cronograma é relativamente apertado, mas a gente trabalha com ele ainda".

A parceria entre as duas estatais é o veículo capaz de absorver tecnologia de montagem de satélite e fomentar esse tipo de indústria no País, como quer a presidenta Dilma Rousseff. Embora o governo já tenha sinalizado a necessidade de outros satélites, a joint-venture não deve ficar restrita à demanda estatal. Moura Neto explica que na medida em que a companhia adquira "expertise" no assunto, ela irá prospectar clientes mundo afora.

Fonte: Tela Viva

Interatividade ainda frustra e confunde telespectadores

Por Andres Kalikoske e Naiá Giúdice.

A televisão interativa é promessa parcialmente cumprida pelo Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), uma vez que, para que níveis satisfatórios de interatividade sejam atingidos, o telespectador necessita de condições específicas, incluindo conexão entre o seu aparelho televisor e a internet. O que ocorreu efetivamente, desde a digitalização da televisão, foi uma a melhoria na qualidade do áudio e imagem, além da possibilidade de captação de sinal em mídias digitais móveis. Neste sentido, toda expectativa em torno do lançamento comercial do SBTVD, em 2007, transformou-se em frustração, especialmente para o consumidor interessado em interagir, a partir de um canal direto, com seus artistas e programas favoritos.

O problema se agrava porque, mesmo os televisores que contam com o Ginga, middleware responsável pela mediação entre os aplicativos enviados pelas emissoras e o sistema operacional do SBTVD, possuem condições de interatividade insignificantes. Em uma telenovela, por exemplo, os recursos se limitam ao resumo de capítulos, perfil dos personagens, imagens de alguns atores e, quando muito, enquetes com respostas pré-estabelecidas. Um segundo obstáculo é que, até o presente momento, a interatividade na TV aberta não está disponível em todos os Estados brasileiros. São Paulo e Rio de Janeiro estão mais bem atendidos, mas em mercados também importantes, como o Rio Grande do Sul, apenas a Globo oferece o serviço, através de sua afiliada RBSTV.

Os programas que oferecem interatividade contam com um indicador, convidando o telespectador a acessar o conteúdo disponibilizado. Trata-se de um logotipo com animação discreta, cuja aparição geralmente ocorre na parte superior direita da tela do televisor. Quando acessado, inicia-se a exibição do aplicativo oferecido pela emissora naquele momento. Ainda é cedo para saber qual será o modelo definitivo da televisão interativa, mas pode-se observar que as experimentações atuais apontam para a diversidade de aplicativos e que, apesar da escassez do conteúdo, são funcionais e esteticamente atrativos.

Potencial publicitário da TV interativa

Os aplicativos da Globo, por exemplo, acompanham o fluxo da programação, sempre vinculados aos conteúdos que estão sendo exibidos no momento. Neste modelo, cada programa possui sua aplicação interativa específica. As primeiras experiências da Globo se iniciaram na novela Caminho das Índias, em 2008. A Record atualmente também disponibiliza aplicativos individuais. Em 2009, a emissora fez seu primeiro teste, através do programa A Fazenda. Inicialmente disponibilizou o perfil de cada participante do reality show e uma enquete, com respostas pré-estabelecidas. No ano de 2010, o aplicativo de Aprendiz Universitário oferecia, além das tradicionais funcionalidades, informações sobre as tarefas realizadas pelos participantes naquele dia e um resumo do último episódio. A emissora também testou a interatividade durante a exibição de Bela, a Feia, disponibilizando resumos dos capítulos e informações sobre personagens. A Band, utilizando-se da mesma estratégia, disponibilizou em 2010 um aplicativo específico para o Campeonato Brasileiro, com tabelas e resultados dos jogos. No mesmo ano, passou a oferecer interatividade no Jornal da Band. O aplicativo do noticioso disponibilizava informações sobre os apresentadores e notícias diversas. Em 2011 o serviço se ampliou, através da participação do telespectador em enquetes e a possibilidade de avaliação, em tempo real, das reportagens exibidas.

A interatividade no SBT diferencia-se das demais emissoras. Em 2009, a emissora de Silvio Santos investiu em um aplicativo fixo, com interface semelhante aos sites de internet, chamado Portal de Interatividade. O serviço está disponível durante 24 horas, oferecendo acesso aos destaques da programação e informações como data, hora e previsão do tempo, além de enquetes e promoções. Ainda, possui uma seção de notícias, que são atualizadas independentemente ao que está sendo veiculado na TV. Uma publicidade fixa da perfumaria Jequiti Cosméticos, empresa do Grupo Silvio Santos, aparece constantemente na tela. Pode-se dizer que o portal é a entrada para que aplicativos específicos sejam acessados, uma vez que, para se obter informações adicionais sobre determinado programa, o usuário deve acessar seção específica, correspondente ao programa.

O longo caminho que a televisão interativa ainda vai percorrer deve delinear os rumos não somente das aplicações televisivas, que, por enquanto, são tanto ou mais remotas que as possibilidades de interatividade, mas também do potencial publicitário deste modelo de negócio. Aplicativos internos, disponibilizados nos próprios televisores, também já estão disponíveis. Oferecem basicamente conteúdos da internet (especialmente do YouTube), com qualidade de imagem que muito deixa a desejar. Para o telespectador, a permanecem a frustração e certeza de que, para o negócio vingar, a televisão interativa ainda precisa oferecer muito mais.




[Andres Kalikoske e Naiá Giúdice são, respectivamente, doutorando em Ciências da Comunicação na Unisinos e especialista em Televisão e Convergência Digital pela mesma instituição]


Fonte: Observatório da Imprensa

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Desafios das TVs conectadas é gerar receita, apontam especialistas

Fabricantes e desenvolvedores de aplicativos que têm se dedicado ao mercado das TVs conectadas participaram na manhã desta terça-feira, 8, do TV.Apps, evento promovido pela Converge Comunicações em São Paulo. A indústria, que aos poucos muda os paradigmas de mercado de consumo de televisão e do papel das fabricantes, conquista espaço apostando nos aplicativos conectados embarcados diretamente nos televisores, na diversidade de conteúdos e novos modelos de negócio. “É uma plataforma e temos que gerar faturamento com ela”, destaca Milton Neves, diretor de TVs conectadas da LG. “Fomentar o mercado e atrair novas marcas e novos parceiros é um caminho para deixar a plataforma mais forte”. Entre os modelos de negócio praticados atualmente pela fabricante estão a publicidade, a assinatura, o transacional, a venda de aplicativos e, segundo o executivo, ainda existem outros modelos a serem explorados.
Para Rafael Cintra, gerente de TVs da Samsung, o crescimento do mercado de TVs conectadas traz novos paradigmas para a TV. A fabricante de televisores deixa de focar na entrega do hardware para ser também uma provedora de soluções de conteúdo. O que antes era medido como preço, agora é uma cadeia de valor. O que antes era um mercado restrito, agora é conectado e convergente. Cintra observa que o Brasil é um mercado bastante promissor com as perspectivas de melhoria da banda larga. Hoje são 16 milhões de lares com conexão de banda larga (dos quais apenas 3 milhões têm conexão superior a 1 Mbps). A expectativa é de que em 2016 sejam 30 milhões. O crescente interesse pelo vídeo on-demand (VOD) também deve auxiliar no aumento da base.
Os desenvolvedores também são otimistas, baseadas nos novos hábitos de consumo e no gosto pela televisão. Salustiano Fagundes, da HXD, empresa criada inicialmente para desenvolver aplicativos para o Ginga e que encontrou nas SmarTVs um mercado a ser desbravado, diz apostar no mercado e contou que a empresa também passou por mudanças de foco para interagir melhor com o mercado, investindo em profissionais de marketing e conteúdo.
Para Terence Reis, da Pontomobi, empresa que tradicionalmente se dedicava a aplicativos e conteúdos para celular e que agora aposta no universo das TVs conectadas, o grande diferencial entre as fabricantes de televisores será a abertura que elas darão aos novos projetos. “Os grandes players são limitados e esperados. O diferencial é dar abertura para surgir coisas novas e ideias novas”, diz.

Mercado

Milton Neto, da LG, apresentou alguns dados sobre o mercado de TVs conectadas na palestra de abertura do evento. No cenário mundial, as TVs conectadas representam hoje 6% da base. A projeção é de que em 2016 cheguem a 20%. No Brasil, um a cada cinco aparelhos de tela plana vendido já é do tipo SmarTV e a diferença de preços entre os aparelhos conectados e os não-conectados chegou a R$ 100, o que deve favorecer o aumento da base.

Fonte: Tela Viva

Netflix divulga experiência "Só para crianças"

A Netflix anunciou nesta quinta-feira, 10, a seção "Só para crianças", recém-criada para que crianças e famílias da América da Latina possam assistir a um amplo catálogo de filmes e programas de TV infantis com mais facilidade.

Basta clicar na guia no topo da página inicial da Netflix para acessar a nova seção, que foi idealizada para crianças com 12 anos ou menos. Elas podem clicar no ícone de seus personagens favoritos – como "Bob Esponja", "Dora, a Exploradora", "Phineas e Ferb" e "Elmo" – e acessar uma seleção de filmes e programas de TV com o personagem escolhido.

Estes são alguns dos filmes e programas de TV para crianças disponíveis para assistir online pela Netflix na América Latina: 101 Dálmatas, Bob, o construtor, Toy Story e Toy Story 2, Babar, George, o curioso, Os Feiticeiros de Waverly Place, Barney e seus amigos, Mostros S.A. e Thomas and Friends


"As crianças escolhem os programas de TV e filmes a que desejam assistir de maneira única. O processo delas é diferente dos adultos", diz David Watson, diretor de Inovação de Produtos da Netflix. "Muitas crianças já adoram a Netflix e por isso decidimos facilitar ainda mais o processo para que elas explorem o potencial de nosso serviço. Além disso, essa nova seção também garante aos pais que seus filhos assistirão a programas e filmes adequados para a idade."


As crianças são um dos públicos mais assíduos de programas de TV e filmes. Quase metade dos mais de 20 de milhões de assinantes da Netflix assistiu online a pelo menos dois filmes ou programas infantis nos últimos três meses.


A seção "Só para crianças" da permite que os usuários explorem opções de filmes e programas classificados em gêneros de fácil identificação, como super-heróis, princesas, dinossauros e garotas poderosas, além de descrições objetivas e simples do enredo de cada título. A Netflix usou avaliações e críticas da Common Sense Media como critério para as seleções. A Common Sense Media oferece avaliações, críticas e informações independentes para ajudar aos pais a fazerem escolhas de conteúdos de mídia.


A novidade está disponível atualmente na América Latina para PC e Mac, e também no videogame Nintendo Wii. Durante o próximo ano, vários outros aparelhos também terão uma funcionalidade similar.
 
Fonte: AdNews

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Governo vai exigir que todos os fabricantes implantem o Ginga

Os fabricantes de televisores terão que integrar o Ginga (plataforma de interatividade desenvolvida no Brasil para o sistema de TV digital japonês) aos aparelhos, a mando do governo. André Barbosa, assessor da Casa Civil, disse que todas as TVs vendidas no país até 2015 terão que vir com o sistema.

O Ginga permite que a televisão fique mais interativa, pois agrega aplicativos à ela. Atualmente, as redes brasileiras já oferecem possibilidades para quem possui a plataforma, como informações complementares de programas e até resumos de capítulos de novelas. Porém, esse é o mínimo de coisas que a tecnologia pode fazer.

Segundo Barbosa, depois de várias reuniões com ministros e fabricantes, o governo federal deve anunciar tal obrigatoriedade nos próximos dias. Porém, a ideia não é bem vista pelos fabricantes, pois compete com os apps das TVs conectadas, ou Smart TVs, que têm acesso à internet. Por isso, para driblar os empresários, o governo vai dar incentivos fiscais para a implantação até 2015.

Fonte: AdNews

Show de Horrores: o vale-tudo na busca por audiência

Por Valério Cruz Brittos e Luciano Gallas

A regulamentação da operação televisiva não é, em si mesma, garantia de veiculação de uma programação de qualidade na televisão, mas é a certeza da existência de parâmetros a balizar a atuação das emissoras. A construção de uma comunicação voltada à cidadania requer a construção de um marco regulatório sincronizado com os princípios democráticos, o que abrange o respeito à dignidade humana. É a regulamentação, portanto, uma ferramenta imprescindível, associando o direito de uso da concessão ao cumprimento de um contrato, o qual deve estabelecer regras claras, inclusive para a função de programação.

Ante a liberdade de empresa que prevalece no Brasil, no dia 30 de setembro último o estado da Paraíba foi vítima da permissividade com que as emissoras de TV operam no país, expondo a intimidade de uma menina de 13 anos, vítima de violência sexual. Pois uma emissora fez o inimaginável: veiculou cenas do estupro de uma menina, que havia sido dopada, gravadas por um dos dois acusados do crime, em plena programação do horário do almoço. Ao longo do programa policial foram exibidas chamadas, com pequenos trechos do vídeo, prova de um crime, como forma de atrair e segurar a audiência até o final da atração.

A transmissão das imagens pela emissora ocorreu 10 dias após o crime. Nesse intervalo, o vídeo, gravado em um celular, vinha sendo repassado entre os alunos da escola onde a menina estudava. Ou seja, a emissora de televisão ampliou a exposição da vítima, que naquela altura já estava plenamente identificada na comunidade em que estuda. Isso num horário, do meio-dia, em que a programação televisual deve ser livre para todos os públicos e idades. Nota-se aqui como o negócio privado prevalece sobre o interesse social, mesmo que isso envolva o uso de um bem público (o espectro radioelétrico, escasso por excelência).

A ação do Ministério Público

No Brasil, as emissoras de TV aberta dispõem da classificação etária prévia para cada horário, a qual indica o tipo de programação que poderia ser veiculado em cada momento do dia. O episódio demonstra a fragilidade do sistema de classificação por idade, já que funciona na base da orientação às emissoras, e seu descumprimento gera uma série de negociações entre o poder público e a radiodifusora, com o agravante de que o poder de sanção do primeiro é frágil. Além do mais, o Ministério da Justiça, responsável pela classificação etária, não tem qualquer relação com as concessões de canais de rádio e de televisão, cujos processos são de competência do Ministério das Comunicações, diluindo a autoridade do poder público.

A divulgação de imagens de vítimas em situações que possam ferir sua dignidade e coloquem em risco sua integridade física ou psicológica, ainda que com truques de edição, também é vedada pelo Código de Ética dos Jornalistas. Não obstante, como não há regulamentação da profissão, não há previsão legal de atuação de órgão responsável pela fiscalização do exercício da atividade. Assim, a sanção máxima prevista é a desfiliação do jornalista do sindicato que o representa, situação inócua, por não ser mais exigida a formação (muito menos a filiação no órgão de classe) para o desempenho profissional.

O Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba baseou-se no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para ingressar com ação civil pública contra a TV Correio, afiliada da Rede Record; o apresentador do programa Correio Verdade, que exibiu as cenas do estupro; e a União, porque toda emissora opera mediante concessão pública. A ação pede a suspensão do programa, a cassação da concessão da TV Correio e o pagamento de uma indenização de R$ 500 mil à vítima (pelo uso indevido de sua imagem, violação de sua privacidade e danos morais), além de uma multa de R$ 5 milhões por prejuízos morais à coletividade.

A regulação das emissoras de comunicação

O artigo 18 do ECA estabelece que todos devem “velar pela dignidade da criança e do adolescente”, salvaguardando-os de “tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”; enquanto o artigo 76 afirma que, “no horário recomendado para o público infanto-juvenil”, devem ser exibidos pelos canais de rádio e TV somente “programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas”. Já o artigo 17 do Estatuto diz que o “direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente”, o que inclui a preservação da imagem, dentre outros aspectos.

O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece a proteção deste público em termos gerais; seu texto não avança nas medidas a serem adotadas para preservar sua privacidade e nas consequências a serem impostas às emissoras de comunicação que infringirem a lei. Isso caberia à defasada e omissa legislação regulatória da radiodifusão. Enquanto isso, recentemente, uma grande rede de televisão dos Estados Unidos foi multada de forma pesada pela agência reguladora de lá porque uma cantora mostrou (inadvertidamente) um dos seios durante transmissão de show na decisão do campeonato nacional de futebol americano.

O show de horrores a que estão submetidos os telespectadores brasileiros e os casos de desrespeito e preconceito com motivação na etnia, gênero, idade, orientação sexual e opção religiosa acumulam-se diariamente na televisão. Infelizmente, a TV Correio não é um caso isolado no espectro radioelétrico brasileiro. Está mais do que na hora do país assumir a necessidade do debate em torno da regulação das emissoras de comunicação, construindo uma opção regulamentar. Do contrário, continuará o vale-tudo em busca da audiência respaldado em um discurso de liberdade de manifestação, que, como é sabido, só vale para a empresa.

Governo zera Imposto de Importação para insumos e equipamentos do PADIS

O governo reduziu a zero a alíquota do Imposto de Importação incidente sobre os insumos adquiridos por empresas beneficiárias pelo PADIS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores). O benefício vale para máquinas, aparelhos, instrumentos, equipamentos e software, quando incorporados ao ativo imobilizado. O governo publicou anexos contendo informações de quais os insumos e equipamentos serão beneficiados.
A decisão foi tomada pelo governo através de decreto (nº 7.600) publicado hoje (08) no Diário oficial da União, que altera a redação do antigo decreto 6.233/2007 que estabelecia os critérios para habiltação ao PADIS.
No artigo sétimo o governo também fixou o prazo para as empresas apresentarem projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) - que terão de ser entregues até 22 de janeiro de 2015. Anteriormente o governo somente dava um prazo de quatro anos para a apresentação de propostas, mas podia prorrogar esse prazo por igual perído. No novo texto a data final é janeiro de 2015 e não há menção de prorrogação dessa data.
Também foi acrescentado no artigo 8º um dispositivo que trata das condições de investimento em P&D. Pelo artigo original do decreto de 2007, as empresas teriam de investir até 5% do seu faturamento bruto anual, no mercado interno, deduzidos os impostos incidentes na comercialização dos dispositivos e o valor das aquisições de produtos incentivados abrangidos pelo PADIS.
Pela nova regra, as empresas poderão considerar como investimento em P&D no ano-calendário, "eventuais pagamentos antecipados a terceiros" para a execução dessa atividade, "desde que seus valores não sejam superiores a vinte por cento da
correspondente obrigação do ano-calendário".
O governo também promoveu acréscimos no artigo 9º - que trata do prazo para apresentação dos relatórios demonstrativos de cumprimento do P&D. Foi mantido o texto original de 2007, em que o governo exigia que os relatórios (ano-calendário anterior) fossem entregues até 31 de julho de cada ano, mas as empresas poderão optar por entregar dados simplificados, no qual indicarão percentuais que foram aplicados sobre a totalidade dos dispêndios efetuados em P&D:
I - trinta por cento (30%) quando se tratar de projetos executados em convênio com instituições de ensino e pesquisa credenciadas pelo CATI e pelo CAPDA; e
II - vinte por cento (20%), nos demais casos.
Outras regras para apresentação dos relatórios estão previstas no novo deceto, mas o Ministério da Ciência e tecnologia ainda ficou de criar normas e prazos para a elaboração e entrega da documentação. No novo decreto, o governo acrescentou um novo artigo (10-A) que definem as atividades de P&D passíveis do benefício fiscal e assegura a possibilidade de cursos de formação de pessoal contribuírem para a redução do Imposto de Importação.

Fonte: Convergência Digital

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Google se prepara para atacar o mercado de televisão por assinatura

Parece que o Google está à procura de uma nova oportunidade de negócio. E, de preferência, que seja uma empreitada um pouco mais bem sucedida que recentes tentativas de abocanhar as redes sociais. Segundo informações divulgadas no Wall Street Journal (WSJ), a empresa parece ter planos de entrar no rentável mercado de televisão por assinatura.

De acordo com a publicação, fontes envolvidas teriam dito que o Google analisa maneiras de expandir o pacote de internet de alta velocidade em duas cidades americanas que, coincidentemente, tem o mesmo nome - a Kansas City no estado de Missouri e a Kansas City do próprio Kansas, adicionando serviços de vídeo e telefonia.

E parece que a companhia já discutiu o assunto com grandes conglomerados da programação, entre eles Walt Dinsey Co., Time Warner Inc. e Discovery Communications, sobre uma possível distribuição de seus principais canais.

Outro indício de que a estratégia do Google já está sendo colocada em prática, diz o WSJ, foi a recente contratação de um ex-executivo do setor de televisão por assinatura, Jeremy Stern, que está chefiando conversas com empresas do setor. Por ora, entretanto, o porta-voz do Google declara que a companhia não fará comentários sobre o assunto.
Gabriela Ruic, de Exame.com
 
Fonte: Tela Viva

CIA admite monitorar redes sociais no mundo todo

A CIA (Agência Central de Inteligência, na sigla em inglês) admitiu que monitora redes sociais e outros canais no mundo todo atrás de possíveis ameaças à segurança dos Estados Unidos.

A revelação veio de uma reportagem da AP, repercutida pelo IDG Now!, segundo a qual a equipe de analistas observa 5 milhões de tweets diários, mais o que se passa pelo Facebook, veículos de mídia, salas de bate-papo, entre outros canais de comunicação.

O monitoramento foi iniciado por recomendação do Congresso americano após os ataques de 11 de setembro de 2001. Em 2009, decidiu-se por focar nas redes sociais depois de perceberem as reações de tuiteiros contra o regime iraniano, por conta da contestada reeleição de Mahmoud Ahmadinejad.

Os agentes estão instalados em um galpão industrial e tanto a localidade exata quanto a quantidade de pessoas que trabalham lá são informações confidenciais. A maioria deles está em Virgínia, mas há gente trabalhando no projeto em embaixadas americanas.

Eles colhem informações de blogs, por exemplo, cruzam com o que se passa no noticiário local e, dependendo do caso, até usam grampos telefônicos clandestinos. Tudo isso para saber como as pessoas do país em questão estão enxergando os EUA.

Com esse método, a CIA soube que a chamada "Primavera Árabe" estava a caminho. "Vimos que as redes sociais em lugares como o Egito poderiam tornar-se uma ameaça ao regime", afirmou Doug Naqim, um diretor da CIA.

Fonte: AdNews

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Banda larga popular: Custo fica acima do negociado entre teles e governo

O acordo do governo com as concessionárias de telefonia para oferta de acesso a internet começou a valer dia 01/10, mas com as primeiras ofertas, os clientes vão descobrir que aquele valor negociado, de R$ 35, é relativo. Na prática, será preciso pagar mais pelas conexões de 1Mbps.

Ainda que com distintas abordagens, Oi, Telefônica e Sercomtel incluem no pacote taxas de habilitação. Enquanto na Sercomtel isso significa R$ 50 a mais na primeira mensalidade, na Oi o valor de R$ 99 foi dividido em 10 vezes – o que faz, nesse período, com que os R$ 35 virem R$ 44,90.

Já a Telefônica prevê uma cobrança de R$ 150, também sob a forma de taxa de habilitação, mas utiliza o valor como uma forma de fidelização – o cliente só paga caso cancele o serviço antes de o contrato completar um ano. Como atua em São Paulo, onde há isenção de ICMS para banda larga “popular”, a assinatura é de R$ 29,80.

A própria empresa deixou claro, no entanto, que a oferta nos moldes do acordo se dará por meio da venda conjunta com telefonia fixa, ou seja, um pacote de R$ 65 – ainda que “promocionalmente” o valor anunciado pela Telefônica R$ 57,30. Quem quiser comprar apenas acesso a internet deve fazê-lo através da Vivo, que já possuía oferta de R$ 29,90.

De acordo com os termos de compromisso assinados entre as concessionárias e o Ministério das Comunicações, elas estão autorizadas a “cobrar preço de instalação padrão de suas demais ofertas comerciais de SCM para a Oferta de Varejo prestada por meio do SCM”.

Os pacotes tratam de acesso de 1Mbps e preveem limites de downloads (300kbps para fixo e 150kbps para acesso móvel) a partir dos quais as empresas podem cobrar mais ou reduzir a velocidade das conexões – o tamanho dessa redução não foi definido nos termos de compromisso.

Como o preço combinado de R$ 35 se tornou um parâmetro relativo, tendo em vista os adicionais cobrados sob a forma de habilitação, resta a vertente de “interiorização” das ofertas “populares”, com o serviço sendo levado para cidades fora dos grandes centros urbanos.

Isso se dará de forma gradativa. A Oi, que atua na maior parte do país, começou as ofertas nos moldes do acordo em 100 cidades no Acre, Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Brasil terá cinemas 4D em 2012

Os brasileiros que ainda não viram a tecnologia tridimensional nos cinemas terão de se adiantar, pois uma novidade vem por aí a partir do ano que vem. É o cinema 4D, que chegará ao Brasil por meio da empresa mexicana Cinépolis, informa o Estadão.

O 4D é une estimuladores que fazem os espectadores sentirem, por exemplo, frio, calor, vento e cheiros. Além disso, as poltronas se movimentam conforme o andamento do filme.

Para que isso aconteça, as salas são equipadas com duchas, máquinas de fumaça, ventiladores e os assentos são especiais.


Segundo o Estadão, a novidade será instalada em cinemas de dois shoppings ainda em construção, o Pátio Batel, de Curitiba (PR), e o JK Iguatemi, de São Paulo (SP).


No México já existem quatro salas, que são voltadas principalmente aos filmes de ação, como "Gigantes de Aço" e "Os Três Mosqueteiros".

Fonte: Ad News

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Pela 1ª vez, Ibope mapeia TV digital no celular

O IBOPE Media, em parceria com a Vivo e Samsung, inicia nesta terça-feira o levantamento inédito sobre os hábitos de consumo de TV digital no celular.
 
Somente os portadores do celular Samsung StarTV GSM Vivo que residem em São Paulo serão convidados a participarem da pesquisa, que, por meio da instalação de um aplicativo, coletará exclusivamente informações sobre o uso da TV digital no celular.
 
Não serão coletados outros dados como conversas, agenda de endereços, SMS, acesso a email ou internet. Todo o processo da pesquisa segue rígidos padrões de segurança e a identidade e dados de todos os painelistas serão mantidos em sigilo. 

Fonte: Ad News

PNBL: Telebrás terá R$ 1 milhão do Minicom para laboratório de testes

O Ministério das Comunicações vai repassar R$ 1 milhão em recursos orçamentários para a Telebrás, visando a criação de um laboratório de testes para os equipamentos utilizados na rede do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). O laboratório será montado em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), que já tem um prédio disponível para a finalidade em seu Parque Científico e Tecnológico, em Porto Alegre.

Os recursos virão de várias áreas do orçamento do ministério, incluindo o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Comunicações (Funttel). O orçamento total para o projeto é de R$ 3,2 milhões, sendo R$ 1 milhão do MiniCom e R$ 2,2 milhões da Telebrás. A PUC-RS entrará com o espaço e com o corpo de pesquisadores.

“O ministério vai repassar os recursos solicitados pela Telebrás porque é nosso interesse como política pública ajudá-la a concretizar esse projeto. A iniciativa é muito importante, pois o laboratório vai ajudar a testar a rede de referência do PNBL, o que permitirá a redução de custos e garantia de qualidade das soluções de rede que atenderão às demandas do programa”, destaca Eder Alves, secretário-adjunto do Funttel.

O laboratório, informa ainda Alves, servirá como ambiente de teste para toda a infraestrutura de rede utilizada no PNBL, permitindo a validação dos vários equipamentos diferentes que se interligam formando a estrutura de fibra óptica que leva a internet em banda larga a todas as regiões do país.

“A ideia é que o laboratório sirva de espaço para testar previamente esses vários equipamentos de vários fabricantes diferentes. O que queremos é montar uma rede de testes. Tudo o que for licitado pela Telebrás será testado no laboratório”, afirma. Entre as atividades que serão desenvolvidas no novo espaço estão a validação e qualificação técnica de fornecedores, testes de conformidade, estudos de compatibilidade técnica e a validação de novas tecnologias.

Outro ponto de destaque, segundo Eder Alves, é a possibilidade que os fornecedores nacionais de equipamentos terão para testar seus componentes no novo laboratório, o que dialoga com a política pública do governo federal de privilegiar fabricantes nacionais na rede do PNBL. O laboratório da Telebrás começará a ser montado logo após o repasse dos recursos. A previsão é que comece suas atividades de testes em 2012.