Por Jaqueliny Siqueira
A ‘grande mídia’ vem exercendo um importante papel nestas Eleições de 2010. Nunca se viu tantas redações do Brasil sendo pautadas por esta ferramenta tão poderosa. O que não é novidade, haja vista que este comportamento nos remete às primeiras eleições depois do desmoronamento da ditadura militar. Um bom exemplo disso foi a eleição do “marajá” (Fernando Collor de Melo), que utilizando a ampla mídia conseguiu chegar ao topo (presidência da república) e ao fundo do poço do mesmo modo.
Não é de se estranhar ver tantas bem feitorias e tantas desgraças em menos de 40 minutos de programa eleitoral televisivo. A mídia transforma o ‘mocinho’ em ‘bandido’ em poucos instantes e a sua contribuição para a soberania popular reina, para não dizer o contrário.
Mas o fato é que, com o poder da internet e das redes sociais fica garantido ao cidadão o direito a voz e a manipulação das informações midiáticas. A comunicação se torna, neste momento, alternativa e há a troca de idéias. Esses cidadãos conhecem o verdadeiro mundo através de suas e de outras opiniões.
O que está em questão não é, somente, a liberdade de imprensa, mas como o uso da ‘grande mídia’ pode embutir interesses em nome de uma soberania que não existe. Soberana, numa sociedade democrática, é a vontade da maioria de seus cidadãos.b