sexta-feira, 24 de junho de 2011

“LulzSecBrazil” ataca rede do Serpro e tira do ar sites do governo e Receita Federal

Por Luiz Queiroz e Luis Osvaldo Grossmann

A rede do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) sofreu no ínício da madrugada desta quarta-feira (22/06), um ataque massivo de negação de serviço, também conhecido como "DDoS" (acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service).

Por cerca de uma hora, a empresa foi obrigada a operar precariamente seus servidores web, o que tornou indisponíveis as páginas da Receita Federal, da Presidência da República e o site Brasil.gov. O ataque teria partido de uma rede 'zumbi' na Itália, segundo fontes governamentais, e teve a autoria atribuída ao grupo de hackers (crackers) que se autodenomina “LulzSecBrazil”. Não chegou a ser uma tentativa de invasão dos sistemas. Os Ataques DDoS não passam de uma ação para tornar os recursos computacionais indisponíveis aos usuários de páginas importantes da Internet.

Os hackers buscam atacar geralmente os servidores web, gerando uma sobrecarga de conexões que acabam provocando a lentidão no sistema de acesso às páginas, até que elas simplesmente não suportam tanta carga e se totnam indisponíveis para visitação, o que obriga a reinicialização dos servidores.

No caso da estatal, esse grupo conseguiu gerar em torno de 350 milhões de conexões simultâneas na rede do Serpro, obrigando aos funcionários da empresa a começarem a tomar medidas de proteção da rede. Uma delas foi o isolamento de IPs de onde estariam partindo tais ataques. A parte mais pesada dessa ação só começou a ser dicipada pela área de segurança do Serpro por volta de 1h40, mas as tentativas prosseguiram até às 3 horas da madrugada de hoje.

Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira, a Secretaria de Imprensa da Presidência confirmou que houve um congestionamento das redes e que os sites ficaram fora do ar por cerca de uma hora.

Novos ataques

Segundo fontes do Serpro, o grupo “LulzSecBrazil” já avisou que fará novas tentativas de ataque DDoS e o alvo agora poderá ser o Siscomex, também sob controle da rede da estatal. Há informações ainda não confirmadas, de que esse mesmo grupo também teria conseguido derrubar a rede da Petrobrás, mas a empresa ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Fonte: Convergência Digital