sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Jornalistas gaúchos debatem cobertura esportiva
Episódios polêmicos da imprensa gaúcha foram analisados durante a atração. Os limites da informação pública e privada permeou a discussão a partir do caso das "ovelhinhas", quando há alguns anos um celular ficou ligado durante uma reunião de dirigentes e acabou "vazando" para os jornalistas. A intervenção dos repórteres de campo durante uma confusão no Gre-Nal 373 também esteve na pauta.
Sala de Imprensa:
domingos, às 18h, na TV Assembléia (canal 16 da NET). Pela internet assista em www.al.rs.gov.br/tvassembleia. Blog: www.saladeimprensa16.blogspot.com Sugestões de pauta: saladeimprensa@al.rs.gov.br
Interior de São Paulo recebe TV digital
De acordo com o IDGNow!, a retransmissora EPTV, afiliada à TV Globo,vai iniciar a transmissão de sua programação em alta definição na próxima quarta-feira (03/12), dias antes do primeiro aniversário do sistema brasileiro de TV Digital.
O sinal cobrirá toda a cidade de Campinas nessa primeira fase, mas a retransmissora admite ter planos de aumentar a cobertura para municípios vizinhos, como Valinhos, Hortolândia, Sumaré e Monte Mor.
Campinas é a sétima cidade brasileira a receber o sinal da TV Digital, após São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre. A estréia da TV Digital na cidade marca a entrada da tecnologia longe das capitais.
Em tempo: Pouco antes da EPTV anunciar a entrada da TV digital em Campinas, o canal gaúcho RBS confirmou que adiou por tempo indeterminado a entrada do sistema em Santa Catarina por causa das chuvas que devastaram o estado e já causaram 86 mortes.
Fonte: AdNews
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Chuvas em Santa Catarina atrasam início da TV digital em Florianópolis
De acordo com a RBS TV, que vai transmitir o sinal de TV digital, ainda não há um novo prazo para início do sistema, que no início terá cobertura apenas em Florianópolis, até ser chegar a outras regiões do Estado. O "Jornal do Almoço Especial", primeiro programa da emissora a ser transmitido com o sinal, iria ao ar nesta quarta-feira (26), mas foi adiado.
Florianópolis seria a sétima cidade a receber o sistema. Quase um ano após a inauguração da tecnologia no país, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre recebem o sinal. A TV digital deve chegar a Salvador em dezembro.
Depois da assinatura do chamado termo de consignação, que permite o início dos testes, a emissora que assina o documento tem seis meses para apresentar ao ministério das comunicações o projeto de instalação do sistema.
As transmissões oficiais devem começar no máximo 18 meses após a aprovação do projeto. De acordo com o ministério das Comunicações, até agora todas as capitais que tiveram seus canais consignados se anteciparam a esses prazos em mais de um ano.
Fonte: Folha Online
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Brasil se rende ao Banco Mundial mais uma vez
A crise do sistema financeiro mundial atingiu o Brasil em cheio. Ao contrário dos opinólogos de plantão, não faço o elogio do acaso e das apostas. A crise acertou o país porque esta nação é governada por banqueiros, literalmente. O homem mais poderoso daqui é funcionário do Bank of America. Seu nome é Henrique Meirelles e tem uma sólida carreira ligada ao BankBoston. É presidente do Banco Central do Brasil (BC) e ganhou status de ministro porque estava sendo acusado por sua fortuna pessoal sem origem. Agora, apenas o Supremo Tribunal Federal (STF), nossa gloriosa Suprema Corte digna de livro de Bob Woodward e Scott Armstrong (“Por detrás da Suprema Corte”, Saraiva, 1985) pode julgá-lo.
Os fatos são diretos e falam por si só. O Brasil alega para a humanidade haver pagado sua dívida externa. O que devia para o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi quitado. O grosso dos credores privados também. Mas, na frieza das LTNs (Letras do Tesouro Nacional) o que ocorreu foi uma troca da dívida externa pelo super-endividamento público como forma de acumulação do capital especulativo. A fusão e concentração bancária é fruto desse gênio do crime. Agora, com a corda no pescoço, com os cinco maiores bancos do país sendo proprietários de 86% das agências e terminais eletrônicos, resta ao governo pagar a conta do fim da liquidez.
Desta forma absurda, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai injetar mais R$ 12,5 bi de reais (cerca de US$ 6 bi de Usd) para garantir o fluxo de empréstimos para o “setor produtivo”. Assim, ao invés de obrigar a Banca a emprestar, rebaixar a taxa básica de juros (Selic) e impor uma porcentagem da carteira dos bancos privados a ser destinado para o financiamento do capital de giro subsidiado, o Estado vai repassar o boleto de pagamento para todos nós. A origem dos R$ 12,5 bi é igualmente sinistra. R$ 7,5 bi virão com mudanças nos compulsórios bancários. Ou seja, as reservas de depósitos obrigatórios, cada vez mais aliviadas, serão usadas para financiar o salvem-se quem puder. E, este montante sai do Estado, através do governo central, e não onera o caixa da Banca. Além disso, os restantes R$ 5 bi sairão de uma linha de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BIRD), empresa subsidiária do Grupo Banco Mundial. Ou seja, estamos nos REENDIVIDANDO para pagar a conta da farra das subprimes tupiniquins e nas apostas com o mercado futuro do dólar.
Para quem imagina que acabou o pesadelo vindo do “governo de esquerda que manda por direita”, a coisa é pior. O empréstimo do BIRD para a União saiu por medida provisória, ou seja, por decreto. Ao invés de decretar a taxação compulsória sobre a Banca, Lula decreta o re-endividamento do país. Tem mais. O Brasil garantiu uma linha especial junto ao Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) e ao FMI. A 11ª economia do mundo ganhou este presente como menino bem comportado. Isto foi fruto do bom comportamento em 2002 e em 2008, das operações de swap (troca de moeda) então comandadas pelo gerente de especulação de Soros e então presidente do BC Armínio Fraga e a repetição da roubalheira na forma reversa pelo sempre citado Mr. Meirelles. Hoje podemos trocar até US$ 30 bi (mais de R$69 bi de reais) e pedir um auxílio para o Fundo. Ou seja, o prêmio pelas tenebrosas transações de swap e a obediência aos “fundamentos da economia neoliberal anti-econômica” é deitar nos braços da morte outra vez.
Após 13 anos de “austeridade monetarista” descobre-se o óbvio. Fruto das políticas vende-pátria, o país abriu mão de reservas estratégicas – como o minério de ferro privatizado – para tornar-se uma plataforma de exportação de bens primários. Agora os financistas reinventam a roda, financiando com crédito externo a mentalidade criminosa de quem atirou 4/5 da economia produtiva e de mercado aberto operando no Brasil à farra da jogatina de derivativos e mercado futuro. A exuberância irracional tupiniquim termina de modo melancólico tal como um cocainômano da Bolsa de Valores ou o alcoólatra do meio artísitico, viciado em bebida destilada escocesa ou russa. Perdem a família, trabalho, e bens, mas não perdem a pose e a falta de vergonha na cara!
*Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise. E-mail: blimarocha@gmail.com.
Fonte: Estratégia e Análise
Forum SBTVD tem novo conselho deliberativo
O conselho deliberativo, que conta com 13 membros representantes dos setores de recepção, radiodifusão, software, transmissão e universidade é formado por: Almir Ferreira da Silva (Telavo); Carlos Fructuoso (Linear), Carlos Goya (Sony); David Britto (Quality Software); Dilson Suplicy Funaro (LG), Fernando Bittencourt (TV Globo), Guido Lemos (UFBP); José Marcelo do Amaral (Rede Record); Marcelo Knörich Zuffo (USP), Roberto Franco (SBT); e Walter Duran (Philips).
Fonte: PAY-TV
terça-feira, 25 de novembro de 2008
O uso jornalístico dos blogs
Os weblogs, comumente chamados de blogs, surgiram como um diário pessoal na internet, um lugar para escrever e divulgar coisas de interesse íntimo e opiniões. Essa ferramenta digital ainda é usada para essa finalidade, porém vem se expandido e sendo incorporada também com outros objetivos, mercadológicos. Os blogs atualmente têm sido preferencialmente desenvolvidos por empresas de mídia para informar mais, dar continuidade ao material divulgado na TV, revista, jornal ou rádio. É o jornalismo fazendo uso do blog.
O blog pode ser atualizado e editado várias vezes diariamente, sem limite aparente de conteúdo. Isso gera uma grande facilidade para as redes de comunicação divulgarem mais sobre os assuntos que cobrem. Tem ainda a vantagem da interação entre o autor do blog e o leitor. Na seção de comentários de leitores, disponibilizada nos blogs, pode-se criticar, acrescentar informações, elogiar, corrigir, enfim, falar com o responsável pelo material divulgado com muito mais facilidade, ajudando a manter o espaço sempre atualizado. Isso é importante também para a formação do blog. Saber o que o leitor quer ler e como quer é fundamental para que qualquer meio atraia cada vez mais leitores.
Blogueiros e jornalistas
Outra utilização do blog feita pelos jornalistas e outros membros de empresas de comunicação é como mecanismo de opinião. No jornalismo online, em geral, há maior divulgação de conteúdo opinativo, mas no blog isto está mais caracterizado pela existência de discussão contínua sobre o que é divulgado nos textos, incluindo o uso de comentários dos leitores para a criação de novos posts. Assim, até a própria linguagem empregada virtualmente termina por se diferenciar daquela encontrada no jornal impresso. Percebe-se maior intimidade entre autor e leitor – afinal, seu escritor tem mais nítido com quem está dialogando.
Grandes empresas jornalísticas mantêm em seus sites blogs de seus profissionais. O site Zero Hora.com, por exemplo, apresenta uma variedade de páginas para cada assunto, onde jornalistas e comentaristas da organização divulgam diariamente notícias que não ganham espaço na versão em papel, aprimoram o conteúdo do jornal ou manifestam suas opiniões. Além disso, ainda há as páginas virtuais temporárias, feitas exclusivamente para cobrir algum fato importante que está acontecendo em um dado período, como os vários blogs que tratavam dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Contudo, todo esse uso que as grandes mídias estão fazendo desse instrumento começou após a invenção dos diários digitais. No seu início, os weblogs eram feitos pelos adolescentes usuários da internet, que se serviam deles literalmente como diários, onde escreviam os acontecimentos do dia-a-dia, suas reflexões e frustrações. Havia também os blogs temáticos, que reuniam um grupo de pessoas com os mesmos gostos sobre variados assuntos. Os próprios jornalistas, no princípio, não viam os blogs com bons olhos. Qualquer um poderia criar uma página e publicar notícias iguais ou muito semelhantes às disponibilizadas pelos jornais online. Havia um embate entre os blogueiros conhecidos e jornalistas formados – um lado alegando liberdade para se expressar e o outro exigindo profissionalismo na divulgação de notícias.
Interação direta com o cliente
Atualmente, quem não está muito contente com o uso feito dos blogs são os seus antigos usuários. O diário digital ganhou popularidade entre as empresas de comunicações que, em sua grande maioria, mantêm vários blogs de seus profissionais. Os tradicionais utilizadores, que os mantinham para fazer confidências a parentes e amigos, perderam espaço para os grandes blogs, cujas visitas chegam a mais de um milhão por mês. Por mais que esse ambiente seja visto pelos leitores de blogs jornalísticos como uma forma mais próxima do autor, os donos das páginas desbancadas perceberam que os blogs se tornaram mais uma ferramenta para garantir lucro aos grandes grupos midiáticos. A intimidade que eles tinham com os leitores do blog foi alterada.
Enquanto isso, cada vez mais as empresas jornalísticas, e mesmo companhias fora do ramo da comunicação, investem nesse novo meio de passar informação, conhecimento e, além de tudo, de interação direta com o cliente. No entanto, sem deixar de lado as potencialidades tradicionais da mídia, que ainda são as que atingem maior número de pessoas.
Fonte: Observatório da Imprensa
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Defesa do Consumidor debate produção de conteúdo da TV paga
A comissão já debateu dois aspectos do projeto: distribuição e empacotamento. Nesta semana, o tema do debate é produção. Na próxima semana, será programação de conteúdo.
Na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, o projeto causou polêmica pelo fato de o relator, deputado Jorge Bittar (PT-RJ), ter estabelecido cotas de conteúdo nacional na produção e no empacotamento dos canais.
Foram convidados:
- o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel;
- o presidente da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV), Fernando Dias;
- o presidente do Congresso Brasileiro de Cinema (CBC), Jorge Moreno;
- o presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), Amilcare Dallevo Júnior;
- o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Radio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slavieiro;
- o presidente da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor (MPCON), Amauri Artimos da Matta.
O projeto permite que empresas de telefonia fixa e móvel tenham canais de programação. Hoje, as empresas de telefonia celular já podem veicular vídeos avulsos. Conforme o projeto, os canais das empresas de telefonia fixa serão transmitidos pela linha telefônica para os aparelhos de televisão. Os canais das empresas de telefonia celular serão acessados via celular, por meio dos sites das empresas em suas próprias redes (intranet) ou na internet.
A última proposta do deputado Jorge Bittar (PT-RJ) define as seguintes cotas:
- os canais de filmes/séries deverão exibir 10% do horário nobre (três horas e meia por mês) de conteúdo brasileiro, sendo que metade deve ser produção independente.
- todo pacote deve ter pelo menos 30% de canais cujos proprietários sejam brasileiros. Esses canais deverão exibir pelo menos 8 horas diárias de programação brasileira. Dessas 8 horas, 4 deverão ser filmes ou séries. Dessas 4 horas, duas deverão ser de programação independente.
- Pelo menos um dos canais, nessa cota de 30%, deve veicular pelo menos oito horas de filmes.
- Todo pacote que incluir um canal de notícias deve oferecer pelo menos mais uma opção de canal de notícias, para que o assinante tenha opção de escolha.
Fonte: Câmara dos Deputados
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Seminário Estadual Pró - Conferência Nacional de Comunicação
Local: Praça Marechal Deodoro, 101, Cento - Porto Alegre/RS
Programação:
08h30 - Recepção e Credenciamento 09h10 - Cerimonial de Abertura
09h30 - Mesa 1: Reestruturação do Sistema e Controle Público
Mediação: Deputada Luiza Erundina
Palestrantes: Celso Schröder - Fenaj/Fndc
Pedrinho Guareschi - PUCRS
Osvaldo Biz - PUCRS
agmar Camargo - Conrad
Maria Helena Weber - UFRGS
12h - Intervalo para almoço
13h30 - Mesa 2: Conteúdo Cidadão
Mediação: Rosane Bertotti - CUT
Palestrantes: Roseli Gofmann - CFP
Antônio Hohlfeldt - Intercom
Ricardo Moretzsohn - Campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania"
José Luiz Sóter - Abraço
16h - Mesa 3: Convergência
Mediação: José Carlos Torves - Fenaj
Palestrantes: Juliano Maurício de Carvalho - FNPJ
Valério Brittos - Unisinos
Pedro Osório - Unisinos/FNDC
Deputada Luiza Erundina
Informações:
E-mail: eventos@crprs.org.br
Site: httP://www.crprs.org.br
Informações: 51.3334.6799
Fonte: Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação
Presidente do Conselho Deliberativo da TVE renuncia
Para seu lugar, Torma indicou o nome de Batista Filho, vice-presidente da ARI. Batista já foi presidente da TVE, entre 1993 e 1994, no governo de Alceu Collares. Entretanto, em reunião do conselho, o jornalista afirmou que não pretende concorrer ao cargo. “Não participaria de uma eleição, embora aceitasse assumir a presidência se fosse uma decisão unânime do Conselho”, confirmou Batista ao Portal3, na tarde desta quinta-feira, 20.
Pedro Osório, professor de Comunicação Social da Unisinos e representante do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul no Conselho Deliberativo, teve seu nome indicado por um grupo de conselheiros. O sindicato, embora não interfira na escolha do novo presidente, apóia a indicação de seu representante. A definição de quem irá ocupar o cargo ocorre na próxima reunião do Conselho Deliberativo, marcada para o dia 8 de dezembro.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Quem pode mais no PL 29?
Mexendo em casa de maribondo. Esta máxima popular, que alerta para os perigos de se envolver em algo arriscado, está perfeitamente adequada para ilustrar o texto substitutivo do deputado Jorge Bittar (PT-RJ) ao projeto de lei nº 29/07 (PL 29). São tantos os atores de olho na redação final do projeto que a tramitação vai se estendendo no Congresso Nacional até tentar alcançar um texto palatável para as partes envolvidas. Porém, tal busca por consenso tende a inviabilizar possíveis conquistas da sociedade civil, perseguidas há muito tempo.
O projeto regulamenta os serviços de comunicação audiovisual social eletrônica de acesso condicionado no Brasil, hoje separados em vários instrumentos legais. Em um primeiro plano, a polaridade se dá entre o interesse público e o privado. De um lado, a sociedade civil cobra a inclusão de políticas públicas no campo da televisão paga. Já do outro, as empresas de TV por assinatura exigem liberdade de mercado; mas, paradoxalmente, temem a concorrência com as poderosas redes de telefonia fixa na disputa pelo consumidor, configurando, assim, um segundo plano de divergências.
Fomentar o audiovisual
Para análise, os dois lados podem ser representados, respectivamente, pelos posicionamentos do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) e da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA). O FNDC cobra uma maior intervenção da sociedade no mercado, através do fortalecimento do Conselho de Comunicação Social (CCS) e da aguardada Conferência Nacional de Comunicação. Com o apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), a principal reivindicação do FNDC é de que as conquistas da Lei do Cabo sejam ampliadas ou pelo menos mantidas, destacando-se, entre elas, os conceitos de rede pública e rede única.
De fato, o texto do substitutivo de Bittar não reflete o acúmulo dos movimentos sociais pela democratização da comunicação, pois, apesar do razoável diálogo com vários atores da mídia brasileira, são as empresas de telefonia e de televisão paga que acabaram se tornando as maiores beneficiadas. Com exceção de alguns avanços, o capital novamente se sobrepõe à mobilização civil, a exemplo do que ocorreu na escolha do modelo de TV digital no Brasil.
Foram justamente os poucos avanços do substitutivo que fizeram a ABTA se manifestar contra o texto. Através de um discurso neoliberal, suas considerações solicitam a retirada do projeto de qualquer menção que traga mais ônus ao serviço, como a inclusão de cotas para a produção nacional, os canais obrigatórios e o novo tributo destinado à fomentação de audiovisual: a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine).
Gigantes da economia privada
Na compreensão das empresas, o problema da falta de investimento no audiovisual brasileiro está no mau uso dos impostos pagos pelo setor privado. Segundo elas, já há arrecadação de tributos suficiente para fomentar a produção nacional, a ponto de torná-la competitiva com a realização internacional. A ABTA considera injusto cobrar mais dos capitais e obrigá-los a reservar um espaço maior para o audiovisual brasileiro no pacote de assinatura porque encarece os custos do serviço, prejudicando a expansão da TV por assinatura no país. Esta, no entanto, já vem enfrentando uma enorme dificuldade de firmar-se junto à população, a qual, em sua maioria, não reconhece valor substancial no produto.
Para piorar as perspectivas das empresas, o substitutivo também possibilita a entrada de uma terceira força na discussão, capaz de ir aonde os atuais grupos não conseguiram chegar. São as operadoras de telefonia fixa, conhecidas como teles. Economicamente superiores às empresas de televisão paga e politicamente mais influentes do que os movimentos sociais, as teles aguardam autorização do Estado para investir pesado na TV por assinatura. É provável que elas tenham mais facilidade para lidar com os desafios impostos pelo PL 29, de modo a privilegiar o seu acesso ao mercado e ameaçar o atual oligopólio.
A ABTA exige medidas preventivas que permitam iguais condições de concorrência entre as empresas do setor e as companhias de telefonia fixa. Caso contrário, ela teme a superação dos seus associados por grupos mais estruturados, tornando-os vítimas da defendida liberdade de mercado. Em termos práticos, a concentração vertical do audiovisual nas mãos da teles possibilita uma maior difusão do serviço, em virtude da alta capilaridade decorrente das operações de telecomunicações. No entanto, se isso acontecer, o Estado estará dando um enorme poder a esses verdadeiros gigantes da economia privada.
Um momento derradeiro
Para saber quem pode mais no PL 29, os brasileiros terão de esperar um pouco. O projeto, que estava prestes a ser votado na Comissão de Ciência e Tecnologia, para, em seguida, ser encaminhado ao plenário da Câmara dos Deputados, foi entregue à Comissão de Defesa do Consumidor em agosto deste ano. O novo relator do PL 29, deputado Vital do Rêgo (PMDB-PB), afirma que vai apresentar seu relatório sobre o projeto no começo de dezembro, porém sem os acréscimos de emendas, mesmo aquelas que já foram aprovadas pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, no final de 2007, ou acatadas pelo substitutivo de Bittar. Rêgo trabalhará o seu relatório somente a partir do projeto original.
O deputado petista, por sua vez, tenta fechar um acordo entre as lideranças partidárias para viabilizar a tramitação da matéria em regime de urgência. Se o acordo acontecer e o pedido for aprovado, o PL 29 passará simultaneamente pelas últimas duas comissões envolvidas, além da Comissão de Constituição e Justiça. As votações internas seriam dispensadas e os pareceres apresentados diretamente no plenário. Portanto, vive-se um momento derradeiro para a sociedade civil, as empresas de televisão paga e as teles testarem suas forças no projeto, que pode vir a ser um marco regulatório da comunicação brasileira.
Fonte: Observatório da Imprensa
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
A Banca chantageia a soberania popular e manda seu governo torrar as divisas líquidas
A bomba está armada e preparada para ser detonada. O cenário grotesco não é o de um ataque integrista transmitido pela rede de televisão de Ted Turner (CNN) ou de Rupert Murdoch (News Corp, com a Fox News à frente). Não estamos vendo a uma sandice televisiva onde os opinólogos do sistema justificam o roubo sistemático na base da jogatina como os “humores do mercado”. O atentado é outro, trata-se de crime contra a economia popular, um ataque direto à soberania dos cidadãos sobre os destinos dos recursos da 11ª economia do mundo. É o saque das reservas do Brasil, o país que poderia ser líder da América Latina, isto caso não se comportasse como Sub-Império e semi-capacho do Tio Sam e suas traquinagens.
Estou falando da bomba bancária e das reservas líquidas, em dólares, acumuladas no Brasil durante os últimos governos da Banca, levados na ponta da planilha por funcionários de confiança do sistema financeiro mundial. Tanto na época do governo do ex-funcionário do Banco Mundial, o professor da PUC-RJ, Pedro Malan; como nos últimos quase seis anos do mandato do membro da Escola de Administração Pública de Harvard, Henrique Meirelles, também ex-presidente mundial do BankBoston, que este país é domado na ponta do relho por um reduzido número de financistas.
Desde o início “da crise capitalista”, que o (des)governo brasileiro delega para as autoridades financeiras a missão de “garantir a liquidez dos mercados”. Ou seja, a solução dada pelo Estado para os contra efeitos diretos do acionar da Gangue de Wall Street, com 9 anos de roubo sistemático, fraude de balanços, jogatina explícita com o dinheiro alheio e desregulação quase total do sistema de compensação de valores, é retirar dinheiro das reservas nacionais e torrar na garantia de consumo. Quem deveria garantir este fluxo de crédito barato é justamente o setor bancário. Esta é a fatia da (anti) economia que vêm quebrando todos os recordes de lucro líquido desde o dia 1º de janeiro de 1995, quando assume Fernando Henrique passando por todo o governo do Lech Walesa dos trópicos, o Sr. Luiz Inácio da Silva.
Todos os meses, os bancos operando no Brasil têm de fazer um depósito compulsório no Banco Central (BACEN). Com esse recurso, em tese, o Bacen pode e deve garantir as compensações e “irrigar” o sistema financeiro e bancário. Para aumentar a liquidez de forma direta – ou seja, garantir o fluxo de crédito, que sai do agiota com CNPJ (os bancos) para o consumidor ou as empresas – o BACEN vem diminuindo o depósito compulsório da Banca operando no Brasil. Ainda assim, o limite de crédito seca e os bancos cada vez mais emprestam menos. Para que emprestar (?!), diria um financista, se já temos a população super-endividada e com a corda no pescoço do outro lado do balcão, a Banca fatura ainda mais.
Segundo o diário “oficial” de economia do pago de São Pedro (
Enquanto isso, o Estado brasileiro torra US$ 46,5 bi apenas para segurar o preço do dólar baixo! Em reais essa brincadeira já deu R$106 bi, destinados ao além só “no problema de câmbio”. Todos sabem quem opera o câmbio no Brasil, qualquer técnico da Fazenda e do BACEN pode levantar uma planilha de Excel e dizer nome, endereços, CNPJ, CPF, telefone e movimentação bancária dos piratas do câmbio, como o “investidor” Naji Nahas. Já foram pegos e presos neste país executivos do Crédit Suisse, operando como “private banking”, tragando divisas e evadindo riquezas, e para isso precisam de um circuito de câmbio ilegal para funcionar. Mesmo depois de ir em cana, a nobre instituição suíça continuou com suas operações aqui na terra de ninguém. Portanto, aqui se sabe de tudo. O lapso não de informação, mas de conceito.
O problema é de fundo estrutural e admiti-lo é admitir a moral vigente e de funcionamento do capitalismo em sua versão corporativa e financeira. Não me refiro ao capitalismo concorrencial, o que quase inexiste, mas sim a concertação de classe que ocupa postos-chave no controle do fluxo de riquezas do sistema. A moral da mente criminosa não tem nenhuma relação com o pobre diabo do empresário de si mesmo, como a legião de técnicos de informática que vendem serviço de autônomo e são obrigados a funcionar como micro empresa unipessoal para ser contratados (terceirizados) e não ter direito a nada. A condição é a seguinte: - mataram a moral protestante, e já faz muito, e a inclinação pelo lucro não é pelo benefício do trabalho (mesmo que roubando as horas e forças de trabalho com mais-valia), mas sim pela engenharia institucional que permite a acumulação indevida e a riqueza na base da jogatina. Ao invés de bancas de jogo do bicho, são bancos mesmo, e com ligações orgânicas dentro e fora do Estado e dos meios de comunicação de massa e segmentados.
Afinal, porque acumulamos divisas e reservas “estratégicas” e jogamos tudo na salvação da liquidez bancária? Isso ocorre porque o Estado não regula o ambiente da economia, o Estado é o operador do capital financeiro, tanto nas suas políticas como na ocupação das funções-chave para esta garantia de privilégios absurdos. Os bancos estão regidos, em tese, por um código de normas legais, sendo SUBORDINADOS às normativas do Banco Central e do Ministério da Fazenda. Mas, como não há governo que regule os banqueiros, porque quando se governa com os bancos, são os BANCOS QUE GOVERNAM. Assim, essa vergonha nacional não obriga os financistas a emprestarem, o Governo eleito (pelo voto popular) delega para uma equipe de “especialistas” do Conselho de Política Monetária (Copom) a taxação dos juros reais, indexados na maldita Selic. Nada e nem ninguém obriga aos bancos a cumprirem “sua função” no sistema capitalista, que é de emprestar dinheiro. Ao contrário, liberam o depósito compulsório da Banca e o que eles fazem? Seguram ainda mais o crédito, cortando o acesso ao capital de giro a juros baixos, isto porque vão partir para uma nova etapa de acumulação.
O que irá acontecer no Brasil dos Banqueiros? Antecipo e arrisco a pelo menos três movimentos:
1) Até 14 de novembro de 2008, o governo ainda mantinha uma reserva, feita a partir dos depósitos compulsórios, de R$ 215,9 bi no BACEN. As reservas internacionais são da ordem de US$ 200 bi. Assim, com a “folga” construída na base de uma política de exportações demencial (vendemos soja e compramos tecnologia!) a Banca seguirá chantageando o Estado que lhe serve e dela é parte constitutiva e esgotando as “sobras líquidas” edificadas sobre os “fundamentos da Economia” de Mr. Meirelles, o interventor do Brasil.
2) O processo de fusões, ou seja, de concentração de controle de capital financeiro já começou. A compra do Unibanco pelo Itaú, contou com anuência do governo, que se recusa a governar, e não dispõe dos mecanismos legais (mas surreais) de exercício da delegação de poder conseguida não numa transação bancária, mas através do voto popular. Os seguintes órgãos e outros mais que não citei, simplesmente não funcionam e quando são funcionais, não chegam a punir:
- Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE, do Ministério da Justiça); - Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF, do Ministério da Fazenda); - a Secretaria de Direito Econômico / Departamento de Proteção e Defesa Econômica / Coordenação-Geral de Controle de Mercado (também do Ministério da Justiça); dentre outros, tudo isso é acaba sendo para inglês ver. Na compra executada por Roberto Egydio Setúbal (Itaú) com a anuência de Pedro Moreira Salles (Unibanco) e Pedro Malan (sim, ele mesmo), o presidente foi informado de algo que ele e seus subordinados deveriam REGULAR! A farra começou e o Estado vai entrar pesado, para segurar a quebradeira de bancos menores e para acabar de matar o federalismo de faz-de-conta tupiniquim. Isto porque quando não restarem bancos estaduais e tudo se resumir, na área estatal, ao Banco do Brasil, a União consolidará o projeto de poder de país unitário .
3) Banca “vai partir prá dentro”. Com todos pendurados no super-endividamento e com o crédito difícil, a inadimplência de pessoas físicas e jurídicas tende a aumentar. Resultado, a incorporação de patrimônio pela Banca, executando dívidas e tomando na ponta da caneta o fruto do trabalho e esforço de milhões de brasileiros.
Tudo isso ocorre porque o governo eleito pelo voto popular, governa no exercício da usurpação do direito da soberania dos eleitores. A população se vê emparedada com a carência cognitiva e incapacidade de responder a este tipo de ataque. O que está ocorrendo no Brasil além de acumulação capitalista, é roubo mesmo. A Banca está roubando a riqueza acumulada na base da exportação de produtos agrícolas e devastação de nossos bens naturais não renováveis. Além da espoliação dos últimos 13 anos seguidos, agora a mesma Banca – somada aos operadores de câmbio (isto quando as quadrilhas não são a mesma coisa) – chantageia o Estado e o força a torrar o que segurou. O dinheiro que era para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a Previdência Social virou reserva “estratégica” para jogar o jogo da liquidez. Assim, se “governa” para os banqueiros e não se EXECUTA as funções de ESTADO, conforme reza a tal da Constituição que ninguém cumpre, porque o Direito é uma coisa, a Lei é outra e a operação das Leis é outra também.
Se há alguma novidade não é da falácia de crise cíclica do capitalismo, mas na explicitação das posições de ESTADO. O problema é que a compreensão deste mecanismo é tão simples, que ninguém acredita. Não fosse a colonização da POLÍTICA pela linguagem e pelo jargão financista-neoliberal e estaríamos com todas as condições ideológicas para fazer uma PUEBLADA tentando retomar na raça o que é nosso por direito. Se esta é a dificuldade, portanto este é o desafio a ser cumprido.
*Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise. E-mail: blimarocha@gmail.com.
Fonte: Estratégia e Análise
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Brancos e Negros: painel discute a temática da educação das relações étnico-raciais
Na terça-feira (18/11), as atividades acontecem na quadra 7 do Complexo de Desporto e Lazer e contam com apresentações musicais e capoeira. Diversos professores participam, a partir das 19h30, de debate sobre O corpo nas rodas sociais, reflexão teórico-prática. O evento conta como horas de atividades complementares para os alunos da graduação.
Por Alessandra Stieler Rodrigues
Fonte: J.U Online
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
ABRAÇO/RS consegue aprovar emenda no orçamento estadual contemplando as rádios comunitárias
Do que se trata essa Emenda? O texto do Projeto orçamentário que trata de PUBLICIDADE INSTITUCIONAL – SGG, Secretária Geral do Governo, constava “DIVULGAR NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO” nossa proposta foi de INCLUIR o “INCLUSIVE RÁDIOS E TVs COMUNITÁRIAS”.
Inicialmente propomos uma Emenda Popular assinada pela ABRAÇO RS e pela RÁDIO COMUNITÁRIA IPANEMA de Porto Alegre, no entanto não foi acolhida no Relatório. Passado as etapas de emenda popular e as Emendas de Deputados na Comissão de Finanças, restava o recurso regimental de apresentar EMENDAS DE BANCADAS com um mínimo de 7 assinaturas de Deputados que façam parte da Comissão. Assim no dia de ontem 12 e hoje 13 os Coordenadores Executivo, Finanças, Regional Metropolitana , respectivamente Clementino, João Carlos, Bruno e Doraci e o companheiro Candido Machado do Sindicato dos Bancários Santa Cruz, peregrinaram pelos gabinetes dos Deputados que integram a Comissão de Finanças e Planejamento da Assembléia Legislativa. na busca dos sete votos para poder protocolar a emenda durante a leitura do Relatório.O que parecia impossível se concretizou e a Emenda foi aprovada, portanto incorporada ao Projeto de Orçamento que agora irá a votação de Plenário. Como o Plenário não poderá apresentar mais emendas portanto será definitivamente aprovada. Passo seguinte será a sansão ou veto da Governadora Yeda .Na hipótese de VETO da Governadora voltará a ser votado pelo Plenário da Assembléia o qual precisará de 2/3 dos votos para derrubar os vetos.Essa é a tramitação.Como houve acordo de Bancadas esperamos que não seja vetado.
O que significa na prática essa Emenda? Primeiro: Será a primeiro passo para a construção de uma política pública de sustentabilidade das Rádio Comunitárias. Haja visto que as Agencias vencedoras de Publicidade Institucional, estão “absurdamente” exigindo que sejam filiadas a AGERT. Segundo: nos abre a possibilidade de disputa dessas verbas, ela não será automática.Terceiro: Não haverá razão para as autarquias como CEEE, Corsan, Banrisul, etc, alegarem ilegalidade, pois se pode o mais poderá o menos.
A Coordenação da ABRAÇORS cumpriu com sucesso a sua parte na primeira experiência de pressão nos bastidores, mas sabemos que só isto é insuficiente, precisamos fortalecer nossa organização, e ficarmos atentos para os próximos desdobramentos, pois como diz a canção: “nossos direitos, só a luta faz valer!”. O passo seguinte será a efetivação dessa política que embora mínima é um passo importante.
Fonte: ABRAÇO/RS
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Jornalismo Literário é tema do "Sala de Imprensa"
No último dia da 54ª Feira do Livro de Porto Alegre o programa "Sala de Imprensa", da TV Assembléia (Canal 16 da NET), debate o encontro dos estilos não-ficcional - utilizado pelos repórteres - com a narrativa livre dos escritores. É o Jornalismo Literário, celebre nos anos 60, que hoje se afasta das páginas das revistas e jornais, mas ganha fôlego nos livros-reportagem.
A história do gênero, os desafios para o repórter e os grandes textos desta escola são destacados pelos convidados professor da PUCRS Vitor Necchi; editor do Jornal Já, Elmar Bones, e pelo repórter de Geral de ZH Nilson Mariano. Em pauta, também, as obras de ícones como Truman Capote, Gay Talese e a Revista Realidade. A apresentação é do jornalista Jeison Silva, com a produção de Anajara Godoi.
Domingo (16), às 18h. Canal 16 da NET.
Informações no Blog: Sala de imprensa16.blogspot.com
La RNMA se sigue construyendo
Casi un centenar de comunicadores, periodistas, militantes sociales y políticos se dieron cita el pasado fin de semana en la ciudad de Córdoba, para el 5º Encuentro de la Red Nacional de Medios Alternativos.
(Red Eco) Córdoba- En el Pabellón Argentina de la Ciudad Universitaria, durante dos días muy intensos, se compartieron debates, se intercambiaron experiencias y se socializaron conocimientos tecnológicos.
También hubo momentos para la diversión y el festejo en este quinto encuentro de la Red Nacional de Medios Alternativos al que llegaron desde las provincias de Neuquén, Río Negro, Mendoza, Santiago del Estero, Tucumán, Formosa, Entre Ríos, Santa Fe, Buenos Aires y los anfitriones de la docta.
Allí todos los participantes construyeron un “mapa de medios alternativos” ubicando su nombre en cada provincia marcada sobre un gran papel que dibujaba en su contorno a la Argentina.
Las experiencias latinoamericanas estuvieron presentes no sólo en las adhesiones que llegaron desde Cuba, Colombia, Uruguay, Chile, México, Ecuador y Bolivia, sino en las exposiciones que compañeros de redes de Brasil y Venezuela realizaron durante la mañana del sábado.
El encuentro planteó un primer momento de debate sobre la situación nacional e internacional para hacer una lectura del marco político en el cual deberán actuar los medios alternativos.
El avance de la derecha, de mecanismos represivos por parte de los estados nacional y provincial, el avance de una visión latinoamericana en las acciones a desplegar y la falta de una alternativa para el cambio , fueron algunos de los puntos que construyeron este momento en el debate.
Pensar a la comunicación como un acto de militancia, de acción política, ligado al de otros sectores, constituyeron parte de las visiones que se intercambiaron al momento de hablar de la Red.
Por la tarde la actividad se desplegó en tres talleres. Se debatió acerca de la agenda de los grandes medios y la de los medios alternativos, sobre el contenido de las carreras de comunicación y sobre la ley de radiodifusión.
De estos talleres salieron líneas de acción concretas que pondrán a la Red en movimiento durante los próximos meses.
Como se viene realizando desde el cuarto encuentro (2007 Rosario) no faltaron los talleres de capacitación que permitirán a más integrantes de la RNMA apropiarse de sus herramientas (radio por internet y web)
En la búsqueda de nuevas formas de comunicación se definió la incorporación a la Red del soporte televisivo, acompañado por un taller de formación, y de las intervenciones callejeras con una propuesta concreta en torno a la campaña “La información es poder. Sobre los medios, un debate entero” que viene desarrollando la RNMA por el reclamo de una nueva ley de radiodifusión.
Hubo también un espacio para la serigrafía, para la exposición de materiales de los diversos colectivos que participaron del Encuentro, para la música y el baile. El plenario de cierre del domingo finalizó con un Manifiesto del 5º Encuentro en el que la RNMA se posiciona respecto a temas nacionales y latinoamericanos.
Entre los primeros se destacan la defensa de los derechos humanos (incluido el derecho a la información y la comunicación) en No pago de la deuda externa, la libertad y desprocesamiento de l@s pres@s polític@s y luchador@s sociales y un NO a la criminalización de la protesta.
Respecto a la situación latinoamericana, el manifiesto pide la libertad de los 5 cubanos presos en Estados Unidos, se posiciona contra el terrorismo de Estado en Colombia que continúa masacrando a l@s luchador@s de ese país hermano, exige que se anulen las leyes “anti” terroristas y que no se militarice el continente, entre otros.
Finalmente se decidió realizar el 6º encuentro de la Red Nacional de Medios Alternativos en la ciudad de Paraná, provincia de Entre Ríos, en agosto de 2009.
Por RNMA
Só 1,6% dos usuários adota TV digital
De acordo com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), as emissoras abertas devem fechar 2008 atendendo 40 milhões de usuários. O cálculo leva em conta a estréia do sinal digital nas cidades de Florianópolis, Salvador e Campinas, que deve ocorrer até dezembro.
Além destes municípios, já contam com cobertura as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba e, mais recentemente, Porto Alegre.
Apesar de chegar a 40 milhões de brasileiros, a expectativa do Fórum é que o ano termine com 645 mil espectadores atendidos, o que significa que só 1,61% dos usuários terá optado pelo sinal digital este ano.
O SBTV considera o número adequado, já que na avaliação do Fórum a adoção da TV digital leva tempo em todos os locais onde é implantada. Em nota, o presidente do SBTVD, Roberto Franco, afirma que “nenhum país conseguiu os resultados obtidos pelo Brasil em tão pouco tempo”. Franco lembra que as emissoras estão estreando sinal digital à frente do cronograma oficial, definido pelo ministério das Comunicações.
Conversores
O Fórum estima que até o final deste ano 150 mil conversores digitais já tenham sido vendidos no país, o cálculo leva em conta os conversores externos, os embutidos em TVs e os dispositivos móveis capazes de sintonizar TV digital, como celulares, minitvs e pen-drives com tecnologia 1Seg.
A venda de conversores nas cidades onde a TV digital estreou não ocorreu da forma esperada por fabricantes de set-top boxes. Grandes integradores como a Positivo paralisaram sua produção após uma estréia fraca da TV digital. O conversor popular da ProView também não se disseminou no mercado, como esperava o ministério das Comunicações.
Fonte: INFO Online
Televisa responsable del desastre del país: AMLO
En una carta dirigida al presidente del Grupo Televisa, Emilio Azcárraga Jean, que fue entregada por Claudia Scheinbaun, coordinadora de las brigadas en defensa del petróleo, el tabasqueño prosiguió con sus críticas:
"Ellos se asumen como los grandes censores y deciden qué informar y qué no informar; a quién le abren sus espacios y a quién se los niegan. Y, desde luego, hay temas que nunca abordan: guardan silencio sobre las causas de la pobreza, de la migración y de la violencia, a no ser como nota roja; no hablan de la carestía, de la corrupción, de la impunidad, de la violación de los derechos humanos, del contubernio entre el poder económico y el poder político, de la devaluación del peso.
"Tampoco informan que México ocupa el último lugar en crecimiento económico en todo el continente americano, o que, ante la crisis, de nuevo, el gobierno usurpador, en vez de proteger al pueblo, está rescatando, con el presupuesto público -que es el dinero de todos--, a los financieros y a los grandes empresarios".
Durante el mitin realizado frente a las instalaciones de la televisora, ubicada en avenida Chapultepec, López Obrador prosiguió:
"Desde aquí, desde Televisa, los potentados de México ejercen su dominio sobre la sociedad. Aquí hay más poder que en Los Pinos o que en el Congreso de la Unión porque, en realidad, los dueños de este medio de comunicación forman parte de los hombres y mujeres más ricos e influyentes del país".
Por eso, recordó, desde la campaña presidencial de 2006, cuando se tenía que elegir entre dos proyectos distintos y contrapuestos de nación, "esa elite no dudó en utilizar a los medios de comunicación en contra nuestra para desatar la guerra sucia y avalar el fraude electoral.
"Pero no venimos a reclamarles por eso. Venimos a reclamarles que ellos son, en buena medida, responsables del desastre en que está sumido el país. No sólo por la manipulación que ejercen, sino, principalmente, por lo que callan o dejan de informar", dijo.
Luego de advertir que ante la dictadura de la televisión el movimiento que dirige ha decidido luchar por hacer realidad el derecho a la información, López Obrador advirtió: "No más mentiras, no más manipulación, no más silencio ante los grandes y graves problemas nacionales".
Continuó:
"Este asunto no lo estamos planteando en Los Pinos, en Gobernación, en el Congreso de la Unión o en la Suprema Corte, sino aquí (en Televisa), donde consideramos que están los que verdaderamente mandan y deciden: me refiero a los dueños y miembros del Consejo de Administración de Televisa.
"Es decir, nos estamos dirigiendo con todo respeto a Emilio Azcárraga, María Asunción Aramburuzabala, Pedro Aspe Armella, Ana Patricia Botín, Jorge Cutillas, Claudio X. González, Roberto Hernández, Germán Larrea, Fernando Senderos, Carlos Fernández González y Lorenzo Zambrano, entre otros".
En la misiva, enviada a Azcárraga Jean y firmada por el Comité Nacional en Defensa del Pueblo, el Petróleo y la Soberanía Nacional, el tabasqueño solicita "atentamente que se abran los espacios informativos de sus canales televisivos a la pluralidad, a la diversidad de posturas, sectores y movimientos sociales y ciudadanos. Esta misma postura la hemos expresado en forma abierta en nuestras asambleas informativas".
López Obrador dijo que, en el caso de la aprobación de la reforma petrolera, lo expuesto en los foros, en plazas públicas y en la consulta ciudadana, donde se manifestó el desacuerdo con la iniciativa, fue abordado parcialmente por los medios de comunicación.
"En este proceso, los medios masivos de comunicación han informado de manera parcial e incompleta el amplio y complejo debate en torno del futuro de Pemex. En amplísima medida, la información se redujo a la propaganda gubernamental, sobre todo en la televisión.
"Tan sólo Pemex destinó más de 260 millones de pesos para convencernos, a través de spots, que el futuro de la principal empresa del país estaba en la apertura al capital privado y que teníamos un tesoro escondido en el fondo del mar. Al final, se olvidaron hasta de esta insistente propaganda que no obtuvo la credibilidad suficiente en la opinión pública", señala la carta.
López Obrador afirmó que, desde entonces, se han cerrado los espacios informativos al movimiento que él encabeza, y señaló que fueron estigmatizados los miembros de la "resistencia civil pacífica" que participaron en los mítines.
"Es muy grave la ausencia de espacios en la televisión, donde las voces críticas expresen su punto de vista y sus propuestas. La diversidad y pluralidad informativa es consustancial a la libertad de expresión. Si esta diversidad no tiene lugar en las entrevistas, comentarios, análisis e información de los medios de comunicación, se atenta también contra la libertad de expresión y contra la salud democrática del país", destacó.
López Obrador pidió a Televisa abrir espacios a su movimiento porque esa empresa "debe estar al servicio de la libertad de expresión y contar con información veraz, ponderada y plural".
Por Rosalia Vergara
Fonte: Proceso
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Cobertura da TV digital pode chegar a 40 milhões até dezembro
Levantamento realizado pelo Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre diz que a nova tecnologia terá alcance de cobertura de 40 milhões de pessoas até o final de 2008. O estudo foi feito com base no cronograma de implantação do Ministério das Comunicações e do número de habitantes (Censo/2007 IBGE) das cidades que já receberam e ainda receberão o sinal até o final de dezembro.
Outro dado levantado pelo estudo, analisando a previsão da venda de receptores fixos e móveis da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, é a estimativa do número de telespectadores, que poderá chegar a 645 mil até o próximo mês. Ao todo, calcula-se que 150 mil receptores fixos serão comercializados até o final deste ano, com estatísticas que apontam 3,3 espectadores por aparelho e mais 150 mil receptores móveis, com uma pessoa por dispositivo.
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre são as capitais que já possuem as concessões para transmissão digital em HD e para dispositivos móveis e portáteis. Florianópolis, Salvador e Campinas terão a tecnologia até dezembro. Até o final de 2009, todas as capitais brasileiras e Brasília terão TV digital funcionando.
Roberto Franco, presidente do Fórum, afirmou que o avanço do Brasil na implantação da nova tecnologia é animador: “Nenhum país conseguiu os resultados obtidos pelo Brasil em tão pouco tempo. Somos um case de sucesso, já amplamente reconhecido no exterior”.
Por Maria Maurente
Fonte: Portal 3
TV móvel no celular da Brasil Telecom chega ao RS até o final do ano
A Brasil Telecom apresentou nesta terça à imprensa o serviço de TV móvel que será oferecido aos clientes da empresa até o final do ano. Serão 10 aparelhos, disponíveis no plano 3G Mais, capazes de receber os nove canais iniciais.
Para ter acesso à programação, os clientes deverão instalar um aplicativo, desenvolvido pela brasileira M1ND Lab, que permitirá navegar entre os canais. A TV Móvel será contratada por tempo (30min, 2h, 24h), e dará ao cliente liberdade para “zapear” à vontade no período contratado.
Vale ressaltar que TV Móvel não é o mesmo que TV digital. Enquanto a TV digital é gratuita, recebendo os canais da TV aberta transmitidos digitalmente, a TV móvel é paga, restrita aos canais oferecidos pela empresa – similar à TV à cabo. Até 2009, a BrT pretende ampliar para 128 canais a sua oferta.
– Estamos num período de experimentação com o hábito do usuário. Nós já temos conhecimento de tecnologia de TV e telecom, agora queremos ver como os clientes se adaptam e usam a tecnologia – explicou Sergio Messiano, um dos gerentes da Brasil Telecon.
Por trás da interface do programa há 10 mil linhas de código na linguagem de programação C++. O programa, chamado de M1ND, levou quatro anos para ser desenvolvido. Atualmente, o programa está disponível para a plataforma Symbiam, mas até o Natal deve ter versões para Java e Linux.
Segundo Alberto Magno, da M1ND, todo o esforço foi feito para produzir um produto fácil de se utilizar, que atenda as necessidades do usuário:
– É um produto em constante evolução. Eu comecei a desenvolver porque era viciado no seriado 24 Horas, aí queria assistir ao seriado fora de casa e inventei esse produto que temos aqui hoje.
Pensando no usuário, o programa armazena entre 1min30 e 2min de programação. Isso evita que o usuário perca partes importantes da transmissão ao cair numa área “sombreada” – com sinal fraco.
– A gente sempre se preocupou em não perder um pênalti ou um lance decisivo de um jogo de futebol, por exemplo – explica Magno.
A TV Móvel estará disponível, inicialmente, em aparelhos Nokia, em toda a área de atuação da BrT. O público da TV Móvel tem entre 15 e 36 anos, e 63% são homens. Segundo Magno, os programas mais assistidos, em ordem, são: notícias, esportes, canal adulto e desenhos.
Por Guilherme Neves
Fonte: ClicRBS
terça-feira, 11 de novembro de 2008
IV Colóquio Internacional de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento
Programação
12/11/08 Quarta-feira
17h
Credenciamento
19h30
Local: Auditório da Reitoria
Sessão de Abertura
20h
Local: Auditório da Reitoria
Palestra de Abertura: “Apropiación, Tecnología y Movimientos Sociales en América Latina"
Maria Isabel Neüman (Centro de Investigación de la Comunicación y la Información/CICI/Maracaibo-Venezuela)
21h
Local: Hall da Reitoria
Coquetel de Abertura
13/11/08 Quinta-feira
8h30
Local: Auditório da Reitoria
Mesa 1: “Comunicação, Educação e Movimentos Sociais”
Debatedores:
José Roberto Novaes (Universiade Federal do Rio de JAneiro/UFRJ-Brasil)
Silvia Lago (Universidad de Buenos Aires/UBA-Argentina)
Antonio Gómez Mallea (Universidad Andina Simón Bolívar-Bolívia)
Gabriel Kaplun (Universidad de la República-Uruguai)
Sayonara Leal (Universidade de Brasília/UnB-Brasil)
Coordenadora:
Sônia Meire Azevedo de Jesus (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
11h
Sessão de Apresentação de Trabalhos
GT-01: “Comunicação, Educação e Movimentos Sociais ”/Coordenação: Silvana Bretas (UFS).
Local: Auditório da Reitoria
GT-02: “Economia Política da Comunicação e Indústrias Culturais ”/Coordenação: Lílian Cristina Monteiro França (UFS).
Local: Sala dos Conselhos
GT-03: “Políticas de Acesso à Educação Superior”/Coordenação: Solange Lacks (UFS).
Local: Auditório do CECH.
12h30
Intervalo para almoço
14h
Local: Auditório da Reitoria
Mesa 2: “Economia Política da Comunicação e o Capitalismo do Século XXI”
Debatedores:
Alain Herscovici (Universidade Federal do Espírito Santo/UFES-Brasil)
Cesare Giuseppe Galvan (Centro Josué de Castro-Pernambuco-Brasil)
César Bolaño (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
Gilson Schwartz (USP)
Coordenadora:
Verlane Aragão Santos (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
16h30
Local: Auditório da Reitoria
Palestra: “A Convergência Arte e Comunicação na Mídia Digital”
Lílian Cristina Monteiro França (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
17h30
Sessão de Apresentação de Trabalhos
GT-04: “Políticas de Comunicação e Educação frente à Convergência Tecnológica”/Coordenação: Verlane Aragão Santos (UFS). Local: Auditório da Reitoria.
GT-05: “Práticas Curriculares de Formação Diferenciadas”/ Coordenação: Lianna Torres (UFS). Local: Sala dos Conselhos.
19h00
Local: Hall da Reitoria
Apresentações culturais
14/11/08 Sexta-feira
8h30
Local: Auditório da Reitoria
Mesa 3: “Políticas de Comunicação e Convergência Tecnológica”
Debatedores:
Murilo César Ramos (Universidade de Brasília/UnB-Brasil)
Fernando Mattos (Pontifícia Universidade Católica de Campinas/PUC-Campinas)
Valério Cruz Brittos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos/Unisinos-Brasil)
Maria de Fátima Monte Lima (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
Coordenadora:
Messiluce Hansen (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
11h
Local: Auditório da Reitoria
Mesa 4: “Economia dos Serviços e Desenvolvimento Regional”
Debatedores:
Eduardo Raupp (Universidade de Brasília/UnB-Brasil)
Carlos Alberto da Silva (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
Luiz Marcos Oliveira (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
Abraham Sicsú (Universidade Federal de Pernambuco/UFPE-Brasil)Coordenador:
João Miguel (Universidade do Vale do Rio dos Sinos/Unisinos-Brasil)
13h00
Intervalo para almoço
14h30
Local: Auditório da Reitoria
Mesa 5: “Universidade e Políticas Sociais”
Debatedores:
Cristina Contrera (Universidad de la República-Uruguai)
Néstor Correa (Universidade de Buenos Aires/UBA-Argentina)
Sonia Meire Azevedo de Jesus (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
Félix Angulo Rasco (Universidad de Cádiz-Espanha)
Coordenadora:
Silvana Bretas (Universidade Federal de Sergipe/UFS-Brasil)
17h00
Local: Sala dos Conselhos
Reunião dos Grupos de Pesquisa
17h30
Local: Hall da Reitoria
Lançamento de livros
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Anita Simis assume a presidência da Ulepicc-Brasil
Anita Simis era a secretária-geral da diretoria anterior e tinha recebido, após eleição realizada no último mês de agosto, em Bauru-SP, o compromisso de exercer a função de vice-presidente, mas de agora em diante, por conta da renúncia do professor Gilson Schwartz (USP), vai liderar a seção brasileira da federação internacional. Ao lado dela estarão Jacqueline Dourado (secretária-geral), Suzy dos Santos (tesoureira), Bruno Lima Rocha (Vogal), Juliano Carvalho (Vogal), Ruy Sardinha Lopes (Vogal) e Sayonara Leal (Vogal).
De acordo com a nova presidente da Ulepicc-Brasil, a intenção nos próximos dois anos é fomentar a produção de conhecimento e facilitar o diálogo entre a comunidade acadêmica, o Estado e a sociedade civil na construção de estratégias operacionais no âmbito das indústrias culturais. “Temos nos dedicado aos estudos da relação entre mídia e espaço público, das dinâmicas do trabalho cultural e da prática comunicacional em tempos de inovação tecnológica. Nossa intenção é aumentar o espaço acadêmico voltado às discussões de perspectivas da Economia Política da Comunicação”, explica.
Ao tratar dos mais recentes afinamentos da potencialidade teórico-metodológica da EPC, a pesquisadora ressaltou o caráter aglutinador e interdisciplinar de tal abordagem. “Até o próximo encontro bianual da entidade, em 2010, queremos ter estabelecido novas conexões com outros campos do saber e articulado projetos de pesquisa em parceria com os demais capítulos da Ulepicc. Além disso, toda a materialização dos nossos estudos e pesquisas poderá ser fundamental na tomada de decisões na esfera política do país, dada as transformações da estrutura midiática e as carências perceptíveis no marco regulatório”, diz.
O aspecto político-institucional no campo das comunicações é tema constante nos questionamentos de Anita. Na segunda edição de seu livro “Estado e Cinema no Brasil”, que é uma adaptação de sua premiada tese, a investigadora identifica as razões que impediram o florescimento de uma produção nacional estável e permanente, comparando momentos diferenciados da atividade cinematográfica e fornecendo elementos significativos que contribuem para as pesquisas sobre a atualidade da política nesse setor.
Fonte: EPTIC
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
A respeito da vitória de Obama e a América Latina
Refletindo de modo apressado a respeito da vitória do cientista político por Columbia e advogado por Harvard, sou obrigado a expor as obviedades que ninguém diz. Barack Obama cumpriu os rituais de entrada na elite dos EUA. O termo em inglês, ruling class, a classe que legisla, que manda, dentro e fora dos limites institucionais, me parece o mais apropriado. Para ser parte deste círculo fechado, o ritual de passagem inclui a formação acadêmica de excelência e algum contato com a Ivy League (Liga de Universidades do Nordeste dos EUA). Tanto o presidente eleito do Império como sua primeira dama, Michelle Robinson, tem o selo de qualidade de três das oito universidades (Columbia, Princeton e Harvard) que compõem o círculo mais antigo da formação de membros das elites dirigentes da pátria de Oliver North e Dick Cheney.
Barack é o exemplo vivo do multiculturalismo, mas o melting pot tem de dar frutos para dentro das linhas de fronteira marcadas pelo Destino Manifesto. Porque para os demais países, após o arco-íris não tem pote de mel algum e sim um porta aviões. Se ele entrou como azarão na representação político-partidária, Obama não vai brincar de apertar o Camelot como fez o filho do irlandês que traficava bebida durante a Lei Seca. No campo simbólico, sua vitória é um marco da política mundial. Em uma sociedade racialmente dividida, um afro-descendente ganhar é a prova cabal de que a ação afirmativa abre caminho para uma nova classe de ex-discriminados. Dito e feito, mas deve ser só isso.
Para os povos que se defrontam com a outra ponta do Big Stick, alguns “gestos” são essenciais. No que nos diz respeito como latino-americanos, ficam agonias como:
- O bloqueio econômico a Cuba, será ou não suspenso?
- A base militar imperial que também serve de prisão, em Guantánamo, o que irá fazer com a masmorra?
- A 4ª frota, terá o mesmo papel de avanço sobre os recursos naturais da América Latina?
- O papel do Departamento de Estado, CIA e DEA, será o de continuar conspirando para derrotar todo e qualquer governo com traços de soberania nacional e respeito da vontade popular no Continente?
- Seguirão fazendo aportes de montantes absurdos para a Colômbia, dando sustentação ao governo do narcotraficante e paramilitar
- A biopirataria na Amazônia seguirá sendo feita por “missionários” estadunidenses?
- Na economia financeira e o re endividamento de nossos países, Washington vai dar suporte para a retomada do avanço do Banco Mundial sobre os caixas públicos da América Latina?
A lista poderia seguir por mais vinte páginas, mas o tema de fundo passa por uma reflexão que deve ser feita pelos próprios latino-americanos. O mundo vive sob a ação do Império, mas nosso Continente sente esta presença direta, peleamos cotidianamente para deixar de ser o alvo do Big Stick. Por mais colonizada que sejam as elites dirigentes da América Latina e Caribe, o sentimento popular é anti imperialista e anti yankee. Para mudar esta situação, o novo chefe do Executivo deve tomar posturas de multilateralismo imediato. Duvido que o faça. Emparedado entre algumas aspirações reformadoras e as razões do Estado Corporativo de lá, provavelmente será o mais midiático dos presidentes estadunidenses. Mas, para os povos ao Sul do Rio Grande, deve ser apenas isso.
Como afirmou o general de homens livres José Gervasio Artigas, gaucho oriental, após quinze anos na lida de vento, chumbo, lança e coxilha:
- Somente podemos confiar em nós mesmos.
*Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise. E-mail: blimarocha@gmail.com.
Fonte: Estratégia e Análise
"Sala de Imprensa" debate lançamento da TV Digital no RS
A chegada da nova tecnologia digital à Grande Porto Alegre, no dia 4 de novembro, torna-se gancho para o "Sala de Imprensa" analisar o processo de implantação da TV Digital no Brasil. O programa vai ao ar neste domingo (9/11), às 18h, pela TV Assembléia (Canal 16 da NET). São os convidados: o doutor em comunicação (Unisinos) Valério Brittos, e o doutor em Microeletrônica (Ufrgs) Sérgio Bampi.
O telespectador recebe ainda dicas em relação aos equipamentos necessários à recepção do sinal digital e conhece o Set Top Box. Oportunidade também para discutir o impasse em torno da interatividade e avaliar as participações pública e privada nas políticas que regem o novo modelo de televisão.
Neste domingo (9/11), às 18h, pela TV Assembléia (Canal 16 da NET).
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Jornalismo em Moçambique (orador: Jornalista Fernando Lima)
Em linhas gerais o orador, Fernando Lima, defende a ideia de que o jornalista deve ter um espírito crítico, por excelência: “Nem tudo que brilha é ouro” – assim resumiu o orador a sua ideia.
Fazendo uma periodização do percurso histórico do jornalismo moçambicano, Lima refere que as ideologias estiveram e estão sempre presentes e que por isso, “o jornalista deve ter um olhar crítico face a realidade, olhando as coisas com cautela.”
Assim, no período colonial, explicou Fernando Lima, apesar de haver basicamente um jornalismo dedicado ao fascismo e movido por interesses coloniais, existia também um jornalismo que tentava ir contra interesses do estado colonial e tentavam transmitir essa linha aos seus leitores.
Portanto, a imagem que se nos apresenta hoje, de que as pessoas naquele tempo apenas consumiam informações fascistas, não bem essa. “Houve sempre um outro lado, o lado contrário, e a história é feita desta forma e normalmente tenta-se ocultar esta outra parte da história.” E é a esta outra parte da história que o jornalista deve estar atento e lembrar-se que ela existe, defendeu Lima.
E esta, lembrou e frisou Lima, é uma componente basilar nas regras de fazer jornalismo, e enquadra-se naquilo que se chama “direito ao contraditório”, porque hoje, elucidou, “em Moçambique e em todo o mundo, o direito ao contraditório deve estar presente em qualquer peça jornalística, temos que ver e ouvir os dois lados.”
Durante a luta de Libertação, exemplificou Lima, os boletins da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, partido que dirigiu a luta de libertação nacional em Moçambique, e actualmente no poder) só publicavam as baixas do exército português, mas as do exército da Frelimo não eram relatados. “Esta era uma atitude consciente, não se publicavam aspectos que achavam que não deviam ser publicados.” Tendo acrescentado que este segmento de comunicação em Moçambique é nos apresentado como o verdadeiro jornalismo-revolução, como arma de mobilização das pessoas que estavam na luta de libertação e dos potenciais aderentes à causa dentro e fora do país.
No período pós independência, tentou-se fazer acreditar que o jornalismo desta época histórica era o verdadeiro jornalismo revolucionário: “a ideia que se tentou passar era de que a independência veio melhorar o jornalismo moçambicano, porque antes tudo era mau e tudo de melhor no jornalismo estava sendo feito com o advento da independência.”
Portanto, “Não devemos aceitar os slogans que nos tentam impingir no dia-a-dia.” – Sublinhou o Jornalista Fernando Lima.
E para fortalecer esta posição, o orador disse que a mudança de linha editorial (adopção da linha socialista, em 1975 após a independência), não foi pacífica, houve confrontação. “Em nenhum momento toda a imprensa era acrítica, havia questionamento do regime.” Isto, elucidou, não resultava do facto de o jornalista ser uma classe especial, mas da própria natureza do regisme. Isto para dizer que a censura e a sua imposição “não era de forma alguma e em nenhum momento pacífica.”
De 90/92 até hoje:
A constituição da República muda, o que permitiu o surgimento de órgãos de comunicação privados e maior liberdade de imprensa. “Radicalmente, a condições de fazer jornalismo no nosso país alteraram-se por força da nova constituição.” – Disse Lima.
Estamos, hoje, melhor em termos de jornalismo do que no período 1975/92, porque qualquer pessoa pode escrever aquilo que quiser, há mais liberdade e isso não é controverso. E o exemplo disso é o surgimento de jornais-fax, logo depois da constituição de 90; jornais, estes, que qualquer pessoa, jornalista profissional, ou não, pode eleborar.
Se este pluralismo trouxe consigo maior qualidade ao jornalismo moçambicano, Lima mostra-se céptico quanto a este aspecto. “Tenho as minhas dúvidas.” – Disse.
Argumentando que, as transformações que se registaram na classe jornalística, não se resumem a criação de mais órgãos de comunicação social, mas as transformações que ocorreram também na sociedade em geral, atmbém têm reflexo na forma de fazer jornalismo hoje: “O jornalismo de sacrifício, sacerdócio e dedicado, hoje, não é para todos, porque no fim do dia o dinheiro que se ganha, talvez não seja equivalente ao trabalho feito.”
Portanto, a conjuntura sócio-económica que o país vive faz com que muitos conjuguem o jornalismo com outras profissões como adidos de imprensa, assessores, relações públicas, mas frisa Lima que “tudo isto é aceitável, se houver imparcialidade e independência.”
No entanto, hoje o jornalismo moçambicano vive muito refém das publicidades, principalmente das duas empresas de telefonia móvel do país: a Mcel (Moçambique Celular) e a Vodacom. E a isenção começa a ser posta em causa, pois raramente surgem críticas em relação a qualidade de serviços prestados por estas duas anunciantes. E porque hoje grande parte dos jornais ainda são pequenos, estes acabam sempre sendo os mais prejudicados, por serem muito dependentes financeiramente destas duas empresas, e no intuito de preservar o órgão de comunicação em que trabalha, o repórter vê-se limitado a abordar estes assuntos.
Ou seja, hoje, segundo Lima, vive-se um fenómeno novo, em que temos grupos de interesse muito mais fortes que o governo, e que exercem o seu poder sobre os órgãos de comunicação social, e que condicionam em última análise, os conteúdos que o público lê e ouve todos os dias. “Hoje o nosso inimigo não é o governo.”
Em jeito de conclusão, Lima disse que apesar de hoje estarmos a viver uma Segunda República, uma vez que o Estado é diferente desde 1975 até esta parte, os desafios da profissão jornalística mantêm-se, "hoje devemos dentro do contexto económico actual, lutar para preservar a nossa integridade e honra como pessoas, para que façamos uso destes instrumentos na maneira como fazemos jornalismo."
Feranado Lima, jornalista do semanário moçambicano "SAVANA".
Seminário realizado dia 17 de Outubro de 2008, na Escola de Comunicaçao e Artes (ECA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
Jornal do Almoço estréia em alta definição
Sob sol forte, os comunicadores da RBS TV Cristina Ranzolin, Daniela Ungaretti, Lasier Martins, Paulo Sant'Ana e Paulo Brito apresentaram o programa ao ar livre, interagindo com o público presente. Eles mostraram como a nova tecnologia trará aos telespectadores imagens mais nítidas e com cores mais vivas. O programa teve ainda participação das bandas Nenhum de Nós e Papas da Língua.
A RBS TV deu início, na noite desta terça-feira, às transmissões da televisão digital. A emissora é a primeira do Rio Grande do Sul a operar no sistema. O comando foi acionado às 19h42min nos estúdios da RBS TV em Porto Alegre pelo presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky, junto a Jayme Sirotsky, presidente do Conselho de Administração da RBS, na presença do ministro das Comunicações, Hélio Costa, da governadora Yeda Crusius, e do vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho.
O transmissor NEC UHF Canal 34, localizado no Morro da Polícia, foi colocado em funcionamento remotamente, desde a central técnica da RBS TV no Morro Santa Tereza. O primeiro programa em alta definição a ser transmitido foi a novela A Favorita.
Fonte: Zero Hora.com
RBS TV faz a primeira transmissão digital no RS
— A tecnologia digital que o Grupo RBS e a Rede Globo inauguram na noite de hoje, integrando de forma pioneira Porto Alegre e Região Metropolitana, representa um marco na comunicação gaúcha. A qualidade da alta definição, somada à mobilidade e à portabilidade, e futuramente também à interatividade, se traduzirá em inúmeras oportunidades de aperfeiçoamento da nossa relação com o público e do contato do próprio público com o seu veículo de comunicação mais querido, que é a televisão aberta — disse em seu discurso, Nelson Sirotsky, que pegou do bolso uma minitv e mostrou para o público a imagem pioneira da RBS TV digital.
— A RBS, assim como este Estado, é vocacionada para a inovação e o protagonismo — destacou a governadora Yeda.
O transmissor NEC UHF Canal 34, localizado no Morro da Polícia, foi colocado em funcionamento remotamente, desde a central técnica da RBS TV no Morro Santa Tereza. O primeiro programa em alta definição a ser transmitido é a novela A Favorita.
Nesta quarta-feira, o Jornal do Almoço será o primeiro programa gaúcho totalmente produzido e transmitido em alta definição. O telejornal vai ao ar direto do Largo Glênio Peres, no Centro de Porto Alegre. Começa mais cedo, às 11h30min, e terá uma hora e 20 minutos de duração. Os comunicadores da RBS TV Cristina Ranzolin, Daniela Ungaretti, Lasier Martins, Paulo Sant'Ana e Paulo Brito vão mostrar como a nova tecnologia trará aos telespectadores imagens mais nítidas e com cores mais vivas.
Na tarde de hoje, o ministro das Comunicações assinou a consignação que autoriza a RBS TV Porto Alegre a transmitir no padrão TV digital. O termo também foi assinado pelo presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky. Na mesma solenidade, realizada no Memorial do Rio Grande do Sul, no centro de Porto Alegre, o ministro autorizou a consignação dos canais — a formalidade permite que as emissoras utilizem um canal adicional, em UHF, mantendo a transmissão atual em VHF — para mais cinco TVs de Porto Alegre. A RBS TV vai operar no canal 34 UHF, abrangendo a Capital e municípios da Região Metropolitana. Em Santa Catarina, a chegada do sinal digital será até o fim de novembro.
Fonte: Zero Hora.com
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Perspectivas e conexões na digitalização do mercado gaúcho
De acordo com o cronograma oficial de implementação da televisão digital terrestre (TDT) no Brasil, todas as geradoras de TV deverão disponibilizar o sinal digital até janeiro de 2011. Depois de São Paulo e região metropolitana, cujo lançamento ocorreu em 2 de dezembro de 2007, o sinal foi estabelecido nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba. A próxima cidade a estrear a televisão digital é Porto Alegre. O sinal da RBS TV será aberto no dia 4 de novembro e o primeiro programa a ser totalmente produzido e transmitido em alta definição será exibido no dia 5, o tradicional Jornal do Almoço.
As demais emissoras porto-alegrenses, como Band, Record e SBT, estão definindo seus projetos e ainda não anunciaram seus produtos digitais iniciais. Depois de Porto Alegre, a próxima cidade a receber o sinal digital será Florianópolis (SC), até o final de novembro. Já no mês seguinte, a RBS TV de Porto Alegre e a de Florianópolis apresentarão a minissérie Quatro Destinos, gravada nos dois estados do Sul, em alta definição. Os restantes canais televisivos do grupo exibirão este conteúdo unicamente através do sistema analógico.
Diferenciação do produto-serviço
A TDT amplia as possibilidades de convergência, disponibilizando vários recursos tecnológicos, como multiprogramação (transmissão simultânea de até quatro programas), portabilidade, mobilidade e interatividade. No entanto, esses expedientes não estarão acessíveis de imediato, devendo ser introduzidos posteriormente. Então, da mesma forma que tem ocorrido nas demais capitais do país, a única mudança imediata no mercado televisivo de Porto Alegre, com a implantação da TV digital, é a alta definição, ou seja, qualidade superior de imagem e áudio, gerando modificações técnicas e estéticas, com novos enquadramentos de cena e nitidez da exibição capaz de denunciar falhas no figurino das produções.
Esses fatores, aliados ao baixo poder aquisitivo da população, poderão retardar a disseminação da TV digital no Rio Grande do Sul, como vem ocorrendo nas demais capitais brasileiras em que o sinal já está disponível. Os preços do set top box ainda estão fora da realidade de grande parte dos brasileiros, apesar de já terem sido lançados modelos de menor custo, com versões que variam entre R$ 199,00, R$ 260,00 e R$ 299,00. Mas o principal entrave para o sistema deslanchar é mesmo a falta de diferenciação do produto-serviço, de forma que o consumidor reconheça valor na inovação e invista na migração.
Medidas concretas
A digitalização pode representar mudanças profundas na relação do telespectador com o meio, não somente por alterar a qualidade de imagem e som transmitidos, mas especialmente por permitir maior participação do telespectador na programação televisual, através da interatividade, que, para tornar-se mais plena, requer, necessariamente, a definição do canal de retorno do público para com a emissora. Isso pode significar melhorias no plano da democratização da comunicação, mas deve-se destacar que os usos da televisão com objetivos emancipatórios devem ser uma exceção, sendo o aproveitamento mercadológico a regra, notadamente ante a regulamentação permissiva que demarca o setor.
Portanto, é neste sistema de televisão digital ainda em formatação que os grupos hegemônicos de comunicação lançam suas estratégias operacionais e a sociedade civil busca participação. Até o momento, não são grandes os avanços no que diz respeito à criação de políticas públicas de inclusão digital, nem disposição, por parte do governo e dos agentes hegemônicos, em relação a novas conexões do modelo com o espaço público. Compete ao movimento social, juntamente com universidades e população em geral, pressionar o Estado e exigir que medidas concretas sejam tomadas no âmbito da comunicação que contrariem os interesses hegemônicos e apresentem respostas satisfatórias no plano da cidadania.
Fonte: Observatório da Imprensa
terça-feira, 4 de novembro de 2008
O fundo de realidade na falta de POLÍTICA para a “economia” brasileira
Há um problema de fundo, que vai além da aposta na jogatina financeira com o valor da moeda brasileira em relação ao dólar. Não há crescimento sustentável que se agüente sem estar ancorado na poupança interna. Qualquer macro economista, pós-keynesiano ou economista político decente vai afirmar isso. É impossível imaginar a soberania da decisão política se esta capacidade decisória “flutua” sobre recursos que os mecanismos sociais de regulação econômica não controlam. Isso é impossível no capitalismo, que dirá em outra forma de gerir a sociedade. Portanto, quando os agentes econômicos “se expõem” ao endividamento com outro indexador que não seja a própria moeda do país, ficamos todos à deriva das infelicidades destes gestores.
Não estamos falando dos tubarões do mercado financeiro, mas sim de quatro em cada cinco empresas não-financeiras e que tem ações negociadas na Ibovespa! 4 em 5, mais de 80% do capitalismo real privado no Brasil! Portanto, são empresas de capital aberto, empregando gente e são vitais em uma cadeia de valores de sustentação de cidades inteiras. De cada duas S/A operando no Brasil e jogando seus papéis no Índice da Bolsa de São Paulo (Ibovespa), uma pode estar endividada na moeda controlada por Bernanke e Paulson! Este dado, publicado no Jornal do Comércio do RS, de 3ª 28/10/2009 (pág.7), nos evoca o debate de fundo e que nenhum “especialista” de opinião econômica quer entrar.
Semana passada comentei o fato político com enfoque econômico no curso “Mídia, Controle e Democracia”, promovido pelo Grupo de Pesquisa Cepos/Unisinos e onde participo. Apenas citei de memória este dado. Entendo que um tema assim é um escândalo nacional. Se o público que assiste a novela do eucalipto tivesse a capacidade cognitiva e a motivação ideológica para a rebeldia, apenas esse dado valeria um Caracazo! 4/5 da economia brasileira de capital aberto está pendurada em papel podre, usou o dinheiro captado para apostar na jogatina e agora vê seu valor arriscando cair. A fraude nos balanços da Enron abriu a porteira para o inferno dos números que não comprovam o valor real.
O Estado não é nem responsivo às demandas sociais e menos ainda é regulador do capitalismo exercido no Brasil. Nem as autoridades diretas e nem as delegadas pelos próprios entes faz nada perante o deita e rola dos agentes financeiros. Onde estava a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que não monitorou essa loucura? Para que existe o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e não controla atividade alguma? Ah, não por acaso este órgão pertence ao mesmo Ministério da Fazenda! Sim, o mesmo Ministério cujo responsável, o economista Guido Mantega, disse desconhecer o “tamanho real do problema” com papéis tóxicos? Para que Estado se não regula? Depois reclamam da farra dos aventureiros das finanças e da jogatina com a moeda nacional e o patrimônio alheio!
E agora o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), mais uma vez não defende nada e aconselha menos ainda. Este órgão do Ministério da Justiça é tão (in) executor de políticas e braço operador de Justiça quanto mantém o padrão de não regular nada e apenas definir leite já derramado. O mesmo que sucedeu com a AmBev (compra da Antarctica pela Brahma) termina por ocorrer na compra do Unibanco pelo Itaú. A família Moreira Salles se livra de um problema, descola o Banco do embaixador com a vinculação à falimentar seguradora AIG, planta rumores de que iria ser comprado pelo Santander, flerta com o Bradesco e se deixa incorporar pelo Itaú.
O presidente da República foi informado do negócio. Ex-dirigente sindical, soube de uma fusão que encolhe o mercado interno, otimiza duas empresas em uma e certamente vai gerar demissão da categoria dos bancários. O ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo nada fez e nem deixou fazer. Aplaudiram de longe e plantaram a notificação futura do CADE a respeito do negócio já consumado. O mesmo se deu com os acionistas das duas corporações. Nada falaram e nem foram consultados. As tarifas bancárias e a taxa Selic são os fatores dos superávits recordes da Banca brasileira. A agiotagem de terno e gravata precisa do Ministério da Fazenda e do Banco Central. Com certeza o governo do Copom, com o presidente Fernando Henrique Meirelles soube antes e aplaudiu a medida. Os demais são comunicados depois.
No capitalismo do Brasil não precisa de CADE, COAF, Ministérios da Fazenda e da Justiça e nem Presidência da República. A margem de manobra da Banca é tão grande como um ponto de jogo do bicho na esquina de avenida movimentada. Já tem arrego para a patrulha da área e ninguém corre de cana. No Planalto Central e na São Paulo de Piratininga, ninguém corre do Estado, porque o Estado existe para servir a acumulação de capital da banca de agiotas com terno sob medida e gravata de seda importada.
Que democracia é essa?!
*Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise. E-mail: blimarocha@gmail.com.
Fonte: Estratégia e Análise