quarta-feira, 30 de junho de 2010

Folha lamenta erro em anúncio publicitário que “eliminou” Brasil da Copa

A Folha de S. Paulo publicou errata e lamentou a publicação de um anúncio que sugeria a eliminação da seleção brasileira da Copa. A peça publicitária da rede de supermercados Extra, do Grupo Pão de Açúcar, foi publicada por engano no lugar de um anúncio sobre a vitória brasileira contra o Chile. A peça foi veiculada ontem (29/06).

O jornal admitiu que o erro foi do departamento de publicidade. "A Folha esclarece que, no Caderno Copa 2010, pág. D11, foi publicado equivocadamente anúncio do Hipermercado Extra, devido a problema ocorrido na área de inserção de anúncios. Lamentamos o erro."

O anúncio se “despedia” da seleção. "A I qembu le sizwe [significa seleção, em zulu] sai do Mundial. Não do coração da gente... Valeu, Brasil. Nos vemos em 2014".

O presidente do Grupo Pão de Açúcar se manifestou no Twitter, pedindo desculpas aos clientes e jogadores, e disse que os culpados pelo erro serão responsabilizados. “Não compartilhamos com a impunidade e tomaremos as providências, que não eliminarão o erro, mas irá responsabilizar os culpados”. Abílio Diniz também disse estar “indignado” com o caso, que classificou como “inadmissível”.

A ombudsman da Folha, Suzana Singer, afirmou que o erro foi uma “tremenda mancada”, mas enfatizou que o engano foi apenas do comercial da empresa. “Saiu anúncio errado do Extra hj por problema da inserção da Folha, sairá uma errata amanhã. Tremenda mancada”. E completou hoje: “O erro do anúncio do Extra é culpa do comercial da Folha, não tem nada a ver com Redação, que tb comete erros, claro”.

Fonte: Comunique-se

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sociologia do Espírito, Economia Política da Comunicação e luta epistemológica

Por César Bolaño*

Nos últimos tempos, estou empenhado em recuperar o pensamento de Celso Furtado para o campo da Economia Política da Comunicação, mais especificamente o seu conceito de Cultura fortemente influenciado pela obra de Karl Mannheim, o célebre autor de Ideologia e Utopia. No primeiro dos três ensaios que constituem a Sociologia da Cultura, obra posterior, produzida também na década de 1930, preocupado com uma definição unificada da sociologia – entendida como ciência das formas associativas – e da sociologia das ideias, o autor define o que chama de “sociologia do espírito” – situando-a na longa tradição da filosofia e da sociologia alemãs – “como contrapartida da ciência da sociedade”, incluindo a sociologia do conhecimento e a sociologia da cultura: “a sociedade é o denominador comum entre interação, ideação e comunicação, a sociologia do espírito é o estudo de funções mentais no contexto da ação”.

A comunicação encontra-se, portanto no centro da análise da cultura. Mais: o objeto da sociologia do espírito não é outro senão “a dimensão social da comunicação de significados”. Ainda segundo Mannheim, o primado da infraestrutura sobre a superestrutura nada tem a ver com aquele da matéria sobre as ideias. Na verdade, “ambos os tipos de ação implicam ideação e comunicação”.
Mais uma vez, a comunicação está no centro da definição de sociedade e, neste caso, da relação entre economia e cultura. É importante lembrar isto porque, embora Furtado tenha uma sofisticada teoria da cultura, determinante da sua economia política, o conceito de comunicação não está, salvo melhor juízo, explicitado. Os reconhecidos elos entre sua teoria e a contribuição de Mannheim alertam para esta profícua interação entre Economia Política, Comunicação e a Sociologia da Cultura e do Conhecimento. Dada a importância da obra de Mannheim para a Epistemologia, a Economia Política da Comunicação (EPC) poderá encontrar aí uma interessante fonte de inspiração e de legitimidade no interior do campo da Comunicação no seu conjunto, como um rico programa internacional de pesquisa (no sentido de Lakatos) que é.

A contribuição de Furtado em particular – um ícone do pensamento social latino-americano – é chave nesse sentido. Há duas estratégias político-epistemológicas em disputa hoje nas chamadas Ciências da Comunicação: a crítica, no interior da qual se inclui a EPC, e outra que se aferrará cada vez mais a uma espécie de positivismo de segunda mão, transformado em pièce de resistence da reação, digamos, escolástica ao avanço do pensamento crítico. Do ponto de vista da EPC brasileira e latino-americana, a recuperação do grande pensamento social do subcontinente – em diálogo com outras escolas, mas especialmente com outros enfoques críticos produzidos no hemisfério sul – é crucial. A corrente dominante, ao contrário, procurará, em geral, o conforto da adesão servil às modas intelectuais vindas do norte.

Há, por certo, importantes diferenças entre a EPC brasileira e a sociologia do espírito de Mannheim, mas ambas dividem uma herança comum que está no cerne da Fenomenologia do Espírito de Hegel, a qual fornece “um denominador comum a certos problemas epistemológicos: as ideias têm um significado social que não é revelado por sua análise frontal e imanente”. Segundo o autor, o que permanece vivo em Hegel (e isso valeria também para Marx) é “sua aguda consciência de situações, e não a tradição sectária que seguiu seu rastro”.

É esse realismo epistemológico não sectário, justamente, o que distingue a análise que a EPC faz do fenômeno, por exemplo, das TIC, das elucubrações que constituem a maior parte da produção pós-modernista que inunda o campo da Comunicação na matéria. Permito-me referir-me a minha própria interpretação do problema, centrada no conceito de “subsunção do trabalho intelectual”, definido sobre a base de uma leitura d’O Capital e outros trabalhos do próprio Marx, como os Grundrisse, ou o Capítulo VI Inédito (uma definição marxiana, diriam).

A leitura posterior do trabalho soi disant marxista dos pós-modernistas espinozianos Negri e Hardt sobre o mesmo tema não provocou em mim a identificação e estímulo intelectual que me causou a leitura do segundo ensaio do citado livro de Mannheim – essencialmente weberiano – sobre a intelligentsia. Não se trata de interpretar o “intelecto geral” de Marx à maneira exotérica da “inteligência coletiva”, (como na perspectiva liberal de Lévy, da antropologia do cyberespaço), mas sim de entender como se estabelece a hegemonia e, portanto, a função da intelligentsia, numa situação de subsunção do trabalho intelectual.

*Doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (1993). Atualmente é professor adjunto nível iv da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Teoria Geral da Economia, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação, economia, economia política, informação e telecomunicações.

Fonte: Revista IHU Online

O Brasil de chuteiras dos pés à cabeça

Por Valério Cruz Brittos e Ana Maria Rosa*

Bandeirolas, postes em verde e amarelo, faixas, fitas nos carros, comércio enfeitado de balões. O patriotismo iluminado pela Copa do Mundo de Futebol vem colorindo as cidades – midiática e presencialmente. Nada (ou pouco) problemático – até aí. No entanto, se forem pensadas as articulações político-econômicas possibilitadas e provocadas por todo esse entusiasmo, percebe-se o tamanho do envolvimento de dinheiro e atenção pública em tal fenômeno.

O mais grave é que muitas vezes o circo é pago com dinheiro público. Cada cidadão deveria conhecer bem onde estão sendo empregados os recursos oriundos da pesada carga tributária que incide sobre os rendimentos dos trabalhadores. Se há revolta com a soma de financiamento aos governos, por que não assusta o gasto feito para aproximar população e futebol? Enfeitar uma avenida com as cores da nação pode não ser tão dispendioso, mas as diversas ações que cada governante cria para chegar ao torcedor oneram substancialmente os cofres públicos.

Antes de questionar o dinheiro envolvido em negociações próprias da política dos gramados, deve-se refletir sobre os recursos gastos para instalar telões em praça pública nos dias de jogos, enfeitar com verde e amarelo ruas e repartições, organizar shows em comemoração ao futebol nacional. Investimento na cultura? Certamente supérfluo, pois para ver e torcer pela conquista de mais um título nesse esporte, o brasileiro não precisa nada além de um televisor que, presente em 99% dos lares, está próximo de todos. As emissoras televisivas disputam a transmissão dos jogos como o filé do conteúdo audiovisual, chamariz de anunciantes de ampla variedade e vastíssimo poderio financeiro. As próprias famílias e grupos sociais complementam o quadro, conformando espaços de recepção com traços próprios de sociabilidade.

Engendramentos complexos

Além disso, o comércio utiliza-se da Copa para dar vida aos seus negócios, restaurantes e bares abrindo suas portas para a torcida canarinho, com lojas e marcas de todo o tipo vinculando seus produtos e serviços ao mundo da bola. Claro, a cultura de massa vincula-se ao capitalismo, mas, ainda assim, essa exploração da imagem do futebol brasileiro é mais apropriada enquanto fator de movimentação econômica do que como alavanca eleitoral (sem entrar-se na ampla relação entre essas duas últimas).

Em ano de eleições, as diversas esferas do poder público ornamentam as cidades e criam eventos midiáticos para chamar a atenção das indústrias culturais e, através desse alvoroço, gerar imagens para uma TV que precisa falar do assunto permanentemente. Uma parceria desse tipo pode ir mais longe ainda: enquanto a mídia ganha espaço para seguir com sua cobertura nacionalista, conversando com os torcedores reunidos em festas governamentais, os políticos brasileiros ganham espaço, torcendo ao lado do povo ou divulgando slogans e imagens que identifiquem o governo responsável por mais aquele dia de carnaval.

Nesse sentido, associar imagem de candidatos e partidos políticos, mesmo que de forma modesta, à festa do futebol é sempre uma pseudo-alegria: trata-se da maior expressão esportivo-cultural do brasileiro, uma bela festa popular. É através dessas associações, entre a cultura popular, a mídia e a política, costuradas pelo capital, que se dão os engendramentos mais complexos, por vezes indiscerníveis, da sociedade humana.

* Respectivamente Professor titular no Programa de Pós-Graduaçaõ em Ciências da Comunicação da Unisinos e Mestranda em Comunicação Social na Unisinos

Fonte: Observatório da Imprensa


Anatel prevê decisão final sobre novas outorgas de TV paga em 30 dias

A Superintendência de Comunicação Multimídia (SCM) da Anatel deve divulgar até quinta-feira (1) o caderno da habilitação com a definição dos documentos necessários à expedição de novas outorgas para o serviço de TV por assinatura por meio de cabo ou MMDS (micro-ondas), já em conformidade com a decisão cautelar do Conselho Diretor da agência, de eliminar a exigência de licitação. Junto com as informações sobre habilitação jurídica, qualificação técnica e econômico-financeira, a superintendência deve apresentar também a minuta do contrato de concessão, que será submetida à consulta pública por prazo de 20 dias.

A decisão foi tomada em reunião técnica da agência realizada na semana passada, que determinou o processamento dos 1.053 pedidos de outorgas para prestação do serviço, cadastrados antes de maio, e mais 20 recebidos após o despacho nº 3.911/2010 –CD, que estabeleceu novo critério para as licenças. A previsão é de que todo o processo seja concluído em 30 dias, para decisão final do Conselho Diretor.

Nos próximos dias, os autores dos pedidos deverão receber ofício da Anatel solicitando a apresentação da documentação constante do Caderno de Habilitação, caso ainda persista o interesse pela outorga. No entendimento dos técnicos, todas as decisões deverão ser amplamente divulgadas, incluindo a motivação para prestação do serviço principalmente em cidades menores de 100 mil habitantes.

Pelo despacho do Conselho Diretor da agência, além da inexigibilidade de licitação, o preço da outorga será igual ao custo administrativo tal como o STFC (serviço de telefonia fixa) e SCM (acesso à internet), que custa em torno de R$ 9 mil.

Fonte: Tele Síntese

segunda-feira, 28 de junho de 2010

PNBL: diretrizes corretas e uma importante fragilidade.

O lançamento do Fórum Brasil Conectado esta semana mostra que o governo Lula está na direção correta no desenho do Plano Nacional de Banda Larga. Ao lançar o PNBL, apresentou diretrizes que contemplam não apenas a expansão da infraestrutura. Incluem a criação de um ambiente para que o acesso à banda larga represente efetivamente um salto em direção à cidadania, à qualificação das pequenas e médias empresas e à geração de inovação. Agora, com o Fórum, cria instância de discussão, com a participação de diferentes segmentos da sociedade, para definir um programa de ação nos diferentes segmentos cobertos pelo Plano: infraestrutura, política tributária e de incentivos, política industrial e política de conteúdos.

Os objetivos são claros: ter até o final de 2010, um Plano Nacional de Banda Larga consolidado, com metas objetivas e cronograma de implantação no médio, curto e longo prazos. É esse o legado que o governo Lula vai deixar para o seu sucessor. Trata-se de uma passo importante pois, com essas ações, a banda larga foi transformada em política de Estado e colocada entre as prioridades de governo. Quem quer que ganhe as eleições presidenciais não poderá ignorar esse projeto, mesmo que reveja metas e ações.

Paralelamente a esse esforço de planejamento e debate, que vai envolver 56 entidades, o governo pretende começar o piloto de interligar cem cidades com o backbone óptico que será gerido pela Telebrás. Em funções no atraso no anúncio do PNBL, até porque havia divergências dentro do governo em torno do papel da Telebrás, o piloto, se houver tempo hábil para sua conclusão, só começará a rodar no final do ano. Portanto, certamente não haverá, neste governo, tempo para sua avaliação. E o que ele vai revelar é se a venda de capacidade no atacado, a preços adequados (R$ 230,00 o link de 1 Mbps, segundo anúncio de Rogério Santanna, presidente da Telebrás), poderá de fato estimular a competição na ponta, especialmente nas pequenas cidades, contribuindo para a massificação dos serviços a preços que o consumidor consiga pagar (R$ 35,00 por mês por 512 kbps, sem redução de impostos sobre o serviço).

Essa é a aposta dos formuladores do PNBL. E é aí, nas medidas propostas para a universalização do serviço, que analistas, inclusive profissionais que contribuiram na formulação do Plano, e operadoras veem sua maior fragilidade. Os alertas fazem sentido e devem ser examinados pela equipe gestora do PNBL. Embora os dados das operadoras possam ser olhados com suspeição pois têm interesses próprios a defender, elas contam, por outro lado, uma enorme experiência na implantação de rede de última milha, nas mais distintas condições apresentadas por esse país-continente.

A pergunta que tem de ser debatida e aprofundada no grupo de infraestrutura e na implementação do piloto das cem cidades é se basta a venda de links no varejo a preço inferiores aos praticados pelo mercado (basicamente Oi, Embratel, Intelig e, mais restritamente, Telefônica) para estimular a competição na ponta e a entrega de acesso por R$ 35,00. Mesmo considerando que a atuação da Telebrás na venda de capacidade no atacado é salutar para regular o mercado, será que essa ação será suficiente para garantir a universalização?

Muitos acham que não. O raciocínio dos que têm dúvidas reside no fato de os pequenos provedores terem dificuldades em praticar preços competitivos na ponta por falta de escala. Mesmo que comprem o link da Telebrás a preço mais barato, sua escala para a aquisição de equipamentos para a rede de última milha, basicamente conexão de rádio, é muito pequena. Assim vão ter dificuldade em oferecer acessos em grande escala a preços baixos. Aliás, representantes de provedores já afirmaram que o preço do link anunciado pela Telebrás não permitirá que vendam o serviço pelo preço mínimo pretendido pelo governo, com cobrança de impostos (o governo trabalha com o valor de R$ 15,00 com a desoneração de impostos). A equipe do governo entende que só bastará esse movimento para fazer as concessionárias locais, que têm malha de fios de cobre cobrindo todo o país, baixarem os preços. Alguns especialistas, que têm se dedicado a estudar as questões vinculadas com a universalização de serviços, acham que a oferta dos pequenos provedores nas pequenas cidades vai ser limitada por conta da sua escala e dificuldades operacionais. E que esse mecanismo indutor não será suficiente para universalizar a banda larga.

O que fazer? Na opinião desses especialistas, o PNBL tem de contemplar medidas objetivas para a participação das concessionárias, autorizatárias e celulares, para conseguir cumprir o objetivo de massificar a banda larga, com meta de passar dos atuais 12 milhões de acessos fixos para 36 milhões até 2014, respeitando o patamar de preço definido. “Sem isso não haverá universalização”, pondera um consultor. Essas medidas deveriam incluir a ampliação da desoneração fiscal a outros itens da cadeia produtiva da banda larga além dos modems, o uso dos recursos do Fust para ampliar a capacidade do backhaul, a isenção dos impostos federais que incidem sobre o serviço de banda larga (com isso, o governo federal terá maior poder de barganha com os estados para que eles também abram mão do ICMS) e a redução da taxa do Fistel, aplicada sobre todos os terminais móveis.

Um Plano das dimensões do PNBL, que prevê a instalação de 24 milhões de acessos fixos em quatro anos, elevando a penetração em residências dos atuais, tem que contemplar todos os players. Nem pode excluir os pequenos em benefício dos grandes, nem pode marginalizar os grandes sob o risco de não atingir as metas de universalização.

Embora não se trate de bem escasso, por razões que fogem à racionalidade, há oito anos a Anatel não concede licença de TV a cabo, embora existam mais de mil pedidos de outorga protocolados na agência. O congelamento das licenças acabou favorecendo as empresas que já atuam no mercado, especialmente a líder Net Serviços, embora também ela estivesse, até agora, confinada a 93 cidades – que, no entanto, são os maiores mercados. Mas beneficiou-se da regra vigente, especialmente depois que a tecnologia lhe permitiu também comercializar banda larga. Hoje, segundo dados da empresa, perto 70% dos seus assinantes de vídeo têm também o serviço banda larga e, dos que compram o acesso banda larga, 89% adquirem também o serviço de voz, de sua associada Embratel, de acordo com os dados do primeiro trimestre de 2010.

Numa decisão corajosa para os padrões conservadores da agência, o Conselho Diretor da Anatel retirou as restrições para a entrada de competidores no mercado de TV a cabo, que ocorrerá agora sem necessidade de processo licitatório. O que os conselheiros fizeram foi suspender, em caráter cautelar, o planejamento de implantação dos serviços de TV a Cabo aprovado pelo Ministério das Comunicações em 1997, antes, portanto, da criação da agência. Por esse planejamento, o número de licenças por cidade estava limitado entre duas e quatro. E em boa parte das cidades, mesmo de porte médio, nunca foram outorgadas licenças. São apenas 7,9 milhões de usuários de TV paga no país, 56% deles atendidos pela tecnologia do cabo; os restantes são atendidos por satélite e um número marginal por microondas.

A decisão da Anatel, de acordo com o noticiário, foi motivada pela identificação da existência de barreiras à entrada de empresas no mercado de TV por assinatura, decorrentes de restrições regulatórias que alcançam todo o mercado nacional, apontadas pela análise do conselheiro João Rezende. Esse planejamento restringe o número de outorgas que podem ser expedidas em cerca de 900 municípios e impede a prestação do serviço de TV a cabo nos demais municípios brasileiros. Ou seja, ele foi suspenso com base na defesa da concorrência, a partir de um processo que tramita na agência desde o ano 2000, como relatou o Tele.Síntese Análise: “Duas operadoras de cabo de Blumenau migraram com a Net Sul, hoje Net Serviços, sem anuência prévia da Anatel. Foram multadas, o processo foi para o Cade, que aprovou a fusão com ressalvas, determinando que fosse reavaliado pela Anatel. O que aconteceu em 2006. O parecer técnico alertava para o risco de monopólio (as duas empresas respondiam por 93% do mercado), mas defendia a fusão alegando que a economia de escopo e escala mais beneficiava do que prejudicava os usuários.” O parecer do conselheiro Rezende critica duramente o parecer técnico. Na opinião do conselheiro, não cabe a agência avaliar determinados ganhos aos usuários se não pode demonstrá-los. Como se vê, o conselheiro enxergou o que outros que analisaram o processo não viram. E a competição no cabo atrasou-se mais quatro anos.

A medida, espera-se, vai dar vazão à enorme demanda existente na agência. Não se sabe se os pedidos vão se transformar em efetiva oferta de serviço, mas não faz nenhum sentido restringir esse mercado, a não ser no interesse de monopólios. A decisão da Anatel não significa que a competição vá se instalar plenamente no mercado de TV a cabo. Pelas regras atuais dos contratos de concessão das operadoras de telefonia fixa, elas não podem ter licença de cabo em suas áreas de concessão. E, pelas regras da Lei do Cabo, as operações de TV a cabo têm de ser controladas por capital nacional – a participação do capital estrangeiro é limitada a 49%. Para a eliminação dessas restrições, é preciso mudar a legislação, como propõe o PL 29, em tramitação da Câmara dos Deputados.

A decisão da Anatel indica uma mudança de postura da agência, na direção de proteger menos os interesses das corporações que atuam nesse mercado, e legislar mais com foco nos interesses da população. O serviço de TV por assinatura pode não ser um bem essencial, mas a população tem direito à sua oferta e a infraestrutura do cabo é iimportante para a massificação da banda larga no país. O fato de a Net ter, em 2009, passado a Telefônica em acessos instalados de banda larga é um indicador do enorme potencial dessa infraestrutura.

Fonte: Tele Síntese

Candidatos confirmam presença em primeiro debate na internet

Os candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) confirmaram presença no primeiro debate eleitoral história da internet brasileira, que será promovido pela Folha de S. Paulo e o UOL no dia 18/08. O jornal e o portal anunciaram que os demais meios de comunicação terão acesso a cobertura do debate e que os veículos interessados poderão transmitir o áudio e o vídeo.

O debate vai começar às 10h30, horário em que a internet possui maior audiência, e terá duas horas e meia de duração, dividido em duas partes. A primeira será com os candidatos fazendo perguntas entre si. Na segunda parte, os presidenciáveis responderão as perguntas de internautas e dos jornalistas da Folha e do UOL.

Esse deve ser o primeiro debate a contar apenas com os três principais candidatos. Os encontros realizados por emissoras de rádio e TV devem contar com a participação de todos os candidatos de partidos que possuam representação no Congresso.

Fonte: Comunique-se

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Brasil dos jornais

É manchete no Estado de S.Paulo na sexta-feira (25/6) o anúncio da reunião do G-20, marcada para o fim de semana no Canadá. Observe-se que a notícia explica porque o Brasil e os Estados Unidos estão alinhados em torno da proposta de estimular a economia, contra a escolha da Europa, de priorizar o aperto fiscal. A informação também é contemplada na Folha de S.Paulo, embora com menos destaque.

Apesar de o tema ser complexo, a manchete do Estadão elabora com clareza o dilema que se apresenta diante dos líderes mundiais: buscar primeiro o equilíbrio das contas ou ampliar as chances de retomada do crescimento.

O modelo proposto por Brasil e Estados Unidos é o que vem dando certo para a economia brasileira, com algumas variáveis.

Quando a crise financeira internacional eclodiu, em setembro de 2008, o Brasil organizava o ingresso no mercado dos milhões de cidadãos resgatados da miséria pelos programas sociais de transferência de renda. Esse resgate também foi beneficiado pela estabilidade que se vinha consolidando, o que permitiu os investimentos privados e públicos que estimulavam os negócios.
Diante da crise, o governo brasileiro procurou acelerar esse processo, e como resultado tivemos o reaquecimento rápido da economia, após apenas um trimestre de dificuldades.

Lugar no palco

Quando o presidente Barack Obama declarou que seu colega brasileiro era "o cara", episódio que a imprensa tratou de maneira folclórica, os dois países vinham promovendo uma série de encontros bilaterais para discutir como enfrentar a crise global.

É desse período o alinhamento entre Brasil e Estados Unidos em torno da proposta que é defendida agora no G-20. Depois disso, houve o episódio do Irã, no qual o Brasil exerceu sua soberania, contrariando a opinião dos americanos. Passado o desencontro, ocorrência trivial entre nações independentes, outra vez os dois países voltam ao mesmo lado da mesa.

A lembrança serve para observar como, muitas vezes, ao se prenderem excessivamente ao fato do dia, os jornais perdem a perspectiva histórica, podendo induzir o leitor a tirar conclusões equivocadas.

A imprensa brasileira precisa engolir, de uma vez por todas, o fato de que o Brasil se tornou protagonista importante no conjunto das nações justamente porque não se alinha automaticamente com os Estados Unidos.

Fonte: Observatório da Imprensa

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Globo apresenta TV interativa e leva programação para os ônibus

Emissora apresentou novas tecnologias de transmissão de conteúdo. Programas em 3D e pela internet estão em estudo.

A Rede Globo apresentou, nesta quarta-feira (23), novas tecnologias de transmissão que serão implementadas no futuro, como o sistema de TV interativa, transmissão via internet e para zonas rurais e exibição de imagens em três dimensões. Os anúncios foram feitos no Painel Globo de Tecnologia, realizado em São Paulo.

Em destaque, a TV interativa que poderá levar para lares de milhões de brasileiros a possibilidade de poder saber mais sobre os jogos de futebol em tempo real ou até participar de enquetes sobre os programas da Globo.

O telespectador precisa apenas ter um televisor com conversor digital compatível com a tecnologia para receber o conteúdo interativo ou um compatível com conexão à internet para trocar informações com a emissora, seja para a participação de enquetes ou para a compra de produtos. A TV digital interativa já está disponível em todo o país.

Nas partidas da Copa do Mundo, o telespectador tem como acessar as tabelas, dados do jogo em tempo real e resultados da competição. No Big Brother, por exemplo, será possível votar para eliminar um participante ou acessar dados sobre ele e nas novelas haverá informações sobre o capítulos atual e anterior, além de galeria de fotos.

O mesmo conteúdo interativo pode ser acessado por meio de celulares. Por meio da transmissão no formato 1-seg, o usuário tem acesso ao conteúdo da Globo, enquanto que pela rede de dados da telefonia móvel ele tem acesso ao conteúdo interativo. Entretanto, um aviso na tela mostrará que o recurso que o usuário deseja acessar poderá ser cobrado.

A emissora também foca na interatividade por meio de outros dispositivos como tablets e smartphones. Um aplicativo para iPad, iPhone e iPod touch permitirá que o espectador tenha acesso aos dados em tempo real das partidas de futebol. Além disso, vídeos dos lances estarão disponíveis instantes após passarem na TV. A Globo espera que o aplicativo, gratuito, entre na iTunes Store nos próximos dias.

Para todo o Brasil

Durante o Painel de Tecnologia, foi apresentado um conversor de TV digital com foco para o público que vive em áreas rurais. A Globo também testa colocar televisores em ônibus para reproduzir seus programas ao vivo e gravados. Na cidade de São Paulo já existem 300 ônibus com estes televisores, sendo que 30 estão transmitindo a programação ao vivo. Para escutar a transmissão, é necessário sintonizar uma estação FM por meio de qualquer rádio.

Na tela, além da programação da Globo, aparecem outras informações como previsão do tempo da cidade e notícias do G1. Estes conteúdos poderão ser atualizados pode meio da rede móvel 3G. Cada ônibus possui uma antena interna para captar a transmissão. Eles também possuem um gerador de sinal FM de curto alcance para o som chegar ao rádio do usuário.

Internet

Com a difusão das Broadband TV, televisores com conexão à internet, a Globo estuda levar o seu conteúdo para ser acessado quando o usuário quiser. “Desse modo, é possível assistir a um capítulo da novela e a outros programas da Globo”, diz Fernando Bittencourt, diretor da Central Globo de Engenharia, sobre a tecnologia que ainda está em caráter experimental.

Como o foco da empresa é a qualidade da imagem, todo o conteúdo enviado pela internet é em alta definição, com uma resolução de 1920 x 1080i. A tecnologia implementada para alcançar este nível de imagens permite que um telespectador com uma internet de 2 Mb possa assistir ao conteúdo em HD.

Três dimensões

Embora Bittencourt afirme que o formato de transmissão 3D ainda não esteja totalmente definido, ele destaca os estudos da Rede Globo para levar a tecnologia aos lares brasileiros. Além do Carnaval de 2009 e 2010, alguns jogos da Copa do Mundo da África do Sul estão sendo transmitidos em 3D por meio de cabo. Para assisti-los, é necessário ter um televisor compatível e uma assinatura com a operadora de TV a cabo.

“Estamos estudando fortemente a tecnologia”, disse Bittencourt. “Ela ainda está em estado de maturação e é bastante complexa. Seu modelo de negócios ainda é incógnito. Estamos discutindo se o 3D vai adiante como mídia paga ou aberta”. Ele destaca que o 3D existe há muito tempo, mas com apenas com a digitalização ele deu um grande salto de qualidade.

Fonte: G1

PL 29 chega ao Senado e passará por cinco comissões

Depois de três anos de tramitação na Câmara dos Deputados, o PL 29/2007 enfim chegou ao Senado Federal. A leitura do despacho foi feita no Plenário nesta quarta-feira, 23, e abre oficialmente a tramitação na Casa revisora. O projeto que pretende consolidar as regras de oferta de TV por assinatura no Brasil e estabelecer uma política de fomento do audiovisual nacional ganhou uma nova numeração no Senado. Agora a proposta está identificada como PLC (Projeto de Lei da Câmara) nº 116/2010.

A Mesa Diretora do Senado também já providenciou a distribuição do projeto entre as comissões. A proposta passará por cinco grupos de análise, iniciando a tramitação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), como estabelece o regimento do Senado. Uma vez analisada a constitucionalidade e legalidade pela CCJ, o projeto passará por outras quatro comissões temáticas.

A primeira a analisar o conteúdo efetivo da proposta será a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Depois o projeto passará pela Comissão de Educação (CE) e pela Comissão de Meio Ambiente e Defesa do Consumidor (CMA). A última comissão a avaliar o projeto será a Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT), que votará terminativamente o projeto por ser a comissão de mérito. A análise terminativa nas comissões significa que o projeto não precisa ser deliberado no Plenário para ser validado. O relator na CCJ ainda não foi definido.


Fonte: Teletime News

Em audiência, Abert defende que discussão sobre diploma está ultrapassada

Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (23/06), o consultor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rodrigo Kaufmann, afirmou que a discussão sobre a PEC dos Jornalistas, que restitui a obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão, está ultrapassada. Em sua opinião, a decisão do Supremo Tribunal Federal colocou um ponto final na matéria.

“O Supremo entendeu que a exigência do diploma é incompatível com nosso regime de liberdade de expressão. O julgamento se baseia em uma cláusula pétrea. Normas constitucionais que não podem ser alteradas, ainda que por emenda à Constituição”, defendeu Kaufmann.

Segundo Kaufmann, a Abert tem interesse em discutir outros modelos de valorização do jornalista, mas “é contraproducente continuar discutindo um modelo considerado pelo STF incompatível com a Constituição”.

Liberdade de expressão x exercício profissional
Também presente à audiência, o diretor do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, afirmou que a decisão do STF se baseou em equívocos conceituais. “Confundiu-se liberdade de expressão com exercício profissional”, avaliou. Ele explicou que o jornalista profissional não expressa a sua opinião, mas faz a mediação entre as opiniões manifestadas pela sociedade.

“Um ano depois da decisão do STF algum cidadão foi contratado por empresa de comunicação para simplesmente expor sua opinião?", questionou Spenthof.

Esse ponto também foi levantado pelo relator da Comissão Especial que avalia a proposta, deputado Hugo Leal (PSC-RJ). O parlamentar afirmou que o desafio é saber onde termina a liberdade de expressão e começa o exercício profissional do jornalista.

Fonte: Comunique-se

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Amsterdam

Por Larissa Berbigier*
"O que há de melhor numa coisa nova é aquilo que satisfaz um desejo antigo"
Paul Ambroise Valery
E este era um dos meus desejos antigos anotado em um pedaço de papel.
Meus "clicks" não são os mais perfeitos, não são nada perfeitos, mas ainda são os meus.
Quem dera que eu conseguisse focar tudo o que meus olhos vêem, isso é de tamanha perfeição pra mim.
É como o paladar que eu aprovo e ingiro.
É como a música que escuto.
São como os passos bailados que assisto e ensaio os meus com a cabeça.
É como o prazer que me aquece a alma e me esquenta o coração.
São meus pequenos prazeres.


As flores são coloridas, são fortemente coloridas.
Em cada lugar que você anda tem algo para fotografar, é como cada passo.
Passou uma moto tão rápido que fez meus cabelos voar.

As cores estão espalhadas por todos os lados, aos olhos um brilho, ao coração uma bela harmonia.
O "Kiss Me Or Die" que encontrei.

Os morangos gigantes que vi, maiores que os outros que já encontrei.
Tinha frutas que eu jamais havia visto.
Em um estalo de gula, uma vontade de mordida em cada uma delas.

Um monte de areia e conxinhas do mar, as trouxe comigo.

Os coloridos você encontra nas paredes também, em forma de arte.
"A arte está nos olhos de quem a vê."
E o menino que fazia xixi.

As bicicletas são um dos meios de locomoção.
Não existe diferença de idade, velhos e jovens usam este como um dos seus meios de transporte. É fácil diferenciar a bicicleta de um local, a bicicleta das meninas algumas vezes levam flores, é cor de rosa e a dos meninos levam pinturas diferentes com amarelo, vermelho, azul...
Dá vontade de levar para casa, ou relançar a propaganda da Caloi “Não esqueça a minha Caloi”. Eu queria todas para mim.
Você pode alugar bicicletas também, e sair pedalando pela cidade. Em todos os cantos tem onde “estacionar”.

Andando pelas ruas fiquei admirada com a beleza, a particularidade da arquitetura e as cores.
Para cada lugar que se olha, tem prédios bonitos, os típicos holandeses com fachada estreita, muitas janelas floridas e diferentes cores.
Os prédios grandes e históricos, com design meio medieval.
Os prédios mais antigos datam do século XVIII.
Conhecendo Amsterdam, é possível imaginar como era a vida na época dos reinados.
Além dos prédios, a cidade está repleta de canais, que são mais de 100.
Inclusive existe uma certa rivalidade entre Amsterdam e Veneza, ambas disputam o título de mais bonita.

Suas construções, com janelas, portas e sacadas.

A tão famosa e polêmica Amsterdam.
A red district, a zona da "Luz Vermelha", é outra atração que só existe em Amsterdam.
É um bairro de prostituição que virou ponto turístico.
Nos prédios, cada janela vira uma vitrine de mulheres. Elas fazem poses seminuas, usando, digamos, biquinis pequenos, convidando os homens para entrar em seus quartos de janelas grandes, que serão fechados por uma grande cortina.
Mas não pensem que só homens vão ao local: você vê familias inteiras passeando por essas "vitrines".
Eu não tirei fotos da rua, mas é uma rua tão bonita quanto qualquer outra das tantas ruas de Amsterdam.
A arte está por todos os lugares.
Este é um bonde, ele passa pela rua entre as pessoas sem fazer nenhum sinal, você tem que estar atento. Eu quase fui atropleda por ele diversas vezes.

Você encontra diversos artistas nas ruas. Eu encontrei estes também, um grupo de brasileiros que estava tocando músicas brasileiras, óbvio, e pessoas animadíssimas tentando cantar e dançando ao nosso rítimo em Amsterdam.
O outro foi este grupo, de capoeira da Bahia, que quando cheguei estavam cantando "Mulher Rendeira" ao som do berimbau.
"Olê muié rendera
Olê muié rendá

Tu me ensina a fazê renda

Que eu te ensino a namorá"

La señora
La señora segue pela rua
Eu não sei para onde vai.

Os cabelos são brancos
Por hora parecem algodão.
Entre os dedos, uma fumaça de filtro vermelho
Nas mãos uma sacola, verde quase limão.
Eu segui a senhora
Eu queria saber para onde ela ia
Eu queria saber o que na sua sacola ela tinha.
Ela seguiu pela rua, na sua sacola eu nunca vou poder descobrir
Se era sonho escondido, lembrança guardada ou amor esquecido
La señora.

Encontrei este grande mictório na praça onde estes artistas se apresentam.
É uma praça grande, onde muitas pessoas de diversos lugares passam a todo instante.
Me chamou a atenção. Uma por que eu nunca havia visto e outra por que ele realmente é usado.
Imagina um desses no Brasil?
Ia ser um corre-corre de carteiras.
Ou para o mais interno, comparei meu ouvido com um quase desses outro dia, mas o melhor seria um GRANDE pe-ni-co.

A praia, the beach, strand.
Imaginem qualquer praia do sul, Rio Grande do Sul (tirando Torres), com uma areia mais larga, do mar até o asfalto... É assim.
Ao invés do asfalto tem casinhas de veraneio, uma do lado da outra.
Iguais às casinhas do filme "Tubarão".
O mar é quase liso, impossível ao surfista que pretende pegar onda.
Eu estava ouvindo "The Cure" e esta pipa não fugiu de mim.

The Bulldog
The Bulldog é um dos Hostels mais famosos de Amstedam e também é um cofeeshop.
Eu me lembro que uns anos atrás um grupo de amigos e eu havíamos marcado de fazer um mochilão, e uma das paradas seria Amsterdam e ficaríamos neste Hostels.
Nunca mais esqueci o nome "The Bulldog" de tanto que eles falavam, eu tinha que conhecer este lugar, e foi uma dos meus "pontos turísticos" marcados.
Quando você entra, o perfume nem preciso dizer de qual cheiro é, acho que a minha mão no nariz na foto já diz, quase tive espirros.
Entrei para ir ao banheiro e fiz um pequeno vídeo do lugar, mais precisa da sala de estar.
Quando entrei estava tocando "Nigth Nurse", do Gregory Isaac's. Foi com o guitarrista dele que peguei o avião, o rasta que foi o vôo inteiro conversando com Jah, que acabamos amigos.

Este é o Museu Madame Tussaud, o Museu de cera, eu tirei fotos com os meus preferidos.
-O Bush, um dos piores, que com certeza não é nada dos meus preferidos, e nem com um boneco de cera eu perderia a oportunidade de dar uma boa sapatada nele.
-"Depois de escalar uma montanha muito alta, descobrimos que há muitas outras montanhas por escalar."
Nelson Mandela
-"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam é problema deles."
Bob Marley
A foto Prince foi em especial para um amigo CHOCANTE!
- “Você pode sempre sonhar, e seus sonhos se tornarão realidade, mas é você que tem que torná-los realidade”.
Michael Jackson
-"Pensamos demasiadamente. Sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade
que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá."
Charles Chaplin
-"A cultura do espírito identificar-se-á com a cultura do desejo."
Salvador Dalí
-"Todo mundo é uma estrela e merece o direito ao brilho."
Marilyn Monroe

Amsterdam é repleta de museus, entre os mais famosos incluem-se o Rijksmuseum, o Museu Nacional, a Casa de Rembrandt, o Museu de Vincent Van Gogh a casa de Anne Frank.
Estive no Museu de Van Gogh - era um dos pontos da minha ida até Amsterdam, mas não era o meu ponto príncipal. Eu tinha um desejo muito maior em cima dessa viagem e por ter escolhido esta cidade, e estava me preparando para isso.
Eu estive no Museu de Van Gogh e, me perdoe quem discorde de mim, também sou uma admiradora de duas pinturas, tanto que fui visitar seu Museu, mas o Museu me deixou a desejar.
Talvez um dia eu volte, e quem sabe possa ver com outros olhos.

"Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração puro, e isto significa felicidade."
Anne Frank

"Distância um sino de relógio tocava, pureza no coração, pureza no pensamento..."
Anne Frank

Cheguei ao meu ponto da viagem, ao que me fez escolher a esta cidade: a casa de Anne Frank, hoje o seu Museu.O relógio de que ela fala nesta frase é exatamente este: é o relógio de uma igreja que tem ao lado da sua antiga casa.
Não foram os cofeeshop, a arquitetura que sempre gostei, o Museu da Madame Tussaud, nem o Museu de Van Gogh, que eu também queria muito visitar: foi a casa da Anne Frank que me fez escolher Amsterdam.
Eu não pude tirar uma foto dentro da casa, não é permitido, mas andei por todos os cantos, inclusive nas escadas que dão para o sótão.
Este momento foi meu e foi único, eu não poderia descrever o que senti.
Me lembro de sentar em um canto e tentar descrever em palavras o que se passava comigo naquele momento. Foi uma tentativa em vão. A emoção era mais forte.
Eu levo comigo isso, no meu mais interno.
O som do sino da igreja e o que tento dizer, cada canto em que passei, pode ser visto no filme "O Diário de Anne Frank", que ganhei como presente do meu bom amigo Vitor.
Foi um ótimo presente.
Poder ter estado no cenário deste filme, que foi o cenário da vida real desta menina, foi mais que um presente.
A Casa de Anne Frank é um lugar especial e emocionante.
Percorrendo as peças e as estreitas escadas, é possível conhecer os sentimentos e os lugares em que a jovem garota viveu escondida por cerca de dois anos.
É possível conhecer a história de sua família e de seu diário.
No antigo quarto onde Anne se escondia, ainda estão as fotos de sua coleção de artistas, que ela usou para decorar as paredes.
Numa das partes mais emocionantes, o visitante conhece o destino de cada membro da família, que foram para diferentes campos de concentração.
Por fim, as comoventes cartas de Otto Frank, pai da menina e único a sobreviver, escrevendo para parentes na esperança de reencontrar Anne Frank.
A menina morreu de febre tifóide um mês antes da libertação dos judeus.

Os negros, escravos, os judeus, escravos, os índios, escravos, e, na verdade, todos nós escravos.
A guerra por religião é milenar, ainda existe. A guerra por poder é milenar, ainda existe, e parece não cessar.
A guerra contra fome é milenar, é mais presente do que presente inesistente em salas de aula.
O racismo ainda existe.
O preconceito, existe.
A guerra ainda existe.
Tem criança morrendo de fome no mundo, e tem homens construindo bombas, investindo dinheiro para criar novos inimigos, ao contrário de poder fazer novos amigos.
Escravos da nossa política.
Escravos da nossa sociedade.
Escravos das nossas escolhas.
Somos escravos de nós mesmos.
E alguns outros escravos da sua própria maldade.

*Aluna da cadeira Iniciação ao Conhecimento Científico, da graduação da Unisinos, ministrada pelo Professor Valério Cruz Brittos.

Horário eleitoral na TV deve consumir 63 horas e R$ 851 milhões

O horário eleitoral na TV, que começa no dia 17 de agosto e vai até o dia 30 de setembro, vai consumir 63 horas e R$ 851 milhões, segundo o Portal do Consumidor. Todos os canais da TV aberta e os canais a cabo do Senado, Câmara dos Deputados e das Câmaras Municipais terão que transmitir o que os partidos produzirem nos 45 dias de campanha na TV.

Ainda segundo o Portal do Consumidor, o valor de R$ 851 milhões é o que as emissoras deixam de pagar em impostos para poder exibir as propagandas eleitorais sem prejuízos financeiros. Como a União dá isenção fiscal proporcional ao valor que seria cobrado por inserções comerciais não obrigatórias, essa quantia vem do contribuinte.

"O custo disso para nós compensa o ganho que é para a formação do eleitor, para a propagação das propostas e para a construção de uma cultura de democracia", diz a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Para Braga, o horário na televisão e no rádio, neste ano, deverá ser ainda mais importante para as eleições presidenciais. "Quanto maior o grau de competitividade, maior a influência do programa eleitoral para desempatar", diz.

Fonte: Portal Imprensa

Ollivier salienta a relevância das novas plataformas midiáticas ao permitir não ser somente receptor,mas também produtor de conteúdo

Por Diego Costa*

O ministrante e pesquisador Prof.Dr.Bruno Ollivier, da Université dês Antilles et de La Guyane na ilha francesa de Martinica no Caribe, realizou a palestra “As Ciências da Informação e Comunicação como Interdisciplina frente à Globalização e à web 2.0” ontem (22/06) às 17hs, no mini auditório do centro 3 na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Apresentando um recorte do seu vasto trabalho direcionado para a epistemologia da Informação e da Comunicação.

Para Ollivier, os avanços da internet permitem espaços alternativos de confluência de informação tão, ou mais massificadores que os espaços midiáticos tradicionais. A possibilidade de se produzir conteúdo e assim obter uma participação mais ampla na comunicação, acabam por fidelizar e multiplicar os adeptos. Enaltecendo desta forma, o papel das redes sociais, entre elas o Face book, que possui atualmente o maior número de usuários.

Dentre outros assuntos abordados e discutidos entre os participantes, também se pode destacar a questão do aumento da carga de exigência do profissional de comunicação perante as novas formas de mídia. A necessidade de estar sempre atualizado e presente nas mais diversas plataformas midiáticas cria um ambiente ainda mais competitivo.

*Diego é Graduando em Comunicação Social: Jornalismo na Unisinos

Câmara discute capital estrangeiro na mídia no dia 07/07

Em reunião nesta quarta-feira (23/07), o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, Eunício Oliveira (PMDB-CE), marcou para o dia 07/07, às 09h30, a audiência pública que vai debater a participação de capital estrangeiro em empresas de comunicação no País.

De acordo com o requerimento, de autoria do deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), a audiência vai “discutir se cabe ou não aplicar restrições à origem do capital das empresas que se utilizam da internet para prestar serviços que muito se assemelham aos prestados pelas empresas jornalísticas”.

O questionamento partiu da Associação Nacional de Jornais e da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão. Elas consideram que os veículos jornalísticos online também devem respeitar a legislação, que impõe o limite de 30% ao capital estrangeiro na participação da empresa.

As entidades também questionam a entrada no Brasil do grupo português Ongoing, que lançou recentemente o Brasil Econômico e adquiriu o grupo O Dia.

Foram convidados para a audiência os ministros das Comunicações, José Artur Filardi; e da Justiça, Luiz Paulo Barreto; o Advogado Geral da União, Luiz Inácio Adams; o procurador Geral da República, Roberto Gurgel; os representantes da Abert, Luiz Roberto Barroso; e da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Tércio Sampaio Ferraz; o diretor-geral do Portal Terra, Paulo Castro; a presidente do Conselho de Administração do Jornal Brasil Econômico, Maria Alexandra Mascarenhas de Vasconcelos; e o presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores, Amilcare Dallevo Jr.

Fonte: Comunique-se

terça-feira, 22 de junho de 2010

Jornalista Cristiane Finger discute produção audiovisual no PPGCom da Unisinos

Carine Prevedello*

A jornalista Cristiane Finger, doutora em Comunicação e professora da PUC-RS, participou do último encontro da disciplina de Economia Política do Audiovisual, no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos. A teoria e a prática do audiovisual foram o tema da aula, que aconteceu no dia 21 de junho. Os mestrandos e doutorandos participantes da disciplina apresentaram as produções em vídeo feitas como parte da avaliação final. As discussões foram coordenadas pelo professor doutor Valério Brittos, que lidera o grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS).

Cristiane participa da aula

Durante a tarde, quatro audiovisuais foram apresentados pelos alunos, em diferentes formatos e gêneros: "Liberdade", dos mestrandos Bianca Elisa Costa, Eduardo Menezes e Marlon Lemienski, "It's a wonderful life", do mestrando André Campos, "UFRGS TV", da doutoranda Carine Prevedello, e "Vídeo Institucional CEPOS", do doutorando Andres Kalikoske. Todas as produções sâo independentes e tiveram produção, edição e direção dos alunos integrantes da disciplina. De acordo com Cristiane Finger, "a limitação técnica muitas vezes é usada como desculpa pelos próprios profissionais, quando se deveria entender que o conteúdo é sempre o mais importante". Para a professora, os trabalhos apresentados confirmam a prevalência da idéia e dos argumentos para a eficiência da mensagem, ainda que exista dificuldade de equipamentos de produção e edição.

"Nós somos allfabetizados em audiovisuial, assim como somos alfabetizados na linguagem falada e escrita. Os gêneros são uma classificação que restringe e não contempla as múltiplas possibilidades de produção", acrescentou Cristiane Finger. O professor Valério Brittos ressaltou a importância da avaliação de uma profissional com credibilidade de prática jornalística, mas também inserida na realidade acadêmica.

A disciplina de Economia Política do Audiovisual faz parte do currículo de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação da Unisinos, e, além da coordenação do professor Valério, foi ministrada em conjunto com o professor doutor Bruno Lima Rocha.

*Carine Prevedello é Doutoranda em Comunicação Social pela Unisinos

Relações da Igreja com a mídia são tema de novo livro de Pedro Gilberto Gomes


Por Carine Prevedello*

As relações da igreja com a mídia e os novos tipos de religião surgidos na sociedade midiática são o tema do novo livro do professor doutor Pedro Gilberto Gomes. "Da Igreja Eletrônica à Sociedade em Midiatização" é o título da publicação, que teve lançamento na noite desta segunda-feira, dia 21 de junho, durante o projeto Sala de Leitura do Instituto Humanitas Unisinos (IHU). Professores, pesquisadores e profissionais ligados à temática participaram da atividade.

O livro traz os resultados de uma pesquisa desenvolvida pelo Grupo Mídia e Religiosidade, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos. A análise avaliou a apropriação das técnicas midiáticas pelo universo religioso, a prática de alguns pregadores transformados em celebridades e as mudanças nos rituais religiosos e na atuação dos fiéis. De acordo com o autor, há uma série de fatores interligados para explicar o crescimento das religiões midiatizadas, como o desencanto com os rituais tradicionais e o avanço do consumismo indicvidual e solitário característico da internet. "O importante não é a internet ou a televisão, mas que tipo de religião está emergindo das relações da igreja com a mídia", avalia Pedro Gomes.

Participaram do lançamento a coordenadora do PPGCom, Christa Berger, o coordenador do Grupo Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS), Valério Brittos, e os professores Antonio Fausto Neto e Jairo Ferreira. Os pesquisadores Paola Nazário, Andres Kalikoske, Ana Maria Rosa, Alexon Gabreil João, Angélica Pinheiro e Carine Prevedello, integrantes do grupo CEPOS, também acompanharam o lançamento do livro.

Palestra contou com a presença de integrantes dos PPGs da Unisisnos



*Carine Prevedello é Doutoranda em Comunicação Social pela Unisinos

Receita de banda larga vai substituir a de voz na América Latina

O faturamento do setor de telecomunicações na América Latina deverá atingir US$ 154,1 bilhões em 2014 (hoje a receita do segmento é de US$ 132,3 bilhões), com a telefonia móvel crescendo em índices mais elevados que a fixa. Nesse período, haverá também a substituição da receita de voz pelos serviços de banda larga, o que vai gerar impacto na rentabilidade do negócio dos provedores e nos investimentos, uma vez que o aumento da receita de banda larga traz desafios, pois implica crescimento da planta e demanda mais investimentos. Os dados são da PriceWaterhouseCoopers e foram apresentados hoje pelo sócio da companhia no Brasil, Maurício Giusti, durante o Fórum Íbero-americano para o desenvolvimento da banda larga -- organizado pela Ahciet, entidade Íbero-Americana de centros de pesquisa e empresas de telecomunicações --, que se realiza em São Paulo.

"O evolução da banda larga vai trazer desafios para a indústria e mexer com sua dinâmica", observou Giusti. No período 2010-2014, as receitas com banda larga terão crescimento de 15,7%, enquanto as receitas de voz terão queda de 1,2%. Na análise do executivo, esse crescimento trará desafios na gestão, uma vez que o crescimento da base de usuários será acompanhado do aumento na demanda por maior velocidade, e exigirá novas tecnologias. "Exigirá, portanto, novos modelos de negócios que gerem mais eficiência, o compartilhamento de infraestrutura, a convergência operacional tanto das fixas como das móveis, foco em atividade core e revisão nos modelos de precificação de risco elevado", pontuou Giusti.

Fonte: Tele Síntese

Helen Thomas, aposentadoria forçada

Por Valério Cruz Brittos e Diego Rosa da Costa*

Helen Thomas é uma jornalista estadunidense nascida em 4 de agosto de 1920. Tem mais de 50 anos de carreira e era repórter dedicada à cobertura da Casa Branca desde 1961, quando se iniciou o governo John F. Kennedy. Ganhou fama por ser uma pessoa implacável, exigente e questionadora, atributos que lhe renderam muitos conflitos, mas também grande admiração. Possuía cadeira cativa no saguão de entrevistas da Casa Branca e tinha o direito de ser sempre a primeira jornalista a realizar perguntas.

Aos 89 anos, Thomas já havia passado por muitas histórias. Uma das mais interessantes foi quando questionou o presidente George W. Bush sobre as vidas de jovens norte-americanos perdidas durante a guerra do Iraque e do Afeganistão e quais eram seus reais interesses sobre o petróleo da região. Porém, mesmo com a sua inabalável energia de uma jornalista à moda antiga, que sempre busca a veracidade dos fatos, nenhuma punição lhe fora atribuída até então.

No entanto, o fato ocorrido em 7 de junho de 2010 custou mais de 50 anos de uma carreira brilhante. Em um minuto e três segundos, uma declaração de Thomas a respeito da embarcação em missão de paz interceptada e atacada por Israel, matando diversos palestinos, fez com que o governo dos EUA imediatamente forçasse sua demissão.

Perguntada sobre o caso, Helen Thomas, que é filha de libaneses, emitiu para o site Rabbilive.com a seguinte declaração: "Os israelenses deveriam dar o fora da Palestina e ir para a Alemanha, a Polônia ou os Estados Unidos." A interpretação é que Thomas entendia serem os campos de concentração o lugar dos judeus e que de fato os donos do território conhecido como Faixa de Gaza deveriam ser os palestinos.

Caráter de término de carreira

Helen demonstra um erro crucial ao se pronunciar com os ânimos aflorados por razões pessoais. Além do mais, e principalmente, apoiar o extermínio de judeus é uma tamanha selvageria e ignorância que soa absurdo que uma pessoa com o nível cultural e a trajetória de Helen Thomas se identifique e alimente este tipo de ideologia no século 21. Ao perceber a declaração bombástica que acabara de dar, ela retratou-se, mas não foi o suficiente. O governo norte-americano não a perdoou e forçou a agência de notícias Hearst Corporation a assinar sua aposentadoria antecipada.

O que é necessário ressaltar em tudo isto é a fúria com que o governo dos EUA reagiu. As relações entre Israel e Estados Unidos são por demais estreitas e promíscuas, sendo redundante delongar-se sobre este problema. Mas o intrigante é uma figura de extrema influência como Helen sofrer uma punição que implica em mordaça e denota autoritarismo (ao lado de uma enorme capacidade de influência) sobre a imprensa, incompatível com qualquer projeto que sustente liberdades. O erro cometido não justifica o modo como ela foi punida.

Por todo o seu passado e presente, Helen Thomas sai de cena como uma pessoa que comete erros, como todos os seres humanos, mas também como uma jornalista que não se enverga diante do poder e nem de governos que querem calar a verdade dos fatos. O que está em jogo aqui não é o seu erro, lamentável e digno de repúdio, e sim, a punição que lhe foi atribuída, com um caráter pretensamente terminativo de carreira.

*Respectivamente Professor Titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e Graduanado em Comunicaçaõ Social: Jornalismo também na Unisinos.

Fonte: Observatório da Imprensa

TV Globo é questionada por dar cargo de Relações Públicas a personagem de novela

O Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas do Rio de Janeiro (Conrerp-RJ) enviou, no último sábado (19), uma carta à TV Globo e ao novelista Sílvio de Abreu, na qual questiona a maneira como a profissão tem sido abordada na novela "Passione". Segundo o Conselho, o personagem Fred, vivido por Reynaldo Gianechinni, foi contratado para exercer o cargo de RP em uma metalúrgica, apesar de não ser qualificado para a profissão, com o diploma de ensino superior.

Ao Portal IMPRENSA, o presidente do Conrerp-RJ, Alexandre Coimbra, afirmou que, no folhetim, o diploma também não foi solicitado pelos empregadores e que Fred só teria sido contratado por ser bonito e ter "fala mansa". Para Coimbra, a menção à profissão na novela desinforma e deseduca.

"Queremos esclarecer esse assunto para que as pessoas não tenham a impressão de que não é necessário ter o diploma e registro profissional para exercer a profissão de Relações Públicas", disse Coimbra.

Um trecho da carta enviada à Rede Globo, que também foi publicada no blog do Conrerp, esclarece que Relações Públicas é uma profissão regulamentada. "É exercida atualmente, em todo o país, por cerca de 15 mil profissionais regularmente registrados no Sistema do Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (Conferp), em seus conselhos regionais".

"Seria muito reconfortante saber que o personagem está sendo contratado para a função pela sua formação profissional (Bacharel em Relações Públicas) e respectivo registro", diz outro trecho da carta.

À reportagem, a assessoria da TV Globo informou que ainda não tem conhecimento sobre o assunto.

Fonte: Portal Imprensa