terça-feira, 7 de junho de 2011
CEPOS lança canal de audiovisuais na internet e propõe convergência com TV Unisinos
Outra novidade será a convergência que a plataforma terá com a TV Unisinos, através do programa Convergência Digital, exibido no último sábado de cada mês. Para um futuro próximo, a ideia é que o audiovisual produzido pelo grupo de pesquisa seja transmitido também na televisão. A iniciativa foi do Prof. Ms. Andres Kalikoske e do aluno de iniciação científica Bruno Bottega, ambos colaboradores do CEPOS.
Sob coordenação do Prof. Dr. Valério Cruz Brittos, o conteúdo inédito é produzido por diversos membros do grupo de pesquisa. Em dois anos de atividades, o CeposTV já ultrapassou a marca de 40 produções audiovisuais – entre institucionais, entrevistas e reportagens. Os entrevistados se destacam por serem notáveis nomes do mercado e mundo acadêmico, como Cristiane Finger (PUCRS), Maria Imacollatta Vassalo de Lopes (USP), Eugênio Bucci (USP), Sandra Reimão (USP), Denis de Moraes (UFF), entre outros.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Integrante do Grupo Cepos lança livro sobre a Rede Globo
A professora doutora Jacqueline Lima Dourado lançou seu livro intitulado Rede Globo: mercado ou cidadania, em palestra no Grupo Cepos, na terça–feira, dia 19. Este trabalho é fruto da tese de doutorado que estudou as estratégias da Rede Globo na esfera da cidadania, defendida junto ao Programa de Pós Graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Jaqueline atua como professora na Universidade Federal do Piauí e é integrante do grupo de pesquisa Cepos, coordenado pelo Prof. Dr. Valério Cruz Brittos.
A pesquisadora, durante seu depoimento, comentou sobre o desafio de lançar o livro e a dificuldade em obter a aprovação da Rede Globo. Foi relatado que mesmo a capa do livro foi alvo de censura, antes mesmo de ser impresso. Jacqueline questionou sobre a dificuldade enfrentada por pesquisadores para conseguirem estudar a emissora e poder falar das obscuridades que envolvem sua trajetória. A autora expressou alegria ao retornar para São Leopoldo e lançar este trabalho, fruto de anos de pesquisa junto ao grupo Cepos, por quem ela tem um enorme respeito.
Conforme Jacqueline, “o livro é uma contribuição positiva ao conhecimento da comunicação e que será de grande utilidade para os estudiosos e, principalmente, para os alunos de graduação e de pós-graduação interessados em conhecer diferentes facetas de nossa televisão, que provocam novas reflexões. Este livro, muito oportuno, chega a público no ano em que se comemoram os 46 anos da Globo e os 60 anos da instalação da televisão em nosso país”.
Jacqueline Dourado afirma que é impossível negar que a Rede Globo tem incorporado à programação temas sociais, alguns dos quais, hoje, estão mais em voga por conta da Constituição cidadã, de 1988, como também graças ao processo de redemocratização do País. A emissora carioca utiliza, com grande freqüência na programação, conteúdos com o chamado merchandising social, que é o foco do estudo da professora.
sábado, 20 de novembro de 2010
Com casa lotada, "CEPOS Debates" discute telenovela na contemporaneidade
No último dia 25, o Grupo de Pesquisa CEPOS promoveu o "CEPOS Debates", com o tema “Narrativas Contemporâneas na Televisão e no Cinema”. Com a participação dos professores Andres Kalikoske, Maria Luiza Cardinale e Lisiane Cohen, o debate ocorreu às 20 horas nas dependências do curso de Ciências Jurídicas, sala 4A300.
Kalikoske relatou a história da televisão no Brasil, detacando o papel das telenovelas no desenvolvimento de um padrão tecno-estético para as emissoras que as exibem. Comentou ainda a importância do advento do vídeo-teipe, responsável pela exportação do produto nacional a territórios transnacionais.
Com cera de 120 alunos presentes, estudantes dos três cursos de Comunicação (Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas) interagiram com os professores. Após a exposição de Kalikoske, surgiram diversos pedidos a respeito dos vídeos de telenovelas exibidos durante a palestra.
Para aqueles que desejam saber mais, basta acessar o sítio do Núcleo de Análise da Teledramaturgia, no sítio www.grupocepos.net/nat. Vinculado ao Grupo de Pesquisa CEPOS da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, o núcleo disponibiliza auxílio aos alunos que estão realizando trabalhos de conclusão ou pesquisas em geral sobre telenovelas.
* Estudante de Comunicação Social - Jornalismo na UNISINOS e membro do Grupo de Pesquisa CEPOS.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
NOMIC 30 anos: O que vamos comemorar?
Por Gislene Moreira Gómez*
Do aparente improvável contexto da Guerra Fria e das ditaduras emergiu o mais importante documento das Nações Unidas pela democratização da comunicação. Em 1980, Sean McBride apresentou na UNESCO o relatório que ainda hoje é a principal referência. No entanto, suas recomendações nunca foram implementadas, as políticas neoliberais aprofundaram o controle privado e visibilizaram a fragilidade democrática no tema mediático.
A novidade é que 30 anos depois, esse debate hibernado parece recuperar o fôlego graças às novas agendas de regulação mediática na América Latina. As novas leis gestadas da Argentina ao Equador parecem ter no Um Mundo, Muitas Vozes uma de suas principais justificativas. Mas quais as possibilidades desses novos marcos frente às Indústrias Culturais? Nesse aniversário, o relatório convida à reflexão. Aprender de suas debilidades pode ser a estratégia mais eficiente ao desafio da comunicação como direito.
Antecedentes
No final dos 60, a região se tornou uma das áreas prioritárias na disputa entre EUA e União Soviética. A Aliança para o Progresso mesclava investimentos econômicos e tecnológicos norte-americanos que impulsionaram os grandes conglomerados de mídia. Contrariando as pretensões estadunidenses, de Cuba ao Chile, o cenário foi permeado por lutas contestadoras que fragilizavam a consolidação do papel da ONU como garantidor da Paz Mundial.
O continente também se visibilizava pela emergência de um pensamento próprio no debate comunicacional, denunciando a dominação mediática. Vários acadêmicos regionais formaram parte do time de expertos que contribuíram ao novo paradigma.
A região emergia ainda como ator político. A Conferência de Ministros dos Países Não-Alinhados na Costa Rica foi outra chave que viabilizou a Nova Ordem Mundial da Informação (NOMIC) e o Pacto de São José, duas referências da idéia da comunicação como direito. Porém, é importante recordar que a maioria dos firmaram esses acordos progressistas representavam processos ditatoriais. Evidenciando um uso estratégico do tema, e não uma convicção ideológica.
Em 1974, a Conferência da UNESCO discutiu a regulação internacional dos meios de comunicação. A proposta foi apresentada pela União Soviética, que buscava blindar suas fronteiras dos produtos norte-americanos, e causou uma confrontação excessiva com os países ocidentais. Neste cenário, o Terceiro Mundo se aliou aos soviéticos.
Encurralado entre os titãs, o debate da comunicação rompeu os consensos da guerra fria e possibilitou criar a comissão de expertos, que em um período de três anos elaborou o polêmico McBride sobre uma intensa pressão.
O bombardeio
O resultado final foi um relatório bastante audacioso com indicação de políticas nacionais de comunicação, a necessidade de regulação do setor, e os primeiros sinais do paradigma da comunicação como direito. Explicitamente, se enfrentou com os interesses do capital privado e da hegemonia norte-americana, mas dentro dos marcos democráticos liberais de gestão internacional. As conseqüências ainda hoje são sentidas.
A Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) e a Sociedade Interamericana de Prensa (SIP) iniciaram rapidamente uma contra ofensiva, apelando ao conhecido argumento da violação da Liberdade de Expressão, confundido com liberdade de empresa.
As mudanças no cenário geopolítico, com as guerrilhas controladas pelas ditaduras, eliminação dos governos opositores, e gradual diminuição da ameaça soviética, permitiu também a reafirmação dos Estados Unidos como ator decisivo e o recuo dos países Não-alinhados ao seu enfrentamento.
O processo culmina com as retiradas norte-americana e inglesa da Unesco e os avanços das políticas neoliberais. O informe McBride virou um tabu triste e amargo, e o avanço da concentração mediática privada não teve freios, instalando-se até mesmo no modelo europeu de televisão pública.
O que há de novo?
Hibernado por quase 30 anos, o debate da regulação mediática e das políticas pública da comunicação volta à agenda como fruto dos novos enfrentamentos na América Latina. Outra vez, a região se coloca na zona de vanguarda da discussão através de iniciativas de lei que retomam as premissas de controle estatal e de comunicação pública.
O resgate acontece em meio a uma crise neoliberal e a viradas democráticas que questionam, pela primeira vez em muito tempo, o modelo hegemônico. No entanto, esse cenário não segue os rumos da antiga polarização. O debate está em aberto e deixa brechas para a experimentação de novos formatos de políticas de comunicação e também para a emergência de novos atores, como a sociedade civil, historicamente excluída inclusive do McBride.
No entanto, todas as iniciativas de construção das novas políticas de comunicação estão no alvo das pressões dos grandes meios, que tentam renovar o argumento da liberdade de expressão. Mais uma vez, se ensaiam contra-ataques e a história ensina que essa é uma luta assimétrica.
É hora de aprender da fragilidade do modelo de democratização da comunicação no jogo de interesses políticos e econômicos que circulam o tema. Numa indústria cada vez mais submetida ao capital sem fronteiras, os avanços de políticas nacionais não serão suficientes para frear outros 30 anos de imposição hegemônica.
O chamado é à articulação de novos atores, capazes de acumular forças e gerar mecanismos de pressão frente ao cenário decisório internacional. Os embates apontam à necessidade de blocos estratégicos desde uma sociedade civil latino-americana. O aprendizado McBride parece indicar que só um pensamento crítico e renovado do direito à comunicação num contexto capitalista pode ajudar a construir esse novo modelo.
* Gislene Moreira Gómez, jornalista graduada pela UFBA, mestre em comunicação pela mesma universidade e doutoranda em ciência política pela Flacso-México; é membro do Grupo Cepos. Email: Gislene.moreira.@flacso.edu.mx
Fonte: Revista IHU Edição 337
terça-feira, 13 de abril de 2010
Vários caminhos para Democratização da comunicação
Como tornar a televisão mais interativa? E com tantos espaços para a participação popular nos meios de comunicação, o que é afinal “interatividade”? O que caracteriza uma rádio como comunitária? Você sabe como é a o caminho necessário para se montar uma rádio comunitária através da regulamentação dos meios de comunicação social, e se o seu país oferece recurso para isso?
E foi justamente esse o foco trabalhado na tarde do dia 07 de abril em uma das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS).
No Brasil, o exemplo ficou por conta do filme A Gruta, um suspense interativo que conta a história de Luiza (Poliana Pieratti) e Tomás (Carlos Henrique), casal que vai passar uns dias na fazenda da família da garota, onde mora o caseiro Tião (André Deca). Acesse o blog do filme para entender como funciona a interatividade nesta produção que se dá através do controle remoto no link: http://blog.filme-jogo.com
Esta é só uma parte do trabalho de mestrado que parte agora para a conclusão e tem fim previsto para o início de 2011.
Com o título “Na Corda Bamba - Trajetórias da sociedade civil na democratização dos meios de comunicação na América Latina”, a doutoranda tenta entender através da regulamentação, das leis qual é a relação entre a sociedade civil organizada para mudar a questão das comunicações.
O trabalho propõe quais os desafios e possibilidades da sociedade civil de re-distribuir os meios de comunicação e gerar leis favoráveis aos meios comunitários.
No trabalho é traçado um comparativo entre os países analisados. Por exemplo, enquanto na Argentina a questão da regulação está em disputa, no Brasil ela é limitada e no México é inexistente, o que dá uma idéia de como cada país lida com essa questão.
A doutoranda também compara como foi o Cenário latino-americano em relação as legislações, mostrando que os anos 90 ficaram marcados pelos avanços das TICs, a consolidação dos Meios de Comunicação como poderes fácticos e Debilidade do papel do Estado na regulação.
Pensando nessa democratização, Gislene usa o exemplo das rádios comunitárias que requerem certos cuidados que vão desde questões técnicas até conceituais, como por exemplo de ser uma emissora sem fins lucrativos e visar, ao invés do lucro, o crescimento social, cultural e econômico da comunidade em que está inserida. Estima-se que, que existam hoje cerca de 4 mil rádios comunitárias com licença permanente e mais de 15 mil sem se nenhum tipo de licença, funcionando no País.
A gora a doutoranda, que mora na cidade do México onde desenvolve o trabalho na FLACSO, embarca para Argentina e Venezuela, onde dá continuidade a pesquisa.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Membro do CEPOS qualifica pesquisa de mestrado sobre TV na web
A mestranda Maíra Bittencourt qualificou nesta sexta-feira (11) sua pesquisa “A TV na web: uma análise sob a perspectiva da Economia Política da Comunicação nos sites de transmissão de TV digital”. A argüição contou com a participação dos professores doutores Jacqueline Dourado (UFP) e Bruno Lima Rocha (Unisinos), além da presença de seu orientador, Prof. Dr. Valério Brittos.
Vinculado aos estudos de Economia Política da Comunicação, o trabalho discutiu a relação entre audiovisual e internet, considerando a web como um espaço de televisão digital. Desta maneira, a mestranda entende que a internet reúne um conjunto de condições que a distingue, tornando-se, assim, um lócus alternativo para a conformação televisiva, a ser avançada a partir de políticas públicas para sua universalização, medidas na área de educação, soluções tecnológicas e estratégias operacionais de organizações midiáticas (de diversas matizes).


* Mestrando em Comunicação pela Unisinos e membro do Grupo Cepos
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Espanha: Mídia e responsabilidade social
Referir-se à responsabilidade social (RS) dos meios de comunicação implica em avaliar o papel que estes cumprem no seio das economias de mercado no que diz respeito a questões tão delicadas como a educação, a saúde, o desenvolvimento sustentável ou o meio ambiente.
O Laboratório da Fundação Alternativas (Espanha) acaba de publicar o relatório La responsabilidad social corporativa ante la crisis. Informe 2009 (ver: www.falternativas.org). Coordenado por profissionais da empresa de consultoria Global Sustainnability Services de KPMG, este trabalho examina as responsabilidades sociais (RS) das empresas espanholas num contexto específico de aguda crise econômica: queda do PIB, recessão econômica e aumento da taxa de desemprego.
Uma parte deste novo trabalho está dedicada à análise de alguns setores-chave para a economia espanhola: o turístico, o transporte aéreo, as pequenas e médias empresas e os meios de comunicação. No caso deste último, o relatório destaca as importantes transformações pelas quais está passando: perda de mais de 3.000 postos de trabalho entre o segundo semestre de 2008 e o primeiro de 2009, reconfiguração dos grandes grupos empresariais, reconversão tecnológica e consolidação da rede Internet, entre outros aspectos importantes.
Devido ao valor estratégico dos meios de comunicação frente à opinião pública (formulação e difusão de padrões, modelos e estereótipos), o informe argumenta que “as companhias do setor deveriam contemplar os mais altos níveis de transparência e ir além do simples cumprimento da legislação e regulações aplicáveis, adotando avançados códigos de comportamento que levem em consideração sua importante função de serviço à sociedade e a influência positiva ou negativa que possam exercer sobre diversos grupos de interesse”.
Além do papel de incidência dos meios de comunicação, não se pode deixar de mencionar certas obrigações como transparência, veracidade e imparcialidade que as empresas têm para com os seus trabalhadores, audiências, organizações sociais, alianças institucionais e empresariais, anunciantes, sócios tecnológicos e para com a sociedade. É evidente que, ao existir uma RS neste terreno, os membros das audiências não podem ser considerados como meros consumidores ou clientes.Neste sentido, o relatório assinala três desafios principais que as empresas de comunicação devem afrontar:
1. Exibir um comportamento ético: neste sentido, é relevante “a independência produtiva sem a influência dos proprietários da mídia ou dos aspectos comerciais, como o ganho ou a perda de publicidade”. As empresas devem ser “excepcionalmente transparentes em matéria de contabilidade, auditorias, políticas editoriais e tipos de financiamento que possam influir nos conteúdos publicados, incluindo anunciantes e subvenções recebidas, entre outros”.
2. Contribuir para o desenvolvimento social: um aporte que deve estar sustentado no princípio da veracidade, já que “uma cobertura informativa honesta e precisa desempenha um papel vital na hora de limitar os possíveis abusos econômicos, sociais e ambientais que possam ser cometidos”.
3. Fomentar o desenvolvimento ambiental: mediante a elaboração e circulação de conteúdos que tendam a promover a sustentabilidade e o respeito pelo meio ambiente, e o próprio comportamento dos agentes empresariais na sua gestão responsável de recursos (energia, água e resíduos).
Além desses louváveis desafios, o estudo dos comportamentos das empresas de comunicação em contextos específicos, tanto na Espanha como em outros países, assinala que o conjunto de princípios que dão vida à doutrina corporativa da RSC é, na melhor das hipóteses, um ingrediente de um cenário utópico ou, na pior, simplesmente uma maquiagem empresarial dos tempos de crise em que estamos vivendo.
Num presente turbulento, os cidadãos olham com desconfiança as instituições empresariais em geral, e os meios de comunicação em particular, setor este que é um dos últimos a se interessar pela RSC. Com ou sem esta, por quanto tempo os gestores de comunicação continuarão fugindo as suas responsabilidades sociais?
Mídia e boas ações: para compreender melhor
O relatório 2009 de responsabilidade social corporativa na Espanha resenha três exemplos de “boas práticas” no terreno das empresas de comunicação: a Aliança de comunicações para o desenvolvimento sustentável (Com+ Alliance), a Televisão para a educação Ásia-Pacífico (TVEAP) e o plano “Neutros em carbono” do Grupo britânico Sky Broadcasting.
A Com+ Alliance (www.complusalliance.org) é o resultado da associação de organizações internacionais (BBC World Service Trust, Fundação Reuters, Fundação Thompson e TVEAP; por exemplo) e de profissionais comprometidos em empregar as comunicações para promover a visão de um desenvolvimento econômico, social e ambiental sustentável em escala mundial.
A TVEAP (www.tveap.org) é uma organização independente e sem fins lucrativos que dedica os seus esforços a comunicar através de meios audiovisuais (televisão, cine e Internet) problemáticas relacionadas com questões humanitárias e com o desenvolvimento sustentável nos países da região Ásia-Pacífico.
Finalmente, o Grupo British Sky Broadcasting (www.sky.com) está trabalhando para reduzir as emissões de CO₂. Para isso, pôs em prática um plano de fornecimento de energia para suas instalações e um programa de compensação de emissões.
*Doutor em Ciências da Comunicação. Professor da Universidade Carlos III de Madri, presidente da União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura (ULEPICC) e coordenador do Observatório de Cultura e Comunicação da Fundação Alternativas (www.falternativas.org/occ-fa). Integrante do CEPOS.
Fonte: Revista IHU Online
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
4° Seminário de Pesquisa aponta novos rumos na Comunicação
Na manhã de hoje, foi dada a largada à apresentação dos trabalhos no 4° Seminário de Pesquisa CEPOS, até o momento foram apresentadas duas mesas de discussão.
A primeira mesa, Digitalização e Desenvolvimento foi formada pelos expositores Prof. Dr. Valério Cruz Brittos (UNISINOS), Prof. Dr. César Bolaño (UFS) e Prof. Dr. José Marques de Melo (UMESP) sob mediação do Prof. Dr. Pe. Pedro Gilberto Gomes (UNISINOS).
Como destaque do debate, pode se salientar o desafio que existe atualmente na comunicação, de se utilizar dos novos adventos tecnológicos digitais como elementos propulsores de uma maior pluralidade dos meios de comunicação nas variadas camadas sociais, e que o estudo destes acontecimentos é essencial para que se possa, a partir disto, traçar metas quanto aos objetivos da democratização midiática.
A mesa Inovação e Movimentos teve como mediador o Prof. Dr. Luiz Artur Ferraretto (UCS) e iniciaram-se as apresentações pelo Prof. Dr. Sérgio Augusto Soares Mattos (UFRB) que expôs propostas a serem levadas para a Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), como por exemplo, o combate ao monopólio da mídia privada e a criação da banda larga popular.
Logo após, o Prof. Ms. Luciano Correia dos Santos (UFS) expôs seus estudos sobre a Rede Globo e como se dá a sua relação com os investimentos estrangeiros. Por fim, o Msto. Andres Kalikoske (UNISINOS) relata sua pesquisa sobre o mercado Latino Americano de Televisão e as telenovelas como produtos multinacionais.
A abertura do evento, contou com a presença do Prof.Dr. Valério Cruz Brittos coordenador do Grupo CEPOS, o Pró-Reitor acadêmico Prof.Dr. Padre Pedro Gilberto Gomes e o Coordenador do curso de Jornalismo Prof. MS Edelberto Behs Gomes ambos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e o Prof.Dr. José Marques de Mello da Universidade Metodista de São Paulo(UMESP).
Os trabalhos seguem hoje durante a tarde, a partir das 14h no Mini Auditório Padre Pedro Pinto, no Centro de Comunicação na Unisinos.

Mesa de abertura inicia os debates
Público participa ativamente nas questões debatidas
*Graduando em Comunicação Social - Jornalismo pela Unisinos e membro do Grupo CEPOS
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Bolãno coloca Confecom como foco para Seminário do CEPOS
Por Diego Costa*
O Prof. Dr.César Bolaño, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que irá compor a mesa Digitalização e Desenvolvimento esteve presente hoje na Unidade de Pós Graduação da Unisinos e concedeu algumas palavras acerca de suas perspectivas para o evento.
Para Bolãno o momento atual da Comunicação é ressaltado como prolífero no que instiga o debate de idéias, citando como exemplo a Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), que apesar de não estar no formato adequado para a conquista de uma pluralidade é o primeiro passo para que se garanta uma maior democratização dos meios de Comunicação.
Existe uma preocupação também em torno da CONFECOM, sobre como irá ocorrer o dialogo entre o setor empresarial e a sociedade civil.
O 4° Seminário de Pesquisa CEPOS, que ocorrerá amanhã no Mini Auditório Padre Pedro Pinto a partir das 8 e 30 h, inicia-se com a mesa Digitalização e desenvolvimento e posteriormente contará com os temas Inovação e Movimentos, Estratégias e Conteúdos, Sociedade e Alternativas e Audiovisual e Cidadania.
Bolaño enfatiza Confecom
* Graduando em Comunicação Social - Jornalismo pela Unisinos e membro do Grupo CEPOS
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Seminário de Pesquisa é sexta-feira
Nesta sexta-feira, dia 4 de dezembro de 2009 acontecerá o 4º Seminário de Pesquisa promovido pelo Grupo de Pesquisa Economia Política e Sociedade (CEPOS) e realizado no auditório Pe. Pedro Pinto, na área das Ciências Comunicação, na Unisinos em São Leopoldo, a partir das 8h30min até ás 20h. Nessa edição discutirá a digitalização, políticas públicas, a implantação de novas legislações para a comunicação, e também colocará em debate a Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), que ocorrerá ainda este mês.
Além de uma programação variada, com várias apresentações de trabalhos de pesquisa dos membros do grupo CEPOS, o seminário contará com a presença de convidados especiais e mostra das obras produzidas pelos expositores.
Os professores Dr. César Bolaño da Universidade Federal de Salvador (UFS), Dr. José Marques de Melo da Universidade Metodista de São Paulo (UMESP), Profa. Dra. Jacqueline Dourado da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Dr. Sérgio Augusto Soares Mattos da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), são alguns dos expositores convidados pelo Coordenador do Grupo CEPOS, Professor Valério Cruz Brittos.
Para conferir a programação completa, acesse o site do evento:
www.portal3.com.br/cepos
* Graduanda em Jornalismo na Unisinos e membro do Grupo CEPOS
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Seminário de Pesquisa em sua 4º Edição
O Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS) realiza nesta sexta-feira, dia 4, mais uma edição do Seminário de Pesquisa, que tem por objetivo promover um momento de reflexão e proposição de políticas públicas de comunicação. O evento, que vai das 8h30min às 20h, acontecerá no auditório Pe. Pedro Pinto, na área das Ciências Comunicação, na Unisinos em São Leopoldo.
Nesta Edição, o Seminário traz à reflexão os temas da digitalização e sua implantação, a configuração no espaço público midiático, a regulação das comunicações no país, economia política da comunicação entres muitos outros assuntos. No ano da Primeira Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), este espaço tem especial importância por ser palco de importantes discussões.
*Graduanda de Jornalismo e membro do Grupo CEPOS
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Aluna de mestrado da Unisinos apresenta trabalho no IHU ideias
Ana Maria trouxe a idéia de Movimentos Sociais associados à rede, onde as ONGs com suas causas específicas são os elos dessa rede que se ligam por uma causa maior; fazendo um comparativo com a rede digital. Através desse comparativo ela tentou mostrar as possibilidades da inclusão sócio-digital na vida das pessoas. A partir de uma entrevista realizada com alunos de escolas do bairro Feitoria em São Leopoldo, a mestranda descobriu que a maioria desses jovens não acessa a rede de internet à procura de projetos sociais ou movimentos culturais do seu bairro ou da sua cidade, sendo que 90% deles disseram acessar principalmente ou somente Orkut e Youtube.
Com base nesses estudos, Oliveira mostrou a importância de Políticas Públicas para a inclusão digital, ainda mais com os avanços da TV em rede previstos para o futuro, para que as pessoas possam talvez gerar a inclusão social através da inclusão digital. Para finalizar, ainda ressaltou a necessidade de uma mudança cultural na sociedade para que possam saber usar a tecnologia digital e interativa a favor da humanidade.
Ana Maria fala sobre redes e inclusão sócio-digital
*Aluna de graduação em Comunicação Social-Jornalismo, da Unisinos e membro do grupo Cepos
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Curso do Cepos chega ao fim com debate sobre padrão tecno-estético alternativo
Após cinco dias de exposições, debates e diálogo entre sociedade e academia, chegou ao fim ontem o curso Mídia, Democracia e Políticas Públicas organizado pelo Grupo Cepos. Como último tema do evento, uma proposta: o amadurecimento de um padrão tecno-estético alternativo que faça frente aos modelos midiáticos comerciais. O professor Bruno Lima e as mestrandas Ana Maria Rosa e Maíra Bittencourt problematizaram o assunto.
Primeiro a falar, Lima explica que, cotidianamente, a população é exposta a um conjunto de linguagem, discurso e conceitos midiáticos responsável pela formação de valores. A principal conseqüência de tal exposição seria a subordinação social, uma vez que tais valores são estranhos ao público, tornando-se assim idéias aceitas sem uma compreensão de origem e contexto.
De acordo com o professor, uma diferenciação fundamental do novo modelo seria o compromisso com a macroexplicação, a exemplo do que já é feito em alguns curta-metragens como o Ilha da Flores, de Jorge Furtado. Lima afirma que muitas tentativas de mídia alternativa reproduzem modelos de qualidade dos veículos comerciais, o que legitima um comportamento hegemônico de comunicação. Desse modo, as tentativas chegam no máximo a experimentos estéticos.
“Como é possível desenvolver um novo padrão tecno-estético se os que tentam ser alternativos referenciam-se no conteúdo comercial, caracterizado por editoriais em formato de reportagens, fragmentação da informação, criação de fábulas e, muitas vezes, da pura e simples mentira?”, questiona o professor, referindo-se ao comício de centenas de milhares de pessoas
A mestranda Ana Maria Rosa também abordou os modelos de hegemonia e alternativa no campo audiovisual. Rosa afirmou que existe hoje na radiodifusão brasileira “um modelo único, coerente com as premissas positivistas e do capital, que se pretende superior, balizando o que é certo ou errado”. Segundo a acadêmica, os movimentos contra-hegemônicos corresponderiam aos sujeitos e processos sociais que se posicionam contra a dominação ideológica.
Para isso, Rosa afirma que não existe um padrão majoritário de tecno-estético alternativo. A própria não-hegemonia pressupõe liberdade e abertura para formatos, linguagens, conteúdos, modelos de produção, financiamento e distribuição. No entanto, esta visão não evita horizontes para a atualidade.
No campo técnico, por exemplo, a acadêmica indica o uso da máxima qualidade de imagem e áudio possível com o equipamento que o produtor dispõe. A qualidade ajudaria na cobertura de assuntos não explorados ou cobertos de modo ruim pela mídia comercial, focos da produção alternativa.
Também buscando apontar direções para um novo padrão, a mestranda Maíra Bittencourt usou a sua fala para descrever as possibilidades tecnológicas que permitem uma produção de conteúdo diferenciada.
Formatos que favoreçam a compreensão de divergências, destacando e dando voz às minorias discriminadas; tempo médio; produção de imagem de alta resolução a partir de aparelhos profissionais de televisão, com distribuição na internet; enquadramento padronizado de imagens e sonoras; edição diferenciada referente a debate; e apresentação de reportagens são condições reais para o exercício de jornalismo alternativo
Bittencourt ainda lembra que uma grande vantagem de modelos inéditos é o baixo custo de produção. Isso permitiria a desvinculação do produtor com patrocinadores, a isenção política perante grupos empresariais e reflexões sobre a censura nos poderes público e estatal. Por fim, a acadêmica lançou a pergunta que norteia, ou deveria nortear, a cabeça de comunicadores independentes: “que tipo de produto alternativo os telespectadores desejam?”
Balanço do evento
O coordenador do Grupo Cepos, professor Doutor Valério Brittos, fez um agradecimento especial ao público de estudantes, trabalhadores e militantes que acompanhou as atividades do curso. Brittos lembrou que esta foi a segunda edição do evento, cujo objetivo é levar os estudos da academia para a população, na tentativa de contribuir com a luta dos movimentos sociais.
"O compromisso desse grupo de pesquisa e da ciência como um todo é debater com a sociedade civil os embates classistas e as formas de melhorar as reivindicações diante das autoridades públicas. No nosso caso, com uma atenção redobrada para a comunicação. O grupo está aberto à solicitações dos movimentos, inclusive dispondo-se a participar dos seus espaços de discussão", disse Brittos.
O curso de formação contou com o apoio da Fundação Ford, CNPQ, Capes e Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos. A contribuição da Abraço-RS e do CPERS também foi determinante para a realização do evento, que teve entrada gratuita para o público em todos os dias de trabalho.
Palestrantes falam sobre o padrão tecno-estético alternativo
Público qualificado que participou de modo ativo nos debates
Quarto dia: “Aliar a educação com as novas tecnologias de comunicação é o grande desafio”
Com o foco nas mudanças trazidas pela digitalização, o Grupo Cepos trouxe para o Curso Mídia, Democracia e Políticas Públicas novidades sobre a educação midiática. Para tanto, a mesa Digitalização contou com a presença do mestrando Dênis Simões e das Mestras Paola Madeira e Nádia Schneider.
Simões abriu o debate apresentando seus estudos acerca da implantação da TV Digital no Brasil. Logo após, Madeira ressaltou a importância de inserir conteúdo de educação crítica para a mídia dentro das escolas e no cotidiano dos movimentos sociais. Por fim, Schneider aprofundou a perspectiva ao descrever a relação direta da educação com as novas tecnologias.
A necessidade de a educação acompanhar o desenvolvimento tecnológico da comunicação chamou atenção nas intervenções do público. Ficou claro que se os processos pedagógicos não estiverem alinhados às mudanças da mídia, haverá prejuízos ao ensino de jovens e adultos. De acordo com o pensamento dos três palestrantes, as escolas precisam despertar o senso crítico desde a base, com o Estado dando apoio à ação através de políticas públicas que fomentem a prática.
A noite de hoje será a última do curso promovido pelo Grupo Cepos e pela Ford Foudation. O tema da mesa será Padrão tecno-estético alternativo. O Professor Bruno Lima Rocha e as mestrandas Maíra Bittencourt e Ana Maria de Oliveira Rosa estarão na mesa, que começará logo mais, às 19h, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Rio Grande do Sul.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Entidades debatem a Confecom na terceira noite de Curso
O debate entre entidades civis a respeito da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) foi a grande atração do terceiro dia do Curso Mídia, Democracia e Políticas Públicas. Sob a mediação do Mestre e jornalista Rodrigo Jacobus, representantes e profissionais da comunicação apresentaram suas perspectivas sobre o evento que será realizado em dezembro.
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais, José Nunes; o secretário-geral da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, Alan Camargo; e o secretário de comunicação da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul, Paulo Farias, compuseram a mesa. Oscar Plentz e Alexandre Leboutte, respectivamente, coordenador da TV POA e representante dos funcionários da TVE do estado, também protagonizaram o debate.
Dentre os muitos assuntos que serão abordados na Confecom, os presentes destacaram a queda do diploma de jornalista, a necessidade de aumento das concessões de rádios comunitárias e a busca por um marco regulatório para a comunicação brasileira.
As entidades apontaram que o advento das novas tecnologias garante uma democratização maior à população e aos meios menos favorecidos. Conseqüentemente, isto trará uma nova ordem de inserção da comunicação no Brasil, embora seja claro que em outros países esta realidade já está dada há muito tempo.
Segundo as falas das entidades, tal quadro obriga uma mudança de postura em todas as instâncias, fazendo com que os marcos regulatórios fiquem ultrapassados. Isto abriria espaço para uma maior cobrança pela democratização, por conseguinte, fortalecendo a pressão por um espaço maior para as produções.
O Curso do Grupo Cepos continua logo mais, às 19h, no auditório do CPERS, com o tema Digitalização. Os palestrantes serão a Mestra Paola Madeira, o mestrando Denis Gerson Simões e a Doutora Nadia Helena Schneider.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Segundo dia de curso aborda as hegemonias enfraquecidas na Indústria Cultural
Na segunda noite do Curso Mídia, Democratização e Políticas Públicas, realizado no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Rio Grande do Sul (CPERS), o Grupo Cepos trouxe o tema Indústrias Culturais para o fórum.
A mestranda Rafaela Barbosa e os doutorandos Andres Kalikoske e Luciano Correia compuseram a mesa, sob a mediação da mestra em ciências da comunicação Paola Madeira.
Os palestrantes trouxeram para o público seus respectivos temas de estudos. Correia abriu à noite falando sobre o modelo padrão da Rede Globo, seguido por Kalikoske com a transnacionalização das telenovelas. Por fim, Barbosa abordou a relação entre a rede Record e Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
Como destaque da discussão, o público ressaltou a competição que a Rede Record imprime diante à Rede Globo com os investimentos massivos da IURD, diminuindo assim o seu padrão hegemônico.
Seguindo nesta diretriz, o debate pode analisar a aposta das emissoras concorrentes à emissora carioca em formatos tradicionais como as telenovelas, que são produtos transnacionais de grande audiência e apelo midiático.
O curso segue hoje a partir das 19h com o debate entre entidades visando a Conferência Nacional de Comunicação que terá como mediador o mestrando e jornalista Rodrigo Jacobus. Haverá transmissão do debate em tempo real através da internet.
Mesa aborda Indústrias Culturais no segundo dia de curso
* Graduando em Comunicação Social - Jornalismo pela Unisinos e membro do grupo CEPOS
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Bucci defende liberdade de imprensa em evento do Grupo Cepos
O Grupo Cepos iniciou ontem a segunda edição do Curso Mídia, Democracia, e Políticas Públicas, no auditório do Sindicato dos Tralhadores em Educação do Rio Grande do Sul (CPERS). O coordenador do Grupo, Valério Brittos, realizou a abertura do evento, que teve como atração principal o professor Doutor Eugênio Bucci, da Universidade de São Paulo (USP).
Os professores compuseram a mesa Políticas Públicas de Comunicação para uma platéia de cerca de quarenta pessoas. Dentre os muitos assuntos abordados por Bucci, os seus posicionamentos sobre liberdade de imprensa e publicidade nos veículos de comunicação tiveram destaque.
De acordo com o palestrante, existe uma “demonização” da grande mídia no que toca à responsabilidade pelas mazelas na área. Quanto à publicidade, Bucci demonstrou preocupação com as propagandas institucionais voltadas para divulgação do Governo em vez das ações do Estado.
O curso segue hoje, às 19h, com a mesa Indústrias Culturais. A mestranda Rafaela Barbosa e os doutorandos Andres Kalikoske e Luciano Correia abordarão o tema segundo os seus respectivos estudos em desenvolvimento. Haverá transmissão em tempo real através da internet. O link da exibição estará disponível logo mais no blog.
Curso teve como convidado especial o professor Doutor Eugênio Bucci
* Graduando em Comunicação Social - Jornalismo pela Unisinos e membro do grupo CEPOS
terça-feira, 25 de agosto de 2009
CEPOS estreia programa “Diversidade”

Com reconhecida trajetória no campo da comunicação, Immacolata atua em diversas frentes no âmbito da pesquisa em teledramaturgia. Seu trabalho no Núcleo de Pesquisa em Telenovela (NPTN) e no Observatório Ibero-americano de Ficção Televisiva (OBITEL) reforçou o reconhecimento do gênero ficcional no campo da comunicação.
O programa “Diversidade” está disponível no endereço www.grupocepos.net/cepostv.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Cepos estreia coluna no IHU
Larissa de Oliveira
Estagiária de jornalismo
A partir da próxima segunda-feira, 10, a revista semanal IHU On Line ganha um reforço entre seus colunistas. O grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos, fará em cada edição da Coluna do Cepos uma análise da mídia audiovisual brasileira com ênfase nas diretrizes do grupo.
O artigo de estreia será assinado pelo professor e pesquisador Valério Cruz Brittos que, no texto, apresentará o grupo de pesquisa, suas atividades e sua estrutura. “A ideia é que, a cada semana, um membro do grupo discuta temas próximos a sua pesquisa, o que não significa que estes temas sejam alheios à pauta social. Os 50 anos da Televisão do Rio Grande do Sul, a I Conferência Nacional de Comunicação - que acontecerá em dezembro deste ano - são exemplos de assuntos que certamente estarão presentes na coluna e que fazem parte dos estudos do Cepos”, explica.
O convite para o Cepos passar a colaborar do com a IHU On Line surgiu em maio, quando o diretor do Instituto Humanitas, Pe. Inácio Neutzling, o propôs a Brittos, que aceitou prontamente. “Será mais um espaço para dialogarmos com a sociedade”, alegra-se o pesquisador. Dentre os colaboradores da Coluna do Cepos estarão mestres, mestrandos, doutores e doutorandos do grupo de pesquisa.
A coluna terá em torno de 5.700 caracteres e procurará abordar os temas científicos de forma clara e simples para um fácil entendimento daqueles que não são estudiosos do campo da Comunicação. A revista IHU On Line (versão impressa e em site) é uma publicação do Instituto Humanitas Unisinos.
Fonte: Portal 3
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Contribuição do Grupo CEPOS para o debate sobre a CONFECOM
Há pouco mais de um mês, no dia 20 de maio, estudantes, mestres e doutores que formam o Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS) reuniram-se na Universidade do Vale do Rio dos Sinos com o objetivo de discutir sua contribuição para a I Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), que ocorrerá entre os dias 1º e 3 de dezembro, em Brasília. A dinâmica era simples: três membros falam sobre o encontro, o grupo debate perspectivas e proposições e a academia passa a contribuir diretamente com a sociedade na luta pela democratização da comunicação.
Os trabalhos foram abertos por meio da fala do estudante Rafael Cavalcanti. Este descreve os fatos que desencadearam a realização da CONFECOM após tanto anos de cobrança ao Governo Federal. Para uma clara avaliação política, são indispensáveis a citação do decreto de 16 de abril de 2009 que convoca a Conferência e a descrição da polarização de forças já a partir da organização do evento. De um lado, os donos de veículos midiáticos e representantes do Estado; do outro, movimentos sociais, ONGs e entidades classistas, que apesar de serem maioria em número e legitimidade, já começam na comissão organizadora com um número menor de representantes. O estudante chamou a atenção para a exclusão da representação do movimento estudantil de área, encabeçada pela Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social (Enecos), tal como da comunidade acadêmica brasileira.
Em seguida, a publicitária Paola Madeira discorreu sobre a importância histórica da Conferência e no que a sua simples realização implica em avanços. Para a publicitária, o evento é um exercício democrático onde setores da sociedade civil, organizados ou não, podem dialogar sobre pautas relacionadas à comunicação no país. Com as reuniões pré-conferência, encontros municipais e estaduais, a população pautará com forças assuntos como monopólio midiático, de modo a publicizar as irregularidades constitucionais que ocorre há décadas.
No entanto, Madeira alerta para os interesses dos radiodifusores na CONFECOM. Será a oportunidade de o setor pressionar o Estado por um marco regulatório para a convergência digital e a ameaça do aumento da participação de empresas de telecomunicações na mídia brasileira, especialmente na produção de conteúdo jornalístico e audiovisual. Assim, o empresariado nacional se mostra determinado para o evento ter como foco a digitalização, que representa uma ameaça ao seu modelo de negócio.
Já o cientista político, Bruno Rocha explicou que uma Conferência consultiva não consegue alterar o marco regulatório porque os delegados da instância não estão fazendo leis. Para conseguir uma mudança imediata, seja para que lado for, o ritual político liberal exige uma medida provisória. Para a maioria da sociedade, isso só se consegue quando a pressão popular força o governo a tomar uma atitude desesperada diante de um fato político contundente. Além de relatar como funciona uma correlação de forças no jogo real da Política, Rocha expôs as diferenças da natureza do movimento popular e de um Grupo de Pesquisa como o CEPOS.
Neste sentido, foram levantados três pontos que o grupo pode contribuir para a Conferência Nacional de Comunicação: narrar para a população como opera cada representação da CONFECOM; levantar as prioridades a longo prazo na Comunicação Social do país, incluindo aquilo que mesmo sendo estratégico para o tema, ainda não foi posto em debate; e analisar os documentos regulatórios da Conferência, a exemplo do decreto, normas, regimento interno e convocatória das conferências municipais e estaduais.
Há pouco mais de um mês, no dia 20 de maio, estudantes, mestres e doutores que formam o Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS) reuniram-se na Universidade do Vale do Rio dos Sinos com o objetivo de discutir sua contribuição para a I Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), que ocorrerá entre os dias 1º e 3 de dezembro, em Brasília. A dinâmica era simples: três membros falam sobre o encontro, o grupo debate perspectivas e proposições e a academia passa a contribuir diretamente com a sociedade na luta pela democratização da comunicação.
Os trabalhos foram abertos por meio da fala do estudante Rafael Cavalcanti. Este descreve os fatos que desencadearam a realização da CONFECOM após tanto anos de cobrança ao Governo Federal. Para uma clara avaliação política, são indispensáveis a citação do decreto de 16 de abril de 2009 que convoca a Conferência e a descrição da polarização de forças já a partir da organização do evento. De um lado, os donos de veículos midiáticos e representantes do Estado; do outro, movimentos sociais, ONGs e entidades classistas, que apesar de serem maioria em número e legitimidade, já começam na comissão organizadora com um número menor de representantes. O estudante chamou a atenção para a exclusão da representação do movimento estudantil de área, encabeçada pela Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social (Enecos), tal como da comunidade acadêmica brasileira.
Em seguida, a publicitária Paola Madeira discorreu sobre a importância histórica da Conferência e no que a sua simples realização implica em avanços. Para a publicitária, o evento é um exercício democrático onde setores da sociedade civil, organizados ou não, podem dialogar sobre pautas relacionadas à comunicação no país. Com as reuniões pré-conferência, encontros municipais e estaduais, a população pautará com forças assuntos como monopólio midiático, de modo a publicizar as irregularidades constitucionais que ocorre há décadas.
No entanto, Madeira alerta para os interesses dos radiodifusores na CONFECOM. Será a oportunidade de o setor pressionar o Estado por um marco regulatório para a convergência digital e a ameaça do aumento da participação de empresas de telecomunicações na mídia brasileira, especialmente na produção de conteúdo jornalístico e audiovisual. Assim, o empresariado nacional se mostra determinado para o evento ter como foco a digitalização, que representa uma ameaça ao seu modelo de negócio.
Já o cientista político, Bruno Rocha explicou que uma Conferência consultiva não consegue alterar o marco regulatório porque os delegados da instância não estão fazendo leis. Para conseguir uma mudança imediata, seja para que lado for, o ritual político liberal exige uma medida provisória. Para a maioria da sociedade, isso só se consegue quando a pressão popular força o governo a tomar uma atitude desesperada diante de um fato político contundente. Além de relatar como funciona uma correlação de forças no jogo real da Política, Rocha expôs as diferenças da natureza do movimento popular e de um Grupo de Pesquisa como o CEPOS.
Neste sentido, foram levantados três pontos que o grupo pode contribuir para a Conferência Nacional de Comunicação: narrar para a população como opera cada representação da CONFECOM; levantar as prioridades a longo prazo na Comunicação Social do país, incluindo aquilo que mesmo sendo estratégico para o tema, ainda não foi posto em debate; e analisar os documentos regulatórios da Conferência, a exemplo do decreto, normas, regimento interno e convocatória das conferências municipais e estaduais.
Ação e desafio
Com alguns nortes definidos, o grupo deu início às conversas entre os membros sobre o método de intervenção imediata e direta. Entre as proposições estão o debate público no Centro de Ciências da Comunicação da Unisinos, o desenvolvimento de um fórum para discutir a Conferência em uma concepção informativa e crítica, junto à comunidade acadêmica e à sociedade latino-americana e apoiar a realização de uma Pré-Conferência em São Leopoldo-RS, tal como participar dos encontros municipais possíveis.
Os membros do CEPOS levantarão o debate no 32º Encontro da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) a ser realizado em setembro, na cidade de Curitiba-PR, com a participação da Pontifícia Universidade Católica gaúcha e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Os profissionais ligados ao audiovisual também levarão uma manifestação impressa e digital para a Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual.
Por fim, o grupo de pesquisa preparou um levantamento inicial de conteúdos estratégicos que certamente serão vetados pelo Estado e agentes econômicos (nacionais e transnacionais) da pauta da Conferência.
Os conteúdos são:
1) revisão das outorgas vencidas e/ou inadequadas de empresas de radiodifusão;
2) coibição da propriedade cruzada de meios;
3) ações cíveis públicas simultâneas contra os oligopólios e por vezes monopólios constituídos;
4) legalização de todas as rádios comunitárias legitimadas pelas Abraços estaduais;
5) cotas de exibição e de produção atendendo ao texto constitucional;
6) liberação imediata das verbas do FUST e do FUNTTEL para veículos de comunicação de pequeno e médio porte e sob controle coletivo e público;
7) revisão a ata do decreto do padrão de TV digital assinado com o consórcio NEC Rede Globo, realizando nova exposição e consulta pública sobre o tema, informando a sociedade do projeto original do SBTVD;
8) veto da mudança na NGO proibindo assim a fusão de megaempresas de telecomunicações;
9) debate sobre o AI-5 digital, vetando qualquer forma de censura na internet, à exceção de pedofilia e temas afins;
10) implantação de um Sistema Brasileiro do Rádio Digital;
11) implantação de infovias públicas em sistemas múltiplos;
12) cota de publicidade estatal destinada para veículos de comunicação do Estado e públicos não-estatais;
13) revisão da composição do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
O Grupo CEPOS esclarece à sociedade que o papel da academia não é substituir a fala e o protagonismo daqueles que lutam, mas sim fortalecer este ponto de vista, municiando com dados e análises. Apresentados estes, fica assim o desafio para as autoridades e agentes populares reverterem a atual correlação de forças que impede a radicalidade na política de democratização, propriamente dita e posta em prática, dos meios de comunicação no Brasil.