segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Internet está estagnada no Brasil, diz F/Nazca
Reed Hundt, a FCC e o Brasil
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Julho bate recorde e acessos banda larga chegam a 45,7 milhões no Brasil
O ritmo de crescimento em julho foi ainda maior, com 1,9 milhão de novas conexões em banda larga, superando em 34% a média mensal de 2011, que é de 1,4 milhão. O balanço leva em conta os acessos em banda larga fixa e móvel, incluindo os modems de conexão à internet rápida e os celulares de terceira geração (3G).
De acordo com o levantamento da Telebrasil, o número de conexões fixas subiu 26,3% nos últimos doze meses, passando de 12,6 milhões em julho de 2010 para 16 milhões no mês passado. Já a banda larga móvel cresceu 80,1% nesse período, subindo de 16,5 milhões de acessos em julho de 2010 para 29,7 milhões no mês passado.
O número de modems chegou em julho a 6,9 milhões, com crescimento de 26,2%, e os celulares 3G, que permitem conexão à internet, já ultrapassam 22,8 milhões, mais que o dobro (106,7%) do total registrado em julho de 2010.
Desempenho
A discussão internacional de capacidade das redes de banda larga tem sido influenciada pelos grandes operadores de sites de conteúdo e pelo interesse de usuários da rede, cujo perfil de uso evolui continuamente. No Brasil, a medição realizada no âmbito interno das redes das principais operadoras pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) para o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) constatou bom desempenho dos serviços de banda larga fixa, que apresentaram velocidade compatível com as exigências previstas nas normas e regulamentos técnicos utilizados pelo Instituto, dentro de seu Programa de Análise de Produtos.
Os ensaios consideraram planos de serviços e provedores com maior número de usuários nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. A pesquisa analisou outros itens técnicos e a banda larga das prestadoras foi aprovada também nos critérios de velocidade instantânea, no quesito latência e no item que mede a resposta a uma consulta a um endereço inexistente.
A banda larga móvel, por sua vez, tem evoluído não só em números absolutos mais em opção de acesso. De acordo com a pesquisa Consumidor Móvel, realizada pelo Instituto Ipsos Mediact com clientes da telefonia móvel, 40,8% já acessam a internet pelo celular.
O estudo revela ainda que o celular é usado por 34% dos entrevistados para acessar redes sociais, por 31,4% para acessar conta de e-mail e por 30% para usar ferramentas de busca. No caso dos portais de notícias, 30% acessam esses sites pelo celular com a mesma frequência em que acessam pelo computador.
Fonte: Convergência Digital
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Angola cada vez mais próxima do padrão brasileiro de TV Digital
Em janeiro, o governo de Angola já tinha dito que a decisão SADC 'não era compulsória' e que a decisão de migração de TV digital também teria que levar em conta aspectos de negócios e de produção industrial - promessa feita pelo Brasil em troca da adoção do ISDB-T.
E mesmo com a posição da Comunidade da África Austral as negociações não foram interrompidas com o Brasil. Tanto que nesta semana houve mais um encontro de cooperação bilateral entre os dois países para tratar de TV Digital, em Luanda.
Representantes da Casa Civil, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério das Comunicações do Brasil foram recebidos pelo Ministro das Telecomunicações e Tecnologia da Informação, eng. José Carvalho da Rocha, e pelo Vice-Ministro das Telecomunicações,Aristides Safeca. Também foram mantidos encontros técnicos com membros da comissão de migração digital.
Ficou acertado que, em agosto, uma missão de alto nível do governo de Angola virá ao Brasil para definir os passos seguintes no processo de migração digital. No encontro em Luanda também foi redigido um Memorando de Entendimento. Nele foram incluídas ações de cooperação técnica, acadêmica, formação de quadros e apoio à instalação de um laboratório de conteúdos digitais interativos, entre outros.
Também se discutiu a possibilidade de cooperação bilateral em temas como metereologia, satélites e a ligação por cabo submarino de fibra óptica entre os dois países. Mas os acertos finais entre os governos do Brasil e de Angola acontecerá na reunião agendada para agosto.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Telecomunicações: Brasil negocia integração latina
BRASÍLIA. O Brasil negocia com Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia e Venezuela a integração das telecomunicações na América do Sul, informou ontem o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Para ele, existe demanda para o serviço de banda larga tanto no Brasil quanto na região. Também há discussões para a construção de novos cabos submarinos para os Estados Unidos, a Europa e a África.
Paulo Bernardo contou que a linha de fibra ótica ligando a Venezuela a Roraima e Manaus fez com que a conexão entre o país vizinho e a capital do Amazonas caísse de R$400 para R$39,90, com velocidade melhor.
- Mal começamos a conversar sobre África e nossos vizinhos já surgiram para dizer que gostariam de participar também, o que nos parece natural, correto, desejável. Podemos fazer coisas partilhadas - afirmou.
Também está sendo preparado com os ministérios de Ciência e Tecnologia e da Defesa um debate sobre investimentos em satélite, cuja demanda é crescente em áreas como meteorologia e internet de alta velocidade (banda larga).
- O Estado vai entrar fazendo uma parte dos investimentos e nós queremos estimular que os atores privados os façam também, para aumentar a oferta (de serviços) - completou.
Governo também deve fazer licitação para área rural
Na banda larga doméstica, o leilão de 2,5 gigahertz (GHz), adiantou Bernardo, deve ser realizado no início de 2012. Já está avançada a licitação da faixa de 3,5 GHz. Estas frequências serão usadas para ampliar o serviço de comunicação móvel de terceira e quarta gerações (3G e 4G).
O governo também poderá fazer licitação para atender a área rural. Começaram a aparecer novos interessados em prestar o serviço usando a faixa de 450 megahertz (MHz). A empresa americana Access, que atua na Suécia e na Escandinávia, contou o ministro, mostrou-se interessada em explorar a banda larga na área rural do país. O Brasil ainda não definiu se vai entregar esta faixa para as concessionárias ou realizar licitação.
Sobre a Copa do Mundo de 2014, o ministro garantiu que as cidades-sedes vão contar com uma infraestrutura de telecomunicações de altíssima qualidade, que será ampliada para outros municípios nos anos seguintes.
Bernardo defendeu que haja desoneração de ICMS para os serviços de telefone para baixa renda (Acesso Individual Classe Especial - Aice). Renovado pela Anatel na semana passada, o serviço teve assinatura mensal fixada em R$9,50, sem impostos, ou R$13,80, com ICMS, com direito a uma franquia de 90 minutos. O objetivo é chegar a 13 milhões de beneficiados pelo Bolsa Família. A primeira versão do Aice foi um fracasso: só 134 mil pessoas usam o serviço.
Fonte: Rio-Negócios
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Brasil e Uruguai assinam acordos de cooperação em TV digital e banda larga
A presidenta Dilma Rousseff faz nesta segunda-feira, (30/5), visita oficial ao Uruguai. A presidenta embarcou hoje pela manhã na Base Aérea de Brasília com destino a Montevidéu para dar continuidade ao diálogo com o presidente José Mujica sobre temas de interesse comum.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores, na agenda da visita está prevista a assinatura de acordos e memorandos de entendimento e novas áreas que ampliarão o horizonte temático do relacionamento bilateral.
"Os acordos incluem ciência e tecnologia, cooperação para a instalação de laboratórios de conteúdos de tv digital e aplicações interativas no Uruguai, um plano de ação conjunto relativo à massificação do acesso à internet em banda larga e diversos documentos nas áreas de cultura, saúde, segurança pública e habitação".
O Brasil consolidou-se nos últimos anos como principal destino das exportações uruguaias e o principal fornecedor do Uruguai. Em 2010, o intercâmbio bilateral ultrapassou os US$ 3 bilhões, o que representou um aumento 19,4% em relação ao ano anterior. O intercâmbio comercial foi equilibrado, com aproximadamente o mesmo valor de US$ 1,5 bilhão tanto de exportações para o Uruguai quanto de importações provenientes do país vizinho.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Mídia no Brasil: mais do mesmo
A divulgação dos resultados dos cinco maiores grupos de comunicação do Brasil apresentados na última edição do Meio & Mensagem, é reflexo do comportamento dos profissionais de mídia e condiz com a realidade vivida nas salas de espera das grandes agências brasileiras.
Apesar do discurso fácil que defende a pulverização da verba publicitária dos anunciantes pelos mais variados meios e veículos de comunicação, o dia a dia de uma agência de propaganda apresenta um único dado de realidade: o número de PI`s (pedidos de inserção) para Globo, Estadão, Folha, RBS e Abril (e seus respectivos grupos de empresas) é diretamente proporcional ao número de contatos publicitários dos outros veículos sentados na sala de espera. Ou seja, crescem as PI`s dos cinco à medida que crescem as oportunidades de mídia em outras plataformas de comunicação, que, com muito custo, conseguem espaços nas agendas dos atolados profissionais de mídia envolvidos no penoso e trabalhoso processo de autorizar inserção para cinco empresas.
Portanto não há o que comemorar no crescimento de 17,7% do bolo publicitário que resulta em um faturamento de 29,1 bilhões de reais se, desse montante, 18 bilhões ou 61% se destina aos cinco grupos de comunicação.
Não se trata de colocar em dúvida a capacidade dessas empresas, ícones da comunicação nacional, em promover um constante e consistente processo de modernização capaz de encantar agências e anunciantes com inovações pertinentes (SIC). Não se fortalece uma indústria, principalmente a de comunicação, com concentração de recursos em um país de 200 milhões de habitantes espalhados por 8 milhões de quilômetros quadrados.
A concentração dos investimentos de mídia no Brasil é um inequívoco sinal de atraso da nossa indústria incapaz de financiar as novas alternativas. Continuamos a fazer mais do mesmo, míopes diante da mudança de comportamento do consumidor. Continuamos a acreditar na ladainha promovida pelos que só se interessam pela manutenção desse status quo e disfarçam seus objetivos com os argumentos de defesa do modelo de negócio da propaganda brasileira.
Esse é o nosso modelo de negócio, o modelo da concentração e da hegemonia que, convenhamos, é desprovido de afinidade com a realidade dos consumidores e por isso, só por isso, tem seus dias contados.
Fonte: Meio e Mensagem
quarta-feira, 6 de abril de 2011
PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA - Passado e futuro das políticas industriais
Por Valério Cruz Brittos e João Martins Ladeira A história se repete. Em meados dos anos 1970, uma decisão das elites burocráticas do Estado brasileiro deu início à tentativa de fabricar minicomputadores no país. Naquele momento, parecia uma boa opção, a fim de romper com o atraso de uma nação periférica em um setor de tecnologia de ponta intensamente controlado por um pequeno conjunto de multinacionais. O plano era estabelecer uma parceria entre Estado e capital privado, na qual o primeiro criaria condições para a ação do segundo. Sabe-se que os resultados foram distintos do planejamento. Empresas estatais terminariam por se transformar nas protagonistas de um investimento com resultados discutíveis, finalmente sepultado no começo da década de 1990. Anos depois, após a privatização do sistema brasileiro de telecomunicações e a adesão a um tipo de regulação pelo mercado que deixava de lado o projeto nacional-desenvolvimentista, surge outra proposta de cooperação entre Estado e capital nacional. O PNBL, Plano Nacional de Banda Larga, anunciado em 2009, com planejamento apresentado em 2010 e resultados preliminares previstos para 2011, é, sem dúvida, um projeto ousado, como havia sido a Política Nacional de Informática. A expectativa é conectar mais de 4.200 municípios no Brasil, cerca de 80% das cidades existentes no país. Deste total, 25% devem estar operando até o final deste ano e 70% até o fim de 2013. O investimento total deve ser de R$ 5,72 bilhões. MiniCom adia a discussão Por trás das dificuldades no fomento à universalização da banda larga no país, está o formato da privatização integral, que, na segunda metade dos anos 90, consubstanciou o projeto de atualização do sistema brasileiro de telecomunicações ao panorama internacional. Atrasado em relação aos países centrais e sem discussão com a sociedade (seguindo a regra nacional), o encaminhamento brasileiro contou com o apoio irrestrito da mídia, que agiu mais uma vez como instrumento de propaganda. Com isso, nem chegaram a ser discutidas alternativas importantes, como o controle por parte de capitais nacionais e a presença do Estado numa situação de agente tutor em nome do interesse social, e não somente como aplicador subsidiário através de suas estatais e fundos de pensão. Como no passado, a principal questão agora é o tipo de relação entre Estado e parceiros privados no empreendimento. Desde o princípio, as declarações oficiais frisavam que a Telebrás, antiga estatal de telecomunicações ressuscitada pelo PNBL, não venderia serviços ao usuário final. A empresa se tornaria responsável por operar anéis de fibra ótica atualmente fora de serviço, pertencentes à Petrobrás e Eletrobrás. A Telebrás negociaria com provedores interessados em levar internet a locais pouco explorados no Brasil: mais de 200 empresas já teriam se manifestado positivamente. Neste processo, um conjunto de pontos ainda tem que ser resolvidos: o preço é fator importante, mas a própria velocidade de conexão deve ser melhor analisada, adotando como referencial a largura de banda dos países desenvolvidos. A tentativa de romper com a concorrência das atuais cinco grandes corporações de telecomunicações atuantes no mercado brasileiro surge como a principal justificativa do PNBL, repetindo o embate do passado com IBM e Burroughs. Certamente, as próprias companhias de telecomunicações receiam que a Telebrás torne-se o único operador deste mercado. Próximo ao fim do governo Lula, o questionamento quase chegou a um embate jurídico: o SindiTeleBrasil, entidade de classe destas corporações, ameaçou processar o Estado, num imbróglio que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostrou-se incapaz de solucionar. O assunto passou a ser tratado pelo Ministério das Comunicações, cuja solução provisória foi adiar a discussão sobre os planos para universalização, previsto para este mês de abril. Um debate importante Com ou sem prorrogação, o assunto é qual posição o Estado deve ocupar num país que, há mais de uma década, adotou claramente um modelo de regulação pelo mercado e que, em setores-chave, parece tentar rever sua posição. Revela ainda a dificuldade de planejamento por parte do Estado brasileiro. Na verdade, se no modelo neoliberal o mercado cria o fato precedente e depois a regulamentação institucionaliza este arranjo, pensar em planejamento na configuração capitalista contemporânea é uma prática difícil de ser implementada em quaisquer dos países envolvidos pelo sistema. Ao mesmo tempo, se isto é uma realidade, há variações dentro deste quadro, sendo a capacidade de planejamento e a inserção em geral do Estado brasileiro na economia hoje bem maior do que 10 anos atrás. Todavia, o modelo nacional desenvolvimentista merece melhor reflexão: com exceção de algumas atividades muito específicas, em que a história de sucesso torna complexo abrir mão dos investimentos anteriores, parece difícil acreditar que tal caminho possa, aqui, realmente trazer resultados diferentes daqueles experimentados há 30 anos. Trata-se de questionar as possibilidades de criar uma janela específica exatamente numa indústria tão intensamente inserida nesta lógica do mercado. Será possível tão somente repetir experiências pregressas, algumas delas de pouco sucesso? Qual tipo de relação pode ser possível ou necessário criar entre Estado e mercado? A simples publicação de editais que privilegiem o capital nacional é suficiente? Trata-se de um debate político importante de ser travado, considerando a relevância da ampliação do acesso às redes de comunicação digitais no país. Fonte: Observatório da Imprensa | |
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segunda-feira, 28 de março de 2011
TV paga passa dos 10 milhões de domicílios
Com 251.732 novos assinantes em fevereiro, o Brasil encerrou o segundo mês de 2011 com 10.176.149 domicílios atendidos com TV por assinatura, o equivalente a uma penetração de 17,0% das residências do país, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O crescimento observado em fevereiro representa uma evolução de 2,5% em relação à base de assinantes do mês de janeiro. Considerando-se o número médio de pessoas por domicílio divulgado pelo IBGE (3,3 pessoas), os Serviços de TV por Assinatura alcançaram mais de 33,6 milhões de brasileiros.
Os serviços de TV por Assinatura são prestados através de sinais codificados por diferentes tecnologias: por meios físicos (Cabo - TVC), por microondas (Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais - MMDS) e por satélite (Distribuição de Sinais de Televisão e de Áudio por Assinatura via Satélite - DTH).
Em fevereiro de 2011, os serviços prestados via satélite cresceram 4,3% ante uma evolução de 3,1% no mês anterior. O número de assinantes que recebe os serviços via cabo cresceu 1,1% em fevereiro, desempenho superior ao crescimento de 0,5% registrado em janeiro. As prestadoras de MMDS, por sua vez, perderam 0,7% de sua base de assinantes no mesmo período.
Como consequência da contínua expansão dos serviços de DTH, em janeiro houve nova ampliação da participação dos serviços prestados via satélite no mercado de TV por Assinatura: em fevereiro deste ano, a participação do DTH atingiu 47,3% da base e os serviços a cabo passaram a atender 49,7% dos assinantes. No início de 2010, no mês de fevereiro, os serviços DTH representavam 37,9% do mercado nacional e os serviços prestados via cabo possuíam 57,6% de market share, conforme divulgado naquele mês.
Em fevereiro de 2011, os serviços de TV por Assinatura estavam presentes em 17 de cada 100 domicílios no país, de acordo com estimativas desta Agência, a partir das informações de número de domicílios divulgadas pelo IBGE ³. A Região Sudeste apresentou densidade próxima a 25% de domicílios com TV por Assinatura.
Entre as Unidades da Federação, destacam-se o Distrito Federal e os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Amazonas, por terem registrado desempenho acima da média nacional, quanto à densidade dos serviços.
Especificamente em relação aos serviços prestados por meios físicos, via TV a Cabo, fevereiro alcançou 16.910.275 domicílios "cabeados" (Home Passed), ou seja, com infraestrutura disponível para a prestação dos serviços via cabo. Como foram registrados, neste mesmo mês, 5.060.498 domicílios com serviços ativos de TV a Cabo, conclui-se que 30% dos domicílios com potencial para receber TV por Assinatura via cabo, aproximadamente, já possuem os serviços prestados através desta tecnologia. O dado também revela o potencial de expansão da TV por Assinatura prestada via cabo utilizando-se a infraestrutura já existente.
Evolução nas Grandes Regiões e UFs
Seguindo a tendência observada ao longo de 2010, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Peste cresceram acima da média nacional nos últimos 12 meses. O menor crescimento, em igual período, foi observado na região Sul, acompanhada pela região Sudeste, com percentuais de crescimento anual abaixo da média nacional.
Consequentemente, as 10 Unidades da Federação que apresentaram maior crescimento percentual nos últimos 12 meses pertencem às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Fonte: AdNews
sexta-feira, 25 de março de 2011
Ancine une Brasil e Argentina em edital
Com o objetivo de aproximar as culturas cinematográficas do Brasil e a da Argentina, a Agência Nacional de Cinema (Ancine) abriu as inscrições para o edital de Coprodução Brasil-Argentina, que visa captar produções da indústria de cinema das duas nações latinas.
O projeto é realizado em conjunto com o Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales – Incaa, da Argentina, e prevê o investimento de US$ 800 mil para a produção de quatro longas metragens independentes – US$ 200 mil para cada uma - nos gêneros de ficção, animação ou documentário.
Os projetos poderão ser enviados até o dia 11 de abril. As ideias serão analisadas por uma comissão técnica, formada por profissionais do setor do audiovisual dos dois países.
Fonte: M&M online
Anatel destina mais frequências para TV por assinatura via satélite
O Conselho Diretor da Anatel aprovou a destinação adicional das subfaixas de radiofrequências de 12,2 GHz a 12,7 GHz e de 17,3 GHz a 17,7 GHz para uso, em caráter primário, por serviços de telecomunicações via satélite. Esse serviço tem puxado o crescimento de TV por assinatura no Brasil.
Essa alteração, frisa a agência, possibilita ampliar a competição na prestação do serviço de TV por assinatura na tecnologia DTH (do inglês, Direct to home). As subfaixas de 12,2 GHz a 12,7 GHz estavam destinadas ao Serviço Auxiliar de Radiodifusão e Correlatos (Sarc), em caráter primário. Já as subfaixas de 17,3 GHz a 17,7 GHz não possuíam destinação.
Os serviços de DTH ganharam mais de nove pontos percentuais de participação do mercado de TV por assinatura entre janeiro de 2010 e janeiro deste ano. O serviço fechou o ano com 46,5% dos assinantes do país, contra 37,4% em janeiro de 2010.
Fonte: Telesíntese
sexta-feira, 11 de março de 2011
BRUNA SURFISTINHA - A condensação e o deslocamento
Por Por Affonso Romano de Sant’Anna
Onde começa a imagem da atriz Deborah Secco e onde termina a figura real de Bruna Surfistinha? Para mim não há dúvida, distingo a atriz da personagem. No entanto, tomo uma matéria publicada n’O Globo (23/2/2011) a propósito do lançamento nacional do filme Bruna Surfistinha, dirigido por Marcos Baldini. Estamos diante de um texto (ou contexto) que ilustra alguns dos impasses da ideologia da cultura contemporânea. É um texto sintomático. O que tem isto a ver com a fusão do público e do privado, com a superposição do centro e da periferia e com a questão do real e sua representação?
Tomemos o texto. Ele expõe uma ambiguidade textual e contextual. A rigor, a duplicidade Bruna/Deborah começou já numa outra ambigüidade anterior: Bruna/Raquel. Bruna é a personagem criada pelo jornalista Marcelo Duarte no livro O doce veneno do escorpião e Raquel Pacheco – a autêntica garota de programa que teve sua vida biografada. Aliás, biografada ou romanceada? (Os que se interessarem por isto academicamente, podem desdobrar aqui o item biografia/ficção – um dos tópicos preferidos da pós-modernidade).
Concentremo-nos na ambigüidade Deborah/Bruna tal como vem estampada no texto jornalístico. Esta duplicidade é um típico exemplo daquilo que Freud ao falar de mecanismos de nosso inconsciente chamava de "condensação" e "deslocamento", e os linguistas, posteriormente, a partir de Roman Jakobson denominaram de "metáfora" e "metonímia". Resumindo: pela condensação fundimos Bruna e Deborah numa só pessoa e pelo deslocamento falamos de uma no lugar da outra. Os dois movimentos são complementares, às vezes a condensação (metáfora) é dominante, às vezes o deslocamento (metonímia) é o que predomina.
Esses mecanismos existem não só nos sonhos, nas artes, mas nas representações sociais. A publicidade recorre a isto constantemente. Ao botar, por exemplo, uma linda mulher ao lado de um automóvel está procedendo primeiro a uma condensação (o automóvel tem os atributos da mulher irresistível) e depois a um deslocamento (eu compro o carro, investido do desejo anunciado). Ou seja, uma imagem contamina a outra.
As verdadeiras
Voltemos ao nosso caso exemplar: o jornal traz uma foto de Deborah Secco, lindíssima, em roupa de gala na estréia do filme Bruna Surfistinha (no Cine Odeon, Rio) sendo cumprimentada por umas cinco moças. A foto representa uma realidade, o lançamento do filme. No entanto, embaixo da foto a legenda faz uma condensação: "Bruna e as companheiras de michê". Estabelece-se a ambigüidade. A foto é de Deborah. Mas reparem, o texto não diz Deborah, mas Bruna. E pode-se pensar ambiguamente, que aquelas não são as atrizes (companheiras de Deborah), mas as companheiras de Bruna, a prostituta.
Por outro lado o titulo da matéria é igualmente ambígua: "Bruna Surfistinha tira a maior onda". De qual Bruna Surfistinha se trata? De Deborah a atriz presente na estréia da peça ou de Bruna propriamente dita, ausente fisicamente, mas presente simbolicamente?
A ambigüidade continua. Noutra parte, descrevendo as pessoas e as cenas na estréia do filme, o jornal formaliza a dubiedade escrevendo os nomes de Deborah e de Bruna separados por uma barra: "Deborah/Bruna(...)está ao lado da mãe. Dona Silvia assiste a tudo impassível". Ambigüidade de novo: se Deborah é Bruna, pode-se ficar na dúvida se Dona Silvia é mãe de Deborah ou Bruna.
A matéria continua expondo a ambigüidade. Dentro e fora da tela, dentro e fora do teatro. No filme, uma personagem, encenada pela atriz Drica Moraes, diz: "Tá cheio de mulher bonita gostosa e universitária querendo trabalhar". Bem, neste caso é outra atriz representando outra personagem, que faz essa afirmativa que define algo da sociedade atual. Segundo essa afirmativa, Bruna ou melhor, Raquel, é uma figura exemplar, pois exemplificaria um desejo de moças de classe média hoje.
A realidade e a ficção voltam a se misturar, agora de outra forma. Há outra vez uma mistura entre ficção e realidade: não é mais a personagem que Drica Moraes representa, mas outra pessoa concreta, uma atriz, Giulia Gam, na platéia do filme e não na tela, declarando: "Ah, toda mulher tem o fetiche de ser prostituta por um dia, nem que seja para o namorado". (É uma afirmação categórica à qual outras mulheres poderiam responder com mais propriedade.)
No entanto, face a essa afirmativa, a própria Deborah saindo da pele da Bruna, deixando o espaço de identificação e condensação, sentindo-se inconfortável diante dessa declaração tem a seguinte reação assim narrada pelo jornal: "Deborah pode até concordar, mas ficou ruborizada e disse que era ‘puramente artístico’ o seu interesse em viver uma prostituta".
Com efeito, a atriz havia declarado que preparando-se para o filme fez workshop, indo conversar com prostitutas verdadeiras para conhecer melhor a realidade delas. E confessou também que o papel era para ela uma possibilidade (artística), como se diz hoje, de desconstruir-se.
Empenho realista
Porém, voltemos à cena narrada pelo jornal. A condensação das duas imagens com o eventual deslocamento continua. Dou um exemplo: ali no Cine Odeon (diz o jornal) está uma ex-integrante do Big Brother – programa que para alguns é o espaço da permissividade e da prostituição chique. Cida Moreira, que saiu da tela do Big Brother para a tela de outra emissora em que agora trabalha (nova condensação/deslocamento entre ficção e realidade), acena para a atriz do filme e recebe um beijo de volta da Deborah/Bruna.
Consideremos, nessas alturas, contrastivamente, outros fatos artísticos que giram em torno da temática da prostituição. Remeto o leitor interessado ao livro O canibalismo amoroso (Editora Rocco) onde estudo a imagem da "prostituta sagrada" e o fenômeno da "hierogamia" seja entre os babilônios seja na tradição cristã com duas Marias: a mãe de Jesus e Maria Madalena. Contudo, embora em nossa tradição exista um farto material que inclui A dama das camélias/ A Traviata os romances de Jorge Amado ou a filmes como Uma linda mulher ( Julia Roberts) consideremos, dentro dos estreitos limites deste ensaio, a peça Navalha na carne de Plínio Marcos que teve, em 1968, Tônia Carreiro no papel de prostituta.
Quando Tônia representou a prostituta, por mais realista que fossem o texto e a cena, nem por isto sua imagem na imprensa e na ideologia da época foi confundida com a da personagem. A imprensa e o público sabiam que aquilo era "representação". A ambiguidade era zero. As coisas ocorriam no nível do simbólico, da representação. Evidentemente Tônia estava encarnando uma personagem, enquanto Deborah está encarnando uma pessoa viva, transformada pela mídia em personagem. Mas, estratégica e sintomaticamente, as entrevistas com Bruna/Raquel/Deborah que estão sendo feitas para o lançamento do filme reforçam ainda mais a condensação e o deslocamento.
E surge um outro fato para fértil análise.
Coincidentemente, nesses dias, A navalha na carne está sendo encenada no Hotel Paris, na Praça Tiradentes, no quarto de uma prostituta. O teatro contemporâneo (como a arte oficial de nosso tempo) tem trabalhado com essa experimentação. Não há mais fora e dentro, rascunho e texto definitivo, certo e errado, teatro e outras artes, platéia e palco, autoria e apropriação. Não há mais limites, trabalha-se sobre a indiferenciação ética e estética.
No caso da encenação no prostíbulo do Hotel Paris, o papel principal está com a atriz Marta Paret e o espetáculo é dirigido por Rubens Carmelo. É um empenho realista, digamos total, dentro de uma tendência do teatro atual de abolir o limite entre o espaço imaginário e o real, reforçando os mecanismos de condensação e deslocamento.
A diferença
Houve, portanto, um tempo em que era mais nítida a diferença entre a representação e o representado ou, então, isto era uma estratégia claramente delimitada. Um ator representando um assassino não era necessariamente tido como um assassino, quem representava um louco não era necessariamente um louco e assim por diante. Liam-se o texto e o contexto diferentemente.
Mas a cultura contemporânea propõe, em certas obras, uma coisa intrigante e de alto risco, conquanto às vezes muito criativa: abole-se a fronteira entre a realidade e ficção, o real invade o lugar do simbólico, como se a realidade (in presentia) fosse mais forte que a imaginação (in ausentia). A ordem é apresentar o real ao invés de representar ou de reapresentá-lo. Com isto o símbolo passa ser substituído pela realidade.
Seria isto um empobrecimento, um beco sem saída? Qual a diferença entre mergulhar jubilosamente no "mal estar da civilização" e, diferentemente, analisar isto enquanto sintoma? O que é que a tal ambiguidade, a quebra de fronteiras e limites têm a ver com o que Gregory Batteson chamava de double bind, ou seja, o discurso duplo de uma sociedade esquizofrênica que emite ordens contraditórias?
Onde começa a desrepressão pessoal e social e onde começa a anomia? De que modo, o fato de abolir as "diferenças", além de redefinir papéis nos joga no indiferenciado?
Nesses dias, também no jornal, li uma matéria sobre este mesmo assunto, mas era algo "diferente", "diferenciado". Desta vez a personagem real era Gabriela Leite, notória líder das prostitutas e ex-prostitutas brasileiras . Estava ela acompanhada de duas líderes de prostitutas alemãs que foram com ela visitar o cemitério das "polacas", ou seja, as prostitutas enterradas no século passado no cemitério dos judeus no Rio. Denunciavam assim o trabalho a que eram submetidas as escravas sexuais, desta vez sem nenhuma glamourização. E havia diferença. A condensação foi para o segundo plano. Operou-se um deslocamento crítico.
Fonte: Observatório da Imprensa
quinta-feira, 3 de março de 2011
Rollemberg quer acesso à internet como direito constitucional
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) quer inserir a inclusão digital na lista de direitos sociais estabelecida pela Constituição Federal. PEC (Proposta de Emenda à Constituição) de sua autoria já está tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O argumento de Rollemberg é o precário acesso à internet constatado entre estudantes pobres, negros e moradores de regiões menos desenvolvidas do país.
Apesar de registrar avanços em suas redes de telecomunicações, o Brasil ocupava, em 2008, a 69ª posição entre 193 países com acesso à internet listados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT). Bem atrás de países como Austrália, Holanda, Suécia e Islândia, onde 70% a 90% da população se conectam à rede mundial de computadores, o Brasil - com apenas 17,2% de sua população, à época, inserida no mundo virtual - também perdia posição em relação aos vizinhos Argentina (17,8%), Uruguai (20,6%) e Chile (28,9%).
"O pior é que essa média baixa de inclusão digital encobre desigualdades extremas", alerta Rollemberg na justificação da PEC."O desfrute de muitos direitos do cidadão, como o da informação, o da educação, o do trabalho e o da remuneração digna, depende cada vez mais do acesso às novas tecnologias de informação e comunicação. Daí a necessidade de incluir tal acesso como um direito constitucional", afirma Rollemberg.
Fonte: Telesíntese
quarta-feira, 2 de março de 2011
A busca de diretrizes
Por Valério Cruz Brittos e Carine Fekl Prevedello
A televisão é o principal meio de comunicação no Brasil, com mais de 98% de abrangência, sendo a mídia que mais concentra audiência e anunciantes. É, portanto, um meio atuante de maneira decisiva na representação social e na formação de valores. Mas a TV aberta, acessível a toda a população, é atravessada por uma contradição permanente: é um patrimônio público, na medida em que se trata de concessão pública, mas em geral é estabelecida como direito privado, isto é, de exploração econômica. Essa situação gera o seguinte conflito: interesses mercadológicos predominam em um setor de centralidade social e cultural que deveria estar permeado por diretrizes que atendessem ao interesse público. Assim, questiona-se se é possível definir um conceito ou um grupo de temáticas que caracterizem a noção de interesse público na programação da televisão brasileira.
Como premissa inicial, a oposição entre os conceitos de interesse privado e público remete à distinção entre a finalidade intrínseca das atividades e organizações de mercado, isto é, de posse, manutenção e exploração particular, restrito a pessoa ou grupo, e das instituições de interesse público, de atendimento à coletividade. Exatamente por estar associado à pretensão de definir valores coletivos, o conceito de interesse público encontra uma série de resistências em nível de definição teórica, amplificadas quando envolvem uma área sensível como a comunicação demarcada por subjetividades em todas as fases de seu processo.
Impessoalidade, moralidade, publicidade e legalidade
A regulamentação de radiodifusão dos Estados Unidos, na primeira metade do século 20, e a consolidação da BBC são reconhecidas como antecedentes históricos da experiência concreta de organização da área de Comunicação, o segundo caso contemplando fortemente a dimensão do interesse público. Entre os fatores fundamentais relacionados à experiência britânica – um exemplo que permanece modelo de referência –, estão a instalação do serviço público televisivo antes da permissão para exploração às empresas privadas, por uma compreensão cultural dos serviços de Comunicação como de interesse público, assim como o modelo de financiamento público, através das licenças pagas pela audiência.
No Brasil, as reflexões da área do Direito associam o conceito de interesse público aos princípios norteadores da administração pública, previstos na Constituição Federal, e à utilidade pública como característica das entidades às quais se aplicariam as previsões relacionadas ao interesse público, considerando-se os serviços de comunicação como um direito humano. Os princípios da impessoalidade, moralidade, publicidade e legalidade, instituídos constitucionalmente, estão contemplados nas organizações públicas com maior autenticidade, por não atenderem a interesses particulares e a finalidades lucrativas, mas sim, a funções de: a) resguardo de valores coletivos, como a promoção da cultura e da ciência, no caso das universidades; b) controle público, na medida em que atendem à prestação de contas pública ou a Conselhos e ainda estão sujeitas às penalidades legais advindas do mau uso de recurso público; e c) publicidade de atividades ligadas a entes públicos.
Metas a serem perseguidas
O posicionamento da Comunicação como serviço público também está embasado na associação dos direitos sociais e culturais com a essencialidade do direito à comunicação, à informação e à cultura para o exercício da cidadania na contemporaneidade. Isso pode ser facilmente identificado nas funções de publicização das campanhas governamentais de saúde, educação e saneamento, assim como de divulgação de estratégias para valorização das peculiaridades regionais e integração cultural, atividades primordiais desenvolvidas pelos meios de comunicação na promoção da diversidade e do acesso à informação.
Define-se, portanto, como ponto de partida, a necessidade de compreensão das emissoras ligadas a instituições públicas e estatais como pressuposto para a atenção ao interesse público. Compreende-se, a partir daí, a viabilidade para se iniciar um debate sobre as diretrizes que definiriam esse conceito na programação da TV brasileira, passando, obrigatoriamente, pelas noções de compromisso com a prestação de um serviço público, e com a promoção de valores da cidadania, dos direitos humanos e da representatividade regional. São metas a serem permanentemente perseguidas, desde já se reconhecendo tal caminho como uma trilha primeira, que não se esgota sem discutir o papel social dos meios privados e como o serviço público pode desenvolver-se em instituições não estatais.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
141 jornalistas foram mortos pelo crime organizado na última década
Redação Coletiva.net
Na última década, 141 jornalistas foram assassinados pelo crime organizado, por terem denunciado o poder deste grupo. A informação é do relatório divulgado nesta quinta-feira, 24, pela ONG Repórteres Sem Fronteiras. Segundo o levantamento, no mundo posterior à Guerra Fria, as principais ameaças à imprensa são das máfias, dos cartéis de drogas e dos grupos paramilitares dedicados ao contrabando.
O relatório também destaca o avanço do tráfico de entorpecentes no Brasil e na Argentina e as dificuldades para investigar as organizações criminosas na região da chamada tríplice fronteira. Na avaliação da ONG, a imprensa está desunida para enfrentar o crime organizado, já que seus correspondentes trabalham de forma isolada e a capacidade de cada um de fazer investigações aprofundadas está se reduzindo pela pressão em cobrir o noticiário diário.
Fonte: Coletiva.net
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Racha no Clube dos 13 compromete leilão de direitos
Por Renato PezzottiNa semana passada, o C13 fez um anúncio de página inteira nos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e Lance convocando empresas interessadas nos direitos de transmissão do torneio no triênio a apresentarem propostas para as cinco plataformas disponíveis – TV aberta, TV fechada, pay-per-view, internet e telefonia móvel.
Tal modelo de transmissões foi solicitado pelo plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que decidiu extinguir o direito de preferência nos contratos de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para a Rede Globo. O termo de cessação de conduta (TCC) foi assinado pelo Clube dos 13, Globo e Bandeirantes.
Nas últimas semanas, os dirigentes dos clubes receberam representantes dos mais diferentes veículos para formatar o edital que comandaria a disputa. Uma das solicitações seria que os valores pagos anualmente fossem de, no mínimo, R$ 500 milhões - o dobro do que é pago atualmente pela emissora dos Marinho. A carta-convite para a licitação do Clube dos 13 poderá ser enviada aos veículos esta semana.
Mas, de um dia para outro, tudo mudou. Os clubes do Rio de Janeiro (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) permanecem filiados à associação, mas mantém o discurso de negociação separada com a TV. Corinthians, Coritiba abandonaram a associação. O clube do Parque S. Jorge declarou a saída em seu site. O clube do Paraná divulgou um comunicado no início da noite.
Tal atitude faz com que estes clubes tenham de negociar o direito de transmissão de seus jogos individualmente, o que inviabiliza qualquer disputa igualitária.
Muitas notícias surgiram em diversos sites na quarta-feira 23: que o C13 espera R$ 4 bilhões das plataformas de mídia, segundo o Lance; que o Corinthians terá de passar por assembleia e pagar R$ 25 mi para sair do C13, segundo o UOL, e que isso pode até ocasionar a disputa de duas ligas nacionais, como afirma o blog do jornalista Leandro Quesada. O Painel FC, da Folha de S. Paulo, inclusive, enumerou quem disputará qual mídia e que a Globo não entrará no leilão.
Os novos capítulos dessa verdadeira novela - que, num primeiro momento, envolve os clubes, a Globo e a Record - serão escritos nesta quinta-feira, 24.
Fonte: M&M
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Acesso à banda larga cresce 53% e atinge 36,1 mi no Brasil
Por Sofia Fernandes
De janeiro de 2010 a janeiro de 2011, o país teve um aumento de 53% no número de acessos à banda larga. Atualmente são 36,1 milhões de acessos à internet em alta velocidade, tanto de banda larga fixa como móvel.
Isso é o equivalente a 24 novas instalações por minuto no país durante esse período, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações).
O crescimento dos acessos móveis, como modems e terminais 3G (como os smartphones) foi de 85%.
Os serviços de internet rápida são ofertados hoje em 88% dos municípios do país, um total de 4.897 cidades.
Mais de 3 mil cidades ainda contam com uma única prestadora de serviço de acesso à banda larga, o que dificulta a redução de preços pela falta de competitividade.
Fonte: Folha.com
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
SBT & TELEVISA - Uma parceria de 29 anos
Por Valério Cruz Brittos e Éderson Silva
Quando o SBT decidiu, em 1982, exibir no Brasil o grande sucesso do mercado latino Los Ricos Tambien Lloran, da Televisa, todos se admiraram. Foi uma quebra dos padrões estabelecidos, diferenciando-se do modelo de teledramaturgia da Rede Globo. Silvio Santos foi ousado em trazer um êxito mexicano que todos consideravam uma trama inferior e sem a identidade nacional presente nas novelas da Globo. Senor Abravanel bateu o pé e decidiu comprar o produto, resgatando na televisão brasileira um tipo de telenovela que estava banido desde o fim do reinado de Glória Magadan como novelista, no final dos anos 60, na Globo.
Os Ricos Também Choram foi um grande sucesso no país, baseado no texto original de Inés Rodena, sob a produção do consagrado Valentim Pinsteim e com um elenco encabeçado por grandes estrelas mexicanas, como Verônica Castro e Rogelio Guerra, que fizeram um par romântico marcante. Tanto que, anos mais tarde, o SBT exibiu com êxito o remake desta novela, chamado Maria do Bairro, protagonizada por Thalía e Fernando Colunga, batendo com a Globo e seu padrão de qualidade. Este folhetim chegou aos 23 pontos de audiência, demonstrando força como produto econômico-cultural, capaz de romper barreiras de diferentes nacionalidades, línguas, culturas e preconceitos.
O SBT investiu muito nesta prática de importar folhetins mexicanos e nas décadas 80 e 90 várias tramas foram dubladas, com edições de aberturas e títulos traduzidos para o português. Foi uma iniciativa audaciosa e exitosa, tanto que muitas destas novelas são lembradas até hoje pelo público, como Carrossel, com seus 21 pontos de audiência. Quinze Anos, Esmeralda, A Usurpadora, A Mentira, Abraça-me Muito Forte, Simplesmente Maria, Camila, Sigo te Amando, Viviana, No Limite da paixão, A Madrasta, A Fera, Topázio, Vovô e Eu, Maria Isabel, Rubi, Marimar, Maria Mercedes, Carinha de Anjo e Serafim, só para citar alguns títulos, representaram outras opções de teledramaturgia.
Hoje, ainda que inexista um contrato permanente entre SBT e Televisa, os produtos dessa emissora voltaram à grade do canal de Silvio Santos. Assim, foi veiculada As Tontas Não Vão ao Céu na programação da tarde, logo vindo outra, Camaleões, obtendo audiência positiva para as expectativas do SBT. Trata-se de uma estratégia logicamente alternativa por parte da rede de Silvio Santos, que tem dificuldade de competir com Globo e Record na produção de telenovelas, sendo suas próprias realizações descontínuas e com qualidade inferior. Mas, nessa condição, pode-se dizer que o SBT vem obtendo resultados, já que consegue ocupar um espaço no mercado interno com custos baixos e rentabilidade.
Telenovelas e dramalhão
A telenovela brasileira, hoje com identidade própria, tem uma história relacionada com o chamado dramalhão. Assim enquadra-se diretamente a autora cubana Glória Madagan, que trabalhou na Rede Globo na década de 60, onde desenvolveu estas novelas de estilo dramático, como Sheik de Agadir e Eu Compro essa Mulher, que, na década de 90, ganhou uma versão mexicana, Yo Compro esa Mujer, protagonizada por Eduardo Yáñez e Letícia Calderón, com adaptação de Liliana Abud. Nessa direção, um dos maiores sucessos da TV brasileira, O Direito de Nascer, original de Félix Caignet, também tem procedência cubana.
Igualmente é de Cuba Inés Rodena, autora de clássicos como Os Ricos Também Choram, A Usurpadora, A Fera e Maria Mercedes, Marimar, Marisol, Viviana e La Dueña. Seguindo no dramalhão, o clássico peruano Simplesmente Maria ganhou uma versão brasileira em 1970, pela extinta TV Tupi, escrita por Benedito Ruy Barbosa e tendo como protagonistas Yoná Magalhães e Carlos Alberto. Ao todo, foram feitas três remakes deste folhetim, no Peru, Brasil e México. A versão mais recente, a do México, exibida pelo SBT na década de 90, atingiu 20 pontos de audiência e consagrou Victoria Ruffo como Maria Lopes.
Outro dramalhão, a novela mexicana Soy tu Dueña, original de Inés Rodena, enorme sucesso mundial (15 países), deve ser apresentado pelo SBT no horário de A História de Ana Raio e Zé Trovão, quando esta produção original da extinta TV Manchete terminar. Soy tu Dueña foi produzida por Nicandro Díaz, mesmo responsável pelos sucessos Amanhã é para Sempre e Destilando Amor, transmitida respectivamente na CNT e no SBT, que realizou, em 2001, um remake desta novela denominado Amor e Ódio. Com isso, o SBT prossegue na mencionada estratégia de veicular programas de baixo custo com possibilidade de retorno.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Gaúcho cria Wikileaks Brasil
Redação Coletiva.net
Está no ar desde dezembro o site Wikileaks Brasil. A página, embora não seja vinculada à original Wikileaks, de Julian Assange, segue a mesma linha de denúncia. O criador e fundador do espaço é o gaúcho Luiz Afonso Donati Pasko. Com formação em informática pela PUC e pela Ufrgs, ele é proprietário da empresa Perfumes do Mundo. A inspiração para a criação da página, segundo ele, existe desde os tempos da faculdade. “Me identifiquei com a causa de Assange e resolvi colaborar”, explicou a Coletiva.net. Luiz Afonso ainda não conta com equipe para a produção de conteúdo e investigações maiores, por isso, todo o material divulgado no site é fruto de pesquisas feitas na internet e demais meios de Comunicação.
A linha editorial seguida por Luiz Afonso são os principais problemas sociais do mundo, como política, religião, tráfico de drogas, trabalho escravo e irregularidades de todo o tipo. Esta semana, por exemplo, ele faz denúncias sobre a forma como são escolhidos os participantes do Big Brother Brasil, acusa os discursos de Pedro Bial de manipulativos e considera o Ministério Público “frouxo”, por não intervir.
Por questões de segurança, ele está migrando todo o sistema do site para fora do Brasil, avaliando hospedagem no Canadá ou nos Estados Unidos nas próximas semanas. “Estou me precavendo, caso venham para cima de mim”, disse. OS custos com o site ainda estão sendo bancaos por Luiz Afonso, que estuda a possibilidade de trabalhar com anúncios ou donativos.
O criador do Wikileaks Brasil conta com um parceiro, o blog Tijoladas, de Santa Catarina, que possuiu link no site. Em busca de novos parceiros em outros Estados, ele pede que os interessados entrem em contato pelo e-mail luiz.afonso@wikileaksbrasil.net.br. Aos 54 anos anos, diz que está disposto a discutir e denunciar todo o tipo de problema social no Pais, mas que não pretende se esconder. “Se tu vais falar de outros, antes de mais nada deves te apresentar”, ressaltou.
Fonte: Coletiva.net
Rádios poderão transmitir jogo da Seleção Brasileira
Após o Senado Federal ter aprovado a flexibilização do horário de transmissão programa ‘A Voz do Brasil’, em dezembro, uma liminar concedida nesta terça-feira, 8, permite que as emissoras de rádio transmitam o jogo de futebol entre Brasil e França no lugar da atração. A permissão foi dada pela 6ª Vara de Justiça Federal, de Brasília (DF). A decisão acatou um mandado de segurança de autoria da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Na última segunda-feira, 7, a entidade havia solicitado à Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) para que as rádios pudessem transmitir o amistoso entre as seleções, às 18h, sem sucesso.
Segundo a Abert, a decisão beneficia 2,4 mil emissoras associadas pelo país. "A juíza (Ivani Silva da Luz) acertou ao flexibilizar a transmissão sem prejuízo ao seu ouvinte e, ao mesmo tempo, à cobertura de um jogo que atrairá a atenção de milhões de pessoas", disse o presidente da entidade, Emanuel Carneiro. Em sua liminar, Ivani alegou que "a melhor solução é postergar a retransmissão para outro horário, o que, decerto, não leva a eventual descumprimento da obrigação legal de retransmissão do referido programa".
Sobre a flexibilização definitiva do horário de transmissão da ‘Voz do Brasil’, o projeto de lei ainda terá que passar por nova votação na Câmara dos Deputados. O programa, que estreou em 1935 durante o governo de Getúlio Vargas, gerou muitas reclamações das emissoras de rádio que eram obrigadas a exibi-lo pontualmente às 19h, prejudicando seus índices de audiência. Caso seja novamente aprovada pela Câmara, a proposta do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) permitirá que as rádios transmitam o programa entre as 19h e 22h, mas deverão informar o horário alternativo às 19h. Apenas as emissoras educativas deverão manter a atual faixa de horário da atração.
Fonte: Coletiva.net