sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Unisinos estreia perfil no Facebook para divulgação de cursos

Redação Portal IMPRENSA

A Unisinos, de São Leopoldo (RS), lançou perfil na rede social Facebook com objetivo de divulgar os setores de pesquisa e pós-graduação da universidade.

Por meio da página "Mestrado e Doutorado Unisinos", a instituição postará informações sobre qualificação profissional e mercado de trabalho, indicações de livros, filmes, dissertações e teses, e detalhes sobre os seus cursos de pós-graduação.

Fonte: Portal IMPRENSA

Google mira computadores e telefonia na América Latina

Por Pascal Fletcher

O Google está procurando parcerias com fabricantes de computadores e operadoras de telefonia da América Latina para aproveitar o que vê como "enorme" oportunidade de crescimento na condução de empresas da região à internet, afirmou o diretor executivo da companhia para a região, Alexandre Hohagen.

Com índice de penetração de internet ainda relativamente baixo na América Latina e Caribe, de cerca de 30% a 35%, a região é o mercado regional de mais rápido crescimento para o principal serviço de buscas do planeta.

A iniciativa, chamada de Conecta, oferecerá um ponto único em que as empresas poderão obter ferramentas para se conectar na internet, incluindo construção de site de comércio eletrônico.

"Ainda estamos negociando, discutindo com alguns parceiros, em toda a América Latina, empresas como HP ou Dell, ou Positivo. Todas podem ser parceiras interessantes", disse Hohagen.

O Conecta será oferecido no Brasil e outros países latino-americanos e será parecido com uma iniciativa do Google este ano com o grupo BT e outros parceiros do Reino Unido.

"É como por tudo num pacote e colocar nas pequenas empresas", acrescentou o executivo sobre a iniciativa que o Google espera lançar na América Latina no primeiro trimestre de 2011.

O executivo disse que aproximadamente 8 milhões de pequenas e médias empresas latino-americanas ainda não estão conectadas à internet e que o Google deseja explorar esse potencial de conexões corporativas e faturamento com publicidade online.

"Queremos associações com fabricantes de computadores pessoais e empresas de telecomunicações, para oferecer conexões a computadores e produtos destinados a pequenas e médias empresas na América Latina", disse.

"No ano passado, crescemos em quase 80% na América Latina, e este ano vamos crescer bem perto de 80%, uma vez mais", disse o executivo, em entrevista em Miami.

O Brasil continua a ser o principal mercado regional do Google, seguido por Argentina e México, mas a empresa está respondendo também ao rápido crescimento na Colômbia, Chile e Peru, e abriu escritórios nesses países.

O Google também planeja abrir escritórios novos no Panamá, a fim de cobrir a América Central, e em Porto Rico, para o Caribe.

Segundo o executivo, 200 milhões dos 600 milhões de habitantes da América Latina estão conectados à internet. "Estou instalado em uma região com 400 milhões de potenciais clientes, e apenas dois idiomas [português e espanhol]", disse Hohagen. "A oportunidade é enorme", acrescentou.

Hohagen afirmou que o Google domina o mercado regional de buscas via internet com participação de 88%, ante os 57% a 60% que atinge em outras regiões do mundo.

Fonte: Folha.com

"Eu repudio monitoramento de conteúdo editorial", diz Dilma Rousseff

Redação Portal IMPRENSA

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) afirmou que é contra qualquer controle de conteúdos veiculados por meios de comunicação. "Eu não concordo com isso. Eu repudio monitoramento de conteúdo editorial. Eu acho que isso não se pode criar no Brasil". A declaração foi feita na última quinta-feira (28), após ter sido questionada sobre projetos de criação de conselhos estaduais para fiscalização da mídia.

Segundo o jornal O Globo, Dilma afirmou que, apesar de o país "ser uma democracia recente", aprendeu a valorizar a democracia: "Eu, em especial, sei o valor da liberdade de expressão, da de opinião e da liberdade de imprensa. Sei que um país que abre mão disso perde a sua capacidade política e perde, inclusive, uma das coisas fundamentais, que é a esperança dos seus jovens", disse.

Na última semana, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou a criação de um Conselho de Comunicação Social (Cecs), para a fiscalização e monitoramento dos veículos de comunicação locais, além de poder efetuar denúncias de desvio de conduta ética das empresas ao Ministério Público.

A criação desses conselhos foi recomendada durante a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada em dezembro de 2009 por iniciativa do governo federal. Outros Estados brasileiros, como Bahia, Piauí e Alagoas possuem projetos semelhantes ao cearense.

As propostas foram criticadas por entidades, como a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Jornais (ANJ), a Associação Alagoana de Emissoras de Rádio e Televisão (Alert), e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, declarou que o projeto é inconstitucional: "Não podemos tolerar iniciativas que, ainda que de forma disfarçada, tenham como objetivo restringir a liberdade de imprensa. A OAB vai ter um papel crítico e ativo no sentido de ajuizar ações diretas de inconstitucionalidade contra a criação desses conselhos", informou Cavalcante.

Para Dilma, cabe ao telespectador agir como fiscalizador dos meios de comunicação: "O único controle da mídia que eu proponho é o controle remoto na mão do telespectador, que muda de canal quando se interessar", disse a petista.

Fonte: Portal IMPRENSA

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lula deixa pronto projeto que regula mídia eletrônica

Por João Domingos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu tocar adiante o polêmico projeto que cria o marco regulatório da comunicação eletrônica. Mas não o enviará ao Congresso. A ideia é entregá-lo ao próximo presidente, que toma posse no dia 1.º de janeiro. Este decidirá o que fazer.

Desde agosto o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, tem dedicado boa parte de seu tempo a esse assunto. No início do mês ele viajou à Europa, para estudar a legislação que regulamenta a radiodifusão e as telecomunicações.

De acordo com Martins, esse marco regulatório, quando criado, "vai garantir a concorrência, a competição, a inovação tecnológica, o atendimento aos direitos da sociedade à informação". Mas há uma grande desconfiança entre os profissionais de comunicação quanto a interesses já manifestados pelo governo de criar um controle social da mídia, o que significaria a censura à livre expressão.

Para o diretor-geral da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), Luiz Roberto Antonik, o marco regulatório do Brasil, que é de 1962, precisa de ajustes, em função do surgimento de novas mídias digitais. Mas é preciso ter muito cuidado.

"O que a Abert não concorda é com algumas propostas que, por qualquer razão, querem alterar ou influir no conteúdo jornalístico", disse Antonik em entrevista ao Estado. "A Abert defende com muita veemência a liberdade de expressão, mas reconhece que ajustes precisam vir."

O diretor-geral da Abert citou dois exemplos: a TV foi digitalizada recentemente e é preciso disciplinar como se fará a descida do sinal digital do satélite para as milhões de antenas parabólicas que existem Brasil afora, porque há muitos locais em que o sinal digital não chega.

Outro ponto muito importante, segundo Antonik, é disciplinar as novas mídias que estão aparecendo, como a internet. "O artigo 222 da Constituição diz que para explorar uma empresa jornalística é preciso que os brasileiros tenham pelo menos 70% do capital. E o legislador, quando estabeleceu esse porcentual, fez isso pensando nos conteúdos. E é preciso manter o conteúdo nas mãos dos brasileiros. Mas há empresas com 100% de capital estrangeiro que fazem jornalismo na internet. É preciso regular isso. Essa é uma questão crucial", afirmou ele. "Isso é uma coisa. Outra é a defesa intransigente da independência do conteúdo pelos jornalistas."

Seminário. Nos próximos dias 9 e 10 o governo pretende fazer em Brasília um seminário internacional sobre o marco regulatório da radiodifusão, comunicação social e telecomunicações. Na viagem que fez à Europa, Franklin Martins convidou representantes de agências reguladoras do setor a vir ao Brasil participar do seminário. A Unesco e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também foram convidadas.

De acordo com assessores, o presidente Lula não quer encerrar o segundo mandato sem marcar posição numa área que tanto criticou - e pela qual foi também criticado. No auge do escândalo envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra (Casa Civil), investigada pela Polícia Federal por tráfico de influência na pasta que dirigia, Lula chegou a dizer que a liberdade de imprensa não pode ser usada "para inventar coisas o dia inteiro".

Fonte: Estadão

Crimes virtuais dão mais prejuízo do que crimes físicos

Por Veruska Donato

Pela primeira vez os crimes virtuais, aqueles cometidos pela internet, renderam mais aos bandidos do que os roubos a mão armada. Qualquer pessoa que acessa o computador pode virar uma vítima dos golpistas.

"É uma guerra", alerta o diretor de uma das maiores empresas de segurança da internet no mundo. “Pela primeira vez em 2010 os crimes virtuais resultaram em maior prejuízo do que os crimes físicos. Por dados dos computadores se fez mais dinheiro para os bandidos do que o roubo as estoques os aos bens físicos de empresas e pessoas”, explica Eduardo Garcia D'antona, especialista em Segurança na Internet.

Qualquer pessoa está vulnerável na internet. E não precisa estar num site de compras, basta acessar uma página com promoção, sorteio e seus dados podem ser roubados.

Em sete anos foram descobertos 45 milhões de vírus. “As redes zumbis são computadores que têm um vírus instalado e que agem sem saber que estão agindo”, diz o especialista.

Então a dica principal: Nunca clique numa página se tiver dúvidas sobre a origem dela.

“Os spams são e-mails que a gente não conhece, convidando você a ver fotos de pessoas”, alerta Eduardo.

Para evitar que os vírus entrem na sua máquina:

- sempre atualize o computador
- jamais digite a senha do cartão.
- procure trocar as senhas pelo menos uma vez ao ano

"Algumas amigas já caíram nesta roubada, eles pegam os dados e fazem até compras”, declara Débora Soares Moura, desempregada.

“Você tem que tratar o seu computador como se fosse a sua carteira, os seus documentos estão na sua carteira e você não deixa ela à mostra, os seus dados estão dentro do seu computador e você não deve deixá-los à mostra também”, orienta o especialista.

Com sempre, precaução e cuidados básicos são as melhores maneiras para se manter protegido na internet.

Fonte: Globo.com

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Novo regulamento de TV a cabo propõe alterações em regras de cobertura

Redação FNDC

Uma das mais importantes mudanças aos operadores de TV paga propostas pela área técnica da Anatel em relação ao novo Regulamento de TV a Cabo, que foi encaminhado para avaliação do Conselho Diretor da agência, é a alteração do sistema de cálculo do Índice de Atendimento (IA). Conforme antecipou este noticiário em matéria publicada no dia 13 de julho de 2010, a Anatel pretende estipular "pesos" para cada uma das classes sócio-econômicas que serão utilizados para ponderar o cumprimento das coberturas exigidas pela agência.

Pela nova regra proposta pela superintendência de comunicação de massa, a Classe A terá peso 100%; a Classe B, 80%; a Classe C, 60%; e as Classes D e E, 50%. Na prática, quanto mais clientes a empresa tiver nas classes mais altas, mas rápido ela atingirá o IA estabelecido pela Anatel. Essa é uma forma de suavizar a obrigação imposta às empresas entrantes, que atualmente têm o compromisso conmtratual de cobrir 100% dos domicílios. Esta imposição vale apenas para as concessões de cabo obtidas por meio de licitação entre 1999 e 2001, mas a partir do final do ano que vem as operadoras de cabo mais antigas devem ter seus contratos renovados e certamente estarão sujeitas às mesmas obrigações.

Planejamento
A alteração no regulamento, contudo, não retira a importância de a Anatel editar um novo Planejamento da TV a cabo. Na verdade, as mudanças reforçam a necessidade de apresentação desse documento, uma vez que a Anatel não aprofundou a proposta em itens cruciais para os futuros entrantes, como a área de abrangência das novas outorgas. Com relação a este aspecto, o regulamento não estipula qual o tamanho da área, remetendo o leitor ao planejamento.

Também não há indicativos claros sobre o método que a Anatel utilizará para conceder as novas licenças agora que não existirá mais limite no número de concessões. O regulamento proposto diz apenas que serão respeitadas a Lei do Cabo, além de outros instrumentos legais, como a Lei Geral de Telecomunicações (LGT). Não resolve a polêmica: a Lei do Cabo prevê edital público para a escolha dos futuros prestadores de cabo. E está em vigor um ato da Anatel declarando a "inexigibilidade de licitação" nessa área, já que não há mais limite no número de outorgas. A área jurídica da Anatel não vê conflito entre a exigência legal e a declaração de inexigibilidade de licitação, mas o assunto ainda gera polêmica entre as empresas.

Fonte: FNDC

Ministério das Comunicações dobra análise de processos de outorga para rádio e TV

Por Adriano Godo

Brasília – A Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações divulgou balanço de setembro em que número de processos de outorga em fase de instrução concluída aumentou 105%. O destaque foi o volume de processos de outorga para rádio e televisão. O número subiu de 219 em agosto para 449 em setembro. A etapa de instrução é aquela em que são avaliadas a documentação e a regularidade das emissoras que tentam obter a concessão.

O número de renovações e revisões de outorgas para rádio e televisão chegou a 309 em setembro. Nesse mesmo período, o Ministério das Comunicações concedeu ainda 32 novas outorgas, que foram publicadas no Diário Oficial da União, para emissoras com finalidade educativa, comercial ou comunitária.

Outro dado relevante mostra que o Minicom emitiu 249 licenças para rádios e TVs no mês passado, contra 208 em agosto. Após a obtenção da outorga, as emissoras precisam da licença para começar a operar, que pode ser em caráter definitivo ou provisório.

Segundo o secretário José Vicente dos Santos, o bom desempenho da SSCE nos últimos meses deve-se principalmente à expansão da equipe de técnicos, reforçada com novos profissionais em maio deste ano, por meio de concurso público. Outro fator importante foi a finalização da reforma nas instalações físicas de setores como o Departamento de Acompanhamento e Avaliação de Serviços de Comunicação Eletrônica. A conclusão da obra permitiu o retorno ao trabalho de todos os servidores responsáveis pela execução dos procedimentos.

Ao todo, a Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica executou 3.294 procedimentos em setembro. As atividades incluem etapas dos processos de outorga para execução dos serviços de rádio e televisão, além do trabalho de fiscalização e renovação de contratos. Além disso, a SSCE realizou o cadastramento de 2.242 Processos de Apuração de Descumprimento de Obrigações, originários da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e 896 inspeções e saneamentos de processos na área de engenharia de outorga.

Fonte: Ministério das Comunicações

JN e o meteorito de papel

Por Washington Araújo

Ânimos exaltados fazem aflorar ainda mais a partidarização da imprensa no corrente pleito de 2010. Esta é uma campanha presidencial sui generis. Tudo o que não é fato vira notícia e tudo o que tem potencial de notícia deixa de ser divulgado. Chama a atenção o vocabulário corriqueiro dos candidatos à Presidência da República: o adversário é sempre mentiroso, não importa qual seja a situação, a mentira antecede o depoimento, a desfaçatez nubla a face da verdade e o que acusa o outro de mentiroso o faz sem a contração de qualquer músculo facial.

Na tarde da quarta-feira (20/10), no Rio de Janeiro, tivemos o próprio "Efeito Borboleta": uma simples bolinha de papel, pesando não mais que 5 ou 8 gramas, bateu na cabeça do candidato José Serra. Mas foi suficiente para produzido o festejado efeito cinematográfico: ocupou espaço nobre no Jornal Nacional, edição mais que caprichada com direito a inserção de vídeo com foto, de entrevista de médico com áudio de repórter, ampliações desmesuradas com o intuito nada ingênuo de transformar o choque de uma bolinha de papel sobre um ser humano com a gravidade e contundência de meteorito se chocando com o planeta Terra.

Fabricação de realidades

A idéia da TV Globo era usar todos os recursos de dramaturgia acessíveis. Apenas a emissora líder não contava com o baixo desempenho da protagonista... Com uma bolinha de papel não dá para escrever capítulo muito emocionante, algo que seja digno de novela das 9.

A edição pareceu resultante de vitamina de atleta olímpico e tinha de tudo mesmo: bolinha de papel tocando o lado esquerdo da calva do presidenciável, caminhada de 20 minutos, presidenciável atendendo chamada no telefone celular, presidenciável passando a mão levemente sobre o lado direito da calva, presidenciável entrando na van, depois saindo da van, voltando a caminhar, e tudo isso tendo como pano de fundo bandeiras vermelhas e azuis, gritos, gente alvoroçada.

Depois corta para entrada do presidenciável em hospital, sinais de tontura e as primeiras aspas ouvidas por testemunhas de que "estou meio grogue". Depois saindo de clínica de saúde com médico dizendo que "o candidato não sofreu qualquer arranhão... nada externo".

Foi esse enredo que atravessou os programas dos presidenciáveis. O de José Serra, carregado de dramaticidade, tendo a locução de repórter desconhecida emulando a voz de Ilze Scamparini, aquela correspondente da TV Globo para assuntos do Vaticano e também da Itália em geral. O estilo de enunciar crise cardinalícia ou mesmo morte do pontífice ou então a eleição do novo sucessor no trono de Pedro. Impressiona a avidez com que emissoras de televisão se sentem tão à vontade para criar a realidade que lhes pareça melhor, mais adequada, conveniente ou ao menos plausível.

"Misterioso caso"

Na quinta-feira (21/10), temos discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva embrulhando os parágrafos acima e amarrando todo esse minitiroteiro com barbantes apertados. O aperto de quem denuncia o conteúdo do pacote como farsa, nada mais que farsa. Até o goleiro Rojas, aquele que simulou ter sido atingido por foguete em jogo no Rio de Janeiro, foi mencionado na fala presidencial. Uma vez mais o pano de fundo era desmascarar mais mentiras, mais inverdades, mais falsidade, mais realidade fabricadas.

Na edição do Jornal Nacional de quinta-feira (21/10), repetição de cenas do arquivo do dia anterior acrescidas de aula sobre bolinha de papel, rolo de fita crepe e a teoria pouco convincente – penso – de dois eventos estanques, isolados, completamente distintos. A aula foi ministrada com raro didatismo pelo ex-professor da Unicamp Ricardo Molina de Figueiredo em um veículo e em um horário em que cada segundo vale literalmente ouro em pó. Onde a eternidade é condensada aos 5, 10 ou 15 segundos de matéria levada ao ar.

A TV Globo, ao escolher o especialista Molina, deixou claro que neste jogo quer maior protagonismo. Afinal é o mesmo Molina quem vem abastecendo dezenas de matérias produzidas pelo mesmo Jornal Nacional ao longo das décadas: Seu nome se encontra de alguma forma envolvido com casos como a compra de votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso; o acidente aéreo com os integrantes da banda Mamonas Assassinas; o pagamento de suborno no caso Waldomiro Diniz; as mortes de Celso Daniel e de Paulo César Farias; os atentados do PCC em São Paulo; e o caso da menina Eloá, em São Paulo.

Apesar da notoriedade, em suas aparições na mídia, o ex-professor Molina comumente faz declarações sobre ações da perícia criminal oficial, mesmo sem nunca ter sido perito criminal oficial. Certamente passará a lustrar mais sua fama com este "misterioso caso da bolinha de papel" na reta final da campanha presidencial de 2010.

De joelhos

Chegamos a uma encruzilhada perigosa em que a credibilidade de boa parte de nossa grande imprensa parece uma vez mais afundar: se dispomos das conclusões e se estas parecem sólidas, quase pétreas, por que não montar as variáveis do problema que possam se harmonizar de forma indolor e quase imperceptível com as conclusões? E é um processo retroalimentado diariamente: primeiro surge na coluna do jornalista Merval Pereira, depois ganha mais substância com o comentário da historiadora Lucia Hippolito na rádio CBN e pronto: logo os engenhosos e incompletos raciocínios pautarão as falas do presidenciável José Serra ao longo do dia.

Para chegar a tais conclusões basta um pouco de paciência: visitar os blogs dos citados e conferir vídeos no Youtube do presidenciável, em especial aqueles com suas aparições nos telejornais das TVs Globo, SBT, Record e Band.

O que é mais escasso no episódio é a ausência total de análises profundas sobre o acirramento de ânimos de parte a parte. O excesso de uso dos carimbos contendo palavras como "mentira", "inverdade", "falsidade". Revistas e jornais proclamam completa independência dos partidos postulantes à Presidência da República ao tempo em que os profissionais que assinam as matérias, colunas e também os simulacros de reportagens não fazem outra coisa que fazer diária e semanalmente sua profissão de fé na capacidade e experiência demonstrados por seu candidato ao Palácio do Planalto. Tal profissão de fé é sempre recorrente como recorrente tem sido a demonização do tal "outro lado" que atende também pelo nome de "campanha adversária".

Como linha auxiliar da oposição, parte considerável da grande mídia verbaliza o que pode ser apenas intuído por esta campanha. E se a "campanha adversária" decide não deixar passar em branco tão engenhosa estratégia partidária, então veremos que 10 em 10 vezes esta será atacada como atentatória à liberdade de imprensa, estará mostrando ranço autoritário, demonstrará assimetria entre a liturgia que se espera de detentor de cargo público e a função de militante político.

Ao momento, a profundidade a que me refiro é tal que uma formiga de joelhos poderia atravessar sem o menor risco de afogamento.

Fonte: Observatório da Imprensa

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amazon vende duas vezes mais livros digitais que impressos

Redação Portal IMPRENSA

O site de vendas Amazon anunciou que as vendas de livros digitais, para o seu leitor eletrônico Kindle, estão duas vezes maiores em relação aos impressos, entre os dez primeiros best-sellers.

A liderança dos e-readers também é registrada entre os 25, cem e mil livros mais vendidos pela empresa, segundo informações do JB.

"Isto é notável, se levarmos em conta que estivemos vendendo livros impressos de capa dura e livros de bolso há 15 anos, enquanto (vendemos) livros eletrônicos do Kindle há apenas 36 meses", comentou Steve Kessel, vice-presidente da Amazon Kindle, em comunicado.

A superação em vendas de livros eletrônicos sobre impressos já havia sido anunciada em julho pela Amazon.

Fonte: Portal IMPRENSA

Guru de software que está deixando Microsoft prevê mundo pós-PC

Por Bill Rigby

O vice-presidente de softwares da Microsoft, que está deixando a empresa, incentivou a companhia a abandonar suas raízes no Windows e Office para imaginar um mundo "pós-PC", de aparelhos simples e globais conectados à web.

Cinco anos depois que Ray Ozzie estabeleceu sua presença com um memorando sobre software como serviço via internet, encarado como o manifesto da Microsoft em favor da "computação em nuvem" e do software como serviço, ele voltou a encorajar a gigante do software a conceber o futuro como um tempo em que a simplicidade será essencial.

O apelo emotivo de Ozzie surgiu em companhia de um momento que alguns analistas definem como decisivo para a Microsoft: em novembro, os primeiros modelos de uma geração de celulares inteligentes equipados com seu sistema operacional chegarão às lojas, em uma tentativa tardia da companhia de recuperar posição no mercado de aparelhos de comunicação sem fio.

"Vamos celebrar esse marco dos cinco anos voltando a abraçar sem medo aquilo que se tornou tecnologicamente inevitável", afirmou Ozzie em uma mensagem publicada em seu blog pessoal e dirigida aos executivos da Microsoft e aos seus subordinados diretos.

"Os próximos cinco anos trarão novo ponto de inflexão, uma transformação que de novo resultará em oportunidades sem precedentes para nossa empresa e nosso setor, catalisada por uma grande e inevitável mudança nos aplicativos e infraestrutura que está começando de verdade apenas agora."

Será um mundo, argumentou Ozzie, no qual os usuários terão acesso permanente a serviços de software por meio de "aparelhos que serão em grande medida concebidos como eletrodomésticos. Eles poderão ser usados instantaneamente e serão intercambiáveis e poderão ser substituídos de maneira trivial, sem perdas."

A mensagem de Ozzie, que anunciou que se aposentaria na Microsoft na semana passada, tem por objetivo preparar a empresa, que ficou para trás do Google e da Apple no setor de celulares e computadores tablet, e foi surpreendida por fenômenos como a rede social Facebook.

"Feche os olhos e forme uma imagem realista de como será um mundo pós-PC, caso ele venha de fato a surgir", escreveu Ozzie no texto publicado na segunda-feira. "Quem for capaz de divisar um futuro plausível e mais brilhante que o presente, terá a oportunidade de liderar."

Em vez de um mundo baseado em computadores pessoais e software, Ozzie afirma que a Microsoft tem que pensar em "serviços contínuos baseados em nuvem que nos conectam e aparelhos conectados que nos permitem interagir com esses serviços".

Tais aparelhos podem estar em casa, no carro, controlando elevadores ou estradas, diz Ozzie.

"Veremos décadas de incrível inovação das quais surgirão todos os tipos de dispositivos que poderemos vestir, carregar e usar em nossas mesas e paredes e no ambiente ao nosso redor."

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O pior pesadelo da imprensa

Por Luciano Martins Costa

Instalada no centro dos debates da disputa eleitoral deste ano, acusada de se misturar aos núcleos de campanha, a chamada grande imprensa brasileira vê concretizar-se nos últimos dias o pior de seus pesadelos. Segundo a Folha de S.Paulo, em manchete na edição de segunda-feira (25/10), pelo menos quatro estados levam adiante projetos de controle social da mídia.

O primeiro a anunciar medidas nesse sentido foi o governador reeleito do Ceará. Agora, noticia a Folha, também os estados de Alagoas, Bahia e Piauí se preparam para criar conselhos de monitoração da mídia.

A reportagem do jornal paulista lembra que a criação dos conselhos de comunicação foi recomendada pela Conferência Nacional de Comunicação, realizada no ano passado por iniciativa do presidente da República.

No último dia 19, a Assembléia Legislativa do Ceará havia aprovado o projeto de um organismo com a função de orientar, fiscalizar, monitorar e produzir relatórios sobre a atividade dos meios de comunicação. A moda pegou e iniciativas semelhantes começam a se reproduzir.

Interesse menores

Onde já existem conselhos consultivos, como no caso de Alagoas, a legislação está transformando em conselhos deliberativos, com poderes semelhantes aos que foram aprovados no Ceará. A diferença é que os conselhos consultivos podem apenas recomendar às empresas de comunicação mudanças em seus conteúdos, quando for considerado que eles agridem os direitos dos cidadãos. Já os conselhos deliberativos têm poder para tomar medidas efetivas, com base na lei das concessões.

O grande temor das entidades representativas da mídia se refere à ampliação das atribuições desses conselhos e a eventuais interferências nos processos editoriais. Algumas dessas entidades da imprensa têm reagido de forma agressiva a qualquer iniciativa que considerem controle externo.

Até mesmo os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social para Empresas de Comunicação, criados em conjunto por integrantes do Instituto Ethos e representantes das empresas jornalísticas, foram esvaziados por iniciativa de dirigentes de jornais há dois anos.

Neste ano, a intenção anunciada de criar o órgão de auto-regulação também foi abortada pelos grandes jornais.

Ao radicalizar sua postura contra qualquer tipo de regulação, a imprensa acaba por justificar a pior espécie de controle: aquele que se faz através de entidades regionais, que são muito mais sujeitas a interesses políticos menores e mais vulneráveis à ação de governantes interessados em manipular a imprensa.

Fonte: Observatório da Imprensa

Rede TV! põe programação ao vivo no iPad e iPhone

Redação AdNews

A emissora que estreou em maio suas transmissões em 3D é a mesma que levará ao iPad e iPhone um aplicativo que vai exibir ao vivo a programação em qualquer país. Segundo informações de Keila Jimenez da Coluna Outro Canal, até novembro o conteúdo da RedeTV! estará nas novas telas.

O software que está sendo desenvolvido colocará no ar a grade de atrações da emissora por meio de um aplicativo da Apple, que vai exibir em tempo real o conteúdo. No entanto, segundo o presidente da emissora, Amilcare Dallevo, séries, filmes e campeonatos internacionais de futebol não serão oferecidos por conta dos direitos. A emissora é a primeira do Brasil a oferecer o serviço.

Do outro lado

Na China, a emissora TV CNC (China Xinhua News Network Corporation) também passará a veicular o noticiário pelo iPad, alcançando exibição em todo o mundo durante 24h.

Informações da agência EFE mostram que o aplicativo disponibilizará o conteúdo em alta definição nos idiomas mandarim e outros.

Fonte: AdNews

Após Google admitir ato ilícito, Reino Unido reabre inquérito

Por Sílvio Guedes Crespo

O Reino Unido decidiu reabrir investigação contra o Google por violação de privacidade depois que a empresa admitiu, na última sexta-feira (22), que os carros que batiam as fotografias para o Google Street View captaram, em alguns casos ilicitamente, e-mails e senhas pessoais de redes WiFi (sem fio) domésticas em diversos países, informa o jornal britânico “Financial Times”.

A reportagem afirma que autoridades de vários dos 30 países onde os carros do Street View operaram estão investigando o Google. Na semana passada, órgãos reguladores da Espanha e do Canadá disseram que a companhia infringiu leis locais.

Ao mesmo tempo em que admitiu o erro, o Google anunciou na sexta-feira mudanças processuais para evitar que esse tipo de problema ocorra novamente, relata o “FT”. “O Google culpou um engenheiro, de nome não revelado, que teria instalado nos carros, sem autorização, softwares capazes de coletar dados de redes WiFi.

Na avaliação do “Financial Times”, este é “o mais danoso caso de violação de privacidade a atingir a empresa.

Na Alemanha, 244 mil pessoas já pediram para que suas casas fiquem irreconhecíveis no Street View. No Brasil, o produto foi lançado no dia 30 de setembro.

Fonte: Estadão

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Emissora de TV da Malásia é multada por veicular anúncio com música natalina

Redação Portal IMPRENSA

A Comissão de Comunicações da Malásia multou o canal TV3 por exibir um anúncio muçulmano com música natalina. O órgão alegou que a emissora insultou e humilhou o Islã, que terá que pagar multa no valor de 50 mil ringgit (cerca de R$ 26.915 mil), a mais alta pela infração.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o anúncio foi veiculado em setembro, mês do Ramadã e considerado sagrado pelos muçulmanos. As imagens mostravam um homem de cabelos grisalhos levando crianças a uma terra de fantasia. Os personagens apareciam voando, em uma situação parecida com a história do Papai Noel.

A TV3 retirou o vídeo do ar e pediu desculpas pelo episódio.

Em janeiro de 2009, o governo da Malásia havia permitido o jornal católico The Herald de usar a palavra "Alá" como tradução para "Deus". Anteriormente, a publicação tinha sido proibida de circular no país usando essa referência.

E nesta semana, a rádio pública National Public Radio (NPR), dos EUA, demitiu o comentarista Juan Williams por ter feito declarações controversas sobre muçulmanos durante o programa "The O´Reilly Factor", da Fox News. A emissora afirmou que as opiniões de Williams são "incompatíveis" com suas práticas editoriais e "afetam a credibilidade de seu trabalho".

Fonte: Portal IMPRENSA

Google negocia desbloquear acesso a sites de TV

Por Alexei Oreskovic

Três das maiores redes de TV aberta norte-americanas bloquearam o uso de seus programas na Web por meio do novo serviço de TV online do Google, o que prejudica os planos da companhia para se expandir para além dos computadores.

Representantes da Walt Disney e da NBC Universal confirmaram na quinta-feira que suas empresas bloquearam o acesso via Google TV aos seus programas de TV aberta disponíveis online. A Disney controla a rede ABC e a rede de esportes ESPN na TV a cabo.

A Fox, da News Corp, também está considerando bloquear o acesso aos programas disponíveis em seu site, mas a decisão ainda não foi tomada, de acordo com uma fonte.

A CBS bloqueou o acesso às versões integrais de seus programas, entre os quais seriados populares como "CSI: Crime Scene Investigation", de acordo com reportagem publicada na quinta-feira pelo Wall Street Journal. A CBS se recusou a comentar.

O Google TV, lançado este mês nos Estados Unidos, permite que os usuários tenham acesso à Internet na tela de seus televisores.

O serviço está disponível em aparelhos da Sony e Logitech International, e pode abrir novas oportunidades publicitárias ao Google, que gera a maior parte de sua receita anual de cerca de 24 bilhões de dólares com publicidade vinculada a buscas na Web.

Os planos do Google TV podem ser vistos como ameaça pelas empresas de TV estabelecidas, disse Van Baker, analista do Gartner.

"Todos conhecem o domínio sobre o tráfego de Internet que o Google conquistou em termos de publicidade. Se aquele modelo for estendido à televisão, o poder do Google repentinamente se tornaria imenso no espaço publicitário, e as redes de TV aberta não gostam a ideia", disse Baker.

O Google anunciou em comunicado que o Google TV "permite acesso ao conteúdo de Internet que o consumidor já usa em seu celular e computador, mas os proprietários do conteúdo têm a escolha de impedir os usuários de acessá-lo nessa nova plataforma".

Fonte: FNDC

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Jovens latino-americanos preferem Internet à TV

Redação Terra

Os jovens latino-americanos preferem usar a Internet a assistir televisão, embora a maioria não disponha de acesso à rede em sua casa, segundo a primeira pesquisa realizada pela Universidade de Navarra e pelo programa Educared da Fundação Telefónica, na qual participaram 7 países da América Latina.

A Telefónica divulgou hoje os primeiros dados desta enquete da qual participaram 22 mil estudantes de mais de 200 centros educativos do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela, e que foi realizado entre julho e outubro de 2007.

Trata-se do primeiro estudo que integra as diferentes tecnologias disponíveis para crianças e jovens, e constitui o maior do tipo realizado na América Latina.

Cerca de 42% dos jovens de 11 anos indagados prefere a Internet à televisão e a percentagem sobe para 60% no segmento de adolescentes entre 14 e 15 anos.

A Telefónica informou que já está desenvolvendo a segunda fase de pesquisas, esperando que no final do terceiro trimestre deste ano seus resultados sejam publicados.

Fonte: Terra

A burocratização dos debates na TV gera apatia e distanciamento do eleitor

Por Carlos Castilho

Se há uma coisa que a atual campanha eleitoral deixou bem claro, esta coisa é o desgaste dos debates pela televisão entre candidatos a presidente e a governador. A monotonia, burocratização e o excesso de regras transformaram os encontros numa espécie de performance pessoal em que o ganhador não é quem mostra mais idéias, mas quem erra menos no vídeo.

A fórmula está desgastada por culpa das emissoras de televisão e dos especialistas em marketing político que impuseram aos candidatos tantos condicionamentos que eles acabaram virando atores quase que telecomandados.

As emissoras de televisão transformaram os debates num espetáculo em que a grande preocupação é audiência. Cada uma monta o seu show e o promove como se fosse um programa de auditório. Os apresentadores parecem marionetes obrigados a seguir um script cujo conteúdo rendeu horas de reuniões entre os assessores políticos de cada candidato.

Os debates pela TV cairam na mesma armadilha criada pela Justiça Eleitoral para a propaganda eleitoral. Para resolver protestos de partidos e candidatos foram criadas tantas leis, regras e normas que a campanha eleitoral tornou-se quase invisível. O mesmo acontece agora com os debates ao vivo, nos quais as regras estão se tornando cada vez mais meticulosas e cada detalhe, inclusive os técnicos, discutidos durante horas ao longo de negociações que duram semanas.

O acúmulo de regulamentações reduz ao mínimo a espontaneidade tanto dos candidatos como dos cabos eleitorais e todos acaba parecendo funcionários burocráticos. Estamos vivendo um paradoxo: se deixamos a propaganda correr solta e eliminamos as regras no debates, a campanha torna-se imprevisível e provavelmente violenta, transmitindo insegurança, desconforto e incerteza.

A busca de ordem gerou a avalancha de regras e com isso as manifestações espontâneas acabaram se tornando cada vez mais raras. A campanha perdeu vivacidade, autenticidade e principalmente participação popular. É a conseqüência do dilema clássico entre o caos e ordem.

O caos incomoda, transmite incerteza e insegurança, mas está associado à mudança, renovação e criação. A ordem gera tranquilidade, certeza e segurança, mas tende a provocar imobilismo, rotina e burocratização pela multiplicação de normas para preservá-la .

Pelo andar da carruagem, provavelmente teremos que fazer em breve outra escolha, além de selecionar governantes: como é que desejamos viver. A regulamentação é causa e conseqüência do desenvolvimento de uma casta burocrática que sobrevive pela administração das regras, leis e normas. Ela (a casta) não tomará a iniciativa de mudar este estado de coisas porque se nutre dele. Assim, caberá aos cidadãos propor algo diferente.

Fonte: Observatório da Imprensa

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Brasil sobe 13 posições em ranking mundial de liberdade de imprensa da RSF

Redação Portal IMPRENSA

O Brasil passou a ocupar a 58ª posição no ranking mundial de liberdade de imprensa realizado pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgada nesta quarta-feira (20). O país subiu 13 posições graças a uma "evolução favorável na legislação" sobre o tema, de acordo com a entidade.

Segundo informações da BBC Brasil, o responsável pela atuação da RSF nas Américas, Benoît Hervieu, declarou que as eleições deste ano também contribuíram para a colocação do Brasil no ranking: "Um passo positivo foi dado às vésperas das eleições, com a revogação da lei que proibia caricaturar políticos".

Além disso, Hervieu citou a ausência de violência grave contra a imprensa, maior sensibilização do poder público ao acesso à informação e o fato de o país ter uma "das comunidades mais ativas na Internet".

Em um capítulo intitulado "Crescimento econômico não quer dizer liberdade de imprensa", o Brasil foi o único país do grupo dos BRICs - que engloba Rússia (140º), Índia (122º) e China (171º) - a evoluir no ranking, subindo 12 posições e ocupando o 58º lugar.

O representante da ONG ressaltou que, mesmo com os dados apontando uma melhora brasileira na questão da liberdade de imprensa, ainda existem muitos problemas ligados à realização do trabalho jornalístico no país: "Ainda existe uma forte censura prévia no Brasil. Nos últimos anos vimos uma multiplicação de ataques nesse sentido".

Para Hervieu, as medidas judiciais que impedem a mídia de divulgar "nomes e sobrenomes" em determinadas matérias são "ridículas", e que a Justiça brasileira sofre influência política.

Sobre as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a imprensa recentemente, Hervieu declarou que a posição adotada pela mídia em repercutir as declarações de Lula dizendo que "são uma ameaça à imprensa é exagerada".

No ranking mundial de liberdade de imprensa divulgado pela RSF, a Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suiça aparecem empatados em primeiro lugar. No final da lista estão Turcomenistão (176º), Coreia do Norte (177º) e Eritréia (178º).

Em maio deste ano, a organização divulgou uma lista sobre liberdade de imprensa em que o Brasil havia subido do 82º para o 71º lugar. Já Portugal caiu 14 posições, passando a ser o 30º país do ranking.

Fonte: Portal IMPRENSA

Google vai disponibilizar Manuscritos do Mar Morto

Redação AdNews

O Google de Israel e a Israel Antiquities Authority criaram uma versão online dos Manuscritos do Mar Morto. Os usuários poderão baixar as imagens digitalizadas com dados adicionais que lhes permitirão realizar pesquisas em uma ampla gama de áreas em vários idiomas e formatos.

O projeto usa imagens de alta resolução para a coleção de 900 manuscritos que compreendem cerca de 30 mil fragmentos. Os textos incluem transcrições, traduções e bibliografia. Está será a primeira vez que os pergaminhos serão fotografados integralmente desde os anos 50.

Os Manuscritos são considerados uma das maiores descobertas arqueológicas da História. Foram encontrados entre 1947 e 1956 nas cavernas de Qumram, uma fortaleza a leste do Mar Morto localizada no que foi historicamente parte da Judéia. Eles foram escritos em grego, hebraico e aramaico entre o século III a.C. e o ano 70 d.C., quando foi destruído o segundo Templo de Jerusalém.

Os textos confirmam o Velho Testamento e foram escritos, em sua maioria, pelos essênios, uma seita judaica. Até a descoberta dos Manuscritos, os únicos textos em hebraico do Velho Testamento eram do século X.

Fonte: AdNews

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Programa vai mostrar cotidiano das minas

Por James Hibberd

A emissora americana Spike TV vai lançar, em abril do ano que vem, um reality show abordando a perigosa atividade dos mineiros. Produtores garantem que o programa – que será chamado de Coal (carvão) – não foi incentivado pelo resgate, na semana passada, dos 33 mineiros presos por 69 dias em uma mina no Chile, pois vem sendo desenvolvido há quase um ano. Serão dez episódios de uma hora de duração.

Não há dúvidas, no entanto, que o incidente chileno dará uma forcinha para atrair grande audiência de telespectadores e e atenção da mídia. "Não pegamos uma tragédia e, então, um milagre, para nos inspirar", diz Sharon Levy, vice-presidente-executiva de programação original na Spike. "O drama no Chile durante os últimos 70 dias apenas reforçou que já era hora de ter um olhar atento sobre a dura realidade do setor de mineração".

Profissão-perigo

A rede havia planejado anunciar o projeto há semanas, mas esperou até o resgate dos mineiros – o que aconteceu entre terça e quarta-feira da semana passada [12 e 13/10]. A operação foi acompanhada pela TV e internet por milhões de pessoas em todo o mundo. "Todos têm medo de ser enterrados vivos. Estas pessoas arriscam suas vidas todos os dias para fazer o mundo andar e, ainda assim, muitos de nós nunca pensamos em como geramos energia", afirma Sharon.

O reality show focará na vida de Mike Crowder e Tom Roberts, coproprietários de uma jazida de carvão na Virgínia Ocidental, e também nos mineiros, famílias e comunidade da região. A equipe de mineração tem mais de 40 empregados e Coal irá mostrar todos os aspectos do trabalho, desde a colocação de explosivos na superfície à atividade no poço. "Gerações de famílias trabalham no setor de mineração de carvão nos EUA há 300 anos. Elas arriscam suas vidas de modo que nem imaginamos. Agora, vamos finalmente contar sua história", diz o produtor-executivo Thom Beers.

Fonte: Hollywood Reporter

Mídias impressas no Irã podem ser fechadas caso publiquem matérias sobre oposição

Redação Portal IMPRENSA

O Ministério da Cultura do Irã alertou as mídias impressas do país que, caso publiquem notícias sobre a oposição, serão fechadas. Segundo analistas, a medida pretende eliminar os críticos ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

O Ministério da Cultura iraniano é o responsável por supervisionar as atividades da imprensa local e estrangeira no Irã. O representante do órgão, Ehsan Ghazizadeh, disse que, além de publicar matérias sobre a oposição, os veículos não podem divulgar declarações e fotos dos oposicionistas.

De acordo com informações da Reuters, alguns ativistas que lutam por reformas políticas no país foram presos e condenados a vários anos de prisão nas últimas semanas. Além disso, sites e publicações pró-reformistas foram fechados desde a polêmica eleição presidencial em junho de 2009, que reelegeu Ahmadinejad.

A proibição feita aos veículos impressos do Irã dificulta o contato entre líderes da oposição, como os candidatos derrotados Mirhossein Mousavi e Mehdi Karoubi, e os iranianos.

Na última semana, a correspondente do jornal El País em Teerã, Ángeles Espinosa, teve o visto suspenso no Irã. A jornalista havia sido detida em julho após entrevistar Ahmad Montazerí, filho do falecido ayatolá reformista Hosein Ali Montazerí. Desde que foi presa, Ángeles estava sem sua credencial de imprensa.

Fonte: Portal IMPRENSA

Internet terá mais de dois bilhões de usuários este ano, diz ONU

Por Jonathan Lynn

GENEBRA (Reuters) - O número de usuários da Internet ultrapassará os dois bilhões este ano, e se aproximará de um terço da população mundial, mas os países em desenvolvimento precisam reforçar o acesso a essa ferramenta vital para o crescimento econômico, afirmou uma agência das Nações Unidas na terça-feira.

O número de usuários dobrou nos últimos cinco anos, e se compara a uma população mundial estimada em 6,9 bilhões de pessoas, informou a União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Dos 226 milhões de novos usuários de Internet este ano, 162 milhões estarão nos países em desenvolvimento, onde o ritmo de crescimento agora é mais elevado, afirmou a UIT em relatório.

No entanto, pelo final de 2010, 71 por cento da população dos países desenvolvidos estará online, ante 21 por cento da população nos países em desenvolvimento.

A UIT afirmou que era especialmente importante que os países em desenvolvimento ampliassem a disponibilidade de conexões em banda larga.

"A banda larga será o próximo ponto de inflexão, a próxima tecnologia verdadeiramente transformadora", disse Hamadoun Touré, do Mali, secretário geral da UIT. "Ela pode gerar empregos, propelir o crescimento e a produtividade e dar base à competitividade econômica em longo prazo."

O acesso varia amplamente de região a região; na Europa, 65 por cento da população está online, adiante dos 55 por cento das Américas e de apenas 9,6 por cento na África e 21,9 por cento na região Ásia/Pacífico, informou a UIT.

O acesso à Internet nas escolas, empresas e lugares públicos é essencial para os países em desenvolvimento, nos quais apenas 13,5 por cento da população dispõem de Internet em casa, ante 65 por cento nos países em desenvolvimento, informou a organização.

Um estudo conduzido por outra agência da ONU e divulgado na semana passada demonstrava que celulares eram uma ferramenta de comunicação muito mais importante que a Internet, para as pessoas dos países em desenvolvimento.

Fonte: IG

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Começa a Semana Nacional pela Democratização da Comunicação

Por Lia Segre

O dia 17 de outubro é conhecido pelo dia que, em 1978, revogou a Emenda Constitucional nº 11 (AI-5), o dia que Madre Teresa foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 79, e o dia que os restos de Che Guevara foram enterrados em Cuba, no ano de 1997. No Brasil, desde 2003, apesar de não estar escrito nas agendas, é o dia de luta pela democratização da comunicação. E como vem acontecendo desde então será marcado por eventos organizados pelos movimentos sociais de comunicação por todo o país.

“Nos anos 90 a gente realizava estes eventos pela democratização da comunicação em setembro, por terem diversos dias que fazem referência ao campo da comunicação. Depois de determinado momento, quando teve um vácuo de alguns anos nas mobilizações, elas começaram a ser feitas em outubro”, conta Cláudia de Abreu, do grupo ComunicAtivistas do Rio de Janeiro.

A mobilização em outubro começou em uma articulação da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos), o Centro de Mídia Independente e o Intervozes. Segundo Ana Straube, à época militante da Enecos, que ajudou na organização da primeira semana em 2003, em São Paulo exibiu o filme muito além do Cidadão Kane na Avenida Paulista. Em 2004 montaram uma feira no Parque do Ibirapuera com várias entidades e uma semana de debates na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Rogério Tomaz Jr. foi da coordenação da Enecos de 2001 a 2003, ajuda a recuperar a história. As pautas relacionadas à democratização da comunicação ficaram paradas por cerca de três anos, devido a derrotas expressivas do setor, como a privatização das teles e a lei do cabo. O próprio Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação ficou alguns anos sem fazer plenária anual, só retomando em novembro de 2001, pois nesse momento houve debate na Câmara sobre comunicação.

Em julho de 2002, a Enecos fez seminário em Belém, e lá surgiu a idéia de se trabalhar novamente com o tema da democratização em nível nacional, depois de anos de predominância de pautas relacionadas a currículos e Provão dentro da executiva de estudantes. “O seminário de julho foi a semente”, conta Rogério.

Os últimos detalhes foram acertados no Congresso anual da Enecos, no fim de janeiro de 2003. A abordagem foi denunciar a renovação automática das concessões de rádio e TV.

Quanto à escolha do dia 17, é relacionado ao Media Democracy Day, dia mundial pela democratização da mídia. Esse dia existe desde 2001, e tem a ver com o lançamento da BBC, que era vista como modelo de emissora pública plural. Apesar de o dia mundial ser dia 18, por uma desatenção, no Brasil adotou-se 17.

Em muitos estados já estão ocorrendo discussões sobre a democratização, e o calendário pode ser conferido na Agenda dp Observatório.

Apesar da semana ter aparentemente perdido força desde os primórdios, a discussão sobre os temas relacionados aumentou muito, acredita Rogério. “Surgiram muitos temas desde 2003: TV digital, PL 29, comunicação pública com criação da EBC, a Conferência, que é luta que travamos a fórceps”. A razão da semana de aglutinar os temas deixou de ser necessária por que militantes e pesquisadores passam o resto do ano discutindo essa questão.

Fonte: FNDC

Dilma e Serra usam imagens do debate Folha/RedeTV! no horário eleitoral

Redação Folha.com

Concentrados em exibir suas performances no debate Folha/RedeTV! realizado ontem, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) detiveram boa parte de seus programas eleitorais de hoje na TV em trocas de acusações.

Dilma continua a acusar Serra de querer privatizar a Petrobras, empresa a qual teria incentivado que o nome fosse trocado para Petrobrax.

A propaganda da candidata mostra o momento do debate em que ela falou sobre o caso Erenice afirmando que "nós investigamos, a Erenice saiu do governo. Diferente de Serra, nós investigamos".

Dilma se referia às denúncias envolvendo o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira Souza --conhecido como Paulo Preto. A petista afirmou que ele desviou R$ 4 milhões destinados à campanha de Serra.

Em entrevista publicada na última terça-feira (12) pela Folha, Paulo Preto afirma que Serra o conhece --diferente daquilo que o tucano havia afirmado no debate da Band, quando Dilma fez as acusações-- e, em tom de ameaça, diz que "não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada".

No dia seguinte, Serra disse não ter lido as declarações do ex-diretor, minimizando a importância do caso, e afirmou que "a acusação contra ele é injusta" e que o engenheiro é "totalmente inocente". O programa da candidata acusa Serra de mudar de opinião de forma suspeita e de defender um culpado, destacando que Paulo Preto é investigado pela Polícia Federal, na operação Castelo de Areia.

Dilma ainda prometeu concluir obras como a Transnordestina e a Norte-sul.

PSDB

A propaganda de Serra ressalta méritos de seu governo em São Paulo e acusa Dilma de ser contra seu projeto de colocar dois professores em sala de aula.

O tucano direciona suas críticas a Lula, acusando-o de fazer mais concessões da Petrobras para empresas privadas do que FHC fez. O candidato ainda associa a valorização das ações da empresa com seu avanço nas pesquisas.

Serra ainda acusa o presidente de permitir a entrada de drogas no país, por falta de fiscalização nas fronteiras --em especial a boliviana.

É a deixa para ele propor mais centros de reabilitação e criticar os problemas da acessibilidade, prometendo criar uma rede de reabilitação chamada Zilda Arns e 154 policlínicas.

O programa declara Serra vencedor do debate baseado no grupo de 27 eleitores que avaliou o evento em tempo real a convite da Folha e da RedeTV!.

Fonte: Folha.com

'Não somos heróis, somos vítimas', diz mineiro Franklin Lobos

Redação Estadão

SANTIAGO - O mineiro chileno Franklin Lobos, que passou mais de dois meses preso em uma jazida no norte do Chile junto de outros 32 companheiros, foge da fama adquirida com o episódio e assegura que ele e os outros mineradores não são heróis e sim "vítimas" da irresponsabilidade dos donos da mina San José.

"Dizem que somos heróis, mas não, não somos heróis, somos vítimas. Nós lutamos por nossa vida, nada mais, porque temos famílias. Somos vítimas dos empresários que não investem em segurança", disse Lobos em uma entrevista publicada nesta segunda-feira, 18, no jornal chileno El Mercúrio.

Lobos, ex-jogador de futebol de 53 anos, indicou que "a grande maioria" dos 33 mineiros acreditava que a empresa detentora da mina, a San Esteban, os deixaria presos depois que um deslizamento de terra prendeu o grupo a 700 metros de profundidade. "A maioria pensava que ficaríamos lá. Sairia mais barato nos deixar morrer que nos resgatar", disse Lobos, acrescentando que os mineiros nunca perderam a esperança de serem salvos.

Segundo Lobos, o barulho das sondas que perfuravam o solo para encontrá-los despertava esperança nos mineiros. Ele revelou, porém, que o grupo começou a chorar quando viram a perfuradora passar longe do local onde estavam presos. "Choramos porque era uma oportunidade de sair que víamos escapar", admite.

Apesar das propostas e presentes que os mineiros recebem desde que foram resgatados, na quarta-feira passada, Lobos acreditam que em breve todo o assédio da mídia acabará em breve. "Vamos ter tudo, vão chamar todos os meio, mas em 15 dias tudo isso vai passar", declarou.

Fonte: Estadão

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O show da BBC no Chile

Por Carlos Castilho

O resgate dos 33 mineiros chilenos foi um espetáculo midiático em escala planetária. O governo do presidente Sebastian Piñera montou uma sofisticada operação de marketing político, que incluiu até a confecção de jaquetas especiais para o evento, com o logotipo do governo chileno nas costas.

A TV chilena montou um pool patrocinado pelo governo que chegou a mobilizar 24 câmeras para transmissões ao vivo na grande noite do resgate, que obteve uma fantástica audiência de quase 97% , um recorde que dificilmente será batido no país.

Até o presidente boliviano Evo Morales pegou uma pontinha do show para recepcionar o único estrangeiro entre os mineiros soterrados desde agosto numa mina de ouro e cobre, na região de Capiapó, no deserto de Atacama. Ironicamente, Bolívia e Chile brigam há 127 anos por conta de uma disputa territorial que impede os bolivianos de ter acesso direto ao oceano Pacífico, na parte norte do Atacama.

A visibilidade mundial para o evento foi garantida por uma avalancha de cerca de mil jornalistas que se abalaram para a longínqua mina de San José. A grande estrela da cobertura jornalística foi a rede britânica de TV BBC, que mandou nada menos que 25 profissionais para o Chile, incluindo Tim Wilcox, o seu badalado âncora de programas domésticos, que deu aos ingleses a sensação de estarem assistindo a um programa local, na hora do café da manhã.

O resgate teve inegáveis conotações épicas, mas só a BBC apostou numa cobertura ao vivo, com uma grande equipe de jornalistas e técnicos, para dar ao mundo a sensação de que "todos estavam lá". Nem a CNN norte-americana chegou perto do que a BBC fez, mesmo enfrentando críticas na Inglaterra. E o sucesso da cobertura da Beeb (apelido dado pelos ingleses) pode estar abrindo caminho para uma nova modalidade de espetáculo midiático internacional.

O site Follow the Media, especializado na cobertura da mídia mundial, rotulou o novo estilo como uma tentativa de levar os espectadores até o lugar onde esteja ocorrendo algum drama humano — ou capaz de ser humanizado. Este tipo de cobertura já escapa aos moldes jornalísticos clássicos porque incorpora fortes doses de emoção e de dramatização.

Quem assistiu ao resgate dos mineiros chilenos pela BBC na madrugada o dia 13 de outubro torceu junto pelo sucesso da operação. A postura dos espectadores minimizou a preocupação com a cobertura jornalística, fato reforçado inclusive pela participação do âncora britânico que narrou o evento da maneira mais informal possível. Ele nunca assumiu o papel de estrela do espetáculo, como fazem os nossos profissionais.

Do ponto de vista estrito, o jornalismo passou a um papel secundário no show chileno porque as preocupações com o marketing político/institucional do presidente Piñera e a inevitavel abordagem tipo infotainment (jargão inglês para a combinação de informação e entretenimento) contaminaram toda a cobertura. O público foi transformado em voyeur de um evento inédito na história da mineração mundial.

E pelas repercussões do caso, ele tem tudo para se transformar num novo paradigma de coberturas internacionais transformadas em eventos domésticos graças ao enfoque "todos estavam lá".

Fonte: Observatório da Imprensa

Em momento histórico, filmes brasileiros superam produções estrangeiras em salas de exibição do país

Por Guss de Lucca

Pela primeira vez na história, há mais salas de cinema exibindo filmes nacionais do que internacionais. No momento 51,6% dos espaços no Brasil estão ocupados por produções feitas no país. "Tropa de Elite 2" encabeça a lista, com 32,4%, seguido por "Nosso Lar, com 15,8% e "Eu e Meu Guarda-Chuva", com 3,4%. E o mais impressionante é que esse número vai aumentar.

"A partir do próximo fim de semana entram no circuito mais 40 cópias de 'Tropa de Elite 2' - coisa que eu nunca vi", afirmou Paulo Sérgio Almeida, cineasta e diretor do portal Filme B, em entrevista ao iG. "E esse filme ainda tem uma grande dificuldade, que é a censura de 16 anos - o 'Avatar', por exemplo, é pra toda família."

Paulo mostrou otimismo quando questionado sobre a possibilidade de 2010 superar o mítico 2003, ano apontado como o melhor para o cinema nacional após a retomada, totalizando 22 milhões de espectadores. "Ontem eu diria que não, mas hoje ninguém sabe onde 'Tropa de Elite 2' vai chegar", disse.

De acordo com ele, até o momento os filmes brasileiros totalizam um público de 11,5 milhões - número que deve engordar 500 mil com "Nosso Lar" e muito mais com o novo "Tropa". "Não sei até onde vai um filme que deve fazer mais de 3 milhões na primeira semana e ainda cresce no circuito", completou - até esta quarta-feira o longa-metragem já batia a marca dos 2,4 milhões.

Muito mais otimista está Marco Aurélio Marcondes, distribuidor do filme que conversou com o iG por telefone em sua passagem por São Paulo. "Nossa meta original é que o 'Tropa' chegue aos 6,5 milhões de espectadores, mas têm pessoas falando em até 12 milhões", contou.

"Em sua primeira semana ele já superou todos: 'Homem-Aranha', 'Avatar', 'Era do Gelo 3'. No momento estou pesquisando na internet o 'Titanic', que ele já deve ter superado também, pois não teve uma abertura muito boa", disse Marcondes, feliz com o aumento previsto para a próxima semana, que deve subir "Tropa 2" para 780 salas em todo o país.

"Estive ontem no shopping Eldorado, em São Paulo, por volta das 16h, e ouvi do gerente do cinema que já haviam vendido todos os ingressos do dia e as duas primeiras sessões do dia seguinte. Esses cinemas estão demandando mais cópias, pois o crescimento é exponencial", explicou, citando como exemplo a cidade de Macaé, no litoral do Rio de Janeiro, onde um cinema pequeno fez 7 mil pessoas neste fim de semana.

"Eu acho que isso demonstra a força do cinema brasileiro. Quanto mais filmes nacionais em cartaz, melhor. Eu acho que o 'Tropa 2' colabora com isso sem dúvida", encerrou.

Fonte: FNDC

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Filme levará drama dos mineiros chilenos para a televisão

Redação Folha.com

A produtora espanhola "Antena 3 Films" e a colombiana "Dynamo Factory" iniciaram as filmagens de um longa-metragem para a TV chamado "Os 33 de San José", baseado na história dos mineradores chilenos resgatados ontem (13) após permanecerem soterrados a quase 700 metros de profundidade por mais de dois meses.

"A ideia surgiu no instante em que os mineradores ficaram presos involuntariamente. O roteiro começou a ser elaborado naquele momento, e a aprovação da versão definitiva foi feita na semana passada", informou nesta quinta-feira a rede de televisão "Antena 3", proprietária da Antena 3 Films.

As cenas externas do filme começaram a ser gravadas há dez dias, e na próxima segunda-feira, dia 18, terão início as sequências filmadas na locação que reproduz a mina San José, em Copiapó.

CONCORRÊNCIA

A história, no entanto, também desperta o interesse de outros cineastas e produtoras.

Recentemente, o diretor Rodrigo Ortúzar disse que planeja rodar o "Los 33". "É uma grande história para se contar", afirmou.

O artista antecipou que o filme será "uma mistura de ficção e imagens já gravadas" por emissoras de TV do país e por sua equipe. O cineasta está registrando imagens das operações de resgate em pleno deserto de Atacama.

"Minha ideia é fazer uma história que esteja focada no soterramento e, ao mesmo tempo, no renascimento dos mineiros quando eles voltarem à superfície", explicou.

O filme também terá uma duração de 1 hora e 33 minutos.

A produção cinematográfica de tragédias é comum. A história do grupo de sobreviventes de um acidente aéreo nos Andes, de 1972, por exemplo, foi levada aos estúdios.

A produção de 1993, "Vivos", realizada nos EUA, contou o que ocorreu com a equipe de rúgbi do Uruguai que viajava ao Chile para disputar uma partida. Dos 45 passageiros sobreviveram 16.

Fonte: Folha.com

Marcas usam resgate de mineiros para se promover

Redação AdNews

Por 69 dias, 33 trabalhadores ficaram presos dentro de uma mina no Chile. A história foi amplamente divulgada e gerou furor nos veículos de comunicação do mundo todo, que vieram à América Latina para cobrir o caso. Esse cenário de filme dramático abriu brecha para marcas aproveitarem a oportunidade para se divulgar. E foi exatamente isso que elas fizeram.

NASA, Apple e Oakley se envolveram fortemente com o resgate, sendo que a última chegou a divulgar um release (texto institucional) sobre o produto disponibilizado para ajudar no "acontecimento". A marca concedeu óculos do modelo Radar a cada um dos mineiros para que eles não tivessem problemas de sensibilidade ao chegar à superfície. "A Oakley está honrada em ter dado assistência às autoridades chilenas na operação de resgate", afirma Carlos Reyes, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da empresa.

Já a NASA forneceu um alimento com alto teor calórico líquido para evitar que os mineiros tivessem problemas por todo o tempo que passaram presos. A Apple, por sua vez, doou iPods para entretê-los depois que saíssem do buraco.

Mais uma série de outros produtos será doada às famílias dos trabalhadores, como peças de vestuário, lingeries sensuais, vinho, brinquedos e até mesmo roupas infantis de Halloween.

Fonte: AdNews

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Médico avalia que "contato com a imprensa afetará à saúde" de mineiros chilenos

Redação Portal IMPRENSA

A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) aconselhou os 33 mineiros chilenos, nesta quarta-feira (13), a não manterem contato excessivo com a imprensa para evitar a deterioração da saúde psicológica.

"Estar em contato com a imprensa afetará à saúde, sobretudo psicologicamente" e é "a maior preocupação", pois o aspecto físico está sob controle, afirmou Kazuhito Shimada, médico da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), que prestou consultoria à Nasa no planejamento do resgate dos 33 mineiros chilenos. Até o momento, 18 foram retirados da mina de San José do Chile.

À agência Efe, o médico salientou que o tempo de recuperação dos mineradores dependerá da idade. Os com idade até 28 anos terão mais facilidade. No geral, segundo o médico, os que recebem compensações econômicas costumam se recuperar mais facilmente em caso da tragédias como a do Chile.

Fonte: Portal IMPRENSA

O debate fora de lugar

Por Alberto Dines

Atenção aborteiros, abortistas, antiabortistas, dilmistas e serristas: retirem o assunto dos palanques. Vocês estão brincando com fogo – literalmente.

Os editais dos Autos da Fé já estão afixados nos templos e nas quermesses, as fogueiras estão preparadas. Guerras santas começam por ninharias (a questão do aborto jamais foi premente) e acabam em banhos de sangue.

Este debate ensandecido e despropositado sobre a descriminalização da interrupção da gravidez está empurrando o país para um modelo de república clerocrata, antirrepublicana, semidemocrática.

E a mídia tem grande responsabilidade neste arranca-rabo infantilóide. Nossa imprensa é, por tradição, sacristã: os grandes jornais sempre correram atrás das batinas e disputaram arcebispos e cardeais para lustrar suas páginas. Jamais chamaram um pastor luterano ou um intelectual agnóstico.

Mãos limpas

Quando se tratou de lembrar os 200 anos de fundação da imprensa brasileira, a presença de Hipólito da Costa como patrono do jornalismo foi determinante para que as comemorações fossem suspensas: além de maçom, denunciou ao mundo as barbaridades da Inquisição portuguesa.

Quando em 2008 o presidente Lula foi ao Vaticano acompanhado por seus entes queridos para assinar uma Concordata com o papa Bento 16, a grande imprensa – toda ela, sem exceção – manteve o assunto sob rigoroso sigilo, na clandestinidade. A pedido do governo. Uma imprensa altiva, libertária, não se importou em autocensurar-se ostensivamente [ver emissões abaixo]. Em nome da fé, vale tudo.

Começava naquele exato momento o ensaio geral para a atual caça às bruxas que fatalmente nos conduzirá ao total desrespeito e esquecimento pelos direitos humanos. Convém lembrar que o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, apresentado pelo governo com toda a pompa e circunstância no final de 2009, foi abortado – a palavra é esta, não existe outra – para acalmar as lideranças católicas e evangélicas (ineditamente irmanadas) que orquestravam a oposição ruralista e da mídia. Os chefes militares adoraram, lavaram as mãos. Os civis também sabem fazer suas guerrinhas sujas.

O retorno

A igreja católica rasgou naquele momento uma corajosa história escrita ao longo de três décadas contra a tortura e o desaparecimento dos presos políticos, só para evitar que a nação brasileira começasse a encarar a possibilidade de debater a questão dos símbolos religiosos em prédios públicos, do casamento gay e... do aborto.

O infalível retorno dos bumerangues traz de volta a questão do aborto – vociferada, enraivecida, envilecida, brutalmente simplificada. E condenada a ser erradicada da nossa agenda política pela radicalização eleitoral que a mídia açula e assopra.

Fonte: Observatório da Imprensa

ANÁLISE SEGUNDO TURNO ELEIÇÕES 2010

Por Nayane Andrade Miranda

No próximo dia 31 haverá o segundo turno das eleições 2010 para presidente e governador de cada estado. No Piauí a disputa segue entre Wilson Martins (PSB) e Sílvio Mendes (PSDB). Nas pesquisas eleitorais da região Wilson está na liderança e agora resta saber em quem os eleitores indecisos votarão.
Wilson Martins é médico formado pela Universidade Federal do Piauí – UFPI, e tem várias especializações. Foi Deputado Estadual por três mandatos e presidiu a Frente Parlamentar do Cooperativismo do Estado. Presidente das Comissões de Infra-Estrutura de Fiscalização, Administração Pública e de Constituição e Justiça, da Assembléia Legislativa do Estado do Piauí. Foi Secretário Municipal de Saúde de Teresina e Presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (1993-1994). Atualmente, é Membro Titular da Câmara Setorial do Cerrado e Biodiesel e do Conselho Estadual do Meio Ambiente. É Presidente da Executiva Estadual do Partido Socialista Brasileiro – PSB no Estado do Piauí. Foi eleito Vice-Governador do Estado do Piauí, para o quadriênio 2007-2010, Coordenador do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e do Núcleo de Estudos e Projetos Especiais – NEPE do Estado do Piauí. Em abril de 2010, com a renúncia de Wellington Dias, assumiu o cargo de Governador do Estado do Piauí. Candidato através da “Para o Piauí Seguir Mudando” (PRB / PT / PMDB / PTN / PR / PSB / PRP / PC do B.
Silvio Mendes também é médico e deixou a medicina em 1993 quando foi convidado pelo então prefeito de Teresina, Raimundo Wall Ferraz, para assumir a gestão da saúde pública da capital, onde ficou por dez anos, também nas gestões dos prefeitos Chico Gerardo (1995/1996), e nos dois períodos de Firmino Filho (1996/2004). Em 1996, assumiu a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2004 foi eleito prefeito de Teresina. Nas eleições de 2008, Silvio Mendes obteve mais de 70% dos votos válidos. É candidato através da coligação “A Força do Povo” (PSC / PPS / DEM / PSDB).
No início Silvio Mendes estava em uma ótima posição nas pesquisas sendo considerado um dos favoritos, mesmo sem ter definido os partidos da coligação. Mas esta realidade mudou quando Wilson Martins decidiu candidatar-se e levou consigo o apoio de Wellington Dias, ex- governador e agora eleito senador, e do presidente Luis Inácio Lula da Silva. A disputa política segue forte mas como podemos observar a força e influencia do Lula elege qualquer candidato.
Apostava-se que Wilson Martins ganharia no primeiro turno, por conta deste apoio, mas o trabalho desempenhado por Silvio na prefeitura de Teresina garantiu sua vaga para o segundo turno. De certo que a decisão que eleitor irá tomar será muito complicada. De um lado a imagem de um prefeito que possui excelente histórico e ótimo trabalho realizado e de outro lado um candidato que tem bastante experiência e um grande apoio.
Acreditamos que a vitória será data para Wilson Martins por conta da imagem do Lula que carrega consigo já que o eleitor espera a continuidades dos projetos realizados por ele. Pensa-se que se o Silvio for eleito não teremos as “portas abertas” para o Piauí.

O comportamento da Mídia nas Eleições

Por Jaqueliny Siqueira

A ‘grande mídia’ vem exercendo um importante papel nestas Eleições de 2010. Nunca se viu tantas redações do Brasil sendo pautadas por esta ferramenta tão poderosa. O que não é novidade, haja vista que este comportamento nos remete às primeiras eleições depois do desmoronamento da ditadura militar. Um bom exemplo disso foi a eleição do “marajá” (Fernando Collor de Melo), que utilizando a ampla mídia conseguiu chegar ao topo (presidência da república) e ao fundo do poço do mesmo modo.

Não é de se estranhar ver tantas bem feitorias e tantas desgraças em menos de 40 minutos de programa eleitoral televisivo. A mídia transforma o ‘mocinho’ em ‘bandido’ em poucos instantes e a sua contribuição para a soberania popular reina, para não dizer o contrário.
Mas o fato é que, com o poder da internet e das redes sociais fica garantido ao cidadão o direito a voz e a manipulação das informações midiáticas. A comunicação se torna, neste momento, alternativa e há a troca de idéias. Esses cidadãos conhecem o verdadeiro mundo através de suas e de outras opiniões.
O que está em questão não é, somente, a liberdade de imprensa, mas como o uso da ‘grande mídia’ pode embutir interesses em nome de uma soberania que não existe. Soberana, numa sociedade democrática, é a vontade da maioria de seus cidadãos.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Fiscalizar a imprensa é papel da opinião pública, não do Estado, diz ABI

Redação Portal IMPRENSA

O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, disse que a declaração feita pelo ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, sobre a fiscalização da mídia no Brasil é "preocupante": "Isso é um absurdo porque quem deve fiscalizar a imprensa é a opinião pública e não o Estado", afirmou.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Azêdo acredita que a discussão sobre temas relacionados à imprensa é saudável, porém ressaltou que a "primeira premissa destas discussões deve ser o que diz a Constituição, segundo a qual nenhuma lei pode se constituir em embaraço à livre circulação da informação e à opinião".

Nesta semana, Martins viajou à Europa para conhecer instituições e convidá-las a participar de seminário sobre o tema a ser realizado em novembro no Brasil. O ministro havia dito que as opiniões contra a proposta do governo federal para regularizar a mídia seriam uma espécie de "ideologização". "A imprensa é livre, o que não quer dizer que é boa", declarou o ministro.

O colaborador do Estadão e professor da Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo (ECA-USP), Eugênio Bucci, afirmou que o ministro teria optado em ir à Europa para conhecer modelos de regulação da mídia para não ver os modelos falhos implantados na América Latina: "Ele deve mesmo ir à Europa, porque lá há ótimas experiências no setor. Não deve, entretanto, viajar para a Venezuela ou China ou mesmo pegar ideias no Ministério das Comunicações do Brasil, que tem feito tudo errado na área".

Porém, Bucci defende a regulação apenas no setor de radiodifusão, pelo fato de funcionar como concessão pública: "A mídia impressa, ainda bem, não depende do Estado para funcionar. Assim, não precisa de regulação", explicou.

Segundo o ministro, o governo pretende apresentar um ante-projeto de regras para a mídia entre novembro e dezembro deste ano, sujeito à aprovação do próximo presidente eleito. A ideia é a de que a fiscalização sobre o conteúdo seja responsabilidade de uma agência reguladora.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) preferiu não se pronunciar sobre o projeto do governo de regulação da mídia.

Entidades da França, Espanha, Portugla e Estados Unidos participarão de um seminário sobre meios eletrônicos em Brasília (DF), marcado para os dias 9 e 10 de novembro.

Fonte: Portal IMPRENSA

O comportamento da Mídia nas Eleições

Por Jaqueliny Siqueira

A ‘grande mídia’ vem exercendo um importante papel nestas Eleições de 2010. Nunca se viu tantas redações do Brasil sendo pautadas por esta ferramenta tão poderosa. O que não é novidade, haja vista que este comportamento nos remete às primeiras eleições depois do desmoronamento da ditadura militar. Um bom exemplo disso foi a eleição do “marajá” (Fernando Collor de Melo), que utilizando a ampla mídia conseguiu chegar ao topo (presidência da república) e ao fundo do poço do mesmo modo.

Não é de se estranhar ver tantas bem feitorias e tantas desgraças em menos de 40 minutos de programa eleitoral televisivo. A mídia transforma o ‘mocinho’ em ‘bandido’ em poucos instantes e a sua contribuição para a soberania popular reina, para não dizer o contrário.

Mas o fato é que, com o poder da internet e das redes sociais fica garantido ao cidadão o direito a voz e a manipulação das informações midiáticas. A comunicação se torna, neste momento, alternativa e há a troca de idéias. Esses cidadãos conhecem o verdadeiro mundo através de suas e de outras opiniões.

O que está em questão não é, somente, a liberdade de imprensa, mas como o uso da ‘grande mídia’ pode embutir interesses em nome de uma soberania que não existe. Soberana, numa sociedade democrática, é a vontade da maioria de seus cidadãos.b

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A democratização da comunicação no Brasil

Por Taís Ferreira

A 1ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO evidenciou a necessidade de democratização da comunicação no Brasil e aprovou mais de 600 propostas que tratam da produção de conteúdo, meios de distribuição e direitos e deveres para o setor das comunicações no Brasil. A sugestão é que todas as entidades, ongs, sindicatos, universidades conheçam estas propostas e entrem na luta pela democratização da comunicação no Brasil. Além disso, é necessário que se conheçam os compromissos dos nossos representantes com relação à comunicação que queremos para o Brasil e que foi demonstrada na CONFECOM – existem alternativas para a efetiva democratização da comunicação no Brasil – tarefa histórica e inadiável.

Para o Brasil avançar na democratização da comunicação – de modo que, respeitando o direito de propriedade, sejamos também capazes de preservar a democracia e uma esfera pública e plural em conteúdo e representatividade -, as resoluções da 1ª Conferência Nacional de Comunicação precisam ser encaminhadas pelos nossos representantes no Congresso e nos poderes executivos estaduais e federal.

É o momento de iniciar uma interlocução com os candidatos para essas eleições que estão aí. E pressionar os poderes Executivos, no âmbito federal, estadual e municipal. Afinal, quem é que está compromissado com a comunicação?

Há 21 anos o país vem insistindo na regulamentação, mas os detentores do serviço nunca comparecem e nem favorecem a regulamentação. Prova disso é a retirada da Abert - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, da 1ª Conferência Nacional de Comunicação. A Abert, se recusou a participar da Conferência por considerar censura as propostas de estabelecer um controle social da mídia.

A Constituição define a comunicação como algo de interesse público. No entanto, a mídia não quer discutir mídia, e os empresários – sobretudo detentores de concessões, principalmente de canais de TV aberta – estão sempre contrários a discutir comunicação no Brasil.

O Congresso Nacional deve trabalhar para que o Brasil tenha o setor regulamentado, condizente com as necessidades da evolução das telecomunicações no Brasil e no mundo, e com as necessidades de democratizar, cada vez mais, os meios de comunicação no Brasil. A comunicação social precisa ser regida pelo interesse nacional e pelo interesse público. Os princípios já estão estabelecidos no Art. 221 da Constituição Federal.

A idéia é uma sociedade e um Estado que compartilhem responsabilidades no exercício da regulamentação e qualificação das funções sociais, dizia o saudoso jornalista e militante pela democratização da comunicação Daniel Hertz. Para ele, a necessidade de uma revisão completa da organização do rádio e da televisão no Brasil, é condição essencial para a democratização da comunicação.

A Constituição Federal proíbe (artigo 54) os deputados e senadores de participar de organização definida como “pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público”. Essa determinação constitucional aplica-se, por extensão, aos deputados estaduais e prefeitos. Entretanto, o site Donos da Mídia identificou 20 senadores, 48 deputados federais, 55 deputados estaduais e 147 prefeitos como sócios ou diretores de empresas de radiodifusão.

A ilegalidade de grupos e políticos
Além da participação direta de políticos no controle de emissoras de rádio e TV - ilegalidade flagrada pelo cruzamento de dados proporcionado pelo site. Navegando em Donos da Mídia é possível saber quantos veículos há em cada município, quais os grupos de mídia atuantes nas várias regiões, bem como dimensionar a cobertura das redes. Os dados sobre as empresas incluem desde os seus endereços até seus concessionários, permissionários ou proprietários.

A localização dos veículos e a identificação de seus concessionários (e seus sócios) permite, por exemplo, constatar a situação ilegal da maioria dos grupos de mídia. Quase todos controlam um número de concessões superior ao permitido por lei.

Quanto às suas origens partidárias, predominam os políticos filiados ao DEM (58, ou 21,4%), ao PMDB (48, ou 17,71%) e ao PSDB (43, ou 15,87%. Esses dados podem ser pesquisados em Donos da Mídia, - Projeto que reúne dados públicos e informações fornecidas pelos grupos de mídia para montar um panorama completo da mídia no Brasil.

Fonte: FNDC

Opinião sobre "Bolsa-Família" leva Estadão a demitir colunista Maria Rita Kehl

Redação Portal IMPRENSA

Em entrevista ao jornalista Bob Fernandes, do Terra Magazine, a psicanalista e colunista do jornal O Estado de S. Paulo Maria Rita Kehl confirmou sua demissão do veículo paulista. No último sábado (02), Maria havia escrito o artigo "Dois Pesos...", que falava sobre a "desqualificação" dos votos dos pobres e elogiava o programa Bolsa-Família, gerando grande repercussão na internet.

A colunista informou que foi notificada sobre sua saída do Estadão na última quarta-feira (06), e que a situação iria contra a defesa de liberdade de expressão feita pelo jornal: "Como é que um jornal que está, que anuncia estar sob censura, pode demitir alguém só porque a opinião da pessoa é diferente da sua?"

Segundo Maria, o motivo de sua demissão foi o fato de o jornal ter considerado o texto um "'delito' de opinião": "O argumento é que eles estavam examinando o comportamento, as reações ao que escrevi e escrevia, e que, por causa da repercussão (na internet), a situação se tornou intolerável, insustentável, não me lembro bem que expressão usaram", declarou.

A ex-colaboradora do Estadão disse, ainda, que a repercussão gerada pelo seu artigo mostrava que há uma discussão entre os leitores que gostaram ou não de seu texto: "Eu disse que a repercussão mostrava, revelava que, se tinha quem não gostasse do que escrevo, tinha também quem goste. Se tem leitores que são desfavoráveis, tem leitores que são a favor, o que é bom, saudável..."

Para ela, em um momento em que a imprensa crítica os ataques feitos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra os veículos de comunicação do país, o fato de ter sido demitida seria uma situação absurda: "É tudo tão absurdo... a imprensa que reclama, que alega ter o governo intenções de censura, de autoritarismo", declarou a psicanalista, que disse não concordar com os rumores de ações concretas "para cercear a imprensa".

"Por outro lado a imprensa que tem seus interesses econômicos, partidários, demite alguém, demite a mim, pelo que considera um "delito" de opinião", criticou. Na entrevista, Maria disse acreditar que, devido período de eleições, a repercussão gerada pelo artigo tenha se agravado, "pois, pelo que eles me alegaram agora, já havia descontentamento com minhas análises, minhas opiniões políticas".

A coluna da psicanalista era publicada aos sábados no caderno "C2+Música". Um dos trechos do texto polêmico elogiava o fato de o Estadão ter assumido seu apoio ao presidenciável José Serra (PSDB) e falava sobre a briga pelo eleitorado: "Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos."

Enquanto ainda não se confirmava a demissão da colunista, o caso foi um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta semana. O jornalista Xico Sá, que assina uma coluna na Folha de S.Paulo, escreveu em seu perfil no microblog: "Maria Rita Kehl seria a 1ª demissão da história por ter elogiado a atitude de 1 jornal." Sá declarou, ainda, que a publicação exigia que ela não escrevesse sobre política, "só psicanálise".

Ao Portal IMPRENSA, o diretor de conteúdo do Estadão, Ricardo Gandour, declarou: "O projeto original, no caderno "C2+Música", é ter aos sábados um espaço para a psicanálise, mas não era o enfoque que se vinha praticando. Assim, iniciou-se com a autora uma discussão em torno de novos rumos para a coluna, inclusive com a substituição da colunista, o que é normal numa publicação."

Gandour disse, ainda, que a repercussão do assunto na internet "precipitou a decisão, o que lamentamos", e que em nenhum momento houve censura: "A hipótese de 'censura' é incabível. Todas as colunas foram integralmente publicadas, como sempre serão", disse o diretor.

Fonte: Portal IMPRENSA

Instituto Crescer debate papel da web no futuro da educação

Redação AdNews

Luciana Maria Allan, diretora-técnica do Instituto Crescer Para a Cidadania e doutoranda na Faculdade de Educação da USP, irá ministrar a palestra "Educação Colaborativa: o papel da Internet no futuro da educação", no dia 15 de outubro, às 9h30, durante o Inovaday, encontro mensal promovido pela Secretaria de Gestão Pública.

“Durante a conversa, irei discutir com a plateia as mudanças de paradigma na educação com o advento das tecnologias digitais. Haverá também espaço para a demonstração de cases e conversa com o público. Será uma ótima oportunidade para discutirmos as novidades na Educação brasileira e os próximos passos”, assinala Luciana.

O evento, que irá contemplar diversos outros temas relacionados à gestão do conhecimento, inovação e web 2.0, será realizado na Rua Boa Vista, 170, Edifício Cidade I, no auditório do mezanino. As inscrições podem ser feitas pelo site www.emplasa.sp.gov.br. Quem preferir pode acompanhar a transmissão on-line pelo endereço virtual http://media.escolasdegoverno.sp.gov.br/inovad

Fonte: AdNews

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Onda no cinema faz canal espírita crescer na TV paga

Redação Folha.com

Após o sucesso de filmes como "Bezerra de Menezes", "Chico Xavier" e "Nosso Lar", a presença da TV CEI (Conselho Espírita Internacional), mantida pela Federação Espírita Brasileira, nas operadoras de televisão por assinatura vai dobrar até o final do ano.

A emissora, que está no ar desde 2006 na internet e de 2009 no satélite, teve dificuldades para entrar nas primeiras 20 operadoras, todas de pequeno ou médio porte.

"Da metade do ano para cá, percebemos uma facilidade muito maior na negociação com as operadoras. Muitas delas nos procuram porque assinantes ligam pedindo o canal", afirma Luis Hu Rivas, coordenador-geral da TV CEI.

No ano passado, um abaixo-assinado com 11 mil assinaturas pediu, sem sucesso, a entrada do canal na Sky. Já as negociações com a Net estão avançadas.

Fonte: Folha.com

Associação Mundial de Jornais pede ao governo argentino que pare de 'atacar a imprensa'

Por Ingrid Bachmann

A Associação Mundial de jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês) solicitou à presidente Cristina Kirchner mais respeito às normas internacionais de liberdade de expressãos e o fim “dos ataques de seu governo contra os meios de comunicação independentes”.

A WAN-IFRA, que agrupa editores de mais de 18 mil jornais e revistas de todo o mundo, acaba de realizar sua assembleia anual em Hamburgo, na Alemanha, onde expressou sua preocupação com o que considera ações “que atentam contra a imprensa livre e independente” na Argentina, afirma o La Nación.

O governo argentino mantém uma relação conflitosa com os principais grupos midiáticos do país, tensões que inclusive chegaram aos tribunais. Entre as medidas questionadas pela WAN-IFRA estão a distribuição da publicidade oficial e as ações judiciais envolvendo a principal produtora de papel-jornal do país, a Papel Prensa, adiciona a Perfil.

Fonte: FNDC

Yoani Sanchéz pede que Twitter verifique se sua conta foi bloqueada pelo governo cubano

Redação Portal IMPRENSA

A blogueira cubana Yoani Sanchéz afirmou que não consegue publicar mensagens em seu perfil no Twitter desde a última sexta-feira (01/10). Yoani, que atualizava sua conta por meio de mensagens enviadas por celular, chegou a pedir para que o serviço de microblogging esclareça a situação e verifique se não houve algum bloqueio por parte do Governo de Cuba.

De acordo com informações da agência Efe, a cubana - colunista da Revista IMPRENSA -conseguiu postar duas mensagens na última terça (05), em que relatava a dificuldade em usar a rede social: "Parece que colocaram o filtro aqui dentro. Um amigo publica por mim este tweet. #twitter deve esclarecer se seu serviço nos censurou a publicação de tweets por sms ou se foi o governo de #Cuba que nos bloqueou", escreveu.

Yoani declarou que ainda não sabe se o governo do país bloqueou o serviço: "Ficamos sem voz no mundo dos 140 caracteres. O governo cubano não tinha encontrado a maneira de bloquear a possibilidade de enviar mensagens ao Twitter através de um telefone celular. Não sabemos se isso foi obra do governo cubano ou se é um problema técnico que envolve o Twitter", informou a blogueira.

Para a cubana, a rede social se tornou uma espécie de "canal informativo", em que podia divulgar e enviar notícias e opiniões a pessoas ao redor do mundo. Caso seja comprovada a restrição do Estado, Yoani afirmou que "se perderá um caminho de expressão cidadã para os cubanos.

O diretor-executivo do grupo Cuba Study Group, Tomás Bilbao, informou que entrou em contato com o Departamento de Estado cubano e com o Twitter para pedir uma investigação sobre o caso.

Segundo Bilbao, o aumento do número de cidadãos cubanos que usam o microblogging poderia ter chamado a atenção do governo: "Se for comprovado que o governo cubano conseguiu bloquear o acesso ao Twitter através do serviço SMS, isso seria surpreendente, já que no caso iraniano o governo não conseguiu bloqueá-lo", disse Bilbao, em referência às denúncias feitas por internautas iranianos de abusos nas eleições do Irã, em 2009, que reelegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad. Os manifestantes usaram o site para divulgar as supostas fraudes eleitorais.

Em março deste ano, Yoani participou de um debate organizado por membros do Grupo Verde da Câmara Europeia sobre o uso das mídias sociais. A blogueira declarou que os blogueiros são "estigmatizados socialmente, sofremos atos de violência e até somos presos". Além disso, defendeu a utilização de blogs em Cuba como uma forma de manifestar o lado crítico ao regime de partido único implantado na ilha.

Fonte: Portal IMPRENSA