Mostrando postagens com marcador televisão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador televisão. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de junho de 2011

GNT dedica programação à diversidade sexual

Em junho, o GNT apresenta uma programação exclusiva com o tema “Diversidade Sexual”l. Quem abre os trabalhos é Julia Petit, que nesta segunda-feira, 20, recebe a drag queen Salete Campari no “Base Aliada”. Ela ensina truques de maquiagem das drags que podem ser usados pelas mulheres.

No domingo, 26, data da Parada Gay de São Paulo, a faixa “GNT.doc” exibe o inédito “A Revolta de Stonewall”, documentário sobre uma série de manifestações ocorridas em Nova York, em 1969, transformada em marco para o movimento pelos direitos dos homossexuais.

Na segunda, 27, na “Faixa Imperdível”, estreia a minissérie “Retrato de um Casamento”, que, em quatro episódios, conta a história de um casal da alta sociedade inglesa no final dos anos 20. Baseada em fatos reais, ela retrata a vida de Harold Nicolson, que tinha casos com homens, e Vita Sackvile West, que também manteve uma relação amorosa homossexual. Ainda na segunda, o GNT reapresenta o documentário “Hijras: O Terceiro Sexo”, que trata sobre mulheres que dizem ter nascido no corpo de um homem ou homens que nasceram no corpo errado, na Índia.

E no dia 1º de julho, a “Faixa Imperdível” apresenta o inédito “Cinema e Sexo”. O documentário mostra a evolução do erotismo no cinema, através de filmes que mudaram a visão da sétima arte frente ao tabu do sexo, com entrevistas de diretores e atores que trabalharam em alguns clássicos do gênero.

Fonte: Adnews

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Governo anuncia recurso da audiodescrição na TV brasileira

O governo anuncia hoje( 20/06) o recurso da audiodescrição na TV brasileira, durante evento na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, a ministra Maria do Rosário, e do secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira estarão lançando o programa.

A portaria do MiniCom nº 188/2010 entra em vigor a partir do dia 1º de julho, estabelecendo que as emissoras de televisão com sinal digital terão que apresentar pelo menos duas horas semanais o recurso da audiodescrição nas programações.

Entende-se por audiodescrição toda a narração, em língua portuguesa, integrada ao som original da obra audiovisual, contendo descrições de sons e elementos visuais e quaisquer informações adicionais que sejam relevantes para possibilitar a melhor compreensão desta por pessoas com deficiência visual e intelectual.

O recurso da narração terá que estar disponível na função SAP. Os filmes, documentários e programas transmitidos em outro idioma também terão que ser integralmente adaptados, com dublagem do diálogo ou voz do narrador.

Serviço

Anúncio da audiodescrição na TV brasileira

Quando: 20 de junho de 2011, a partir das 14h

Onde: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (Setor Comercial Sul – Edifício Parque Cidade – Torre A – 8º andar – Auditório)

Programação

14h às 15h30 – Palestra dos especialistas Lívia Maria Villela de Mello Mota e Paulo Romeu;

15h30 às 16h30h – Anúncio da implementação da audiodescrição na TV aberta brasileira;

16h30 – Encerramento da cerimônia.

* Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério das Comunicações.

Fonte: Convergência Digital

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Popularidade da internet se iguala à da televisão nos EUA

Redação Folha.com

Em um marco histórico, os norte-americanos passam o mesmo tempo conectados à internet e na televisão, segundo um estudo da consultoria Forrest divulgado pelo "Wall Street Journal" na segunda-feira.

Não se deve decretar a morte da TV nos Estados Unidos, contudo. Ambas as atividades agora detêm 13 horas por semana dos norte-americanos.

Em cinco anos, a adesão e uso da internet no país aumentou 121%.

Redes sociais são usadas por 35% dos respondentes da pesquisa, número acima dos 15% em 2007. Outros 18% dizem que leem blogs.

Já os e-mails são os mais populares, com adesão de 92% dos entrevistados.

Fonte: Folha.com

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A diversidade cultural e o regionalismo na TV brasileira


Por Sérgio Mattos*

O multiculturalismo no Brasil, cuja principal característica é a miscigenação dos credos e culturas, ocorre desde a época da colonização. Esta mestiçagem cultural, no entanto, não é devidamente considerada pelos grupos de produção de conteúdos midiáticos que acabam tendendo para o estereótipo, contribuindo para a disseminação de preconceitos.

Sabe-se que o que diferencia as culturas são os valores, as identidades e os símbolos. No caso da televisão, as culturas regionais brasileiras são estereotipadas, a partir dos sotaques regionais, das danças típicas, da culinária e das músicas regionais, tais como o axé-music (ritmo baiano), do frevo (ritmo pernambucano) o forró (ritmo nordestino), ou pela culinária: a moqueca baiana, o churrasco gaúcho, o pão de queijo mineiro, o baião-de-dois cearense e outros.

Diferenças culturais regionais passaram a ser reveladas pela TV, que se transformou na maior mediadora cultural do país. Mas, ao transmitir uma programação baseada em informações fornecidas por agências noticiosas e produções internacionais, a televisão passou a ser responsável pelo processo de mundialização de um padrão do que seja cultura, contribuindo para inviabilizar a divulgação da produção regional.

Num país cheio de diferenças culturais como o Brasil, a pluralidade de produção e distribuição de conteúdo tem que existir, mas a produção televisiva continua centralizada no eixo Rio-São Paulo, tendo como o maior produtor a Rede Globo, que tem difundido por todo o país o que Leonardo Brant classificou como sendo o “carioca way of life”. Tal padrão se viabiliza a partir da implantação da TV Globo, que trouxe ao país o videoteipe, permitindo a gravação e a exibição de um mesmo programa em várias regiões do país.

Diante disso, há um consenso de que a única maneira de se mostrar uma maior diversidade do ponto de vista geográfico é a descentralização da produção. No entanto, os programadores entendem “produção regional” como sendo aquela programação produzida e gerada por uma emissora afiliada dentro da grade nacional dirigida a um público específico em horário nobre.

Nos últimos cinco anos, com o objetivo de atender as demandas regionais, a Globo passou a reservar um espaço em sua programação total, uma média de 12 a 14 horas semanais, para a transmissão das produções regionais, acompanhando a tendência de suas concorrentes. A partir daí foi identificado que, se o horário nobre nacional se estende das 18h:00min às 23h:00min horas, o horário nobre regional está concentrado no período das 12h:00min às 14h:00min horas, de segunda a sexta-feira.

Um levantamento feito pela revista Veja (edição de 05-08-2009), em capitais como Fortaleza, Macapá, Porto Alegre, Teresina, Recife, Salvador, Teresina, o percentual de televisores ligados durante esse horário nobre regional fica em torno dos 60% - um índice tão elevado quanto o noturno. Integram esse horário o telejornalismo e a programação esportiva. O sensacionalismo ocupa a maior parte do noticiário do horário nas emissoras do norte e nordeste do país. Em Pernambuco, o “Sem Meias Palavras”, da TV Jornal, atinge altos índices de audiência apresentando entrevistas de porta de delegacia. Na Bahia, o programa “Se liga Bocão”, da TV Itapoan, parceira da Record no estado, aumenta sua audiência transmitindo imagens chocantes, captadas pelos celulares dos espectadores. Entretanto, as produções regionais não vivem apenas do sensacionalismo, pois, como exemplo, tanto a gaúcha RBS quanto a pernambucana TV Jornal produzem especiais de teledramaturgia. A TV Diário, de Fortaleza, produz o humorístico “Nas Garras da Patrulha”, que também tem feito sucesso no YouTube, e o “Forrobodó”.

O debate sobre a regionalização da produção mereceu a atenção do Observatório do Direito à Comunicação – OCB, que, em 2009, promoveu um estudo intitulado “Produção Local na TV Aberta Brasileira”, com o objetivo de medir a presença de conteúdos regionais na TV aberta. O estudo envolveu 58 emissoras em 11 capitais das cinco regiões brasileiras e chegou à conclusão de que apenas 10,83% do tempo veiculado é ocupado com conteúdo de origem local.

O estudo do OCB constatou que dentre as redes nacionais, a que obteve o maior percentual de programação regional foi a Rede Pública, com 25,55%, enquanto dentre as comerciais a que obteve melhor índice foi a Rede TV!, com 12,2%, seguida da Record, com 11,2%. A Rede CNT obteve média de 9,12%; a SBT ficou com 8,6%; a Rede Bandeirantes com 8,56%; e a Rede Globo, em último lugar, com média de 7% de programação regionalizada. Dentre os conteúdos analisados, o que apresentou maior presença foi o gênero jornalístico. Quanto à produção e veiculação de programas locais por regiões, o estudo constatou que a região com melhor média de produções locais foi o Sul, com 13,92%. A região Centro-Oeste, com 11,66% aparece em segundo lugar. A região Norte ficou com 9,1%; a região Nordeste com 9,8%; e o Sudeste com 9,19%.

Para aumentar a quantidade de horas e de programas regionais nas emissoras de TV, garantindo a diversidade cultural regional e assegurando espaços para a transmissão das produções independentes nas grades das emissoras, é de fundamental importância a regulamentação do Artigo 221 da Constituição brasileira. Só com um novo marco regulatório poderemos garantir a presença da produção audiovisual independente nas grades das emissoras abertas e fechadas; estimular a produção independente de filmes e de programas de TV; ter um maior espaço para a programação regional na grade das emissoras; e estimular a produção local pelas próprias emissoras e por produtores independentes.

* Sérgio Mattos é mestre e doutor em Comunicação pela Universidade do Texas, Austin, Estados Unidos. É professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB e autor de livros como História da Televisão Brasileira: uma visão econômica, social e política (Vozes, 2009, 4ª edição); Mídia controlada: história da Censura no Brasil e no mundo (Paulus, 2005); e O contexto midiático (IGHB, 2009) entre outros. Participa e contribui regularmente das atividades do Grupo Cepos.

Fonte: Revista IHU Online Edição 343

Entre conquistas e desafios

Por Valério Cruz Brittos e Eduardo Silveira de Menezes

O dia 23 de agosto de 2010 ficará na memória dos trabalhadores da região de São Bernardo e Diadema. Mais do que conquistar a concessão de um canal educativo no município de Mogi das Cruzes, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem a oportunidade de pôr em prática uma nova forma de se comunicar com a sociedade. Na década de 1980, a TV dos Trabalhadores (TVT) atuava como produtora de vídeos e registrava os acontecimentos mais importantes da luta sindical pela redemocratização do país. De lá para cá muita coisa mudou. Um dos principais líderes da entidade, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou à Presidência da República e, de certa forma, essa mudança no cenário político acabou propiciando a obtenção da outorga junto ao governo federal.

A conquista do canal deve ser saudada, afinal, foram mais de duas décadas de pressão junto aos governos de turno e muitas negativas. No entanto, essa discussão passa, necessariamente, pelo atual formato de distribuição de outorgas, tanto de canais de televisão, quanto de emissoras de rádio, o qual está completamente defasado. A legislação que rege a radiodifusão no Brasil ainda remete ao Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT), de 1962. Cinco anos mais tarde, durante a ditadura militar, o Decreto de Lei nº 236 passava a definir em seu art. 13 que a televisão educativa deveria se destinar apenas à divulgação de programas educacionais, ou seja, transmissão de aulas, conferências, palestras e debates, bem diferente do que se verifica hoje e dos propósitos de comunicação pública contemporânea.

Controle e gestão democrática

Bem ao gosto dos déspotas de plantão, as limitações desse formato imposto aos canais educativos viabilizariam o controle do conteúdo veiculado e afastariam o fantasma da disputa de publicidade entre as emissoras público-estatais e as concessionárias públicas, atuantes sob o paradigma comercial. Contudo, não demorou para o governo perceber o ótimo negócio que estaria fazendo ao permitir, direta ou indiretamente, o patrocínio de programas transmitidos em canais ditos educativos. Foi assim que, em 1986, através da Lei Sarney, autorizou-se o incentivo fiscal para produções audiovisuais oriundas de canais educativos. Posteriormente essa determinação legal foi revogada, mas, em 1991, a Lei Rouanet terminou por restabelecê-la e aprimorá-la, pois a nova política de incentivos fiscais abriu definitivamente o espaço para as empresas privadas nos canais educativos. Assim, pessoas jurídicas receberam o amparo legal para aplicar uma parte do seu Imposto de Renda (IR) em ações culturais.

Diante disso, cabe refletir sobre o que diferencia, na prática, as emissoras educativas das comerciais. Talvez a proposta de produção de conteúdos e a política de comunicação da TVT possam ajudar a responder essa questão. A idéia da emissora é instigante e provocadora. Pela primeira vez na história da comunicação sindical brasileira, evidencia-se que uma experiência midiática pode concretizar-se em um espaço de luta atualizado ao contexto comunicacional e político vivido. Entende-se que um projeto de comunicação sindical deve estar comprometido com objetivos públicos, o que passa por controle e gestão democrática, com repercussão sobre a programação e o abrigo da diversidade, ainda que a tendência tradicional seja de um modelo unidirecional e fechado, reproduzindo o sistema hegemônico.

Programação e interatividade


Além de contar com produção própria de aproximadamente uma hora e meia de programação diária, a TVT está atenta às demandas da convergência digital e retransmite seus conteúdos, em tempo real, via internet. Programas voltados ao direito do consumidor, previdência social, tributação de impostos, saúde do trabalhador, meio ambiente, inclusão digital, redes sociais, enfim, todos os temas da agenda atual de discussões a nível local e global, estão sendo incorporados neste primeiro momento. Pensando em incentivar a participação da comunidade, a TVT pretende, ainda, disponibilizar câmeras de vídeo aos movimentos sociais, distribuindo os aparelhos na base dos metalúrgicos do ABC, para que, assim, os trabalhadores possam ajudar na construção das reportagens. Seguindo nessa direção, as redes sociais também estão sendo pensadas como espaços de interação com os telespectadores; por isso, foram criados perfis no Orkut, Faceboock e Twitter.

De início, são sete programas, priorizando o conteúdo jornalístico e o acervo da emissora. Seu Jornal, Memória e Contexto, Bom para Todos, Clique Ligue, Melhor e Mais Justo, ABCD Maior em Revista e Boa Gente compõem a programação própria da TVT. Para completar a grade foi estabelecida uma parceria com a TV Brasil, canal público-estatal ligado à Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A internet aparece neste cenário como principal aliada na divulgação dos conteúdos produzidos pela TV dos Trabalhadores, sobretudo na obtenção de um público telespectador mais crítico. Sabe-se que apostar nas novas mídias como um espaço de diálogo com a comunidade não é nenhum diferencial em relação à mídia hegemônica, contudo, a participação do público e sua potencial capacidade de tornar-se co-arquiteto das produções audiovisuais configuram-se como alternativa ao modelo de comunicação atual, incluindo-se nesse bojo as próprias emissoras educativas.

Portanto, é indiscutível o protagonismo da TVT enquanto canal de televisão alternativo e, quiçá, contra-hegemônico. Disputa que não pode se reduzir na forma de conceber o conteúdo audiovisual, ou seja, na administração das técnicas de produção e, até mesmo, distribuição dos programas. O potencial transformador dessa nova manifestação midiática pode, e deve, manifestar-se na perspectiva da organização sindical de abrir espaço para a participação da comunidade. A parceria com canais públicos, o olhar para as novas tecnologias e a aproximação com a base da categoria dão pistas de que, enfim, o movimento sindical também está assumindo a responsabilidade pela democratização da comunicação no Brasil, em seu plano prático. Um exemplo a ser seguido e acompanhado com solidariedade e disposição para seu avanço, por parte da Academia e de toda a sociedade brasileira.

Fonte: Observatório da Imprensa