Redação Portal IMPRENSA
O fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, foi preso em Londres (Inglaterra) nesta terça-feira (07), após se entregar às autoridades britânicas. Assange, incluído na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol, sigla em inglês), responderá por quatro acusações de crimes sexuais na Suécia, segundo informou a BBC Brasil.
Na última segunda-feira (06), a diretoria do banco suíço PostFinance anunciou que fecharia a conta aberta pelo australiano para receber doações ao site. A entidade alegou que, na época em que se tornou cliente do banco, Assange teria mentido a respeito "de seu local de residência".
O fundador do WikiLeaks não matinha residência fixa, por medidas de segurança. Com o fechamento da conta, cerca de 31 mil euros ficarão retidos no PostFinance, de acordo com o próprio site.
Em agosto, duas mulheres acusaram o australiano de tê-las agredido e estuprado, quando estava na Suécia para participar de um evento. A Justiça sueca, então, emitiu uma ordem de prisão contra Assange, que responderá por "suspeita de estupro, assédio sexual e coerção ilegal". Na última semana, a Interpol emitiu ordem de captura contra o fundador da página da web, enviada aos seus 188 países membros.
Na segunda, o governo da Austrália afirmou que prestará ajuda consular a Assange caso seja detido no exterior. De acordo com o procurador-geral do país, Robert McClelland, como cidadão-australiano, Assange tem o direito a procurar qualquer consulado do país em território estrangeiro.
Recentemente, o WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos sigilosos sobre as atividades diplomáticas dos EUA com diversos países aliados e inimigos, além de comentários embaraçosos sobre líderes mundiais. A Casa Branca condenou o vazamento, alegando que o site colocou "em risco vidas de americanos e aliados" do país.
Além dos bastidores da diplomacia, o site também publicou arquivos secretos que revelam locais estratégicos para os EUA ao redor do mundo, como o Brasil, assinados em 2009 pela secretária de Estado do país, Hillary Clinton. As áreas, de acordo com os dados, fazem parte de uma lista de interesses estratégicos de Washington e são consideradas "vitais" para a segurança nacional norte-americana, de acordo com O Estado de S. Paulo.
Fonte: Portal IMPRENSA