quinta-feira, 30 de junho de 2011

SporTV fará transmissão em 3D de Wimbledon

As semifinais e finais do torneio de tênis de Wimbledon poderão ser conferidas de maneira inédita nesta sexta-feira e no fim de semana, dias 1º, 2 e 3 de julho. O SporTV fará a transmissão em 3D das partidas através da NET, que disponibilizará a exibição para clientes HD e HD Max.

“Estamos testando o uso da tecnologia 3D para diferentes modalidades esportivas. Já fizemos com o vôlei, basquete, futebol, e agora chegou a vez do tênis. E Wimbledon é realmente um cenário maravilhoso para isso", explica Pedro Garcia, diretor de negócios dos canais SporTV e Premiere.
"Aqueles que já têm suas televisões 3D e os óculos à mão terão um fim de semana realmente inesquecível, com uma nova experiência televisiva”, garante Garcia. As transmissões, que terão início às 9h de sexta-feira, com as semifinais masculinas, serão feitas em HD pelo canal 502, e em 3D no 701.

Fonte: Adnews

Governo e operadoras firmam acordo de internet de 1 mega a R$ 35

Por Karla Mendes

BRASÍLIA - Depois de muita queda de braço, as empresas de telefonia assinarão hoje um termo de compromisso para que os brasileiros tenham internet de 1 mega a R$ 35 no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse à Agência Estado que o documento será assinado hoje à tarde pelas operadoras e será publicado em edição extra do Diário Oficial da União.

Para chegar a um consenso, a presidente Dilma Rousseff concordou em retirar do documento a obrigação de as empresas garantirem no mínimo 40% de velocidade contratada, mas exigiu da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a aprovação, até 31 de outubro, dos regulamentos que garantirão maiores velocidades aos usuários de telefonia fixa e móvel. "Ela abriu mão dessa exigência, mas deixou claro que vai pegar no pé na questão da qualidade. Tanto que a data para que a Anatel aprove e publique os regulamentos constará no decreto", afirmou Bernardo.

Conforme antecipou ontem a Agência Estado, a reunião entre governo e empresas foi interrompida na noite da última terça-feira, por determinação da presidente, para a inclusão de parâmetros de qualidade e velocidade da banda larga. Dilma queria que as operadoras assumissem a obrigação de garantir no mínimo 40% da velocidade contratada e 70% de velocidade média até 2014.

As empresas se surpreenderam com as metas de qualidade, que superam até os padrões internacionais e argumentaram que não teriam condições de avaliar o impacto financeiro nas propostas em um prazo tão exíguo. Mas só depois de o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, ter sido convocado ontem à noite e assumir o compromisso de acelerar a votação dos regulamentos de qualidade da banda larga é que Dilma abriu mão dessa exigência.

Hoje, no caso da banda larga móvel, as operadoras só garantem 10% da velocidade contratada. Com as novas normas, esse porcentual subirá para o mínimo de 30% nos horários de pico e 50% nos horários de menor tráfego. Um ano depois, esses índices subirão para 50% e 70%, respectivamente.

O governo não abriu mão de aplicação de sanções caso as operadoras descumpram as metas do PNBL. As penalidades vão de antecipação de metas a multas. "As multas têm os mesmos valores aplicados pela Anatel, mas o trâmite de aplicação das penalidades será diferente", explicou Bernardo.

O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, disse à Agência Estado que está "otimista" na assinatura do acordo com o governo hoje. "Há uma boa probabilidade. Estamos otimistas", disse. O executivo afirmou, no entanto, que ainda precisam ser feitos alguns ajustes. A Oi tem posição semelhante. "A intenção de todo mundo é fechar. Mas há algumas questões em aberto para serem pactuadas ainda", afirmou uma fonte da empresa.

A pressa do governo para publicar o termo de adesão ao PNBL é porque hoje vence o prazo de vigências das antigas metas de universalização das concessionárias de telefonia fixa. Como as empresas estavam resistentes em aderir ao PNBL, o governo fez uma negociação cruzada, ao retirar algumas metas em troca da adesão ao programa do governo.

Fonte: Estadão Economia

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Polêmico, projeto sobre crimes cibernéticos fica para agosto

Por Luis Osvaldo Grossmann

Sempre polêmico, o projeto que estabelece tipos penais para crimes cometidos pela internet - mais conhecido como PL Azeredo ou, ainda, pelo menos elogioso AI-5 Digital - foi objeto de intensa discussão nesta quarta-feira, 29/6, e acabou tendo votação adiada para depois do recesso parlamentar - ou seja, agosto.

O cerne do debate na comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados é a conveniência, ou não, de o projeto ser votado antes da apresentação do marco civil da internet. Ou seja, exatamente a mesma discussão que fez o projeto 84/99 ficar engavetado desde 2009 nessa mesma comissão de mérito.

“O Executivo propôs esperarmos o marco civil, mas já se passou um ano e meio. O governo demorou demais e os ataques estão acontecendo”, sustentou o relator da proposta, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do substitutivo aprovado no Senado em 2008 que é a base do texto a ser votado na comissão de C&T.

Para o deputado, o país precisa de instrumentos que criminalizem condutas e garantam instrumentos de investigação para os casos como os da semana passada, quando vários sites do governo federal foram alvo de ataques de crackers. Daí a defesa dos novos tipos penais e do item que obriga provedores de acesso a guardarem, por três anos, dados de conexão como os endereços IP.

“O país precisa de uma legislação nesse sentido, mas o Brasil está omisso”, disparou Azeredo. Segundo ele, a lei é importante porque existem crimes não previstos na legislação penal brasileira. “Há quem sustente que o Código Penal não permita tratamentos por analogia. Além disso, a crimes inexistentes como o phishing”, defendeu.

O presidente da comissão, Bruno Araújo (PSDB-PE) chegou a tentar marcar a votação para 13 de julho - última sessão antes do recesso - mas houve muita resistência. “Acho precipitado. Entendo que a discussão é longa, mas trata-se de uma área revolucionada pelas novas tecnologias e que pode trazer interferências no marco civil da internet”, reagiu a deputada Luiza Erundina (PSB-SP).

“Há inúmeras manifestações na rede contrárias ao projeto. E é ruim iniciarmos essa regulamentação pela criminalização, quando deveríamos começar pela demarcação de direitos e garantias. É querer fazer o Código Penal antes do Código Civil”, emendou o deputado Brizola Neto (PDT-RJ), que igualmente defende que antes seja definido o marco civil.

Audiência

Como resultado, a votação acabou sendo adiada para agosto, após o recesso parlamentar. Mas a ideia é que seja realizado em 13 de julho uma audiência - ou mesmo um seminário - para discutir a questão. Para isso, a comissão decidiu aproveitar dois requerimentos de audiência pública - um para discutir os ataques aos sites do governo, outro o próprio PL 84/99.

Apesar da definição de data, os deputados ainda vão procurar um entendimento sobre os convidados da audiência. O presidente da comissão quer, no entanto, que o projeto seja votado logo. “No máximo na segunda quarta-feira de agosto vamos votar essa matéria. Como não há mais espaço para alterar, ou aprovamos, ou rejeitamos”, concluiu Bruno Araújo.


Fonte: Convergência Digital

Globo encerra briga pelo Brasileirão

Venceu na segunda-feira, 27, o prazo para que a RedeTV! pagasse ao Clube dos 13 os R$ 1.548 bilhão pelo triênio 2012-2014 do Campeonato Brasileiro. Como não houve depósito, executivos da Globo deram o caso como encerrado.

De acordo com o Painel FC, da Folha de S.Paulo, a líder de audiência considera ter vencido a disputa, ou seja, valem as conversas individuais com os clubes. "Na Globo, a interpretação é a de que o não depósito esvazia totalmente eventual tentativa de questionamento na Justiça", afirma a coluna.

Por outro lado, a RedeTV! teria encontrado um entrave e por isso resolveu não pagar. Como o próprio C13 notificou a emissora dando ganho de causa à Globo, a interpretação era que não havia como depositar o valor.

Fonte: Adnews

terça-feira, 28 de junho de 2011

As teles e o mercado audiovisual no Brasil

Por Valério Cruz Brittos e João Martins Ladeira

Todo ato de classificar implica riscos de simplificação. Todavia, não é absurdo afirmar que existem hoje, no Brasil, dois modelos para a televisão na era digital, considerando as dinâmicas globais. O primeiro deles descreve uma expectativa. Tal iniciativa, na qual um projeto como o Google TV merece destaque, preza pela integração definitiva entre TV e internet. Crê-se na possibilidade de reunir inovações como mídias sociais com o conteúdo audiovisual. O uso de mecanismos de busca como ferramentas de acesso a conteúdo e a garantia da interatividade através da possibilidade de inserir material são projeções sobre o futuro, embora tais expectativas remontem aos anos 90. Sony e Logitech se comprometeram a fabricar equipamentos. No entanto, grandes produtores de conteúdo são imprescindíveis e, até o momento, eles não se pronunciaram efetivamente em relação à inovação.

A segunda possibilidade refere-se à entrada sistemática de grupos de telecomunicações no negócio de audiovisual. Ao contrário da primeira hipótese, aqui se percebe algo que acontece de fato desde o início da década de 2000. No caso brasileiro, o negócio de TV por assinatura surge como o principal local para se perceber tal tendência, pois a televisão aberta, afinal, sofre de uma imensa inércia. No Brasil, a TV paga é atualmente um negócio distinto daquele da televisão aberta, controlada por grupos familiares nacionais e corporações verticalmente integradas que concentram as competências necessárias ao negócio. Cada vez mais este tipo televisivo necessita associar-se ao setor de telecomunicações. Convergência econômica, mais que uma possibilidade, aparece neste segundo caso como algo concreto.

Capital estrangeiro presente no cabo

Sem dúvida, o cenário desdobra-se diretamente da renovação iniciada com a oportunidade de integrar conteúdo em uma única base tecnológica, mas não apenas disso. Na verdade, um conjunto extenso de transformações organizacionais teve de entrar em pauta para tal cenário se tornar realidade. A propriedade dos negócios de TV por assinatura está em transformação. Também a regulamentação de tal atividade atravessa mudanças. O modo de organização destes empreendimentos sustenta-se através da construção de parcerias estratégicas que permitem operar satisfatoriamente uma atividade global e competitiva, permitindo às corporações concentrarem-se em suas competências centrais, ao mesmo tempo em que se busca escapar dos mercados saturados. A organização em redes transforma-se em coisa essencial. A TV paga brasileira, em específico, tem tido dificuldade de expansão ante a satisfação da população média com o sistema aberto e os custos para manutenção mensal, o que tem mudado na última década, a partir do crescimento substancial da classe média.

Diversas tendências ocorrem simultaneamente. Por um lado, o impulso percebido nos EUA, com o Telecommunications Act de 1996, permite a formação de conglomerados de telecomunicações capazes de marcar progressivamente sua presença nos negócios de internet por banda larga. No Brasil, as possibilidades dos ganhos de escala e das economias de rede induziram a decisões semelhantes. O negócio de pequenos provedores para conexão discada, iniciado na década de 90, cede lugar a empreendimentos bastante distintos, a partir de aquisições, fusões e inovações. Por outro lado, a posterior concentração das teles reforça a característica global da atividade. A compra da Telemig Celular pela Vivo, em 2006, e da Amazônia Celular pela Oi, em 2007; a aquisição da Brasil Telecom pela Oi, em 2008; e o negócio entre Telefônica e Vivo, em 2010, são indicativos de um mesmo movimento de concentração e formação de oligopólios capazes de se posicionarem numa economia mundialmente integrada.

Esta tendência de globalização das teles pode ser percebida também nos negócios de audiovisual. A difusão de televisão via satélite foi um passo importante neste sentido. No Brasil, os custos do negócio e a complexidade tecnológica não permitiram que fosse levado adiante apenas por corporações nacionais. A primeira iniciativa brasileira data de 1991, com a comercialização de sinais analógicos pela Globosat, que, por limites técnicos, disponibilizava poucos canais. As inovações de News Corp, Hughes e PanAmSat introduzem recursos digitais entre 1992 e 1993. Os custos elevados tornam necessária a associação a empreendimentos internacionais e, a partir de 1996, entram em operação no país os serviços de Sky e DirecTV. O capital estrangeiro também está presente no cabo, a despeito de limitações legais dribladas por subterfúgios duvidosos e pouco investigados. Já na TV paga por microondas – o MDDS, Multichannel Multipoint Distribution System –, a presença de investidores do exterior é livre, mas trata-se de uma tecnologia pouco utilizada.

Clusters de inovações tecnológicas

A convergência econômica tem início concreto com a aquisição de serviços de televisão por assinatura pelas operadoras de teles. Nesta trajetória, o ano de 2006 reúne acontecimentos notáveis. A compra da Way TV pela Oi marca a entrada desta empresa de telefonia na atividade de transmissão de audiovisual. No mesmo ano, a então segunda maior corporação de TV paga no Brasil, a Vivax, seria comprada pela Net. A empresa fora capaz de utilizar diversos recursos de um mercado financeiro desenvolvido, como a abertura de capital e negociação de financiamento, antes de ser absorvida. Na mesma ocasião, a TVA venderia à Telefônica seu negócio de MMDS e parte de suas atividades em televisão. Dois anos antes, Globo e Telmex já haviam se associado em torno da Net, tornando-a um negócio capaz de envolver telefonia, TV por assinatura e banda larga, atuando no chamado triple play.

Na verdade, os mercados de comunicação de massa e telecomunicações parecem ter visto seus produtos essenciais transformarem-se em commodities. De um lado, tem-se a televisão convencional, com a internacionalização da produção audiovisual e a progressiva ampliação de canais de difusão de conteúdo, espremida pela crise da publicidade, ou melhor, do intervalo comercial. Aquilo que se inicia com a expansão da TV a cabo para mercados regionais, nos Estados Unidos dos anos 70, transforma-se num empreendimento global, capaz de envolver satélites, transmissão digital e outras inovações. De outro lado, as teles entram neste mercado convergente a partir da percepção de que serviços de voz não eram mais suficientes em termos de concorrência. Deste entendimento decorrem investimentos na ampliação de mobilidade e na transmissão de dados, ou seja, em atividades que permitam explorar mercados anexos. Todos estes movimentos são clusters de inovações tecnológicas e organizacionais.

Políticas públicas democráticas

O Brasil segue de perto esta tendência. Tais eventos ocorrem associados, numa lógica que surge da convergência de todas as atividades descritas. As probabilidades para o futuro são difíceis de prever. Por um lado, a ampliação de canais de transmissão e o aumento da demanda por conteúdo pode permitir a presença de novos produtores de material. Por outro, os personagens já estabelecidos neste ramo foram muito bem atendidos – até o momento – em suas demandas, por receberem atenção especial dos proprietários de infra-estrutura.

Apesar de considerar-se a democratização da comunicação um princípio relevante, que deve mobilizar a sociedade na luta por viabilização, é difícil crer, num mercado de tamanhas proporções e interesses em conflito, na possibilidade de veículos comunitários transformarem-se numa iniciativa de importância concreta, pelo menos no curto ou médio prazos. De fato, eles possuiriam a capacidade de fomentar a economia nos mercados locais em que agem, gerando ainda altas externalidades positivas em termos de fomento à diversidade e reforço das identidades. Uma possibilidade é a criação de um mercado para produção de conteúdo diversificado e empreendedor.

Neste cenário, a possibilidade de negociar parcerias para difusão de novos produtos envolve o desenvolvimento de habilidades ainda difíceis de encontrar no Brasil. Ainda que a capacidade criativa do brasileiro seja inegável, o fazer audiovisual não foi apropriado sistemicamente, justamente por historicamente se concentrar na Globo. Tal realidade começa a mudar, embora envolva ainda grandes e poucos grupos econômicos. Neste sentido, o futuro se mostra complexo, mas, ao mesmo tempo, instigante, demandando políticas públicas democráticas para a reversão das adversidades.

Fonte: Observatório da Imprensa

TV paga chega a 10,8 milhões de assinantes no país

Principal responsável pelo crescimento do número de assinantes de TV paga no país, a transmissão por satélite (DTH) passou a contar, em maio, com 5,41 milhões de clientes, ou 49,8% dos 10,87 milhões de consumidores desse serviço no país.

Como vem acontecendo nos últimos meses, o DTH foi responsável por 8 de cada 10 novos assinantes registrados em maio, mês em que a expansão do serviço no país, incluindo a prestação via cabo, teve adição líquida de 216,2 mil assinantes.

No conjunto dos cinco primeiros meses, a TV paga ampliou a base em 1,1 milhão de clientes – alta de 11,3% sobre o ano passado. Foi também o período em que o DTH se tornou a tecnologia mais utilizada – o cabo conta com 47,6% do mercado.

Em dezembro de 2010, os serviços de TV por assinatura via satélite representavam 45,8% do mercado nacional, enquanto os prestados via cabo 51% detinham participação de 51%.

Já os serviços prestados por MMDS (microondas) continuam a perder clientes – a queda em maio foi de 1,7% da base de assinantes. Ao longo do ano, o serviço perdeu cerca de 20 mil consumidores no país, contando hoje com 281,2 mil, ou 2,5% do mercado.

* Com informações da Anatel

Fonte: Convergência Digital

segunda-feira, 27 de junho de 2011

TV Digital: Argentina amplia produção local de conversores

Na sua estratégia de atrair a indústria para a Terra do Fogo, a zona Franca da Argentina, o governo de Cristina Kirchner informa que a Newsan investirá US$ 65 milhões para manufaturar conversores para a TV Digital (ISDB-T) e TV paga e para ampliar a produção de LCDs.

O governo argentino adotou a política de incentivar a produção local de TVs com conversores e de conversores para a TV digital não apenas para atender a demanda interna, mas, também, para o mercado latino-americano. Ideia é aproveitar o vácuo deixado pelo Brasil, que até o momento, não definiu sua política de incentivo para a massificação da TV digital.

Na parte de LCDs, a Newsan já produz para as marcas LG, Panasonic, JVC, Sanyo, Noblex e Philco e recém-fechou acordo com a Sony. A empresa concorrerá com a BGH, que também anunciou investimentos próprios em TV digital e uma fábrica de PCs e notebooks em joint-venture com a Positivo Informática.

Vídeos online: a paixão dos brasileiros

Que os brasileiros estão entre os maiores usuários de internet do mundo já é um consenso. Novos dados de uma pesquisa, porém, mostram que, além de gostar de navegar na web, os internautas do País também são os maiores admiradores dos vídeos online.

Segundo um estudo feito com 6,5 mil internautas da Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos, Itália e Reino Unido pela Accenture, os brasileiros são aqueles que mais assistem a vídeos pela internet. Dos entrevistados do Pais, 89% afirmou assistir frequentemente a vídeos em seu computador. O índice é maior do que o segundo país colocado na pesquisa, os Estados Unidos (80%) e o Reino Unido (75%).

Apesar disso, as mídias tradicionais (como a televisão) continuam no topo da preferência dos brasileiros. Para 90% dos internautas do País, é na TV que eles preferem assistir a diferentes tipos de conteúdo. Apesar da conservação de antigos hábitos, a diversificação de mídia e de telas já é algo evidente no Brasil e também nas outras nações.

Considerando os entrevistados de todos os países da pesquisa, 72% afirmaram utilizar laptops para assistir a vídeos, enquanto 63% consomem o conteúdo também por telefone celular e 21% já são adeptos do vídeo pelos tablets.

Já no Brasil, 40% dos pesquisados já assistem a conteúdos em vídeos por laptops, netbooks, notebooks ou smartphones. Até o hábito de assistir à programação televisiva já está migrando para a telinha do computador, uma vez que 35% dos entrevistados garantem que veem seus programas de TV na web.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O poder analítico da Economia Política da Comunicação

Por Andres Kalikoske*

Enquanto a Economia Política clássica busca clarificar a macroestrutura social, a Economia Política da Comunicação – EPC nutre-se desta ciência para analisar fenômenos específicos gerados no ambiente comunicacional, especialmente no âmbito das relações de poder desenvolvidas nos processos de produção, distribuição e consumo de recursos.

Enquanto a Economia Política clássica busca clarificar a macroestrutura social, a Economia Política da Comunicação – EPC nutre-se desta ciência para analisar fenômenos específicos gerados no ambiente comunicacional, especialmente no âmbito das relações de poder desenvolvidas nos processos de produção, distribuição e consumo de recursos. A aproximação da Economia Política com a Comunicação ocorre nos anos 1960, quando teóricos consanguíneos das Ciências Sociais e Humanas identificam a necessidade de esclarecer, a partir de uma ciência não reducionista e não enaltecedora do determinismo tecnológico, questões originadas com o surgimento das indústrias da cultura e da mídia. Portanto, a EPC é o recorte epistêmico de um campo-matriz, dotado de tradição e respaldo científico, cujo conhecimento foi apropriado, direcionado e ampliado, no sentido de elucidar uma nova dimensão comunicacional e fundar um paradigma.

O emblemático livro The political economy of communication: rethinking and renewal, de Vincent Mosco, enfatiza que dois fatores teriam sido decisivos para o desenvolvimento da EPC. Em primeiro lugar, a grande transformação provocada pela estagnação da década de 1970, culminante para a crise internacional do capitalismo, e que gerou um ambiente complexo de produção em declínio, aumento de custos, salários em decréscimo e aumento das desigualdades. O segundo são as transformações estruturais deste período, como a fortificação das empresas, através da especialização e transnacionalização, o enfraquecimento dos governos como reguladores e a expansão das Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs. Suzy dos Santos, no estudo Get back to where you once belonged: alvorada, ocaso e renascimento da economia política da comunicação, complementa que, ao longo dos anos, a disciplina se dividiu entre estudos variáveis de acordo com momentos históricos ou questões regionais. Alguns exemplos foram investigações latino-americanas relacionadas ao imperialismo cultural no então chamado Terceiro Mundo; ou pesquisas acerca da mercantilização das relações sociais nos Estados Unidos; ou ainda, o debate britânico sobre as formas de organização alternativa da esfera pública.

Em atualização epistemológica constante, a renovação da EPC ocorre simultaneamente aos fenômenos que se propõe a investigar, seja através da internacionalização das mídias, de suas privatizações, seja através surgimento de novas tecnologias para a conquista da atenção (audiência). Portanto, seus teóricos se encontram em pleno afinamento com os problemas fundamentais da sociedade contemporânea. A disciplina é classificada pelo campo da Comunicação como um conhecimento interdisciplinar. Cabe ressaltar que, conforme José Luiz Braga identificou em sua pesquisa Os estudos de interface como espaço de construção do campo da comunicação, o conceito de interdisciplinaridade pode ser compreendido a partir de duas macroacepções. A primeira corresponde ao cruzamento de disciplinas ou tecnologias diversas, originárias de outros campos, onde um conhecimento nunca é isolado ou estanque, uma vez que as ciências contemporâneas se inter-relacionam. A segunda diz respeito ao desenvolvimento de um conhecimento locado na interface entre duas ou mais disciplinas estabelecidas, de modo a preencher uma lacuna epistemológica existente. A EPC localiza-se na primeira concepção, integrando-se aos chamados estudos interdisciplinares, cujo desenvolvimento teórico-metodológico enraíza-se na ciência moderna do século XX.

É perceptível a necessidade do poder analítico da EPC para a compreensão dos fenômenos midiáticos da contemporaneidade. Dan Schiller sintetiza no livro A globalização e as novas tecnologias que o objetivo principal dos arquitetos do capitalismo digital era criar uma rede econômica capaz de apoiar o leque de projetos no interior das empresas e no relacionamento entre elas. Esta afirmação não apenas se concretiza como ganha outra dimensão, a partir da introdução das novas tecnologias ao consumidor doméstico, começando pelo microcomputador e seguida por transmissores de sinais de áudio, vídeo e dados, requerendo a total alteração da regulamentação e das estruturas de telecomunicações em diversos países. A internet, por exemplo, que em seu início chegou a ser proclamada como instrumento de democratização, devido ao seu alto grau de possibilidade para o discurso não hegemônico, rapidamente tem sua lógica apropriada pelas grandes organizações mundiais, submetendo-se – não surpreendentemente – à lógica do capitalismo.
Para além de seu potencial intelectivo, o método empregado nas pesquisas de EPC é o materialista histórico-dialético, amplamente desenvolvido e aprofundado por Karl Marx e seus estudiosos. Enquanto ciência das leis que regem as macroestruturas sociais, o materialismo histórico-dialético é capaz de clarificar cientificamente os problemas gerais e cardinais do chamado mundo da vida, desde seu conjunto quanto de qualquer um de seus aspectos separadamente. Em outras palavras, considera a sociedade enraizada num todo, não se tratando da análise acidental ou isolada de objetos ou fenômenos, mas sim destas relações interligadas organicamente, dependendo umas das outras e condicionando-se reciprocamente. Alain Herscovici e César Bolaño destacam em Economía Política da Comunicación y la cultura que o materialismo histórico-dialético é, antes de tudo, um estado de movimento e mudança perpétuos, em que renovação e desenvolvimento são incessantes, com nascimento e desenvolvimento contínuos. Por este motivo a disciplina tem rompido, desde seu surgimento, com posicionamentos que desconsideram o papel central do capitalismo e suas dinâmicas.

* Andres Kalikoske é professor na especialização Televisão e Convergência Digital da Unisinos, membro do Grupo Cepos, doutorando e mestre em Ciências da Comunicação e coordenador do Núcleo de Análise da Teledramaturgia – NAT. E-mail: kalikoske@hotmail.com.

Fonte: IHU On Line

Brasileiro lê mais jornais via tablets

O brasileiro é o povo que mais lê jornais por meio de tablets e de smartphones. Segundo um levantamento feito pela consultoria norte-americana ComScore, O Brasil é a nação com maior tráfego de sites de conteúdo jornalístico fora de computadores e notebooks (ou seja, com acesso via aparelhos móveis).

De acordo com a avaliação da consultoria, que foi publicada na edição desta sexta-feira, 24 de junho, do jornal Folha de S.Paulo, a média da leitura de jornais em tablets e smartphones no Brasil chega a ser duas vezes maior do que o acesso a outros tipos de notícias.

A ComScore avaliou 13 mercados e concluiu que, após o Brasil, o Chile é o segundo país com maior leitura de jornais via dispositivos móveis. No Brasil, somente o iPad (tablet da Apple) é responsável por 31,8% de todos os acessos a jornais por dispositivos móveis. O segundo aparelho mais utilizado é o iPhone, também da Apple, que detém 21% do uso total.

“LulzSecBrazil” ataca rede do Serpro e tira do ar sites do governo e Receita Federal

Por Luiz Queiroz e Luis Osvaldo Grossmann

A rede do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) sofreu no ínício da madrugada desta quarta-feira (22/06), um ataque massivo de negação de serviço, também conhecido como "DDoS" (acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service).

Por cerca de uma hora, a empresa foi obrigada a operar precariamente seus servidores web, o que tornou indisponíveis as páginas da Receita Federal, da Presidência da República e o site Brasil.gov. O ataque teria partido de uma rede 'zumbi' na Itália, segundo fontes governamentais, e teve a autoria atribuída ao grupo de hackers (crackers) que se autodenomina “LulzSecBrazil”. Não chegou a ser uma tentativa de invasão dos sistemas. Os Ataques DDoS não passam de uma ação para tornar os recursos computacionais indisponíveis aos usuários de páginas importantes da Internet.

Os hackers buscam atacar geralmente os servidores web, gerando uma sobrecarga de conexões que acabam provocando a lentidão no sistema de acesso às páginas, até que elas simplesmente não suportam tanta carga e se totnam indisponíveis para visitação, o que obriga a reinicialização dos servidores.

No caso da estatal, esse grupo conseguiu gerar em torno de 350 milhões de conexões simultâneas na rede do Serpro, obrigando aos funcionários da empresa a começarem a tomar medidas de proteção da rede. Uma delas foi o isolamento de IPs de onde estariam partindo tais ataques. A parte mais pesada dessa ação só começou a ser dicipada pela área de segurança do Serpro por volta de 1h40, mas as tentativas prosseguiram até às 3 horas da madrugada de hoje.

Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira, a Secretaria de Imprensa da Presidência confirmou que houve um congestionamento das redes e que os sites ficaram fora do ar por cerca de uma hora.

Novos ataques

Segundo fontes do Serpro, o grupo “LulzSecBrazil” já avisou que fará novas tentativas de ataque DDoS e o alvo agora poderá ser o Siscomex, também sob controle da rede da estatal. Há informações ainda não confirmadas, de que esse mesmo grupo também teria conseguido derrubar a rede da Petrobrás, mas a empresa ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Fonte: Convergência Digital

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Globo muda telejornal para tentar salvar ibope e atrair classe C

Por Ricardo Feltrin

A reviravolta das cadeiras que a Central Globo de Jornalismo promoveu em seus telejornais matinais e vespertinos, anunciada ontem pela Folha, tem dois motivos: estancar a perda de participação dos programas em número de TVs ligadas (share) e, mais ainda, popularizar esses produtos de forma a atrair a agora cobiçada classe C.

Para tanto, a emissora agora colocou na bancada Chico Pinheiro, cujo perfil é considerado mais popular, para suceder Renato Machado. Também incluiu nas edições um comentarista policial (Rodrigo Pimentel), e vem priorizando pautas e notícias que atendam também ao interesse da população de baixa renda. O "Bom Dia Brasil" que Machado ancorou nos últimos 15 anos foi considerado elitista demais para o público C. Machado agora será correspondente da Globo em Londres.

Levantamento de audiência desde 2003 mostra que esse telejornal estagnou em ibope, mas perdeu mais de uma em cada cinco TVs ligadas nesse mesmo período. Ou seja, um em cada cinco domicílios pararam de assistir ao jornal matinal da Globo, que é exibido em rede nacional. A mobilização da Globo se deve ao fato de que, a despeito do share cair, o número de TVs ligadas aumentou mais de 50% entre 2003 e 2011 --de 16% para 24%.

A melhoria e avanço da economia nacional e das classes mais desfavorecidas fez com que mais pessoas comprassem TVs nos últimos anos; mais pessoas passaram a assistir jornais matinais na TV, mas, mesmo assim, esse novo público não está sintonizando a Globo.

"Share" é a porcentagem de TVs assistindo a um programa dentro do universo de TV's ligadas. Em 2003, mais da metade das TVs ligadas pela manhã na Grande São Paulo (52,3%) assistiam todos os dias ao "Bom Dia Brasil". Este ano, até o último dia 17, esse índice caiu para 37,2%.

O início da crise no "BDB" da Globo ocorre justamente após 2003, quando a Record estreia o "Fala Brasil" em versão jornalística. Até então o programa era uma espécie de revista eletrônica de amenidades.

Desde que virou telejornal, o "Fala Brasil da Record cresceu mais de 450% no ibope: de 1,1 ponto para 6,1 pontos. O share também cresceu de forma notável, de 6,5% oito anos atrás para 25,3%, crescimento de 289%

Outras emissoras também foram abaladas pela concorrência da Record, especialmente o SBT, que perdeu um quarto do ibope e quase metade do share desde 2003.

Fonte: Folha.com

As perspectivas do mercado de games

Por Valério Cruz Brittos e Jóice Geisiane Müller Oliveira

Durante a década de 2000, os setores envolvidos discutiram se a realização de jogos de computador deveria ou não ser tratada como um tópico inerente ao campo da comunicação. A conclusão foi que, por diversas razões, o assunto faz parte do rol de temas já associados ao audiovisual. Hoje, o debate é ultrapassado e o resultado parece óbvio: nesta Fase da Multiplicidade da Oferta, toda a criação de conteúdo simbólico-cultural é um problema relevante ao campo da comunicação, sejam as narrativas fechadas ou abertas, independentemente da rede de distribuição ou da plataforma de viabilização de consumo.

De fato, o Brasil produz games, conformando-os da mesma forma que desenvolve software em geral: ocupando uma posição secundária e claramente subdesenvolvida em relação aos grandes players do mercado global. Mais que isso: os jogos são criados de forma semelhante à da realização de filmes. A relativa competência na produção une-se a intensas dificuldades na distribuição. Esta discussão revela novas facetas de um velho problema. A receptividade do mercado interno é maior para os produtos importados e os custos de lançamento e distribuição no Brasil possuem taxas tributárias que excedem 100%.

Qualidade cada vez maior

Buscando sobrevivência neste insípido mercado brasileiro, as empresas têm associado-se a grandes grupos e produzido games, completos ou não, para publicadoras internacionais. Outros estúdios ainda procuram nos jogospara telefonia, de produção mais rápida e com menos custo, uma fonte rentável e mais acessível às organizações brasileiras, em geral pequenas. Há também os que investem na criação de produtos voltados para a educação e a publicidade. Em todos os caminhos, os empreendimentos deparam com a falta de fomento para o mercado nacional. A formação de profissionais especializados é recente e os cursos de Comunicação que atendem às produções digitais têm um número reduzido de formados.

Apesar das dificuldades, o momento pelo qual o mercado está passando não é dos piores. Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), a partir de 2007 o setor retomou o crescimento no país. Parte desse avanço deve-se ao fato do Brasil, finalmente, ter a presença das principais corporações de consoles, Microsoft, Sony e Nintendo. A chegada destas gigantes movimentou o varejo e estimulou o crescimento das vendas. Enquanto a completa reestruturação do setor deva levar em torno de três anos, as companhias brasileiras seguem exportando parte significativa de suas produções.

As mudanças do setor também têm atingido os usuários: dados da holandesa Newzoo apontam que hoje o Brasil soma aproximadamente 35 milhões de jogadores. Estes usuários já não se interessam pelos games simples e pixelados de antigamente, na medida em que têm à disposição lançamentos com qualidade cada vez maior, em tempo cada vez menor. Os novos formatos estão crescentemente próximos dos audiovisuais conhecidos de longa data, seguem roteiros, possuem personagens com perfil elaborado e estão visualmente cada vez mais parecidos com cinema e televisão, contando até com o recurso da terceira dimensão (3D).

Desenvolver expertise

Hoje, o país contabiliza cerca de 40 iniciativas de desenvolvimento que, mesmo com os altos números da pirataria, tentam acompanhar as exigências ascendentes dos players e payers brasileiros. O resultado tem sido a aplicação da criatividade nacional em produções originais e bem conceituadas. A pernambucana Musigames teve seu jogo Drum´s Challenge entre os cinco mais vendidos na App Store norte-americana, em 2008. A Overplay, de São Paulo, negociou a criação de advergames com a InterActive Vision e, desde 2006, produz para a TV 2 dinamarquesa. No segmento de games educacionais, a Operação Cosmos, da paulista Redalgo, é usada para ensinar Física aos alunos da sexta série do ensino fundamental.

Com o mercado aquecido, inclusive pelo grande número de firmas trabalhando para a consolidação desta indústria no Brasil – e com os games assumindo uma posição dentro dos estudos comunicacionais –, o país encaminha-se para uma segunda etapa de questionamentos: sendo os jogos digitais realizações audiovisuais, quais as contribuições destes produtos para a comunicação contemporânea? É imprescindível entender como funciona esta comunicação de duas vias, que é relativamente nova. Ampliar as pesquisas próprias ao tema, para desenvolver uma expertise maior no assunto, é hoje um caminho necessário a ser trilhado.]

Fonte: Observatório da Imprensa

terça-feira, 21 de junho de 2011

Tuitaço é agendado para marcar protesto por banda larga no Brasil

Por Ana Paula Lobo

A Campanha Banda Larga é um Direito Seu! planeja para esta terça-feira, 21/06, um tuitaço - usando a força da rede social Twitter -com o objetivo de mobilizar todo o Brasil por uma internet barata e de qualidade para todos.

A ação, reporta os idealizadores do movimento, lançado em abril, tem como objetivo mostrar ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, diga-se de passagem um tuiteiro, que "a sociedade não aceita o pacote de bondades que estaria sendo costurado em favor das empresas de telecomunicações", em função das negociações do Plano Geral de Universalização de Metas, o PGMU 3, que precisa ser definido até o dia 30 deste mês.

O movimento insiste na necessidade de discussão pública das propostas das teles para o Plano Nacional de Banda Larga, independente do prazo firmado para fechar o acordo. Na semana passada, o ministro Paulo Bernardo, no CIAB 2011, assegurou que não haverá novo adiamento para se fechar o acordo com o PGMU 3.

O Banda Larga é um direito seu! planeja que nesta terça-feira, 21, entre 16hs e 17 hs, haja o máximo possível de mobilização da sociedade com twetts para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O movimento disponibiliza inclusive os endereços para o envio das mensagens:

Os usuários do Twitter podem publicar as seguintes mensagens ao @MiniComBrasil e @Paulo_Bernardo, sob a hashtag #MinhaInternetCaiu:

@MiniComBrasil e @Paulo_Bernardo: #MinhaInternetCaiu... caiu na mão das teles

@MiniComBrasil e @Paulo_Bernardo As teles não merecem um pacote de bondades! Simples assim #MinhaInternetCaiu

@Paulo_Bernardo: #MinhaInternetCaiu O Plano é aceitar venda casada? Discussão pública das propostas de PNBL já!

@Paulo_Bernardo PARA ENTENDER O QUE ACONTECE COM O PNBL campanhabandalarga.org.br #MinhaInternetCaiu

@Paulo_Bernardo #MinhaInternetCaiu Banda larga não é só preço e velocidade. Discussão das propostas do PNBL!

Ainda com relação à banda larga, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou nesta segunda-feira, 20/06, carta ao Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. com pedido de revisão de pontos insuficientes no PGMU 3 (falta de imposição de controle tarifário, metas de universalização, parâmetros suficientes de qualidade e gestão pública das redes) e chama para a necessidade de maior participação popular nessas discussões.

Para o Idec, a adequada realização do serviço depende de sua prestação em regime público, o que daria ao Estado instrumentos regulatórios capazes de impor determinadas obrigações aos seus prestadores. Da maneira que está, a negociação tem se limitado ao que as empresas se dispõem a entregar, sem um planejamento de longo prazo condizente com as necessidade do país nos próximos anos .

De acordo com a advogada do Idec, Veridiana Alimonti, se a conclusão do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III) em alguma medida encerra o período de negociação do governo com as concessionárias quanto aos planos que oferecerão no âmbito do PNBL, a perspectiva não é das melhores e as notícias sobre o tema trazem à tona este problema.

Segundo o instituto, Oi e Telefônica só aceitam oferecer 1 Mbps por R$ 35,00 nas cidades com IDH acima da média nacional se houver venda casada com outro serviço. "Esta prática é ilegal e abusiva nos termos do Código de Defesa do Consumidor e de forma nenhuma pode ser institucionalizada como modelo de plano de banda larga popular a ser oferecido em parceria com o governo federal", destaca o IDEC.

*Com informações do IDEC e do movimento Banda Larga é um Direito seu!

GNT dedica programação à diversidade sexual

Em junho, o GNT apresenta uma programação exclusiva com o tema “Diversidade Sexual”l. Quem abre os trabalhos é Julia Petit, que nesta segunda-feira, 20, recebe a drag queen Salete Campari no “Base Aliada”. Ela ensina truques de maquiagem das drags que podem ser usados pelas mulheres.

No domingo, 26, data da Parada Gay de São Paulo, a faixa “GNT.doc” exibe o inédito “A Revolta de Stonewall”, documentário sobre uma série de manifestações ocorridas em Nova York, em 1969, transformada em marco para o movimento pelos direitos dos homossexuais.

Na segunda, 27, na “Faixa Imperdível”, estreia a minissérie “Retrato de um Casamento”, que, em quatro episódios, conta a história de um casal da alta sociedade inglesa no final dos anos 20. Baseada em fatos reais, ela retrata a vida de Harold Nicolson, que tinha casos com homens, e Vita Sackvile West, que também manteve uma relação amorosa homossexual. Ainda na segunda, o GNT reapresenta o documentário “Hijras: O Terceiro Sexo”, que trata sobre mulheres que dizem ter nascido no corpo de um homem ou homens que nasceram no corpo errado, na Índia.

E no dia 1º de julho, a “Faixa Imperdível” apresenta o inédito “Cinema e Sexo”. O documentário mostra a evolução do erotismo no cinema, através de filmes que mudaram a visão da sétima arte frente ao tabu do sexo, com entrevistas de diretores e atores que trabalharam em alguns clássicos do gênero.

Fonte: Adnews

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Popularização da banda larga terá problemas, diz Bernardo

A popularização da banda larga barata pode causar problemas de infraestrutura, afirmou o ministro das Telecomunicações Paulo Bernardo.

A partir do segundo semestre deste ano, o governo federal implementa um programa que garante banda larga a preços na faixa de R$ 25 a R$ 35 por mês.

Bernardo diz que vai haver investimento em fibras óticas no Brasil para atender o aumento da demanda. E ainda ressalta que a verba, estipulado até então, será insuficiente. “Vamos ter que ter investimentos, associações para construir redes de fibra ótica. Disseram que precisávamos de US$ 144 bilhões para fazer investimentos, eu não acredito nisso”.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Adnews

Governo anuncia recurso da audiodescrição na TV brasileira

O governo anuncia hoje( 20/06) o recurso da audiodescrição na TV brasileira, durante evento na Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, a ministra Maria do Rosário, e do secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antonio José Ferreira estarão lançando o programa.

A portaria do MiniCom nº 188/2010 entra em vigor a partir do dia 1º de julho, estabelecendo que as emissoras de televisão com sinal digital terão que apresentar pelo menos duas horas semanais o recurso da audiodescrição nas programações.

Entende-se por audiodescrição toda a narração, em língua portuguesa, integrada ao som original da obra audiovisual, contendo descrições de sons e elementos visuais e quaisquer informações adicionais que sejam relevantes para possibilitar a melhor compreensão desta por pessoas com deficiência visual e intelectual.

O recurso da narração terá que estar disponível na função SAP. Os filmes, documentários e programas transmitidos em outro idioma também terão que ser integralmente adaptados, com dublagem do diálogo ou voz do narrador.

Serviço

Anúncio da audiodescrição na TV brasileira

Quando: 20 de junho de 2011, a partir das 14h

Onde: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (Setor Comercial Sul – Edifício Parque Cidade – Torre A – 8º andar – Auditório)

Programação

14h às 15h30 – Palestra dos especialistas Lívia Maria Villela de Mello Mota e Paulo Romeu;

15h30 às 16h30h – Anúncio da implementação da audiodescrição na TV aberta brasileira;

16h30 – Encerramento da cerimônia.

* Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério das Comunicações.

Fonte: Convergência Digital

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A mídia como freio social

Por Luciano Martins Costa

Na semana passada, durante debate na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, estudantes questionavam por que razão a imprensa tradicional funciona como um freio na sociedade, embora se esforce por parecer moderna e vanguardista.

Os participantes do evento não avançaram na discussão, mas o tema merece alguma reflexão.

De fato, se observarmos os movimentos sociais, iremos constatar que, de modo geral, a imprensa, como instituição, não atua de modo constante como força mobilizadora de mudanças. Quase sempre faz conjunto com as forças mais conservadoras da sociedade.

Há exceções, condizentes com os papéis que assume este ou aquele veículo de comunicação, principalmente no temas comportamentais ou mundanos.

Mas, no que se refere aos assuntos centrais do noticiário, como a política e a economia, pode-se perceber que a primeira resposta de jornais, revistas e meios eletrônicos associados às empresas dominantes de comunicação é sempre a mais conservadora.

Continuidade

Mesmo quando algum evento extremo ou escandaloso evidencia a necessidade de reformas, por exemplo, a imprensa se omite no aprofundamento dos debates e deixa esfriar o ânimo da mudança. Nesse sentido, pode-se alinhar uma série de acontecimentos que nunca merecem continuidade ou destaque no noticiário.

Por exemplo, as propostas legislativas de iniciativa popular, as consultas públicas e outras formas de suprir deficiências do sistema representativo são apenas pontualmente noticiadas mas nunca merecem o tratamento de alternativas válidas para as omissões do Parlamento.

Da mesma forma, os crimes na fronteira agrícola da Amazônia saem nos jornais mas logo desaparecem e nunca se discute o conflito agrário e as possíveis relações entre mandantes de assassinatos.

Instituição a serviço da imobilidade

Mesmo que rotineiramente se dedique a expor as mazelas do sistema, a imprensa se nega a colocar em debate público a possibilidade de mudanças estruturais, ainda que cabíveis no regime democrático e republicano.

Uma das causas pode ser o fato de que a mídia, em sua natureza, seleciona e oferece padrões, dita modas e modos, incorporando novos comportamentos às estruturas sociais e culturais já consolidadas, domesticando a novidade para que caiba nos padrões convencionais. Trata-se de uma instituição a serviço da imobilidade, ou de uma mobilidade relativa e sempre sob controle.

Como todas as instituições que fiscaliza e critica, a mídia tem ojeriza a rupturas. Por essa razão, é vista mais como freio do que como acelerador de mudanças na sociedade.

publicado originalmente no Observatório da Imprensa

Fonte: Adnews

Entrada das teles no mercado de TV a cabo gera polêmica no Senado

Por: Ricardo Koiti Koshimizu

A audiência que o Senado realizou nesta quinta-feira (16) sobre o PLC 116/10reproduziu a polêmica que vem acompanhando o assunto. Além de contrapor os segmentos de telecomunicações, que pretende explorar o serviço de TV a cabo, e o de radiodifusão - que inclui as emissoras de televisão -, a proposta estabelece cotas para a produção nacional de audiovisual.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apoia o projeto, com o argumento de que a abertura do mercado às teles pode ampliar a oferta do serviço, melhorar sua qualidade e reduzir os preços cobrados. A agência reguladora, aliás, já vem promovendo a abertura do mercado de TVs por assinatura - iniciativa que foi criticada por vários participantes da audiência, como o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Ele argumenta que as medidas adotadas pela Anatel se sobrepõem às discussões sobre o PLC 116/10. Eunício é o relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJ), da qual é presidente.

O projeto também é defendido pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). Além de reiterar "a escassez de oferta e os altos preços do serviço", o diretor-presidente dessa agência, Manoel Rangel, declarou que, "sem esse marco regulatório, não haverá segurança jurídica para o setor".

O PLC 116/10 unifica a legislação para todas as formas de TV por assinatura - além do cabo, a transmissão também pode ser feita via satélite ou microondas. Atualmente, operadoras de telefonia como Telefônica, Embratel e Oi não podem participar da TV a cabo, mas oferecem o serviço via satélite.

Entre os senadores que apoiam a proposta estão Eduardo Braga (PMDB-AM) e Walter Pinheiro (PT-BA). Para Eduardo Braga, que é presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado (CCT), um dos "subprodutos" do novo marco regulatório seria a ampliação da oferta da internet de banda larga no país, com a possível redução nos preços cobrados.

Durante a audiência, o representante das Organizações Globo, Evandro Guimarães, defendeu a aprovação do PLC 116/10 sem qualquer alteração, em particular no que se refere aos artigos 5º e 6º - que impedem as teles de produzir conteúdo. Evandro argumentou que isso é necessário, inclusive, para a identidade cultural do país.

Grupos dominantes

Mas nem o setor de radiodifusão apresenta uma posição unificada. O presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, João Carlos Saad, posicionou-se frontalmente contra o projeto. "O texto não impede que grupos econômicos dominem os diversos pacotes de programas e, assim, mantém o chamado gatekeeper", disse Saad, referindo-se à Globosat, que detém quase 90% da produção. Ele também disse não ser contra a entrada das teles, mas argumenta que a proposta promove uma entrada "desordenada" dessas empresas no mercado de TV a cabo.

Outra crítica à proposta foi quanto à complexidade do texto. Representante da Associação Brasileira dos Programadores de TV por Assinatura, Marcos Bitelli declarou que o texto "usa os truques jurídicos das referências cruzadas [em termos de legislação] e é muito difícil de entender, resultando num quebra-cabeça que só o presidente da Ancine é capaz de explicar".

- Isso vai criar um cipoal jurídico. Se passar no Congresso, não passa no Supremo Tribunal Federal - advertiu Bitelli.

Já a representante do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Berenice Mendes, protestou por não ter participado da mesa de debates. Ela disse que a sociedade civil não vem sendo ouvida sobre a questão - e que a audiência desta quinta-feira "só deu voz a empresários e agências".

Cotas

As cotas para a produção audiovisual nacional - previstas no PLC 116/10 - foram outro ponto de discordância. O presidente da Ancine, Manoel Rangel, argumentou que a medida é necessária para proteger o conteúdo produzido no país - e que "tal convicção é central para o governo". Mas, para Marcos Bitelli, as cotas revelam "um nacionalismo que não mais se aplica". Segundo Bitelli, "isso representa uma política de restrição, e não de incentivo". Já Luciana Ferri, representante da empresa Home Box Office (HBO), também criticou as cotas. Ela afirmou que a HBO vem produzindo filmes e séries nacionais premiados - como Mandrake, Filhos do Carnaval e Alice - e que as cotas podem prejudicar as parcerias responsáveis por essas obras.

O professor de comunicação da Universidade de Brasília (UnB), Murilo Ramos, observou que essas cotas "geram uma grande reação das programadoras internacionais, sendo uma das razões que tornou a tramitação desse projeto difícil".

Também participaram, por meio de videoconferência, representantes de diversas assembleias legislativas do país.

Fonte: Agência do Senado

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Comcast leva o Skype para a TV

O serviço de telefonia via internet Skype anunciou esta semana que fechou parceria com a companhia de TV a cabo americana Comcast. Assinantes dos pacotes de HDTV da Comcast poderão fazer chamadas de vídeo pela TV usando um kit com um adaptador, uma câmera e um controle remoto especial – que também permitirá que os usuários troquem mensagens de texto. Quando receberem uma chamada ou mensagem, eles verão uma notificação na tela – e poderão atender em tela cheia ou em uma janela menor, se quiserem continuar a ver a programação de TV.

A Comcast afirmou que o serviço deve ser desenvolvido nos próximos meses e prometeu mais detalhes até o fim do ano. O Skype foi comprado pela Microsoft por US$ 8,5 bilhões no mês passado. Com informações do Washington Post [14/6/11].

Fonte: Observatório da Imprensa

Operadoras estrangeiras poderão disputar fatia do PNBL

Operadoras estrangeiras poderão participar dos editais do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e acirrar a briga pelos investimentos no setor de telecomunicações. Depois de ser ventilada pela presidente da República, Dilma Rousseff, em meio à crise pela qual passou a Telebrás, no começo de junho, a possibilidade acaba de ser confirmada pelo secretário Executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez. Além das empresas que já atuam no Brasil, como Telefônica e TIM (Telecom Italia Mobile), empresas que não têm capilaridade extensa no País, entre as quais estão as norte-americanas AT&T e Verizon e a inglesa Vodafone, têm a oportunidade de entrar no mercado.

"Não existe nenhuma barreira a que empresas que são mais atuantes em outros países entrem na concorrência para expansão do PNBL", conta Alvarez, conhecido no ministério como o executivo responsável por tirar do papel o serviço que vai levar Internet rápida a mais de 4 mil municípios do Brasil. A oportunidade vai aumentar ainda mais a competição nas licitações que serão promovidas pela Telebrás. A estatal viveu no começo do mês grande momento de turbulência por causa de divergências entre o comando da estatal responsável pelo Plano e a pasta chefiada por Paulo Bernardo sobre a participação das operadoras que atuam no Brasil. Fontes que atuam no setor disseram à época que um dos motivos que levaram à troca de comando da estatal - Rogério Santanna deixou o comando da Telebrás, cargo agora ocupado por Caio Bonilha - foi a discussão sobre a participação maciça de grandes operadoras no Plano, em detrimento de pequenas operadoras locais. "A condição para a entrada das estrangeiras seria que eles passem de fato a atuar no País. Alguns executam apenas alguns serviços."

A AT&T, por exemplo, possui representatividade no Brasil desde 1987, mas oferece serviços de telecomunicações na área empresarial que abrangem São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, diferentemente do que acontece nos EUA e na Europa, onde possui um portfólio maior de serviços a usuário final. A inglesa Vodafone, por outro lado, atua na Argentina e desde 2010 traça planos - inclusive de parceria com a TIM - de entrar no mercado nacional. A empresa britânica estaria disposta a fazer num primeiro momento um aporte superior a US$ 1 bilhão em equipamentos, sem contar valores a serem gastos para arrematar concessões junto ao governo brasileiro.

Investimentos

O presidente da Telebrás, Caio Bonilha, te-se dedicado a preparar três cenários de investimentos para alavancar o PNBL em 2011, de R$ 1,75 bilhão, com recursos a serem divididos em R$ 350 milhões, R$ 600 milhões e R$ 800 milhões, revelou o secretário Executivo do Ministério das Comunicações e presidente do conselho de Administração da empresa, Cezar Alvarez.

O cenário é desenhado por solicitação do ministro Paulo Bernardo. "São projetos de engenharia que estão sendo formulados conforme a liberação prevista de recursos. Se vamos ou não avançar mais a rede do PNBL", afirmou Alvarez. Neste momento, a verba mais próxima - ainda não distribuída formalmente - é de R$ 350 milhões. Os outros projetos viriam da disposição firmada pela presidente Dilma Rousseff de liberar até R$ 1 bilhão por ano para o PNBL, meta considerada praticamente inviável para 2011, em razão do contingenciamento orçamentário.

"Temos de trabalhar com os recursos possíveis, mas até lá estamos viabilizando parcerias, como a fechada com o governo do Rio Grande do Sul através da concessionária de energia CEEE [Companhia de Energia Elétrica Estadual], que montará uma estrutura própria de telecom. Isso nos permitirá ampliar a oferta do PNBL na Região Sul", destacou Alvarez. O secretário também admitiu que, com mais dinheiro liberado, a cobertura será ampliada, inclusive, a da rede de fibra - em substituição à rede WiMAX.

Universalização

Apesar de ainda existirem pendências a serem ajustadas com as concessionárias, o secretário Executivo do Ministério das Comunicações foi taxativo ao falar do acordo sobre universalização - que tem de ser fechado até o dia 30 de junho, com celebração dos contratos no dia 2 de julho: "Vamos fechar o PGMU 3 até o dia 30 de junho. Não há qualquer chance de postergar o processo."

Alvarez admitiu que há pontos que ainda estão em negociação, como a questão do backhaul para as escolas - fechado no PGMU 2,5 e não cumprido, especialmente, pela Oi. "A Anatel ainda não fechou essa fiscalização. Mas esse tema pode voltar à mesa", disse, adotando, porém, uma postura cautelosa com relação ao tema para evitar conflitos com governo e concessionárias. Nessa linha, Alvarez preferiu, inclusive, não falar sobre as pendências centrais.

Fonte: DCI

terça-feira, 14 de junho de 2011

PNBL e PGMU: Caminhos e interesses que se cruzam

Por Valério Cruz Brittos e Lucas de Abreu

Entre as diversas heranças deixadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a gestão de Dilma Rousseff encontram-se dois pontos fundamentais relativos à universalização das telecomunicações. De um lado, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que tem como objetivos centrais a expansão do alcance do serviço de internet em alta velocidade para 72% dos municípios do país e sua popularização através da queda de preços. De outro, o Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU), que visa à universalização do serviço de telecomunicações através de metas periodicamente estipuladas para as concessionárias.

Observa-se, por trás destas iniciativas, que o Estado oscila na definição da maneira pela qual o PNBL vai ser executado: se capitaneada pela Telebrás, com a participação subsidiária do capital privado, ou, ao contrário, se liderada pelas empresas de telecomunicações com o ente estatal assumindo a posição de regulador (e não muito exigente). Considerando o constante atrito entre a Telebrás e o Ministério das Comunicações, o que culminou com a mudança do presidente da estatal, a opção pela saída mercadológica reafirma-se. Isso também pode ser constatado ante a votação das metas do PGMU pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em junho, que retirou do Plano os tópicos referentes à obrigação das teles de arcar com os custos de expansão de internet até a última milha.

Pequenos com preços controlados

Em seu documento-base, o PNBL apresentava o PGMU III como uma importante ferramenta para a expansão da estrutura concernente ao serviço de banda larga, pois obrigaria as concessionárias de telecomunicações a investir capital de seu próprio caixa para o cumprimento das metas, não podendo contar com reembolso de dinheiro público. Aqui se encontra o cruzamento entre o PNBL e o PGMU III. A inclusão de metas no PGMU III para expansão à última milha aparece como ponto fundamental na execução de parte do PNBL. A Telebrás ficaria responsável pela oferta de banda larga no atacado: alugando suas redes para pequenos provedores, por preços mais competitivos, a estatal seria a principal ferramenta para baratear o custo ao usuário final por criar concorrência frente às teles.

No planejamento, tudo parece se encaixar perfeitamente. Porém, os fatos correm diferentemente do plano inicial. Com previsões não cumpridas de atender às primeiras cidades ao final de 2010, e depois até abril de 2011, o Plano encontra-se em lento desenvolvimento, com expectativas para conectar as primeiras seis cidades apenas no mês de julho. Isto obrigou a Telebrás a reduzir as metas deste ano de 1.163 cidades atendidas para 800, sendo que uma nova redução pode estar sendo cogitada. As barreiras burocráticas dentro do próprio Estado aparecem como principal motivo do atraso, sabotando o início das operações da Telebrás. Dentre as causas, há pontos como cortes consideráveis no orçamento e liberação tardia de recursos para compra de equipamentos.

Frente a isso, nota-se uma tendência do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de mudar a diretriz inicial do PNBL ao favorecer essencialmente as operadoras privadas e deixando a Telebrás em segundo plano. Frisando as metas de expansão do PGMU, todas as regiões do país receberiam progressivamente estrutura para banda larga e, através da regulação da Anatel, as teles seriam obrigadas a alugar suas redes ociosas para pequenos provedores com preços controlados. Estes pequenos provedores levariam internet às regiões de pouco interesse econômico para aquelas grandes empresas.

Metas anteriores, sem banda larga

O Estado precisa posicionar-se para cumprir seus objetivos. Simultaneamente às propostas de universalização de serviços, há necessidade de o ente estatal reafirmar sua posição de estimulador do desenvolvimento social, papel cuja demanda é acrescida neste momento de crescimento e perspectivas positivas para o país. Fato é que as definições das metas do PGMU III estão diretamente ligadas ao PNBL e parecem ganhar maior importância a cada declaração dos responsáveis pelo Plano, dando a impressão de que se deixa de lado a ideia da Telebrás operar como a principal responsável por sua execução. Fica claro que, por trás disso tudo, acontece um intenso embate de interesses, de onde emergirá a decisão de quais rumos serão tomados pelo PNBL. Tem-se, portanto, um movimento duplo. Ao mesmo tempo em que parte do Estado visa a implementar o PNBL através da Telebrás, outra – com mais força hoje – busca as teles como os principais agentes. Isto sugere a existência de dois PNBLs possíveis: um imposto às teles pelo PGMU; outro, liderado pela Telebrás e, portanto, pelo Estado. Neste momento, ganha força esta segunda trilha.

Atualmente, o PGMU encontra-se em processo de definição de novas metas para a vigência de 2011-2015. Visto que o primeiro semestre de 2011 está quase se encerrando, suas definições estão com um atraso considerável. De um lado, as teles argumentam que não é possível incluir o serviço de internet no plano de metas de telefonia fixa. Do outro, o governo alega o precedente do Decreto 6.424, que alterou o PGMU II e substituiu a meta referente à instalação de Posto de Serviço de Telecomunicação (PSTs) pela obrigação de levar internet a todas as sedes municipais e escolas públicas do Brasil. Sob a ameaça de ser levado aos tribunais, caso aprovado sem negociações, o PGMU III seguiu durante muito tempo indefinido e constantemente adiado até uma recente resolução parcial, que manteve as metas anteriores sem a adição da polêmica questão da banda larga.

Telebrás num impasse

Tal fato aparece como força contrária à posição adotada pelo Minicom de empurrar a execução do PNBL para as teles, deixando explícita a divergência de posições dentro do Estado. As discussões, porém, ainda não estão encerradas e podem se alongar. Antes de virar decreto, o documento do PGMU III deve passar pelo ministro Paulo Bernardo e, posteriormente, pela Presidência da República. Neste caminho, não seria surpresa se as metas fossem incluídas, observado o discurso e recentes movimentos do ministro. Até o momento, portanto, nada está de fato definido.

A situação do PNBL é de igual indefinição. No seu lançamento, em 2010, foi anunciado que seria executado pela Telebrás, desativada desde 1998 e sem estrutura para oferecer qualquer serviço. Portanto, a execução do PNBL ficaria comprometida ou demandaria um alto investimento na construção de uma nova rede de fibras óticas. Para contornar essa questão, definiu-se que a Telebrás firmaria acordos com estatais do setor de energia elétrica e petróleo, a fim de utilizar suas redes ociosas. O atraso no estabelecimento dos contratos e dos avais para a utilização dessas estruturas foi um dos maiores contribuidores para a demora no começo das atividades da Telebrás. Os contratos que deveriam ter sido estabelecidos em janeiro de 2011, para o cumprimento da meta de 1163 cidades atendidas, só foram firmados em maio. Além disso, a Telebrás se vê com orçamento extremamente reduzido.

Sendo assim, mesmo com duas frentes possíveis para a universalização do serviço de banda larga, até o momento muito pouco aconteceu, seja por causa do atrito com as empresas de telecomunicações, seja por causa da lentidão da burocracia de Estado. A indefinição e as contrariedades dentro do próprio governo surgem como agravantes para essa situação. Enquanto prosseguem as discordâncias, as teles mantêm-se no embate contra as metas referentes à banda larga no PGMU, tendo ganho em primeira instância, visto que neste primeiro momento as metas não foram consideradas pela Anatel; já a Telebrás permanece num impasse, relevante no discurso e negligenciada na prática.

Fonte: Observatório da Imprensa

NET lança canal no YouTube

Por Redação Adnews

A NET lançou um canal no YouTube, desenvolvido para dar informações aos clientes. O canal foi criado pela Talent, que é responsável pela comunicação off-line e redes sociais da empresa.

O novo meio terá, a princípio, três seções: Destaques, Campanhas e Promoções. A seção Destaques será o espa
e ço dedicado ao conteúdo de programação dos canais da grade da NET, com trailers de filmes, entrevista com diretores, making of, cenas de bastidores, entre outros. Campanhas traz os principais vídeos publicitários da NET. E a seção Promoções é voltado a parcerias e concursos culturais.

“Queremos que esse canal se torne referência no mercado de Telecom. Para isso, contamos com a ajuda das programadoras parceiras que oferecem conteúdo para que esse meio se mantenha vivo e ofereça ações especiais para entreter nossos clientes”, declara Ane Lopes, gerente de Comunicação da NET.

Pelo canal, será possível compartilhar vídeos em outras redes, como Twitter, Facebook e Orkut. Os comentários e dúvidas postados serão moderados encaminhados para tratamento da equipe do @NETatende.

Fonte: Adnews

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Teles querem garantias de recursos nas novas metas de universalização

Por Luiz Osvaldo Grossmann

Ainda que satisfeitas com as mudanças feitas pela Anatel no novo plano de metas de universalização - ou seja, a retirada de obrigações relacionadas à banda larga - as empresas, notadamente Oi e Telefônica, ainda demonstram ressalvas com o texto já aprovado pela agência e que agora depende de eventuais ajustes do Ministério das Comunicações e da Presidência da República.

Em especial, permanece a crítica de que a maior parte dos dispositivos previstos no PGMU 3, seja sobre telefonia rural, ou o novo plano de telefone popular, é remetida para regulamentos a serem editados somente após a assinatura da revisão dos contratos de concessão.

“Ainda temos preocupação com os regulamentos que serão editados a posteriori, e que não podem gerar nenhum desequilíbrio. Também ainda não tivemos acesso às minutas dos contratos”, destacou o diretor de regulação da Telefônica, Marcos Bafutto.

A Oi, que por sua dimensão é a principal responsável pelo cumprimento das novas metas, ainda enumera várias queixas - em especial a busca das garantias de que vai contar com recursos do ônus da concessão (2% das receitas pagos a cada dois anos) e do Fust para arcar com os compromissos.

“A universalização de áreas rurais é naturalmente deficitária. Além disso, nossas estimativas são de que apesar da troca de TUPs [orelhões] e da utilização do saldo do backhaul, ainda temos a descoberto R$ 2 bilhões”, disse o diretor de regulação da Oi, Paulo Mattos.

A tele ainda quer alguns ajustes no texto, como a redução para 12 ou 18 meses para o encontro de contas - do qual resultará a cobertura dos investimentos com recursos - e uma modificação em premissas da base de cálculo do ônus da concessão.

“Apesar de não termos a minuta do contrato, sabemos que ele prevê duas ilegalidades: o cômputo do 2% [ônus da concessão] incidirá sobre receitas de interconexão, quando deve ser somente telefonia; e a previsão de fiscalização sigilosa, aliada ao monitoramento remoto do regulamento de fiscalização”, reclamou Mattos.

Na prática, haja vistas as críticas que também fizeram os consumidores, o diretor executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy, parece ter dado a definição mais apropriada às novas metas. “O texto proposto para o PGMU 3 não é bom. Poderia ser mais claro e preciso. Mas entendemos ser o que foi possível até o momento para chegarmos ao fim de um doloroso processo.”

Fonte: Convergência Digital

Alberto Perdigão na Unisinos

Na última quinta-feira (09), Alberto Perdigão, mestre em Políticas Públicas e Sociedade pela Universidade Estadual do Ceará, esteve presente na Unisinos para dar uma palestra sobre seu livro Comunicação Pública e TV Digital: Imperatividade na TV pública e de outros assuntos relacionados. Em uma rápida entrevista, Perdigão sintetizou a sua fala.

Para Perdigão, a comunicação pública e a TV digital são temas ainda novos, na academia, na sociedade de uma maneira geral e, sobretudo, novos temas para os governos. Essa é sua grande preocupação quando pensa comunicação pública e TV digital e quando pensa que essas duas coisas se entrelaçam, se complementam numa unidade só que é a possibilidade de uma comunicação mais eficaz, inclusiva, dialógica e efetivamente uma comunicação social.

O que é comunicação pública? Você provavelmente já deve ter ouvido falar em comunicação institucional ou comunicação governamental: aquela comunicação que o governo promove pensando em informar o cidadão. Segundo Perdigão, essa comunicação é ultrapassada. Ainda segundo o autor, ela foi superada por um novo conceito de comunicação que é a comunicação pública. Para A. Perdigão, essa, diferentemente da anterior, que é autoritária, unilateral e ineficaz do ponto de vista do diálogo, é democrática, porque ela centra seu foco de interesse no interesse público, no interesse coletivo e porque ela estabelece uma relação de diálogo com o interlocutor ou, no caso, o cidadão. Também porque ela é uma comunicação inclusiva do ponto de vista político, social e de tudo que isso representa.

Para o autor, nós estamos distantes, ainda, de, efetivamente, perceber a comunicação pública nos órgãos públicos, nas instâncias do governo, no caso aí do poder executivo e até mesmo do poder legislativo e do poder judiciário.

Sobre TV digital, o autor afirma que a TV digital surge no Brasil em 2003 por um decreto que claramente, no seu artigo primeiro, diz que essa televisão é a televisão da inclusão social, da democratização, da valorização da cultura, da preservação de valorização do patrimônio linguístico do país, etc. Essa TV digital, que, depois de criada por esse decreto, se transformou numa TV digital aberta, interativa através de um decreto em 2006, dois anos e sete meses depois, possibilita aos governos e àquela comunicação pública um novo diapasão exponencialmente mais amplo, mais profundo e, sobretudo, mais eficaz. Para Perdigão, a televisão digital (já falando da TV digital pública) pode trazer benefícios: primeiro, um canal de diálogo entre cidadãos e governos, um canal de diálogo entre os cidadãos, é uma esfera pública naturalmente virtual, ou o que o autor chama de “a novíssima esfera pública”, porque permite um ambiente (virtual, que seja) para a problematização, discussão e deliberação dos temas que sejam de interesse público e uma televisão que inclui o cidadão como um ator social mas, sobretudo, um ator político. Essa televisão, na sua qualidade de ser interativa, permite que a sociedade possa usufruir, que o cidadão possa ser não só um ator social mas um ator político. Isso que dizer que ele pode subir da camada da democracia representativa (essa que completou 23 anos depois da constituição de 88) e chegar efetivamente à uma quarta geração de democracia que é a democracia participativa, no que o cidadão não mais precisa de intermediários, que, segundo o autor, geralmente são perdulários, incompetentes ou descomprometidos com as grandes causas da sociedade; ele pode evitar esse caminho tortuoso e incerto e muitas vezes perigoso e, diretamente, tratar sobre temas de interesse com os seus representantes. Então, aí reside a democracia participativa. Pensa-se que a TV digital interativa é também o caminho para a democracia direta. Segundo Perdigão isso e verdade, ela é também. Mas sua preocupação não é tão grande com isso que ele chama de “utopia”. Para o autor, a gente já está mais próximo da democracia participativa.

Para A. Perdigão, uma coisa é certa: a TV digital interativa é a mídia da cidadania ativa. E é muito importante que os governos percebam essa nova plataforma de acesso à globosfera, ao cyberespaço ou à cyberdemocracia e passe a tratar o cidadão, que é quem autoriza os mandatos, como o efetivo dono do poder.

“Então nós estamos em um momento em que podemos e devemos pensar uma nova comunicação, uma nova democracia, uma nova cidadania ativa. Os governos nunca mais serão os mesmo, os cidadãos nunca mais serão os mesmos na medida em que ambos se apropriem dessa nova tecnologia. Eu acho que isso é uma construção que deve começar dentro das nossas casas, dentro da Universidade, dentro dos governos porque é um caminho sem volta e definitivo.”