quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Boas notícias sobre Silvio Santos

Por Valério Cruz Brittos* e Andres Kalikoske**



Considerado um dos maiores ícones da televisão brasileira, Silvio Santos voltou a ter notoriedade midiática nos últimos meses. Estranhamente, semanas depois que as primeiras notícias sobre o rombo em seu Banco PanAmericano foram divulgadas, a imagem do animador de auditório foi fortalecida junto à opinião pública. O tratamento da imprensa ao caso revelou uma espécie de afetividade por aquele que, durante muitos anos, tem alegrado com programas populares e gincanas lúdicas os domingos de milhões de brasileiros.

Pode-se afirmar que este fenômeno de midiatização ocorreu, em parte, pela postura de Silvio Santos em não apenas assumir publicamente a incompetência de seus executivos como gestores financeiros, mas especialmente por oferecer suas empresas como garantia ao empréstimo de R$ 2,5 bilhões – valor necessário para injetar fôlego no PanAmericano. Na semana que precedeu o escândalo, o apresentador-empresário informou aos principais jornais do país que o Grupo Silvio Santos processaria cível e criminalmente os diretores do banco.

Por outro lado, a comemoração de seus 80 anos, festejados no último dia 12/12, relativizou em grande medida o peso do escândalo. Por parte da mídia televisiva, a contrapartida também não tardou: o discurso do vendedor-ambulante que se transformou em um magnata da TV, sempre creditando estímulo ao país através de suas empresas e preocupado com o acesso das classes populares a bens de consumo, voltou com força total.

Em meio à amabilidade midiática instaurada, o mais surpreendente foi uma reportagem de Marcelo Rezende, exibida no último dia 28/11 no Domingo Espetacular, da Record. Uma homenagem de cunho jornalístico que nem mesmo o próprio SBT lhe concedeu. O discurso positivo foi mantido: Rezende revisitou a infância de Silvio Santos no Rio de Janeiro, narrando como o garoto pobre construiu seu conglomerado de empresas. Colheu ainda depoimentos de artistas notórios do SBT, como Carlos Alberto de Nóbrega e Raul Gil, além de funcionários e admiradores do empresário, entre eles José Messias, Liminha e Gonçalo Roque. Já a fraude bilionária no Banco PanAmericano, anunciada na semana que antecedeu a edição do programa como a essência da reportagem, recebeu tratamento superficial.

As mais de 40 horas de gravações foram comprimidas em uma matéria especial de 50 minutos. Apesar do SBT estar em cena, no quesito audiência quem levou a melhor foi a Record. Nesta edição, o Domingo Espetacular obteve 17 pontos de média com picos de 23, encostando na Globo e ocupando a vice-liderança isolada no Ibope. Tratou-se da melhor marca já registrada pelo programa, no ar desde 2004. Na mesma faixa de horário, Globo e SBT registraram uma média de 20 e 10 pontos, respectivamente. Durante a exibição da trajetória de Silvio Santos, a Record venceu a Globo com 21 pontos de média contra 16, deixando a emissora de Edir Macedo na liderança por mais de 45 minutos.

No SBT, a homenagem a Silvio Santos recebeu tratamento alinhado ao tradicional posicionamento da emissora. Sem anuncio prévio na programação – que poderia lhe render os mesmos excelentes índices de audiência da Record –, um Silvio Santos alegre, honesto e preocupado com os funcionários de suas empresas, interrompeu o programa Domingo Legal, apresentado por Celso Portiolli. Com 20 minutos de duração, a homenagem foi legitimada pela voz de Marília Gabriela, privilegiando depoimentos das filhas do apresentador. A novidade ficou por conta das fotos e vídeos de Silvio Santos em momentos familiares íntimos.

Atualmente, as 37 empresas que compõem o Grupo Silvio Santos empregam mais de 11 mil funcionários, no Brasil e no exterior. Após o escândalo financeiro, cogitou-se a transferência da sede do grupo para o SBT. Recentemente, um relatório elaborado pelo Banco Central (BC) apontou que 14 executivos do banco estavam envolvidos no rombo. Entre diretores e membros do Conselho de Administração, também teriam sido responsabilizados o ex-presidente Luiz Sebastião Sandoval e o atual, Guilherme Stoliar, que é sobrinho de Silvio Santos. Mais do que um desafio, a crise representa a oportunidade de profissionalizar a gestão, livrando a emissora dos familiares que ocupam cargos administrativos.

Para o SBT, sob o ponto de vista mercadológico, a crise não poderia ter chegado em pior momento. Após gozar da vice-liderança isolada na TV aberta brasileira por mais de 25 anos, a emissora depara com a eficácia do "comércio das almas" praticado pela Record. Filiada à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), a TV de Edir Macedo encontrou no dízimo dos fiéis um modelo de financiamento muito mais lucrativo que os produtos para o lar do Baú da Felicidade. Nesta direção, a midiatização de Silvio Santos é positiva especialmente para o SBT, uma vez que a empresa centraliza suas ações na figura do apresentador.

Após o rombo no PanAmericano, ainda que timidamente, alguns reflexos já puderam ser vistos na tela da emissora. Entre medidas de contenção de despesas está o cancelamento de gravações no exterior e até a redução de salário de seus artistas. No que é perceptível ao telespectador, a emissora deslocou o policial Boletim de Ocorrências para 18 horas (concorrendo diretamente com o Brasil Urgente, da Band) e incumbiu Carlos Massa, o popular Ratinho, de alavancar a audiência do prime time, o horário nobre. A estratégia mostrou-se acertada, uma vez que o programa obteve altos índices de audiência para a atual situação do SBT: segundo dados prévios da Grande São Paulo, fechou com média de seis pontos e picos de 12.

Ainda se chegou a cogitar a possibilidade do SBT vender seus horários na madrugada a líderes evangélicos. Conforme divulgou a emissora, as propostas não interessaram sob nenhum aspecto. Rapidamente, a saída encontrada foi muito mais à la Silvio Santos, com a estreia do programa Participe e Ganhe. Em um cenário pouco atrativo, a apresentadora Helen Ganzarolli se esforçou para motivar o telespectador a ligar para o telefone tarifado que aparecia no vídeo. Nem deu tempo de respirar. Com pouca audiência e rentabilidade pífia, o programa foi cancelado em menos de 24 horas. Apenas um indício de que nem tudo está tão diferente no SBT.

* Professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos.
** Jornalista, mestre e doutorando em Ciências da Comunicação na Unisinos.
Fonte: Observatório da Imprensa.

Le Monde elege Julian Assange como "homem do ano"; Zuckerberg fica em 3º

Redação Portal IMPRENSA

O criador do site Facebook, Mark Zuckerberg, é o homem do ano para a aclamada revista Time. Já o francês Le Monde discorda e coloca o jornalista Julian Assange, criador do WikiLeaks, como principal destaque de 2010.

Eleito pela redação do jornal, Assange será homenageado com uma capa e um artigo biográfico que será publicado na próxima sexta-feira (24) em um suplemento especial da publicação.

Assange também ganhou na eleição dos internautas. Os leitores da versão on-line do Le Monde elegeram Assange como "homem do ano", com 56,2% dos votos, na frente do prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo (22,3%) e do americano Mark Zuckerberg (6,9%), fundador do Facebook.

Segundo informações da agência de notícias AFP, o Le Monde é um dos cinco grandes jornais ocidentais (junto com o The New York Times, The Guardian, El País e Der Spiegel) que se associou ao WikiLeaks para publicar milhares de documentos secretos da diplomacia americana.

No Brasil, Folha de S.Paulo e O Globo fizeram acordo parecido.

Fonte: Portal IMPRENSA

Criador do Facebook se reúne em Pequim com presidente do maior site chinês

Redação Folha.com

O fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, que visita a China --país onde sua rede social está censurada desde 2009--, se reuniu na quarta-feira (21) com o presidente do maior portal de internet local ('sina.com'), Charles Chao.

Zuckerberg, que viajou para Pequim para conhecer o país de origem da família de sua namorada, Priscilla Chan, conversou com Chao sobre o mercado da internet chinês e se mostrou especialmente interessado na rede de microblogs Weibo, a mais bem-sucedida da China e lançada pelo portal aproveitando o fato de o Twitter também estar bloqueado pelo regime comunista.

Outro site chinês publicou uma foto de Zuckerberg ao lado de Chao e do vice-presidente da companhia, Peng Shaobin.

Há dois dias, o dono do Facebook, eleito personalidade do ano pela revista "Time", também conheceu os escritórios do site de buscas mais popular da China, o Baidu, cujo presidente, Robin Li, é seu amigo pessoal.

Além disso, a imprensa chinesa informa que Zuckerberg visitou ontem a sede da China Mobile, maior operadora de telefonia do mundo, mas a companhia estatal não confirmou a notícia.

Fonte: Folha.com

Pesquisa revela que intenção de compra de TVs 3D é baixa. Muito baixa

Por Leonardo Carvalho

Consumidores dos EUA e da Europa são os mais cautelosos com a tecnologia. América Latina e Ásia lideram intenção de compra.

A grande aposta dos fabricantes de TVs – e dos produtores de conteúdo, e dos operadores de TV à cabo, e do mercado de Home Video – para aumentar suas vendas e incrementar o consumo de Home Entertainment são as TVs 3D. Mas uma pesquisa da Nielsen Company revela que o consumidor ainda está com o pé atrás com a tecnologia.

A pesquisa foi conduzida pela Internet e ouviu 27 mil consumidores em 53 países. Apenas 13% desses consumidores disseram que “já possuem” ou “definitivamente comprarão” um aparelho de TV com tecnologia 3D nos próximos 12 meses. O número é maior entre pessoas com idades entre 21 e 34 anos e a intenção de compra é maior no Pacífico Asiático, América Latina e nos países do Oriente Médio, África e no Paquistão.

Consumidores da Europa e da América do Norte se mostraram mais reticentes com a tecnologia com apenas 6% dos consumidores da primeira região decididos a comprar um aparelho e meros 3% dos consumidores da América do Norte interessados no produto.

Sites tecnologia, como o GigaOm, especulam que uma das causas da baixa intenção de compra seria a necessidade do uso de óculos especiais para se usufruir das vantagens do 3D nos modelos atuais e que. Boa parte dos consumidores na América do Norte já teria experimentado a tecnologia e não ficou satisfeita. Com a chegada dos modelos 3D que dispensam os óculos, esses números poderiam mudar.

pesquisa

Legenda: Média Global, AP(Asian Pacific – Pacífic Asiático), EU (Europa), MEAP (Middle East, Africa and Pakistan – Oriente Médio, África e Paquistão), LA (Latin America – América Latina), NA (North America – América do Norte).Definitivamente irá comprar; Provavelmente irá comprar; Poderá ou não comprar; Provavelmente não irá comprar; Não irá comprar; Já tem.

Fonte: MSN

WikiLeaks foi retirado do iTunes por violar normas, diz Apple

Redação Terra

A Apple se juntou ao crescente grupo de empresas norte-americanas que cortaram relações com o WikiLeaks, ao retirar de sua loja online um aplicativo que dava ao usuários acesso ao controverso conteúdo do site e de seu perfil no Twitter por violação de normas de uso.

"Removemos o aplicativo do WikiLeaks de nossa App Store porque ele viola nossas normas para desenvolvedores", disse a Apple em comunicado nesta quarta-feira. "Os aplicativos devem cumprir leis locais e não podem colocar indivíduos ou um grupo em perigo."

Nas últimas semanas, diversas companhias como Amazon.com e Bank of America deixaram de prestar serviços ao WikiLeaks, que incitou a ira do governo dos Estados Unidos ao divulgar milhares de documentos confidenciais norte-americanos.

Ciberativistas têm reagido contra companhias consideradas inimigas do WikiLeaks, atacando sites com o da operadora de cartões Visa. O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi solto da prisão sob fiança na semana passada no Reino Unido, e luta para evitar sua extradição para a Suécia, onde responde a acusações de crime sexual.

O advogado-geral dos EUA, Eric Holder, disse que considera usar o Ato de Espionagem, além de outras leis, para processar os responsáveis pelo vazamento dos documentos confidencias pelo WikiLeaks. Sob a legislação, é ilegal obter informações sobre defesa nacional com a intenção de prejudicar os EUA.

Fonte: Terra

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sinal da TV Brasil Internacional já chega a 13 países da América Latina

Redação FNDC

Treze países da América Latina já estão distribuindo o sinal da TV Brasil Internacional, canal da TV pública brasileira produzido em língua portuguesa com conteúdo voltado para brasileiros que moram no exterior.

A TV Brasil Internacional integra o Sistema Público de Comunicação, gerido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Entre maio e dezembro deste ano, a TV Brasil Internacional chegou a quatro continentes. Na África, o canal está em 49 paises, chegou também em Portugal, aos Estados Unidos e agora amplia suas transmissões em diferentes paises latino-americanos, receptores do antigo Canal Integración.

São 81 operadoras de cabo que distribuem o sinal da TV Brasil Internacional para mais de 100 cidades e municípios latino-americanos.

Confira a lista dos treze países que já transmitem a TV Brasil Internacional :

1.Argentina
2.Chile
3.Colômbia
4.Costa Rica
5.El Salvador
6.Equador
7.Guatemala
8.Honduras
9.Mexico
10.Nicarágua
11.Peru
12.Uruguai
13.Venezuela

Fonte: FNDC

Venezuela aprova inclusão da internet em lei de mídia do país

Redação Portal IMPRENSA

Na última segunda-feira (20), a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou a nova lei de mídia, que estende as regras de exibição e transmissão já existentes para rádio e TV aos conteúdos da internet. A nova legislação foi considerada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) como um golpe à liberdade de expressão na web.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a Lei de Responsabilidade Social em Rádio e Televisão (Resorte) passa a ter o termo "Meios Eletrônicos", que prevê punição caso o provedor ou o portal não restrinja, sem demora, o acesso a mensagens que incitem "o ódio" ou que "não reconheçam autoridades", entre outras cláusulas.

Em comunicado, a Comissão da OEA afirma que a "iniciativa penaliza os intermediários por discursos produzidos por terceiros por meio de normas ambíguas, sob pressupostos que a lei não define e sem que exista garantias de devido processo nas normas".

Mesmo polêmica, a lei aprovada pela Assembleia perdeu trechos que previam punição a quem cometesse delito contra "os bons costumes" e que obrigava sites a seguirem restrições de horário para veicular determinado conteúdo. O deputado Manuel Villalba, presidente da Comissão de Mídia, declarou que as alterações foram "fruto da nossa discussão, própria do trabalho legislativo".

A Assembleia Nacional é dominada por parlamentares ligados ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. A lei de mídia aprovada na segunda faz parte de um pacote legislativo que deve ser votado até o dia 5 de janeiro de 2011 - período em que começa a nova legislatura que deixará os chavistas em minoria.

O pacote também possui propostas de reforma da lei de telecomunicações e partidos políticos, além da mudança do regulamento da casa. Na última quarta (15), a Assembleia Nacional já havia aprovado, em primeiro turno, a reforma das leis Resorte e Orgânica das Telecomunicações. A segunda votação da legislação das teles ainda não tem data prevista para acontecer.

Fonte: Portal IMPRENSA

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Boas notícias sobre Silvio Santos

Por Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske

Considerado um dos maiores ícones da televisão brasileira, Silvio Santos voltou a ter notoriedade midiática nos últimos meses. Estranhamente, semanas depois que as primeiras notícias sobre o rombo em seu Banco PanAmericano foram divulgadas, a imagem do animador de auditório foi fortalecida junto à opinião pública. O tratamento da imprensa ao caso revelou uma espécie de afetividade por aquele que, durante muitos anos, tem alegrado com programas populares e gincanas lúdicas os domingos de milhões de brasileiros.

Pode-se afirmar que este fenômeno de midiatização ocorreu, em parte, pela postura de Silvio Santos em não apenas assumir publicamente a incompetência de seus executivos como gestores financeiros, mas especialmente por oferecer suas empresas como garantia ao empréstimo de R$ 2,5 bilhões – valor necessário para injetar fôlego no PanAmericano. Na semana que precedeu o escândalo, o apresentador-empresário informou aos principais jornais do país que o Grupo Silvio Santos processaria cível e criminalmente os diretores do banco.

Por outro lado, a comemoração de seus 80 anos, festejados no último dia 12/12, relativizou em grande medida o peso do escândalo. Por parte da mídia televisiva, a contrapartida também não tardou: o discurso do vendedor-ambulante que se transformou em um magnata da TV, sempre creditando estímulo ao país através de suas empresas e preocupado com o acesso das classes populares a bens de consumo, voltou com força total.

Fotos e vídeos em momentos familiares íntimos

Em meio à amabilidade midiática instaurada, o mais surpreendente foi uma reportagem de Marcelo Rezende, exibida no último dia 28/11 no Domingo Espetacular, da Record. Uma homenagem de cunho jornalístico que nem mesmo o próprio SBT lhe concedeu. O discurso positivo foi mantido: Rezende revisitou a infância de Silvio Santos no Rio de Janeiro, narrando como o garoto pobre construiu seu conglomerado de empresas. Colheu ainda depoimentos de artistas notórios do SBT, como Carlos Alberto de Nóbrega e Raul Gil, além de funcionários e admiradores do empresário, entre eles José Messias, Liminha e Gonçalo Roque. Já a fraude bilionária no Banco PanAmericano, anunciada na semana que antecedeu a edição do programa como a essência da reportagem, recebeu tratamento superficial.

As mais de 40 horas de gravações foram comprimidas em uma matéria especial de 50 minutos. Apesar do SBT estar em cena, no quesito audiência quem levou a melhor foi a Record. Nesta edição, o Domingo Espetacular obteve 17 pontos de média com picos de 23, encostando na Globo e ocupando a vice-liderança isolada no Ibope. Tratou-se da melhor marca já registrada pelo programa, no ar desde 2004. Na mesma faixa de horário, Globo e SBT registraram uma média de 20 e 10 pontos, respectivamente. Durante a exibição da trajetória de Silvio Santos, a Record venceu a Globo com 21 pontos de média contra 16, deixando a emissora de Edir Macedo na liderança por mais de 45 minutos.

No SBT, a homenagem a Silvio Santos recebeu tratamento alinhado ao tradicional posicionamento da emissora. Sem anuncio prévio na programação – que poderia lhe render os mesmos excelentes índices de audiência da Record –, um Silvio Santos alegre, honesto e preocupado com os funcionários de suas empresas, interrompeu o programa Domingo Legal, apresentado por Celso Portiolli. Com 20 minutos de duração, a homenagem foi legitimada pela voz de Marília Gabriela, privilegiando depoimentos das filhas do apresentador. A novidade ficou por conta das fotos e vídeos de Silvio Santos em momentos familiares íntimos.

Nem tudo está tão diferente no SBT

Atualmente, as 37 empresas que compõem o Grupo Silvio Santos empregam mais de 11 mil funcionários, no Brasil e no exterior. Após o escândalo financeiro, cogitou-se a transferência da sede do grupo para o SBT. Recentemente, um relatório elaborado pelo Banco Central (BC) apontou que 14 executivos do banco estavam envolvidos no rombo. Entre diretores e membros do Conselho de Administração, também teriam sido responsabilizados o ex-presidente Luiz Sebastião Sandoval e o atual, Guilherme Stoliar, que é sobrinho de Silvio Santos. Mais do que um desafio, a crise representa a oportunidade de profissionalizar a gestão, livrando a emissora dos familiares que ocupam cargos administrativos.

Para o SBT, sob o ponto de vista mercadológico, a crise não poderia ter chegado em pior momento. Após gozar da vice-liderança isolada na TV aberta brasileira por mais de 25 anos, a emissora depara com a eficácia do "comércio das almas" praticado pela Record. Filiada à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), a TV de Edir Macedo encontrou no dízimo dos fiéis um modelo de financiamento muito mais lucrativo que os produtos para o lar do Baú da Felicidade. Nesta direção, a midiatização de Silvio Santos é positiva especialmente para o SBT, uma vez que a empresa centraliza suas ações na figura do apresentador.

Após o rombo no PanAmericano, ainda que timidamente, alguns reflexos já puderam ser vistos na tela da emissora. Entre medidas de contenção de despesas está o cancelamento de gravações no exterior e até a redução de salário de seus artistas. No que é perceptível ao telespectador, a emissora deslocou o policial Boletim de Ocorrências para 18 horas (concorrendo diretamente com o Brasil Urgente, da Band) e incumbiu Carlos Massa, o popular Ratinho, de alavancar a audiência do prime time, o horário nobre. A estratégia mostrou-se acertada, uma vez que o programa obteve altos índices de audiência para a atual situação do SBT: segundo dados prévios da Grande São Paulo, fechou com média de seis pontos e picos de 12.

Ainda se chegou a cogitar a possibilidade do SBT vender seus horários na madrugada a líderes evangélicos. Conforme divulgou a emissora, as propostas não interessaram sob nenhum aspecto. Rapidamente, a saída encontrada foi muito mais à la Silvio Santos, com a estreia do programa Participe e Ganhe. Em um cenário pouco atrativo, a apresentadora Helen Ganzarolli se esforçou para motivar o telespectador a ligar para o telefone tarifado que aparecia no vídeo. Nem deu tempo de respirar. Com pouca audiência e rentabilidade pífia, o programa foi cancelado em menos de 24 horas. Apenas um indício de que nem tudo está tão diferente no SBT.

Fonte: Observatório da Imprensa

Lula cobra aprovação de lei para regular mídia

Por Vera Rosa

BRASÍLIA - Na última reunião do ano com a Executiva Nacional do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira, 20, ao partido que se dedique a três prioridades no primeiro ano do governo de Dilma Rousseff: reforma política, marco regulatório dos meios de comunicação e programas para a juventude.

"Quero ver quem vai afinar, hein?", disse Lula, segundo relatos de participantes do encontro, quando citou a polêmica proposta de regulamentação da mídia. O projeto que cria o marco regulatório da comunicação eletrônica ainda não foi enviado ao Congresso, mas já desperta desconfianças sobre o interesse do governo em relação ao controle social da mídia.

Ao abordar o assunto com os petistas, no Palácio da Alvorada, Lula deixou claro que nem ele nem Dilma nunca planejaram censurar a liberdade de expressão. Para o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, o marco regulatório "vai garantir a concorrência, a competição, a inovação tecnológica e o atendimento ao direito da sociedade à informação".

Com o mesmo argumento, o futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse ao Estado que o governo não vai vigiar a mídia. "Agora, não é sensato simplesmente achar que a imprensa pode tudo e o cidadão, o político - porque político também é gente -, não tem direito a nada", reagiu Bernardo, hoje titular do Planejamento.

Brigas

A 11 dias de deixar o Palácio do Planalto, Lula pediu aos companheiros do PT que parem de brigar internamente e também com os outros aliados, principalmente do PMDB, por cargos no primeiro escalão. "A nossa prioridade é o governo Dilma e vocês precisam ajudá-la", insistiu o presidente.

Diante da cúpula petista, Lula reafirmou o que já dissera ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu: fora do governo, quer desmontar a "farsa do mensalão" e trabalhar pela reforma política, com financiamento público de campanha. O mensalão foi a maior crise que atingiu o governo Lula, em 2005, e por pouco não resultou no impeachment do presidente. Dirceu e outros réus do processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) serão julgados em meados de 2011.

Lula solicitou aos dirigentes do PT que defendam Dilma dos esperado bombardeio da oposição e até mesmo de estocadas de partidos da base aliada. Lembrou que, durante o escândalo do mensalão, o próprio PT ficou acuado. "Todos me achincalhavam na tribuna, uma corrente do PT brigava com a outra e ninguém me defendia. Eu tinha pena de mim mesmo", comentou o presidente.

Com o diagnóstico de que o PT - hoje com 30 anos - envelheceu, Lula também insistiu para que o partido auxilie Dilma na preparação de programas para a juventude. Trata-se de uma bandeira permanentemente levantada por Dirceu em seu blog.

Sem o ar choroso que marcou seu encontro com a bancada do PT no Congresso, na semana passada, o presidente garantiu que deve tirar de um a três meses de férias. Depois, pretende cuidar das relações com a América do Sul e a África, além de criar um fórum de esquerda no Brasil. As cartas e todas as lembranças que ganhou nos oito anos como presidente serão abrigados em uma espécie de memorial na Universidade Federal do ABC.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Marco regulatório da mídia não irá incluir a internet e será entregue a Dilma em janeiro

Por Lúcia Berbert

A internet não fará parte da proposta do novo marco regulatório, afirmou Franklin Martins

A definição de um novo marco regulatório para as comunicações eletrônicas foi defendida novamente nesta quinta-feira (16), pelo ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social da PreAsidência, em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnol

Para isso, frisou, é essencial ter organização, ambiente de certeza jurídica, para que todos os parceiros possam encontrar as suas formas de oferta de conteúdos. Para decepção dos senadores, Martins não adiantou qualquer item da proposta. “Nós estamos com uma minuta, mas não é a versão definitiva, a expectativa é de que o anteprojeto seja entregue até 31 de janeiro a presidente eleita Dilma e ela vai decidir o que fazer, se vai dar prosseguimento ou não”, informou. Ele acha que a nova presidente pode inclusive pedir que os novos ministros trabalhem mais no texto proposto. Depois disso, acredita que o anteprojeto passará por ampla consulta pública antes de ser enviada ao Congresso Nacional.

“É um trabalho árduo porque essa área é extremamente complexa, importantíssima, sensível e acho que estamos negociando bem, mas falta ainda avançar bastante”, disse Martins. Ele também defendeu que o marco regulatório chegue ao Congresso Nacional em forma de projeto de lei e não de medida provisória. “Acho que ninguém pensou em usar esse instrumento, também não é assunto para urgência constitucional. As mudanças no marco regulatório precisam de amadurecimento. Acho que foi um erro lá trás, quando o governo Fernando Henrique mudou o marco do petróleo e de telecomunicações”, assinalou.

Martins ressaltou que os debates não podem ser impedidos pelos “fantasmas” e “preconceitos” de cada setor. Ele lembrou que o processo de adaptação à convergência das mídias é inevitável e está se acontecendo no mundo e, se não for regulado, valerá a lei do mercado, com os mais fortes “atropelando” os mais fracos. O ministro descartou incluir a internet nas discussões e confirmou que propostas aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) foram aproveitadas, apesar das críticas de senadores ao evento.

A assessora especial do Ministério das Comunicações, Zilda Beatriz de Campos Abreu, disse que, apesar de velho, o Código Brasileiro de Telecomunicações (de 1962) é moderno e ágil e aceita todas as legislações posteriores, como a de licitação. Apesar disso, reconhece que há espaço para aperfeiçoamento.

O procurador-geral da Anatel, Marcelo Bechara, citou diversas divergências entre legislação da radiodifusão e demais legislações que, em sua opinião, precisam ser unificadas. “Precisamos parar de ter medo dessa palavra regulação, que não limita, mas sim preserva a isonomia, a competição e a convivência harmoniosa entre os próprios agentes da comunicação”, disse.

Inclusão da internet

O representante da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Paulo Tonet, pediu para incluir no debate o conteúdo divulgado na internet, que não está sujeito a quaisquer regras. O representante da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Luis Roberto Antonik, também defendeu a inclusão da internet nos debates, mas acha que o maior motivo de preocupação é a permissão de propriedade cruzada no setor. E defendeu que a área de distribuição de conteúdo fique nas mãos de brasileiros.

O representante da Associação Brasileira de Radiodifusão (Abra), Kalleb Adib, apesar de apoiar a renovação do marco regulatório do setor, disse que a convergência de mídia só é possível hoje para quem pode pagar. O diretor-executivo da Telebrasil, Eduardo Levy, disse que o país precisará investir entre R$ 80 bilhões a R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos para atingir a meta de universalizar os serviços de comunicações. Ele acredita que as teles poderão ter um papel importante caso sejam criadas as condições para que possam expandir seus negócios.

O professor da Universidade de Brasília, UnB, Murilo Ramos, reconheceu as transformações que a internet tem provocado nos meios de comunicação, mas afirmou que essa discussão não pode ser feita dentro do novo marco regulatório, porque o assunto, segundo ele, não está ainda maduro sob o ponto de vista normativo. “Podemos tratá-la simultaneamente, mas ela não pode ser um obstáculo ao andamento do marco “, disse.

Fonte: Telesíntese

Departamento de Comércio dos EUA quer vigiar privacidade na Web

Por Diane Bartz

Washington - O departamento de Comércio dos Estados Unidos deveria ter um serviço próprio de fiscalização de privacidade e desenvolver códigos de conduta voluntários mais com poder normativo para campanhias de dados e anuciantes que rastreiam as atividades de na Internet, de acordo com um relatório do grupo de trabalho de política de Internet criado pelo departamento.

O relatório divulgado na quinta-feira chega em um momento no qual as pessoas expressam mais preocupação sobre a capacidade das companhias para recolher dados sobre os hábitos pessoais dos usuários da Web e vendê-los a anunciantes.

O secretário do Comércio, Gary Locke, argumentou na quinta-feira que a desconfiança dos consumidores quanto à Internet poderia solapar o uso da tecnologia pelas pessoas. "A autorregulamentação, sem fiscalização mais forte, não basta", disse.

O relatório instou pelo desenvolvimento de uma carta dos direitos de privacidade para oferecer aos usuários da Internet mais informação sobre os dados que as empresas recolhem e a maneira pela qual os empregam. Também apelou por medidas urgentes para tratar de questões de privacidade relacionadas a transferir dados à "nuvem", poderosos servidores controlados por empresas privadas.

A ideia de criar um serviço de defesa da privacidade no Departamento do Comércio, algo que autoridades disseram já estar sendo implementado, sofreu críticas da Consumer Watchdog, uma organização de defesa da privacidade, que disse que esse serviço não concentraria suas atividades nos consumidores.

"Existe um conflito fundamental de interesses na ideia de atribuir as responsabilidades de proteção de privacidade do governo ao Departamento do Comércio", disse John Simpson, especialista em privacidade do grupo, cujos sentimentos foram ecoados por outras organizações.

Peter Swire, professor de Direito na Ohio State University e especialista em privacidade, elogiou o relatório.

"Há uma década falta ao Executivo um líder visível para a questão da privacidade online. As muitas mudanças na Internet e nas práticas comerciais acontecidas nos últimos 10 anos significam que é mais que hora de ter ocupada essa posição de liderança", disse.

Fonte: FNDC

sábado, 18 de dezembro de 2010

Silvio Santos admite em carta a ex-executivo que terá de 'enxugar' grupo

Redação Bol

O ex-presidente do Grupo Silvio Santos, Luiz Sandoval, disse que recebeu um presente de Natal do ex-patrão no mesmo dia em que a Polícia Federal invadia a sua casa numa operação de busca e apreensão. Silvio Santos enviou a ele um urso de pelúcia cheio de suvenires e um cartão.

O dono do SBT diz na carta que o grupo terá "o seu tamanho muito diminuído". Sandoval afirma que se posicionou contra a decisão de Silvio de enxugar os negócios e que essa foi a razão de seu desligamento da holding.

Na carta, o apresentador define o ex-auxiliar como brilhante e eficiente. "E ainda diz 'conte sempre com esse amigo e admirador agradecido'. Depois dessa confusão toda, quer carta de referência melhor do que essa?", diz Sandoval.

Ele começou a escrever um livro sobre administração de empresas em que conta histórias dos 40 anos em que trabalhou com Silvio.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha deste sábado (18). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

PANAMERICANO

O Grupo Silvio Santos, principal acionista do PanAmericano, precisou colocar R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil.

O BC descobriu que o banco vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

Fonte: Bol

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Quem é o dono da Rede Record

Por Carlos Newton

Com a mesma isenção e imparcialidade com que há 10 anos a Tribuna da Imprensa acompanha a tramitação da Ação Declaratória de Inexistência de Ato Jurídico, que herdeiros dos antigos acionistas da ex-Rádio Televisão Paulista S/A movem contra a família Marinho, seguimos também o lento caminhar da Ação Civil Pública proposta pela Procuradoria da República em São Paulo contra a Rede Record de Televisão, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e o bispo empresário Edir Macedo, com julgamento previsto para o dia 12 de janeiro de 2011.

No caso da TV Paulista (hoje, TV Globo de São Paulo), restou a triste conclusão de que o negócio foi consumado com documentos anacrônicos, falsos, ilegais, porém validados por conta da prescrição do tempo: ou seja, Roberto Marinho se apossou de 48% do capital social inicial de 673 acionistas minoritários por apenas Cr$ 14.285,00 e pelos outros 52% despendeu apenas 35 dólares, já que Victor Costa Junior, a quem pagou CR$ 3.750.000.000,00 nunca foi acionista daquela emissora. Esse processo ainda depende de julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Informa-se que o advogado que cuida desse processo principal acaba de ser contratado para propor, via ação popular, a cassação da concessão da ex-Rádio TV Paulista por conta dos vícios que pontuaram a transferência da outorga para seus atuais controladores e sobretudo porque o processo administrativo existente na Administração Federal não contém documento algum que justifique tal controle.

Ciente e de acordo

Quanto à compra da TV Record por Edir Macedo, o Ministério Público Federal avalia que ela foi ilegal e é inconstitucional. A venda (que o empresário Silvio Santos fez a Edir Macedo e à sua esposa) da TV Record de São Paulo, hoje a segunda maior rede de televisão do país e com faturamento anual batendo na casa dos 3 bilhões de reais, não teve prévia aprovação das autoridades federais e pode ter sido produto de simulação.

Segundo consta dos autos, o bispo Edir Macedo usou dezenas de milhões de reais da igreja que dirige para concretizar a aquisição. Esses vultosos recursos (doações de milhões de evangélicos) teriam sido "emprestados" pela IURD para que o bispo Edir Macedo pudesse comprar a poderosa rede de TV, e na qual o mesmo bispo-empresário já investiu várias centenas de milhões de reais. A Rede de Televisão e Rádio Record, sem dívida alguma, é hoje avaliada em cerca de 3 bilhões de dólares e, ao que se comenta, teria liquidez maior do que a da emissora líder em audiência.

A Procuradoria da República questiona a compra da emissora porque Edir Macedo, como cidadão, em 1990 comprovadamente não teria bens e recursos para participar dessa vultosa transação e que, por isso, estaria implementando uma aquisição ilegal, dissimulada. A verdadeira compradora da empresa de comunicação seria a pessoa jurídica denominada Igreja Universal do Reino de Deus, o que fere flagrantemente a Constituição Federal.

Nos autos do processo, que tem cerca de 2.500 páginas, e cuja relatora, a desembargadora Salette Nascimento, foi substituída pelo juiz convocado José Eduardo Leonel Junior, indaga-se como foi possível o bispo Edir Macedo, sem patrimônio algum, sem renda mensal (já que sabidamente trabalha por amor ao próximo e a Deus), da noite para o dia ter se transformado no segundo maior proprietário de rede de televisão do país, com o ciente e o de acordo do Ministério das Comunicações, que tem a obrigação de fiscalizar esse importante setor de prestação de serviço público de radiodifusão de som e de imagem?

Os réus

No caso da TV Record, é de se lamentar que um processo dessa importância tivesse permanecido por mais de 10 anos, no TRF-3ª. Região, sem solução alguma e, por certo, em "prejuízo" dos novos donos da Rede Record de Televisão, que permaneceram tão longo período sob constrangimento judicial. É uma preocupação a mais para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) encarar e resolver.

Nesse processo são réus também Ester Eunice Bezerra, esposa de Edir Macedo, o senador Marcelo Crivella, Sylvia Crivella, TV Record de Rio Preto S/A, TV Record de Franca S/A e Rádio Record S/A (Canal 7 de São Paulo) e outros.

Fonte: Observatório da Imprensa

Google explora o corpo humano

Por Rafael Cabral

No mesmo evento em que apresentou o rascunho do sistema operacional Chrome OS e a Chrome Web Store, o Google demonstrou um aplicativo experimental chamado Body Browser, que usa uma navegação à la Google Earth para ajudar o usuário a conhecer melhor a anotomia humana. Nesta quarta-feira, 16, a empresa liberou o software no Labs, área dedicada a programas ainda não terminados ou sem intenção comercial.

No site, é possível obter detalhes sobre qualquer parte do corpo apenas clicando em cima delas. Ou, se preferir, digitando seu nome em inglês (o português ainda não é uma opção) na barra de buscas, fazendo que o sistema a procure e dê um zoom em cima dela.

O único porém é que, para testar a nova funcionalidade, o usuário precisará de um navegador com suporte a WebGL, um padrão aberto de renderização de imagens que tem suporte apenas do Chrome (acima da nova versão) ou do Firefox 4 beta. Abaixo, o vídeo demonstrativo da ferramenta:

Fonte: MSN

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Minuta do marco regulatório da mídia será entregue a Dilma em janeiro

Por Lúcia Berbert

A definição de um novo marco regulatório para as comunicações eletrônicas foi defendida novamente nesta quinta-feira (16), pelo ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. Segundo ele, a renovação da legislação garantirá que o Brasil ingresse, de fato, na sociedade da informação e do conhecimento.

Para isso, frisou, é essencial ter organização, ambiente de certeza jurídica, para que todos os parceiros possam encontrar as suas formas de oferta de conteúdos. Para decepção dos senadores, Martins não adiantou qualquer item da proposta. “Nós estamos com uma minuta, mas não é a versão definitiva, a expectativa é de que o anteprojeto seja entregue até 31 de janeiro a presidente eleita Dilma e ela vai decidir o que fazer, se vai dar prosseguimento ou não”, informou. Ele acha que a nova presidente pode inclusive pedir que os novos ministros trabalhem mais encima do texto proposto. Depois disso, acredita que o anteprojeto passará por ampla consulta pública antes de ser enviada ao Congresso Nacional.

“É um trabalho árduo porque essa área é extremamente complexa, importantíssima, sensível e acho que estamos negociando bem, mas falta ainda avançar bastante”, disse Martins. Ele também defendeu que o marco regulatório chegue ao Congresso Nacional em forma de projeto de lei e não de medida provisória. “Acho que ninguém pensou em usar esse instrumento, também não é assunto para urgência constitucional. As mudanças no marco regulatório precisam de amadurecimento. Acho que foi um erro lá trás, quando o governo Fernando Henrique mudou o marco do petróleo e de telecomunicações”, assinalou.

Martins ressaltou que os debates não podem ser impedidos pelos “fantasmas” e “preconceitos” de cada setor. Ele lembrou que o processo de adaptação à convergência das mídias é inevitável e está se acontecendo no mundo e se não for regulado, valerá a lei do mercado, com os mais fortes “atropelando” os mais fracos. O ministro descartou incluir a internet nas discussões e confirmou que propostas aprovadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) foram aproveitadas, apesar das críticas de senadores ao evento.

A assessora especial do Ministério das Comunicações, Zilda Beatriz de Campos Abreu, disse que, apesar de velho, o Código Brasileiro de Telecomunicações (de 1962) é moderno e ágil e aceita todas as legislações posteriores, como a de licitação. Apesar disso, reconhece que há espaço para aperfeiçoamento.

O procurador-geral da Anatel, Marcelo Bechara, citou diversas divergências entre legislação da radiodifusão que, em sua opinião, precisam ser unificadas. “Precisamos parar de ter medo dessa palavra regulação, que não limita, mas sim preserva a isonomia, a competição e a convivência harmoniosa entre os próprios agentes da comunicação”, disse.

Inclusão da internet

O representante da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Paulo Tonet, pediu para incluir no debate o conteúdo divulgado na internet, que não está sujeito a quaisquer regras. O representante da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Luis Roberto Antonik, também defendeu a inclusão da internet nos debates, mas acha que o maior motivo de preocupação é a permissão de propriedade cruzada no setor. E defendeu que a área de distribuição de conteúdo fique nas mãos de brasileiros.

O representante da Associação Brasileira de Radiodifusão (Abra), Kalleb Adib, apesar de apoiar a renovação do marco regulatório do setor, disse que a convergência de mídia só é possível hoje para quem pode pagar. O diretor-executivo da Telebrasil, Eduardo Levy, disse que o país precisará investir entre R$ 80 bilhões a R$ 100 bilhões nos próximos cinco anos para atingir a meta de universalizar os serviços de comunicações. Ele acredita que as teles poderão ter um papel importante caso sejam criadas as condições para que possam expandir seus negócios.

O professor da Universidade de Brasília, UnB, Murilo Ramos, reconheceu as transformações que a internet tem provocado nos meios de comunicação, mas afirmou que essa discussão não pode ser feita dentro do novo marco regulatório, porque o assunto, segundo ele, não está ainda maduro sob o ponto de vista normativo. “Podemos tratá-la simultaneamente, mas ela não pode ser um obstáculo ao andamento do marco “, disse.

Fonte: Telesíntese

Perfil de Dilma foi notícia mais lida do ano em site de jornal britânico

Redação Terra

Um perfil de Dilma Rousseff publicado antes do primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras foi a notícia mais lida do ano no site do jornal britânico The Independent, segundo uma lista publicada nesta quinta-feira pelo próprio site.

A reportagem, publicada no dia 26 de setembro, previa a eleição de Dilma já no primeiro turno, uma semana depois, e dizia que ela se transformaria com isso na "mulher mais poderosa do mundo".

"A mulher mais poderosa do mundo vai começar a despontar no próximo fim de semana", iniciava o texto, intitulado "Ex-guerrilheira Dilma Rousseff pronta para ser a mulher mais poderosa do mundo".

Apesar do favoritismo indicado pelas pesquisas de opinião uma semana antes da eleição, Dilma acabou não tendo votos suficientes para vencer a disputa no primeiro turno e foi obrigada a disputar o segundo turno com o ex-governador de São Paulo José Serra.

"Forte e poderosa"
A reportagem do Independent, porém, dava sua vitória já no dia 3 de outubro como quase certa. "Forte e poderosa aos 63 anos, esta ex-líder da resistência a uma ditadura militar apoiada pelo Ocidente (que a torturou) está se preparando para tomar seu lugar como presidente do Brasil", dizia o texto.

"Como chefe de Estado, a presidente Dilma Rousseff deixaria para trás Angela Merkel, a chanceler (premiê) da Alemanha, e Hillary Clinton, a secretária de Estado dos Estados Unidos: seu enorme país de 200 milhões de habitantes está se esbaldando em sua nova riqueza petrolífera. A taxa de crescimento do Brasil, que rivaliza com a da China, é uma que a Europa e Washington podem apenas invejar", afirmava a reportagem.

No início de novembro, já depois do segundo turno vencido por Dilma, a presidente eleita foi classificada pela revista americana Forbes como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.

A lista da Forbes traz duas mulheres à frente de Dilma - Merkel, na 6ª posição, e a líder do partido majoritário indiano, Sonia Gandhi, na 9ª. Hillary Clinton era listada como a 20ª pessoa mais poderosa do mundo.

A relação das notícias mais lidas no ano no site do Independent coloca o perfil da futura presidente do Brasil à frente de notícias como a publicação da autobiografia do escritor Mark Twain um século após sua morte (2ª mais lida) e sobre uma pesquisa que poderia levar à cura do resfriado comum (3ª).

Fonte: Terra

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Entidade comunista ligada a Raúl Castro lança versão cubana de Wikipédia

Redação Portal IMPRENSA

Na última terça-feira (14), Cuba lançou a sua versão da enciclopédia online Wikipédia. O site EcuRed é um projeto da União dos Jovens Comunistas, entidade ligada ao regime do ditador Raúl Castro. A página "nasce da vontade de criar e difundir conhecimento com todos e para todos; a partir de Cuba e com o mundo".

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a página apresentava no dia de seu lançamento 19.482 textos, todos escritos em espanhol. A EcuRed declarou que será um site aberto a colaborações, e que todo material recebido passará por uma espécie de filtro antes de ser publicado.

Alguns verbetes do site cubano fazem críticas aos EUA. Como exemplo, a descrição feita pela EcuRed sobre a CIA, agência de inteligência norte-americana, menciona que o órgão está envolvido "em operações encobertas para desestabilizar governos (...) em países que pretendiam levar a cabo transformações contra os interesses norte-americanos".

E ao falar sobre temas comunistas, como a União Soviética, a enciclopédia virtual cubana diz que ela foi "essencial" para que a humanidade tivesse um avanço nas "formas de organização mais justas e solidárias".

Atualmente, a EcuRed menciona que possui 444 páginas "a melhorar", e disponibiliza planilhas para que seus usuários e colaboradores possam editar ou publicar verbetes. Em sua homepage, o site destaca uma frase atribuída a José Martí, mártir da independência de Cuba: "Toda a Glória do Mundo cabe em um grão de milho".

Fonte: Portal IMPRENSA

França investiga monopólio do Google

Redação Estadão

A comissão antitruste francesa alertou o Google para que ele não abuse da sua posição dominante no mercado de buscas. O grupo disse nesta terça-feira que o poder econômico do Google não é necessariamente ruim ou ilegal, mas que suas práticas precisam ser cuidadosamente monitoradas para que se evite a anti-competitividade.

A Comissão Europeia recentemente revelou a sua própria investigação do Google, enquanto o parlamento francês está considerando cobrar uma taxa de 1% em cima de todos a publicidade online – a medidade foi apelidada de ‘imposto do Google’.

O Google argumenta que não é monopolista e disse que a análise da entidade reguladora foi superficial. “Anúncios em buscas são uma opção de diversas. Se o preço dos anúncios em buscas sobem, os anunciantes podem e costumam mudar para outros formatos, tanto online quanto offline. Esse é o sinal de que estamos em uma indústria dinâmica e competitiva”, disse a companhia.

Guy Lougher, membro da equipe da União Europeia, disse que a descoberta francesa pode levar rivais a cobrar o Google por causa de sua posição de dominância, o que por sua vez pode encorajar a comissão reguladora a investigar ainda mais a empresa. “O Google agora já foi avisado de que pode estar vulnerável pelo o que está fazendo. Está parecendo uma volta aos processos contra a Microsoft”, diz.

A gigante do software teve que permitir, no ano passado, que seus concorrentes estejam entre as opções de browser no Windows, depois de uma guerra antitruste de mais de 10 anos protagonizada pela União Europeia.

Fonte: Estadão

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Popularidade da internet se iguala à da televisão nos EUA

Redação Folha.com

Em um marco histórico, os norte-americanos passam o mesmo tempo conectados à internet e na televisão, segundo um estudo da consultoria Forrest divulgado pelo "Wall Street Journal" na segunda-feira.

Não se deve decretar a morte da TV nos Estados Unidos, contudo. Ambas as atividades agora detêm 13 horas por semana dos norte-americanos.

Em cinco anos, a adesão e uso da internet no país aumentou 121%.

Redes sociais são usadas por 35% dos respondentes da pesquisa, número acima dos 15% em 2007. Outros 18% dizem que leem blogs.

Já os e-mails são os mais populares, com adesão de 92% dos entrevistados.

Fonte: Folha.com

Nordeste registra crescimento no número de acessos à internet, diz pesquisa

Redação Portal IMPRENSA

O Nordeste brasileiro é a região do país que registrou mais crescimento no número de acessos à internet nos últimos seis meses. A informação foi divulgada por um estudo da Serasa Experian, que detectou aumento de 7,53% das visitas a web feitas pelos nordestinos, no período de 5 de junho a 4 de dezembro.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o crescimento representou aumento de 12,1% para 13% do peso do Nordeste no total de acessos à internet. No estudo da Serasa, a região Norte manteve o porcentual de 2,7% das visitas. Já o Sul, Sudeste e Centro-Oeste registraram queda, porém o Sudeste seguiu como líder, com 61,1% dos acessos à rede.

O levantamento revelou, ainda, que a Bahia é o estado nordestino mais conectado à rede, com 4,43% das visitas a web. Entre os sites mais procurados pelos baianos estão os de ferramentas de busca (40%), as redes sociais (24,8%), e-mails (10,7%), portais (7,9%), sites de compartilhamento de vídeos e multimídia (4,8%), e de esportes (1,9%).

Além disso, o estudo da Serasa mostrou que 500 mil pessoas navegaram por 270 mil websites em todo o país no período. O acompanhamento das visitas feitas pelos internautas é atualizado toda semana. O presidente da unidade de serviços de marketing da Serasa para a América Latina, Juliano Marcílio, informou que os dados permitiram a comprovação da "maior representatividade do Nordeste na economia do país", e que isto se reflete "também no acesso à internet".

Fonte: Portal IMPRENSA

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

No futuro, Google quer responder antes mesmo da pergunta

Redação AdNews

O futuro promete ser cada vez mais mais cômodo e simples, pelo menos quando o assunto é pesquisa na internet. A ideia do Google para os próximos anos é que o buscador da empresa passe a responder antes mesmo dos usuários formularem suas perguntas. A intenção foi divulgada pela vice-presidente dos serviços de localização do gigante das buscas, Marissa Mayer, durante o LeWeb, evento realizado em Paris essa semana.

O plano da empresa tem como base um conceito que "empurra" resultados para os usuários. “Trata-se da aplicação de soluções de geo-localização associadas aos hábitos de busca. No ambiente do navegador e em uma barra lateral saberemos por onde as pessoas navegaram na web e, com base nessas informações, lhes daremos as respostas. Mas o desafio em termos de tecnologia, é imenso”, explicou Mayer.

A profissional apontou que esses resultados adicionais deverão aparecer em um painel, na forma de um pop up, como um complemento à navegação. Para os dispositivos móveis, entretanto, a empresa disponibilizaria informações referentes à localização do usuário.

“Poderemos saber onde está à próxima informação relevante para aquele usuário”, continua Mayer. “Se estiver em um restaurante, quem sabe seja o menu ou um menu de informações sociais sobre o local. Trata-se da fusão de informações explícitas e implícitas”.

Fonte: AdNews

Wikileaks ensina

Por Rogério Christofoletti

Um site que publica documentos mantidos em segredo parece ser uma ideia explosiva, e é. Ainda mais quando esses documentos são autênticos, guardados por setores governamentais, em grande quantidade e com variados interesses em jogo. Pois é esta a receita do Wikileaks, o endereço que mais vem chamando a atenção na internet. Milhares de memorandos, relatórios, correspondências sobre ofensivas militares norte-americanas, sobre ações diplomáticas e intervencionistas, entre outros, estão ali, livres para serem acessados por qualquer um. Como eu disse, é uma dessas ideias explosivas, revolucionárias para alguns, subversivas para outros.

Nos Estados Unidos e na Europa, a repercussão é grande, conforme se pode acompanhar pela mídia convencional e pela galáxia dos meios alternativos. Os impactos são variados tanto na política quanto nos meios de comunicação. Entre os políticos, há queixas sobre o vazamento de documentos nem sempre confiáveis, temendo alarme social e o descrédito de certos governantes. Entre os jornalistas, as reclamações se dão na esfera corporativa, receando ver esvaziar seu poder de denúncia, sua capacidade de fiscalização dos poderes. Quer dizer, nos gabinetes e nas redações, o Wikileaks atua como um fantasma, pesadelo sem fim.

Evidentemente, não se pode generalizar, mas o fato é que a novidade que o Wikileaks traz colide sim contra alguns pilares de sustentação de certas relações de poder. Relações constituídas na exclusividade, no controle da informação, na definição do que pode vir a público e o que não pode. Durante séculos, os poderes centralizados usaram e abusaram dessa estratégia: dominar, usando seu poder de veto. E, convenhamos, durante décadas, o jornalismo convencional se apoiou na primazia de informar, na delegação pública de atualizar o noticiário.

Organização e coragem

O surgimento de um site, mantido por uma organização sem fins lucrativos, transnacional, e meio que clandestina, coloca a nu – mais uma vez – essas relações de poder que hoje se revelam bastante arcaicas e fissuradas. É o fim da política? A ruína do jornalismo? Nem uma coisa nem outra, claro. O episódio pode ser muito mais interessante e positivo. Na minha opinião, o Wikileaks traz lições que podem ser bem usadas por políticos, jornalistas e cidadãos em geral. A coragem, a ousadia, a sagacidade e o senso (quase anárquico) de transparência ensinam e nos trazem ao menos quatro bons lembretes:

1. políticos devem orientar suas ações pelo interesse da coletividade, e tudo aquilo que contraria isso, deveria ser descartado de seu cardápio de serviços;

2. empresas e governos não podem enganar ou esconder algo por muito tempo, ainda mais numa sociedade cada vez mais observada e ansiosa por ver tudo;

3. cidadãos comuns podem se organizar muito rapidamente no meio virtual de maneira a buscar informações e direitos. A internet não reinventa a política, mas a atualiza;

4. o jornalismo, com Wikileaks ou sem ele, deve continuar a perseguir informações que sejam de interesse público e que estejam mantidas em sigilo. O desvelamento de segredos e a fiscalização dos poderes continuam a ser importantes funções públicas dessa atividade.

Como se pode ver, o Wikileaks pode ser visto com terror ou com uma ponta de esperança. O site não vai trazer à tona todos os segredos do mundo, não está reinventando as relações de poder entre pessoas e organizações, talvez nem dure tanto tempo. Boa parte do valor dessa iniciativa está no seu surgimento, no fato de ter se mostrado viável e audível por todos. É uma ponta do iceberg, uma parcela diminuta do que se pode fazer quando há organização, propósito e coragem.

Fonte: Observatório da Imprensa

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Venezuela quer regular internet com projeto de lei de mídia

Redação Folha.com

A Venezuela planeja incluir a internet em uma legislação que regulamenta a mídia, segundo proposta apresentada na quinta-feira ao parlamento do país e que a oposição afirma ser resultado de censura.

Manuel Villalba, legislador do partido do presidente Hugo Chávez, afirmou que a lei tem como objetivo proteger os cidadãos do país.

"Em nenhum lugar uma restrição do acesso à internet está sugerida. Mas deve haver proteção da moral dos cidadãos, da honra e da ética", afirmou Villalba, que preside a comissão de mídia da Assembleia Nacional.

O projeto propõe ampliar os limites sobre conteúdo em "mídia digital" de acordo com a hora do dia, com conteúdo adulto sendo reservado para publicação após a meia-noite.

Tais limitações já existem para a TV e emissoras de rádio. Não ficou claro como eles serão impostos para a internet.

A proposta também permite que o governo restrinja o acesso a sites se forem considerados como emissores de mensagens ou informação que incite violência contra o presidente. Chávez frequentemente acusa a oposição de planejar tentativas de assassinato contra ele.

Chávez tem sido criticado por grupos de liberdade de imprensa por forçar uma emissora de televisão de oposição a sair do ar e por retirar licenças de funcionamento de uma série de emissoras de rádio.

O governo afirma que a elite da Venezuela usa a imprensa para minar a posição de Chávez.

Fonte: Folha.com

Site governamental permitirá que indianos enviem provas de corrupção

Por Igor G. Barbero.

Nova Délhi, 10 dez (EFE).- Em meio ao maior escândalo de corrupção desta década, as autoridades indianas anunciaram a criação de um site no qual os cidadãos poderão denunciar qualquer prática escusa, inclusive com a possibilidade de enviar "provas" em áudio e vídeo.

A criação do "Vig-Eye" foi anunciada na última quinta-feira pela Comissão Central de Vigilância (CVC), um órgão público que já havia lançado um serviço telefônico gratuito para que os cidadãos denunciem casos de corrupção.

Por ocasião da celebração do Dia Mundial contra a Corrupção, o CVC tenta responder à inquietação dos cidadãos por conta do escândalo na concessão irregular das licenças de telefonia celular de segunda geração, em 2008.

Qualificada pela Suprema Corte como "a mãe de todas as fraudes", a concessão das licenças 2G, que não foram a leilão, utilizou preços de 2001 e foi entregue a companhias que não cumpriam os requisitos, o que culminou na demissão do ministro das Telecomunicações, A. Raja, no mês passado e no bloqueio total da sessão do Parlamento.

O caso do 2G, que segundo a Auditoria Geral indiana causou entre US$ 12,8 bilhões e US$ 40 bilhões de perdas aos cofres públicos, é o mais recente de uma série de escândalos de corrupção no país, que este ano voltou a obter uma avaliação negativa da "Transparência Internacional".

"O projeto Vig-Eye (Olho de Vigilância, em tradução livre) é uma iniciativa focada nos cidadãos, que podem unir esforços com a CVC para combater a corrupção na Índia", segundo explica o órgão no novo site.

Após um processo de registro que requer a identificação do internauta, a nova plataforma oferece a possibilidade de enviar denúncias pela internet ou por telefone celular a respeito de casos de corrupção que estejam ocorrendo em instituições políticas, administrativas, bancárias ou outras corporações públicas.

A notificação destas atividades pode ser acompanhada de provas como gravações de voz, fotografias e vídeos.

"O portal é fácil de utilizar e é um mecanismo efetivo para que os cidadãos possam denunciar a corrupção", defendeu o comissário da CVC, P.J. Thomas, em um seminário realizado em Nova Délhi.

"A ideia é encorajar os cidadãos a se levantarem contra a corrupção, convertendo-se em um olho vigilante", acrescentou, por meio de um comunicado oficial.

Thomas explicou que o objetivo é criar consciência sobre a corrupção para reduzir a tolerância à ela e propor uma ética de governança.

O ex-comissário do órgão N. Vittal, citado pelas agências indianas, disse, no entanto, que a plataforma por enquanto "só pode servir como uma mera caixa de correio na qual é possível depositar queixas", e expressou sua confiança em que a CVC irá adquirir poderes para empreender ações legais contra os funcionários corruptos.

Enquanto isso, o serviço telefônico gratuito de atendimento aos cidadãos, composto de dez linhas e oferecido pela CVC com uma semana de antecedência, teve uma grande aceitação entre a população até agora, segundo seus responsáveis.

"Em princípio, não conseguíamos suprir a demanda, recebíamos ligações o tempo todo. Nos últimos dias, o volume se reduziu. Talvez tenhamos que aumentar a publicidade do serviço", disse um encarregado à Agência Efe.

A fonte explicou que, após uma primeira apuração, as queixas são enviadas às autoridades competentes para serem analisadas e investigadas a fundo.

São estes novos mecanismos que nascem com o objetivo de instaurar vias para lutar contra um mal endêmico na Índia, um país cuja população frequentemente desconhece a maneira de canalizar suas reivindicações e queixas.

O alcance da corrupção é tanto que, segundo um estudo recente do grupo Global Financial Integrity, com base em Washington, a Índia pode ter sofrido desde sua independência, em 1947, perdas de cerca de US$ 462 bilhões por fluxos ilegais de capital. EFE

Fonte: MSN

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Brasileiro gasta, em média, R$ 118 por mês na internet, aponta Ibope

Por Daniela Braun

O consumidor brasileiro que compra na internet pertence predominantemente às classes A e B, tem grau mais alto de escolaridade, compra produtos de uso pessoal e gasta, em média, R$ 118 por mês em lojas online. Esta é uma das conclusões do estudo TG.net realizado pelo Ibope Mídia para traçar um perfil do comércio eletrônico brasileiro.

Entre os principais objetivos da navegação em lojas online, cerca de 80% dos internautas responderam que usam internet para comparar preços, 25% buscam um carro novo e 18% realizam compras profissionais. Cerca de 43% dos internautas costumam recorrer à internet antes de realizar compras e, se o produto tiver valor superior a R$ 1.500, buscam mais informações na web.

Mais de 66% dos consumidores online realizaram de uma a cinco compras nos últimos seis meses e 30% gastaram, pelo menos, R$ 224.

Livros continuam liderando a preferência dos consumidores com 30% das respostas, seguidos de telefones e acessórios para celulares (20%), eletrodomésticos (18%) e produtos de tecnologia pessoal (17%), como câmeras digitais, leitores de MP3.

Nos próximos seis meses, 25% pretendem comprar câmera digital, 17% telefone celular 3G, 17% telefone celular com câmera e 15% iPhone.

De acordo com o estudo, 61% dos consumidores online estão nas classes A e B, 35% na classe C e representa 4% nas classes D e E.

A idade média do consumidor das lojas virtuais é de 33 anos, aponta o Ibope. A maior parte dos consumidores online (48%) está na faixa etária de 25 a 44 anos de idade, enquanto 17% têm entre 20 e 24 anos e 15% estão na faixa de 15 a 19 anos. Consumidores de 45 a 54 anos representam 13% do público que compra online e apenas 6% têm entre 55 e 64 anos.

A parcela de solteiros também é mais representativa (49%). O estudo revelou, ainda, que 36% estão matriculados em instituições de ensino e até 32% falam uma segunda língua.

A pesquisa TG.net foi realizada entre maio e junho deste ano com 2.500 internautas do Brasil, com idade entre 15 e 64 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Distrito Federal, além de Goiânia, Nordeste e no interior da região Sudeste. As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo respondem por 37% do total dos compradores.

Fonte: FNDC

Início do conteúdo Hackers intensificam ataques contra sites 'inimigos' do WikiLeaks

Redação Estadão

Em manifesto, Anonymous negou que hacker Coldblood seja seu porta-voz

O grupo de hackers chamado Anonymous ("anônimo", em inglês) está intensificando sua guerra às empresas que deixam de prestar serviços ao site WikiLeaks.

Entre os alvos do grupo, estão empresas como Mastercard, Visa e Paypal, que deixaram de permitir doações ao WikiLeaks - site especializado em divulgar documentos governamentais confidenciais.

O site e o seu fundador, Julian Assange, vêm sofrendo uma forte pressão internacional, principalmente por parte dos Estados Unidos, desde que começaram a divulgar um pacote de mais de 250 mil mensagens diplomáticas secretas americanas, desde o fim de novembro.

Assange está detido em Londres, depois que um pedido internacional de prisão foi expedido contra ele pela Interpol. Ele é acusado de estupro e abuso sexual por duas mulheres suecas.

"Bombardeio" de sites

Os ataques são realizados com a ferramenta LOIC, desenvolvida pelos hackers. O software já foi baixado mais de 31 mil vezes desde o início dos problemas envolvendo o WikiLeaks.

Quando uma pessoa instala o LOIC, a ferramenta inclui voluntariamente a máquina em uma rede "botnet" - termo que define uma série de computadores infectados e controlados remotamente por meio de um vírus. Assim, esta rede "bombardeia" os sites-alvo com dados, fazendo com que sejam derrubados.

O grupo Anonymous já elegeu o site de compras Amazon como seu próximo alvo, pelo fato de a loja online ter se negado a hospedar o WikiLeaks na semana passada.

No entanto, o Amazon já está vendendo uma versão dos documentos vazados pelo WikiLeaks para seu aparelho digital de leitura (tablet), o Kindle.

Os ataques do grupo conseguiram derrubar temporariamente as páginas oficiais de Visa e Mastercard, o que também resultou em problemas para alguns usuários dos cartões de crédito destas companhias.

Além de lançar a ferramenta de ataque, o Anonymous também está ajudando a criar os chamados "sites-espelho", que oferecem cópias exatas do conteúdo encontrado no WikiLeaks. Até o momento, há mais de mil páginas como esta.

Complexidade maior

De acordo com Paul Sop, da companhia Prolexic, que ajuda outras empresas a se defender de ataques como estes, os problemas têm sido relativamente pequenos, prejudicando pouco o tráfego de usuários no site. No entanto, ele acredita que a complexidade esteja aumentando.

"Nós observamos que a complexidade do ataque está mais devastadora e as tecnologias para atenuar estes ataques usadas pelas empresas não consegue filtrar tudo", afirmou.

Carole Thierault, pesquisadora de segurança da companhia Sophos, aconselha que ninguém se junte a rede do Anonymous.

"Ninguém deve baixar um código desconhecido no computador. Você estará dando o acesso ao seu computador para um estranho", afirmou.

Outras empresas que se afastaram do WikiLeaks, como o banco suíço PostFinance, que congelou a conta de Julian Assange, também sofreram ataques. O banco diz que o fundador do site forneceu informações falsas ao abrir a conta na instituição.

Especialistas em segurança dizem que os sites foram atacados por um mecanismo chamado DDoS (distributed denial-of-service attack, ou "ataque distribuído de negação de serviço", em inglês), que faz com que as páginas saiam do ar.

Ativismo virtual

Antes do ataque à Mastercard, um membro do Anonymous que se intitula Coldblood ("sangue-frio", em inglês) disse à BBC que várias ações estavam sendo executadas para afetar empresas que deixaram de prestar serviços ao WikiLeaks ou que supostamente estariam atacando o site.

"Sites que estão se curvando à pressão governamental se tornaram alvos", disse o hacker. "Como organização, nós sempre defendemos uma sólida posição sobre censura e liberdade de expressão na internet e nos voltamos contra os que buscam destruí-la por qualquer meio."

No entanto, o grupo Anonymous negou que que Coldblood seja seu porta-voz.

Com a atenção que despertou a partir dos ataques, o grupo publicou seu manifesto no qual negou que seja formado por hackers.

"Anonymous não é uma organização... e certamente não é um grupo de hackers. Anonymous é uma consciência viva online, da qual fazem parte indivíduos diferentes com, às vezes, objetivos e ideais que coincidem". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte: Estadão.com

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Projeto do governo prevê criação de agência para regular conteúdo de rádio e TV

Redação Portal IMPRENSA

O governo federal estuda criar um órgão para regular o conteúdo do setor de telecomunicação e radiodifusão do país. A Agência Nacional de Comunicação (ANC) substituiria a Agência Nacional do Cinema (Ancine), e teria poderes para aplicar multas em caso de programação considerada abusiva ou imprópria para determinado horário, e proibiria a concessão de emissoras de rádio e TV a políticos em mandato.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a primeira versão da proposta de criação da ANC, intitulada Lei Geral da Comunicação, possui 40 páginas e é mantida em sigilo. O anteprojeto é resultado de um grupo de trabalho coordenado pelo ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), criado há seis meses para debater sobre a nova regulação dos meios de comunicação do país.

Ainda não foi definido se a proibição feita a políticos sobre controle de rádios e TVs atingiria aqueles que já possuem concessões de emissoras. De acordo com dados da organização não-governamental (ONG) Transparência Brasil, cerca de 160 parlamentares são donos de emissoras.

A proposta de criação da nova agência prevê que ela, em conjunto com o Ministério das Comunicações e do Congresso, será responsável pelo processo de outorga ou renovação de novos canais de TV. O procedimento seria publicado na Internet, garantindo a transparência do órgão. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) seria mantida, e continuaria responsável pelo setor de TV por assinatura e elaboração de planos e distribuição de canais.

Para representes do setor de telecomunicações, a proposta da ANC abre um novo questionamento sobre intenções do governo em cercear a imprensa e dramaturgia no país, já que a própria Constituição Federal prevê punição para eventuais abusos. Por sua vez, o governo alega que a agência não imporá censura aos conteúdos, pois eles serão analisados depois de serem veiculados.

O ministro da Secom afirmou que entregará o anteprojeto a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) como uma sugestão. Caso Dilma queira enviá-lo ao Congresso, o texto poderá sofrer alterações e deverá passar por consulta pública.

Em outubro, o Decreto n.º 6.590 deu à Ancine o poder de fiscalizar a produção e aplicar multas a canais da TV paga em caso de infrações, entre elas a sonegação ou prestação de informação errônea visando obter vantagens, além do não-atendimento das determinações estabelecidas em procedimento de averiguação. As normas fizeram com que as emissoras por assinatura enviassem à agência, de antemão, o cronograma de sua programação.

Fonte: Portal IMPRENSA

Facebook diz que não excluirá conta do WikiLeaks

Redação Terra

O Facebook emitiu um comunicado na noite desta segunda-feira afirmando que o WikiLeaks poderá continuar a postar atualizações na rede social. Segundo o site ReadWriteWeb, a empresa afirmou por e-mail que "a página do WikiLeaks no Facebook não viola nossos padrões de conteúdo, e não encontramos qualquer material postado que viole nossas políticas".

O ReadWriteWeb também buscou uma posição do Twitter sobre a manutenção da conta do WikiLeaks no microblog, depois que começou a circular na internet que o site estaria censurando a hashtag #WikiLeaks dos Trending Topics. O Twitter negou que esteja tentando abafar as discussões sobre os vazamentos na rede social, mas, segundo o ReadWriteWeb, o Twitter disse que não faria nenhum comentário sobre a possibilidade de encerrar o perfil do WikiLeaks do site.

O WikiLeaks já foi expulso dos servidores da Amazon e da EveryDNS e teve sua conta no Pay Pal, que permitia a doação de dinheiro, cancelada. Depois de um apelo do fundador do site, Julian Assange, o conteúdo do WikiLeaks foi copiado por mais de 500 páginas para impedir que seu conteúdo seja retirado na internet.

Vazamentos
Nos últimos dias, o WikiLeaks tem publicado centenas de telegramas diplomáticos, provocando a ira do governo dos Estados Unidos. Na segunda-feira, o WikiLeaks divulgou uma lista de instalações ao redor do mundo que os Estados Unidos classificam como vitais para a sua segurança nacional. A lista inclui oleodutos e centros de comunicação e transporte.

Fonte: Terra

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, é preso na Inglaterra

Redação Portal IMPRENSA

O fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, foi preso em Londres (Inglaterra) nesta terça-feira (07), após se entregar às autoridades britânicas. Assange, incluído na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol, sigla em inglês), responderá por quatro acusações de crimes sexuais na Suécia, segundo informou a BBC Brasil.

Na última segunda-feira (06), a diretoria do banco suíço PostFinance anunciou que fecharia a conta aberta pelo australiano para receber doações ao site. A entidade alegou que, na época em que se tornou cliente do banco, Assange teria mentido a respeito "de seu local de residência".

O fundador do WikiLeaks não matinha residência fixa, por medidas de segurança. Com o fechamento da conta, cerca de 31 mil euros ficarão retidos no PostFinance, de acordo com o próprio site.

Em agosto, duas mulheres acusaram o australiano de tê-las agredido e estuprado, quando estava na Suécia para participar de um evento. A Justiça sueca, então, emitiu uma ordem de prisão contra Assange, que responderá por "suspeita de estupro, assédio sexual e coerção ilegal". Na última semana, a Interpol emitiu ordem de captura contra o fundador da página da web, enviada aos seus 188 países membros.

Na segunda, o governo da Austrália afirmou que prestará ajuda consular a Assange caso seja detido no exterior. De acordo com o procurador-geral do país, Robert McClelland, como cidadão-australiano, Assange tem o direito a procurar qualquer consulado do país em território estrangeiro.

Recentemente, o WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos sigilosos sobre as atividades diplomáticas dos EUA com diversos países aliados e inimigos, além de comentários embaraçosos sobre líderes mundiais. A Casa Branca condenou o vazamento, alegando que o site colocou "em risco vidas de americanos e aliados" do país.

Além dos bastidores da diplomacia, o site também publicou arquivos secretos que revelam locais estratégicos para os EUA ao redor do mundo, como o Brasil, assinados em 2009 pela secretária de Estado do país, Hillary Clinton. As áreas, de acordo com os dados, fazem parte de uma lista de interesses estratégicos de Washington e são consideradas "vitais" para a segurança nacional norte-americana, de acordo com O Estado de S. Paulo.

Fonte: Portal IMPRENSA

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

“Wiki-news”, um dos híbridos da era digital

Por Alberto Dines

Na edição sul-americana do El País de domingo (5/12), as façanhas de Julian Assange ocuparam cerca de 13 páginas, grande parte dedicadas aos desdobramentos das revelações do fim de semana anterior.
Curiosamente, o tópico que mereceu mais espaço e atenção (2 páginas e forte chamada na capa) foi a denúncia de que dois membros da alta hierarquia chinesa (os números 5 e 9 do Politburo) estavam à frente do ciberataque do governo de Pequim contra o Google no fim do ano passado.
A denúncia do Wikileaks não foi contestada, mas também não foi apurada. Tal como entrou nos arquivos do Departamento de Estado – sem qualquer investigação suplementar – entrou no tsunami das especulações e fofocas que tomaram conta da imprensa mundial. "That’s the way it is", diria o cético Walter Cronkite, o famoso âncora da CBS. Coisas do nosso tempo. O ciberespaço é tão vasto e amorfo que nele só se produz barulho.
A prova disso está no próprio estatuto da "coalizão" (ou conluio) dos cinco grandes diários globais que se acertaram com o Wikileaks para publicar as suas bombas: a primeira divulgação seria obrigatoriamente através das respectivas edições digitais. Depois, os vazamentos passariam às edições impressas. E por que não ao contrário? Porque Julian Assange é um publisher digital, sua cabeça e instintos não são analógicos. Se a primazia ficasse com os jornais, o barulho teria outro tipo de vibração. E outros resultados, talvez mais eficazes.
Razão do ministro
A questão que hoje deveria ser discutida relaciona-se com a natureza do Wikileaks – é um canal informativo ou veículo jornalístico? Para ser enquadrado como jornalismo, a primeira exigência seria a de trazer algum tipo de apuração preliminar, de preferência uma contestação. Impossível, o vazamento só tem efeito quando aliado ao fator surpresa.
A verdade é que este rigor conceitual está sendo rapidamente substituído pelo chamado "jornalismo de resultados" – em que primeiro se atira e depois se pergunta quem vem lá. Assange só atira. E com o apoio de veículos como o The New York Times, The Guardian, Der Spiegel e El País, que a ele se associaram, este tipo de jornalismo não levará muito tempo para impor-se ao modelo canônico.
Não importa quanto tempo vai durar a "onda Assange", o que importa é velocidade da hibridização imposta pela explosão dos meios digitais. O híbrido é geralmente estéril, geralmente incapaz de produzir descendência, impasse genético. Impossível dizer se Assange descende de Hearst ou de Pulitzer. O que deveria nos preocupar é que ele é o primeiro de uma série de estranhas combinações entre espécies diferentes que, ao fim e ao cabo, darão razão ao ministro Gilmar Mendes, do STF: jornalismo não é profissão, é oportunidade.
***
A ombudsman da Folha de S.Paulo errou na sua coluna de domingo (5/12): o jornal não publicou com exclusividade os vazamentos referentes ao Brasil. Deu em primeira mão. Exclusividade não existe na era digital.

Fonte: Observatório da Imprensa

Google é o veículo mais admirado da internet

Redação AdNews

A 11ª edição da pesquisa anual que revela quais são os veículos mais admirados, realizada pela Troiano de Branding em parceria com o Meio & Mensagem, apontou que, na categoria internet, o Google lidera a lista. O estudo contempla o Índice de Prestígio da Marca (IPM) dos principais veículos de comunicação do País a partir dos dados da Qualibest junto aos assinantes e internautas cadastrados no Meio & Mensagem.
Confira a lista de resultados:

TV Aberta
1º) Globo
2º) Record
3º) Cultura
4º) Bandeirantes
5º) MTV
6º) CNT
7º) SBT
8º) Record News
9º) RedeTV
10º) Gazeta

Jornal
1º) O Estado de S.Paulo
2º) Folha de S.Paulo
3º) Valor Econômico
4º) O Globo
5º) Correio Brasiliense
6º) Zero Hora
7º) Estado de Minas
8º) Brasil Econômico
9º) Jornal da Tarde
10º) Diário de S.Paulo

Revista
1º) Veja
2º) Exame
3º) Época
4º) Carta Capital
5º) IstoÉ
6º) Você S/A
7º) Piauí
8º) Dinheiro
9º) Época Negócios
10º) InfoExame

Rádio
1º) CBN
2º) Eldorado AM/FM
3º) Band News
4º) Jovem Pan AM/FM
5º) Bandeirantes
6º) Itatiaia
7º) Gaúcha
8º) Rádio Globo Brasil
9º) 91 Rock
10º) Nativa

TV por Assinatura
1º) GNT
2º) Discovery
3º) Globo News
4º) SporTV
5º) Warner Channel
6º) Multishow
7º) Sony
8º) AXN
9º) Fox
10º) HBO

Internet
1º) Google
2º) UOL
3º) Terra
4º) Globo.com
5º) MSN
6º) Ig
7º) Yahoo
8º) Abril.com
9º) Estadão.com
10º) Lancenet

Fonte: AdNews

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Lula diz que Dilma deve modernizar regulação da mídia

Readação Telesíntese

Em entrevista a rádios comunitárias, Presidente prevê que o Ministério das Comunicações, fortalecido, comandará debates.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a regulação da mídia deve acontecer no governo da presidente eleita Dilma Rousseff “porque a legislação, de 1962, está muito atrasada’. Em entrevista a oito rádios comunitárias nesta quinta-feira (2), o presidente disse que o Ministério das Comunicações será fortalecido para cumprir a missão de conduzir as discussões do marco regulatório.

“Pode ficar certo que Dilma sabe o que tem de fazer para o Ministério das Comunicações ter um papel mais importante do que o que teve no meu governo, exatamente por causa do marco regulatório”, afirmou, ao destacar que ela é favorável à nova regulação da comunicação no Brasil. “Dilma não veio de onde eu vim, mas ela vai para onde eu vou. É uma mulher de cabeça boa, arejada, que vai fazer coisas extraordinárias”, disse.

O presidente Lula reafirmou que a discussão sobre o novo marco regulatório dos meios de comunicação não é uma forma de impor censura à imprensa. Ele disse que, muitas vezes, os meios de comunicação confundem críticas com cerceamento.
“Há uma briga histórica. Os meios de comunicação confundiram isso, como se fosse um cerceamento da liberdade de imprensa. A coisa mais pobre que eu acho é alguém achar que não pode receber críticas, que é intocável”, disse ao acrescentar que nunca pediu para a imprensa “falar bem” dele. “Só quero que falem a verdade, aquilo que aconteceu”, completou.

A proposta de revisão do marco regulatório das comunicações digitais está sendo elaborada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República. A expectativa é de que ela seja entregue à presidente eleita ainda este ano. Segundo Lula, essa deverá ser a prioridade do novo Ministério de Comunicações de sua sucessora.

Fonte: Telesíntese

Há três anos no ar, TV digital soma avanços e problemas

Por Lúcia Berbert

Imagens de alta definição já são transmitidas em 49 cidades, que congregam 40% da população. Porém conversor barato e interatividade ficam devendo.

As transmissões da TV digital no Brasil completam três anos nesta quinta-feira (2) com avanços significativos, mas ainda restam problemas a serem equacionados para que mais brasileiros tenham acesso às imagens em alta definição da TV aberta e aos benefícios da interatividade. Atualmente, o sinal digital está presente em 48 cidades do país, além de Brasília, com mais de 220 canais digitais outorgados, atingindo uma população de 75 milhões de pessoas ou 40% do total dos brasileiros.

O sistema Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial, tecnicamente conhecido como ISDB-TB, criado pelo Japão e aperfeiçoado no Brasil, já está presente em mais nove países - Argentina, Chile, Venezuela, Bolívia, Costa Rica, Paraguai, Peru, Equador e Filipinas -, com público potencial de 550 milhões de pessoas. Outros países da América Latina, América Central e África estudam a adesão ao padrão, que traz vantagens sobre os outros em funcionamento no mundo, entre eles, a mobilidade, portabilidade e a interatividade.

Por meio do middleware Ginga, criado no país, o padrão nipo-brasileiro oferece possibilidades ilimitadas de interatividade ao telespectador, empresas e ao governo, como obtenção de informações sobre o programa que está assistindo, usando apenas o controle remoto. Ou ainda comprar produtos anunciados, realizar operações bancárias ou ainda marcar consulta médica em hospital público. Porém, o Ginga não está presente na maioria dos conversores vendidos. Os radiodifusores também não encontraram um modelo de negócio que justifique investimentos em aplicativos para esse fim. E, o mais importante, ainda não há uma definição sobre o canal de retorno que dará suporte à interatividade.

A pouca oferta de conversores baratos é outro entrave para expansão da TV digital no Brasil. O governo vem tentando incentivar a produção do equipamento a preço mais barato do que o ofertado no mercado, de no mínimo R$ 250, mas encontra dificuldades em reverter a decisão da indústria, que preferiu investir em televisores já com o conversor embarcado, mas com preço ainda muito alto para o padrão de renda nacional.

Por causa desses entraves, a comercialização de conversores não passará de oito milhões de unidades vendidas até o final deste ano, conforme informação do Fórum Brasileiro da TV Digital, aí incluindo os embarcados em televisores, celulares e notebooks. Países da América Latina que aderiram ao ISDB-TB, como a Argentina, resolveram subsidiar o conversor para a população de baixa renda, obtendo mais penetração que no Brasil.

Outra preocupação é com a interiorização do padrão digital, que hoje só está presente nas capitais e nos grandes centros. A Anatel promete concluir os estudos de canalização até junho de 2011. No início de novembro haviam sido concluídos os estudos de canalização para o Distrito Federal, São Paulo, Regiões Metropolitanas, Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Juiz de Fora.

O financiamento para que as mais de 10 mil retransmissoras de TV existentes no país adquiram os equipamentos necessários para levar o canal digital é outro quebra cabeça. Apesar de crédito específico oferecido pelo BNDES, a maioria dessas empresas, que possui estrutura familiar, não consegue apresentar a documentação necessária para fazer jus ao financiamento. Esse problema, preveem especialistas, pode atrasar o desligamento da TV analógica, marcado para 2016.

Fonte: Telesíntese

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

WikiLeaks revela espionagem dos EUA sobre a ONU e segredos do Irã

Redação Estadão

SÃO PAULO - O site WikiLeaks divulgou nestes domingo e segunda-feira, 28 e 29, mais de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos EUA enviados para mais de 250 embaixadas e consulados americanos em todo o mundo, revelando iniciativas e bastidores polêmicos sobre a política externa de Washington e segredos de outros países.

Os documentos, divulgados pelos jornais The New York Times (EUA), The Guardian (Reino Unido), Le Monde (França), El País (Espanha) e pela revista Der Spiegel (Alemanha), fazem parte do maior vazamento de material diplomático da história e colocam Washington em uma situação delicada. Veja detalhes de quais informações são reveladas e sobre quais nações. Os documentos referentes ao Brasil podem ser acessados neste link.

EUA - Os papéis mostram que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, mandou diplomatas espionarem a liderança da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os alvos estão o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon e representantes de Reino Unido, França, China e Rússia, países com assento permanente do Conselho de Segurança.

Segundo os documentos vazados pelo WikiLeaks, Hillary ordenou que especialistas elaborassem relatórios com detalhes sobre os sistemas de comunicação utilizados pelos principais diplomatas da ONU, incluindo senhas e códigos de segurança usados em redes privadas e comerciais para as contatos oficiais da entidade.

O material vazado ainda revela que diplomatas americanos pressionaram outros países para receber os detidos da prisão em Cuba, e para isso estabeleceram "negociações". Para a Eslovênia, por exemplo, disseram que as lideranças do país só teriam receberiam uma visita do presidente Barack Obama se recebessem um prisioneiro. Para a Bélgica, receber um prisioneiro seria uma "via de baixo custo para obter maior proeminência na Europa".

Irã - Outro ponto citados nos documentos são os repetidos pedidos do rei Abdullah, da Arábia Saudita, às lideranças americanas que atacassem o Irã para acabar com o programa nuclear do país persa.

Os documentos revelam que vários países árabes pressionaram os EUA para um ataque contra as instalações nucleares iranianas e expõem os bastidores das tensões sobre o programa de enriquecimento de urânio mantido pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. As mensagens teriam sido enviadas para embaixadas americanas para todo o Oriente Médio.

A República Islâmica ainda é acusada de ajudar o grupo militante libanês Hezbollah ao usar ambulâncias da organização do Crescente Vermelho para enviar armas aos rebeldes. Além disso, um documento afirma que o supremo líder iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, está com câncer e em estado terminal

O WikiLeaks também revelou que o Irã obteve um sofisticado sistema de mísseis capaz de atingir o oeste da Europa graças à ajuda da Coreia do Norte. Os foguetes são muito mais poderosos do que qualquer arma publicamente conhecida do arsenal iraniano. Desde 2006 especula-se que a Coreia do Norte poderia vender ao Irã os armamentos.

O míssil pode levar material nuclear explosivo. Embora os especialistas acreditem que o Irã ainda não tenha tecnologia o suficiente para produzir material nuclear com finalidades bélicas, especula-se que esse seja o objetivo do programa atômico iraniano.

Ainda segundo o WikiLeaks, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) receberam das autoridades iranianas plantas apenas parciais das obras da usina de secreta de Qom. A atitude elevou ainda mais as suspeitas de que o complexo deva ser usado pelo Irã para a produção de armas nucleares.

Os documentos também revelam que embaixadores da União Europeia concordaram em boicotar a posse de Mahmoud Ahmadinejad como presidente do Irã. Os diplomatas mantiveram a decisão em segredo. Os europeus se viram em uma situação dupla - precisavam mostrar que não apoiavam as controversas eleições iranianas, mas tinham de reconhecer que o poder estava nas mãos de Ahmadinejad e do supremo aiatolá Ali Khamenei.

Gaza - De acordo com o material revelado, o Egito e o Fatah, partido palestino que controla a Cisjordânia, sabiam dos ataques de Israel contra o Hamas em Gaza antes da guerra começar, em 2008.

Os documentos mostram que o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse a uma equipe do governo "ter consultado o Egito e o Fatah antes dos ataques, perguntando se eles desejariam assumir o controle da Faixa de Gaza uma vez que o Hamas fosse derrotado". Ambas as partes rejeitaram a oferta.

Síria - Nos documentos, diplomatas americanos descrevem os esforços falhos dos EUA em prevenir a Síria de fornecer armas para o grupo militante Hezbollah, atuante no sul do Líbano, que ampliou seu arsenal significativamente desde a guerra de 2006 com Israel. Uma semana depois de Bashar al-Assad, presidente sírio, prometer não enviar mais armas para os militantes, os EUA reclamaram de que a Síria continuava a armar os rebeldes.

Paquistão - Os cabos mostram a preocupação dos EUA com a presença de material radioativo em usinas nucleares do Paquistão, que Washington temia ser usado em ataques terroristas. As comunicações revelam que, desde 2007, os EUA vinham tentando remover urânio altamente enriquecido de um reator usado para pesquisas no Paquistão.

Em um cabo emitido em 2009, a embaixadora dos EUA no Paquistão, Anne W. Patterson, diz que o país se recusa a aceitar uma visita de especialistas dos EUA. Segundo ela, autoridades do Paquistão disseram que uma visita seria vista pelos paquistaneses como "se os EUA estivessem tomando as armas nucleares do Paquistão".

China - Os documentos revelam preocupação sobre o suposto uso em grande escala, pelo governo chinês, de técnicas de infiltração e sabotagem cibernética. Alguns dos cabos diplomáticos afirmam que uma rede de hackers e especialistas em segurança foram contratados pela China a partir de 2002, e que essa rede conseguiu acesso a computadores do governo e de empresas dos EUA, além de aliados ocidentais e do dalai-lama.

Os cabos citam um contato chinês que disse à embaixada dos EUA em Pequim que o governo chinês estaria por trás da infiltração do sistema de computadores do Google no país em janeiro.

Coreia do Sul - Autoridades dos EUA e da Coréia do Sul discutiram planos para se formar uma Coreia unificada, no caso de colapso do regime da Coreia do Norte. O embaixador dos EUA em Seul afirma na comunicação que a Coreia do Sul considerava oferecer incentivos comerciais à China para "ajudar a mitigar" as "preocupações da China sobre o convívio com uma Coreia reunificada".

O WikiLeaks é um site que se dedica a revelar documentos militares secretos dos EUA e de outros países. Neste ano, o site divulgou cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra do Iraque. Antes disso, o WikiLeaks já havia divulgado 90 mil relatórios confidenciais sobre abusos cometidos no Afeganistão. O site promete mais vazamentos nos próximos dias.

Fonte: Estadão