terça-feira, 31 de janeiro de 2012

TVs universitárias querem mais garantias na lei do SeAC

A ABTU (Associação Brasileira de Televisão Universitária) está preocupada com a eventual facilidade com que operadoras poderão pedir a dispensa de transmitir os canais públicos e obrigatórios na nova lei do SeAC, em fase de regulamentação.
A associação enviou contribuições à consulta pública em curso na Anatel para a nova lei. O ponto mais questionado pelas universidades é o Artigo 60, que trata deste pedido de dispensa em caso de inviabilidade técnica ou econômica comprovadas.
Para aumentar as garantias de que o mecanismo não será usado de forma irregular pelas operadoras, a associação pede que o pedido de dispensa da obrigação seja publicado em veículo de grande circulação, e que a solicitação não seja aprovada automaticamente por decurso de prazo, caso a Anatel não a avalie em 90 dias. A ABTU pede que este prazo conte apenas após a realização de consulta pública.
A associação também quer que a lei exija das operadoras alguma contrapartida aos canais prejudicados pelo não carregamento dos sinais, mas não especifica o que seriam estas compensações.
Compartilhamento
A ABTU também apresentou contribuição aos artigos 72 e 74, que versam sobre o compartilhamento do canal universitário em cada localidade. A associação pede a inclusão de um parágrafo estipulando que o canal deve ser formado apenas pelas entidades que manifestarem interesse, e não por todas as entidades presentes na localidade. Também exclui dos potenciais participantes as instituições que tenham apenas unidades de ensino à distância na localidade, entre outros comentários.
Da Redação.


Fonte: Tela Viva.

Dados do Megaupload não serão apagados por pelo menos mais duas semanas

As companhias Carpathia e Congent, responsáveis por armazenar os dados de mais de 50 milhões de usuários do Megaupload, resolveram dar um prazo maior para que o advogado do site, Ira Rothken, negocie com o governo dos EUA.
Desde o bloqueio do site, ocorrido há alguns dias por suspeitas de pirataria e lavagem de dinheiro, contas bancárias relacionadas ao Megaupload foram congeladas e, por isso, as empresas Carpathia e Cogent deixaram de receber pelo armazenamento dos arquivos.
Os dados corriam risco de serem apagados na próxima quinta-feira (2), mas agora estão a salvo por pelo menos mais duas semanas.
O dono do serviço, conhecido como Kim Dotcom, está preso e teve pedido de fiança negado. Ele é acusado de causar mais de US$ 500 milhões em danos por infrações à direitos autorais de músicas, filmes e outros tipos de arquivos. Se condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.

Fonte: Folha.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Digibras (CCE) perde os incentivos fiscais da Lei de Informática

O governo cancelou os incentivos fiscais da Lei de Informática (redução de até 80% do IPI devido) de duas unidades de fabricação de PCs da Digibras, empresa do Grupo CCE, instaladas no Paraná e São Paulo. O motivo para a punição foi a falta de investimento da empresa em Pesquisa e Desenvolvimento, obrigatório para aqueles que são beneficiários de incentivos fiscais por essa legislação.
"O Grupo Digibrás informa que recorreu da decisão do MCTI de cancelar os incentivos fiscais da Lei de Informática para as unidades de São Paulo e Paraná, uma vez que a operação das plantas foi retomada. O Grupo Digibrás nesse momento aguarda julgamento de recurso na intenção da melhor decisão para o desenvolvimento da produção nacional", limitou-se a informar a empresa, sem dar maiores detalhes sobre o porque de ter deixado de cumprir a legislação com relação ao investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
A decisão do governo foi publicada no dia 25 de janeiro, no Diário Oficial da União e assinada pelos três ministérios gestores da Lei de Informática (Fazenda, Ciência, Tecnologia e Inovação e Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior).
Entretanto, a Digibras não foi surpreendida com a medida. Isso porque, para o governo chegar ao ponto de cancelar os incentivos fiscais, um longo processo é aberto dentro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no qual, inclusive, a empresa é alertada para problemas na prestação de contas dos investimentos em P&D. Sempre é dado um prazo para que os problemas sejam retificados. O cancelamento é a última instância nesse processo.
Portanto não pode alegar, agora, que espera contar com a possibilidade de o governo vir a tomar uma decisão em nome do "desenvolvimento da produção nacional" porque a punição, justamente, preserva a parte da indústria que fez o 'dever de casa' e, anualmente, apresenta os seus relatórios de investimento em P&D, com base no faturamento anual com as vendas de equipamentos de informática.
Com o cancelamento dos incentivos fiscais, a Digibras/CCE terá sérios problemas pela frente, caso o governo não recue na punição. Pela Lei de Informática, a empresa que perder o benefício, automaticamente, terá que recolher todo o IPI que deixou de pagar ao fisco quando ainda se beneficiava da redução/isenção do imposto, pelo prazo em que ficou inadimplente. A portaria interministerial não é clara sobre qual o período em que a Digibras/CCE deixou de investir em P&D.
Além disso, os preços dos equipamentos de informática vendidos hoje pela CCE/Digibras fora do Pólo Industrial de Manaus deverão ficar mais caros, pois a empresa não terá como abater o IPI. Todos os equipamentos produzidos nas unidades do Paraná e São Paulo que gozavam deste incentivo foram atingidos pela decisão governamental.
Os equipamentos prouzidos pelas duas unidades da Digibras/CCE e que deverão perder o incentivo fiscal são os seguintes:
Nome Fantasia: DIGIBRAS - São José dos Pinhais/ PR
Produto: Micro computador portátil de peso inferior a 3,5kg com teclado alfanumérico de no mínimo 70 teclas e com uma tela de área superior a 560cm2
Modelos: NCL-C2H4, NCH-C5H6, NCV-C5H6, LEVP-D10H120, MPV-D5H8 
Produto: Monitor de vídeo, policromático, com tela de cristal líquido (“LCD”).
Modelos: LCW - 135; LCW – 145; LCW – 146; LCW – 155; LCW – 156; LCW – 176. 

Produto: Unidade de processamento digital de pequena capacidade, baseada em microprocessadores
Modelos: PCL-W1, PCL-W2, PCL-W2BL, PCM-W2BL, P4L-C2BL, P4M-C5BL, P4M-D5BL, CLC2, CLD5, CVD5, PLD5, CLW2, CSC2, CVD5 W4, CLD5 TV, PVD5, DLD5, VLW2, CLW2H4, DVPD5F, DVPD10, EVPD10, EVPDH16, TREND, VLC2 W4, PVD5 TV, PVD5J, LEAN e X-PLAY. 

Nome Fantasia: DIGIBRAS - São Paulo
Produto: Microcomputador portátil, de peso inferior a 3,5 kg, com teclado alfanumérico de no mínimo 70 teclas, e com uma tela de área superior 140 cm² e inferior a 560 cm²
Modelos: NCL-C2H4, NCH-C5H6, NCL-C2H6, HCL-D2H6, NCV-C5H6, LEVP - D10H120. 

Produto: Microcomputador portátil, de peso inferior a 3,5 kg, com teclado alfanumérico de no mínimo 70 teclas, e com uma tela de área superior a 560 cm²
Modelos: MEVP-D10H120. 

Produto: Monitor de vídeo, policromático, com tela cristal líquido (“LCD”)
Modelos: LCW-135, LCW-145, LCW-146, LCW-155, LCW-156, LCW-176. 

Produto: Unidade de processamento digital de pequena capacidade, baseada em microprocessadores
Modelos: PCL-W1, PCL-W2, PCL-W2BL, PCM-W2BL, P4L-C2BL, P4M-C5BL e P4M-D5BL.

Fonte: Convergência Digital.

Ofcom reabre debate sobre regulação do vídeo on-demand no Reino Unido

A Ofcom, agência reguladora das comunicações e telecomunicações no Reino Unido, decidiu reabrir o debate sobre uma regulamentação dos serviços de víde on-demand (VOD), após analisar os rsultados de uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos MORI. Hoje estes serviços não sofrem regulação pela agência, apenas por uma entidade auto-regulatória dos provedores de serviço.
No estudo, os entrevistados apontaram que esperam o mesmo tipo de regulação para o VOD que existe para a televisão linear, especialmente quando o serviço é utilizado de forma similar, em televisões conectadas ou ligadas a set-top boxes. A expectativa é menor em relação ao vídeo asistido no computador.
Segundo o diretor geral da agência, Ed Richards, reproduzido pelo noticiário Broadband TV News, a experiência de se assistir vídeo em aparelhos como as TVs conectadas, que incorporam TV aberta, VOD e outros aplicativos, é vista pelo usuário como uma coisa só, similar à experiência tradicional de ver TV. Por isso, diz, o público espera para estes dispositvos uma regulação similar à da TV, e mais rigorosa que aquela para o PC e outros dispositivos conectados.
Richards disse que é indesejável que o VOD tenha uma regulação tão pesada quanto os serviços de mídia convencional, mas sugeriu que um pacote mínimo de princípios deveria ser estabelecido.

Fonte: Tela Viva. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Justiça anula regulamento que limitava comerciais de medicamentos

As restrições à veiculação de comerciais de medicamentos, impostas por regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, estão extintas. A decisão é da Justiça Federal de Brasília, que considerou a RDC 96/08 inconstitucional, em processo movido pela Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra).
Em sentença publicada na última terça-feira 24, o Juíz Tales Krauss, 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Brasília, considerou que a medida extrapola as atribuições da agência e infringe a legislação já existente sobre publicidade e propaganda de medicamentos. Krauss também considerou que, pela Constituição, apenas o Poder Legislativo pode regulamentar o tema.
A norma da Anvisa proibia, entre outros, a participação de pessoas famosas em comerciais e o uso de imperativos como “tome”, “use” e “experimente”.
O assunto estava em discussão na Justiça desde 2009.


Wilian Miron
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Fonte: Tela Viva. 

Anatel abre caminho para que Globo continue influindo na programação da Net

Uma inovação trazida pela Lei 12.485/2011 poderá ser usada para garantir que a Globo continue tendo ingerência sobre a programação de uma operadora de TV por assinatura. No caso, a Net Serviços. A inovação é a figura do empacotador, uma atividade que não se confunde com o serviço de telecomunicações, que é distribuir o Serviço de Acesso Condicionado. Em sua decisão desta quinta, 26, sobre o pedido de anuência prévia para que a Embratel assuma o controle da Net Serviços, a Anatel deu o caminho das pedras para que a Globo, e outros grupos de comunicação, continuem com poder sobre a decisão de programação das empresas operadoras de TV paga. Pela decisão da Anatel, a Globo deverá, até setembro, abrir mão de todos os poderes de controladora (incluindo presença no conselho e poderes de voto e veto) em questões referentes à distribuição de serviços de telecomunicações (que é a atividade regulada pelo SeAC). Essa determinação, e o prazo de setembro, obedecem o que manda o Artigo 5 da Lei 12.485/2011, onde está claro que empresas de radiodifusão, programadoras ou produtoras de conteúdo não podem exercer o controle em empresas prestadoras de serviços de telecomunicações. Mas ao mesmo tempo em que diz isso, a lei diz que a atividade de empacotamento é livre e pode ser exercida por qualquer empresa, e é uma atividade regulada pela Ancine, não pela Anatel. E isso foi destacado pelo conselheiro Rodrigo Zerbone.
Assim, caso até setembro a Globo e a Embratel alterem seu acordo de acionistas de modo a garantir que os poderes de veto da Globo dizem respeito à atividade de empacotadora, e não de distribuidora, e caso o conselheiro da Globo na Net Serviços se abstenha de votar em qualquer questão que diga respeito à atividade de telecomunicações, o grupo Globo poderá continuar determinando decisões da Net Serviços.
Duas atividades
O que permite esse tipo de situação é o fato de que uma mesma empresa, conforme a Lei 12.485/2011, pode ser regulada por duas agências diferentes. No caso, a Net como distribuidora é regulada pela Anatel, mas como empacotadora, será regulada pela Ancine. E a Anatel e a Ancine terão critérios bastante diferentes em relação às caracterizações de controle.
A Anatel segue a Resolução 101/99, editada por ela e que estabelece como controle o "poder de dirigir, de forma direta ou indireta, interna ou externa, de fato ou de direito, individualmente ou por acordo, as atividades sociais ou o funcionamento da empresa". Entre esses poderes estão a indicação de membros do conselho de administração ou diretoria, poder de veto estatutário ou contratual, poder de impedir a verificação de quorum qualificado ou a posse de ações que assegurem o controle. A Anatel exigirá o fim de todos esses poderes, mas no que diz respeito à distribuição, não em relação ao empacotamento, pois entende que há outras atividades permitidas à Net por lei que não podem ser reguladas por ela.
A Ancine é quem regula o empacotamento, e a Ancine seguirá apenas a Lei das S/A no que diz respeito à análise das questões societárias. Pela Lei das S/A, o controle se dá quando se tem  "a maioria dos votos nas deliberações da assembleia-geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia".
Como empacotamento não é uma atividade vedada a empresas de telecomunicações pela lei, cria-se a situação inédita de que a regra da Anatel valerá apenas sobre determinadas atividades da empresa, enquanto para outras atividades valem as regras da Ancine, que são substancialmente diferentes.
Novo acordo de acionistas
A próxima rodada, ao que tudo indica, será uma negociação do acordo de acionistas da Net entre Embratel e Globo, o que terá que acontecer até 12 de junho. Nesse novo acordo precisará ficar claro que eventuais poderes de controladora da Globo se aplicam apenas sobre a atividade que a Net exerça na qualidade de empacotadora. Segundo a Lei 12.485/2011, empacotamento é a "atividade de organização, em última instância, de canais de programação, inclusive nas modalidades avulsa de programação e avulsa de conteúdo programado, a serem distribuídos para o assinante". Pelo acordo de acionistas atual, existente desde 2005 e que foi o apresentado à Anatel, a Globo tem garantia de voto afirmativo (precisa concordar) nas decisões que digam respeito ao cancelamento dos registros de ações da Net e, mais importante, tem voto afirmativo nas alterações contratuais com partes relacionadas à própria Globo (programação Globosat, por exemplo); contratos referentes à aquisição e distribuição de conteúdos brasileiros pela Net; e contratos referentes à aquisição de conteúdos dos grupos Cisneros e Televisa. Agora, Globo e Embratel sentarão para negociar a mudança nesse acordo de acionista para incluir a atividade de empacotamento. E é aí que a Globo deverá manter seus poderes sobre programação.
Conforme o voto do conselheiro Rodrigo Zerbone, relator da matéria e autor da solução dada pela Anatel, a Net terá que enviar em 90 dias antes da entrada em vigor do artigo 5 da Lei 12.485/2011, um novo pedido de anuência mostrando abrir mão completamente do controle (com os critérios da Resolução 101/99) de qualquer coisa que diga respeito aos serviços de telecomunicações. Mas Zerbone entende que a atividade de empacotamento não está sob a égide da Anatel, de modo que a Globo pode manter posição de controle em relação a essa atividade.
Mudanças até setembro
Até setembro, quando passa a valer o Artigo 5 da Lei 12.485/2011, a Anatel aprovou a transferência de controle da Net para  Embratel desde que acertadas algumas questões fiscais. Com isso, a Embratel passará a indicar nove conselheiros na Net (hoje indica cinco) e a Globo passará a indicar dois (hoje indica seis). A Globo passará a ter 33,56% das ações ordinárias da Net (direta e indiretamente) e o restante passa a ser controlado pela Embratel. No capital total da Net, a Globo ficará com 12,56%. Após setembro, essa posição mantida pela Globo na Net, que para a Anatel é claramente uma posição de controle, deverá ser alterada para excluir as atividades de telecomunicações.


Samuel Possebon
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Fonte: Tela Viva. 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Canais hispânicos dos EUA querem aumentar publicidade

Com um poder de consumo estimado em US$ 1 trilhão, o mercado hispânico dos Estados Unidos é uma oportunidade para a publicidade na TV. Ao menos é isso o que dizem os executivos dos canais hispânicos que participaram da Natpe 2012.
Na quarta-feira, 25, último dia do evento, o presidente da Telemundo Media, Emilio Romano, afirmou, assim como fez o presidente da Univision anteriormente, que está buscando aumentar a publicidade do canal, e uma das maneiras de fazer isso é através de conteúdo original. “Podemos incluir os anunciantes no nosso primetime, com merchandising, já que o produzimos totalmente”, diz.
Ele lembra ainda que a produção original é necessária para criar identidade com o público, já que os latinos que vivem nos Estados Unidos têm histórias de vida diferentes dos que vivem na América Latina. “Não podemos apenas adquirir programação do Chile ou da Colômbia. As pessoas que estão nos Estados Unidos muitas vezes se arriscaram e moram longe de suas famílias. O mercado hispânico dos Estados Unidos tem a sua própria realidade”.
Entre as produções originais, ele destacou as novelas “El Clon”, realizada em parceria com a Globo, e “Una Maid en Manhattan”, parceria com a Sony.
Competição
Assim como o presidente da Univision, Romano disse achar positiva a concorrência com a Mundo Fox, nova rede em espanhol da Fox International Channels em parceria com a colombiana RCN. “A concorrência é boa, valida a indústria. A entrada de uma companhia poderosa mostra o potencial desse mercado”, disse Romano durante a Natpe.
Segundo Hernan Lopez, presidente e CEO da Fox International Channels, a transmissão do novo canal deve começar no segundo semestre deste ano.
Daniele Frederico, de Miami.


Fonte: Tela Viva. 

Governo adia intervenção no mercado de celulares baratos

A decisão sobre a regulação para importação de aparelhos celulares de baixa qualidade continua sem definição. Após reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), realizada nesta quarta-feira, 25, não houve consenso sobre as regras necessárias para a homologação dos produtos comprados no exterior.

O governo federal quer dificultar a entrada de itens de qualidade inferior e atestar a qualidade dos produtos antes que ingressem no país. Segundo o secretário executivo da Camex, Emilio Garófalo Filho, é preciso que os produtos importados obedeçam os mesmos critérios que os produtos nacionais. Para que isso ocorra, será necessário uma regulamentação técnica.

“Ainda não há consenso para buscar a maneira de fazer isso [regulamentação técnica]. A falta de parâmetros técnicos impediu que aprovássemos isso [regulação”, disse Garófalo Filho. A decisão ficou para a próxima reunião da Camex, prevista para ocorrer no dia 29 de fevereiro.

A ideia do governo federal é que a entrada dos aparelhos seja previamente certificada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No entanto, para atuar como certificadora, a Anatel deverá ter a autorização aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).

Atualmente, as avaliações de qualidade dos aparelhos telefônicos comprados no exterior são feitas depois de ingressarem no Brasil. Com a mudança das regras, o importador terá que apresentar o certificado emitido pelo órgão regulador.

Segundo a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, as mudanças visam a atestar a qualidade dos aparelhos celulares. “ O que se discute é a reforma dessa regra, para garantir que importados sejam homologados antes de internalizados em território nacional”, disse.

A Abinee, entidade que representa o setor eletroeletrônico, reclama dos baixos custos de produção da China, inviáveis de serem alcançados pelos fabricantes instalados no país. Em apenas três anos, os celulares chineses, de acordo com dados da entidade, passaram a dominar um terço do mercado nacional.

*Com Agência Brasil.

Fonte: Convergência Digital.  

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ancine define regras para serviços de conteúdo na TV paga

A Ancine - Agência Nacional de Cinema - estipulou suas regras para o mercado de conteúdo na TV. A direção da agência colcou em consulta pública a Minuta de Instrução Normativa geral que regulamentará dispositivos da Lei 12.485/2011 relativos à Comunicação Audiovisual no Serviço de Acesso Condicionado – SeAC, substituto dos atuais serviços de TV Paga. A sociedade poderá se manifestar até o dia 03 de março. O texto também será enviado ao Senado, para que seja avaliado pelo Conselho de Comunicação Social.

A Instrução Normativa, sustenta a Ancine, tem como objetivos promover a competitividade e a pluralidade no mercado audiovisual, fortalecer as programadoras e produtoras brasileiras, em especial as independentes, e ampliar o acesso dos espectadores a mais conteúdos e canais brasileiros. 

Para que a participação da sociedade e dos agentes econômicos seja ainda melhor aproveitada, a ANCINE disponibilizou também um questionário com perguntas específicas sobre três pontos: normatização dos limites de tempo de publicidade na programação; regras para reprises de conteúdos, no que tange ao cumprimento das cotas criadas pela Lei; e condicionamentos e parâmetros de compensação no caso de transferência de obrigações de veiculação de conteúdos brasileiros entre canais de programação de uma mesma empresa programadora.

Horário nobre, espaço qualificado e produção independente Com a intenção de assegurar a sustentabilidade da indústria audiovisual brasileira e a ampliação do acesso da população aos conteúdos produzidos no País, a nova IN define, entre outros, os conceitos de horário nobre, espaço qualificado e produção independente. Segundo Manoel Rangel, diretor-presidente da ANCINE, “a fixação do conceito de produtor independente é fundamental para garantir o espaço de exibição da produção independente na TV paga, como determina a Lei 12.485. O espírito da lei é fomentar a produção audiovisual nacional."

De acordo com a IN, obras audiovisuais que constituem espaço qualificado são aquelas, seriadas ou não, dos tipos ficção, documentário, animação, reality show, videomusical e de variedades realizada fora de auditório. Enquanto que os canais de espaço qualificado são aqueles que, no horário nobre, veiculem obras audiovisuais de espaço qualificado em mais da metade da grade de programação. O horário nobre, nos canais direcionados para crianças e adolescentes, será das 11h às 14h e das 17h às 21h; para os demais canais, das 19h às 24h.

Sobre o cumprimento das obrigações de veiculação de conteúdo brasileiro pelas programadoras nos canais de espaço qualificado, no mínimo 3h30 semanais dos conteúdos veiculados no horário nobre deverão ser brasileiros e constituir espaço qualificado, sendo que no mínimo metade deverá ser produzido por produtora brasileira independente.

Já as empacotadoras deverão ofertar no mínimo 1/3 de canais brasileiros de espaço qualificado dentre todos os canais de espaço qualificado ofertados em cada pacote, além de garantir, nos pacotes em que houver canal jornalístico brasileiro, que seja ofertado pelo menos mais um canal de programação com as mesmas características, no mesmo pacote. 

Como está previsto na Lei 12.485/2011, essas obrigações são de cumprimento progressivo, sendo reduzida, no caso das programadoras, para 1h10, da data de publicação desta IN até 13 de setembro de 2012; e para 2h20, de 14 de setembro de 2012 até 13 de setembro de 2013.

No caso das empacotadoras, a obrigação será reduzida para no mínimo 1/9 de canais brasileiros de espaço qualificado dentre todos os canais de espaço qualificado ofertados em cada pacote, da data de publicação desta IN até 13 de setembro de 2012; e para no mínimo 1/6 de canais brasileiros de espaço qualificado dentre todos os canais de espaço qualificado ofertados em cada pacote, de 14 de setembro de 2012 até 13 de setembro de 2013.

Em relação à publicidade, a nova IN determina que o tempo máximo destinado a obras audiovisuais publicitárias em cada canal de programação deverá ser o mesmo já em vigor para a televisão aberta: no máximo 25% do horário da programação diária – sendo que para o SeAC, no horário nobre, a veiculação de publicidade fica limitada a 105 minutos em canais de conteúdo infantil e adolescente e a 75 minutos nos demais canais de programação. 

As programadoras e empacotadoras terão até 90 (noventa) dias, contados da publicação da IN, para adequar, respectivamente, seus canais de programação e pacotes ao disposto no regulamento.



Fonte: Convergência Digital.

TV paga chega a quase 13 milhões de domicílios no país

O setor de TV por assinatura teve a adesão de cerca de 3 milhões de assinantes, em 2011, informou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Houve um crescimento de 30,45% frente o ano anterior.

Com as novas assinaturas, mais de 12,7 milhões de domicílios têm o serviço de TV paga. A cada 100 residências, 21 têm o serviço. Considerando-se o número médio de pessoas por domicílio, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é de 3,3 pessoas, os serviços de TV por assinatura são distribuídos atualmente para mais de 42 milhões de brasileiros.

Em dezembro do ano passado, foram mais de 301,7 mil novas assinaturas, aumento de 2,43% em relação ao mês anterior. Cerca de 46% dos clientes da TV paga recebem o sinal via satélite. E o serviço via cabo atinge 51% do mercado brasileiro.

Da Agência Brasil





Fonte: Adnews.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Via Embratel abre sinal do "BBB"

A Via Embratel anunciou a abertura de sinal do canal "Big Brother Brasil 12" no período de 27 a 29 de janeiro, para 100% da base de clientes.

O conteúdo exibido é produzido pela TV Globo e mostrará a rotina dos participantes do programa, ao vivo, por 48h sem interrupções nem intervalos comerciais.


O objetivo da abertura é proporcionar conhecimento da programação do canal aos clientes que não o possuem em seu pacote.


 Fonte: Adnews.  

You Tube, do Google, chega a 4 bilhões de vídeos/dia

O YouTube, serviço de vídeos do Google, está transmitindo 4 bilhões de vídeos ao dia, uma alta de 25% nos últimos oito meses, de acordo com a companhia. O salto no número de vídeos assistidos surge no momento que o Google começa a oferecer o YouTube fora do computador, com versões do site que funcionam em televisores e em celulares inteligentes, e acompanha o esforço da companhia para oferecer mais conteúdo de qualidade profissional no serviço.

Ainda conforme dados revelados pelo Google, agora, 60 horas vídeo são enviadas para o YouTube a cada minuto, ante 48 horas por minuto em maio. Adquirido por US$ 1,65 bilhão em 2006, o You Tube representa uma das principais oportunidades de criação de novas fontes de receita para a companhia, fora de seu tradicional segmento de anúncios vinculados a resultados de busca.

Na semana passada, o Google informou que suas vendas de publicidade online convencional - boa parte da qual exibida ao lado de vídeos do YouTube - estavam gerando US$ 5 bilhões em base anualizada. Ainda assim, a maioria dos 4 bilhões de vídeos que o YouTube exibe a cada dia hoje não gera faturamento. De acordo com a companhia, 3 bilhões dos vídeos exibidos pelo YouTube a cada semana são monetizados.

O YouTube recentemente mudou o design de seu site para propiciar mais destaque a "canais" especializados, organizados em torno de tipos diferentes de conteúdo. Em outubro, a companhia anunciou ter fechado 100 acordos para a obtenção de conteúdo em vídeo original, junto a parceiros como Madonna e Jay-Z.
Fonte: Agência Reuters

Fonte: Convergência Digital.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Assinantes da Sky exigem inclusão da Fox Sports

A Fox Sports enfrenta dificuldades para entrar no Brasil - onde sua estreia está marcada para o dia 5 de fevereiro - porque as principais operadoras do país seriam contra a vinda do canal de Rupert Murdoch. Mas a própria audiência entrou na jogada e, por meio de um abaixo-assinado, pede que a Sky inclua a novidade nos pacotes.

São, segundo o documento, "milhões de assinantes apaixonados por esportes que desejam poder assistir o canal Fox Sports Brasil a partir do dia de seu lançamento e que nada tem a ver com problemas de bastidores, de direitos de transmissão de canal X por canal Y que possam interferir isso (sic)".


"Pedimos que as guerras de bastidores não interfiram nas negociações. Nós, telespectadores assinantes SKY Brasil, queremos o canal Fox Sports Brasil disponível para nós. Uma opção a mais de esportes na nossa TV sem que precisemos trocar de TV por Assinatura pra isso", continua. "Não queremos ser prejudicados por 'problemas que fogem de nosso interesse', que é o de poder ter um dos melhores canais esportivos do mundo na programação da SKY Brasil."


Segundo o
F5, tanto Sky quanto Net querem onerar o assinante interessado no canal por terem rejeitado o que propunha a Fox: incluir o Fox Sports em todos os pacotes.

As barreiras seriam uma resposta ao grupo de Murdoch, que detém os direitos de transmissão das copas Libertadores da América e Sul-Americana, e, por isso, tirou dos SporTV (da Globo) a possibilidade de exibir.


Fonte: Adnews.

Classe média brasileira endossa o pagamento móvel

A bancarização segue sendo um dos maiores apelos para a adoção da NFC(Near Field Communications) no Brasil, revela estudo divulgado pela GSM Association (GSMA), nesta quarta-feira, 18/01, em São Paulo. No levantamento, produzido em parceria com a Booz & Company, a entidade destaca ainda que as Olimpíadas, em Londres, este ano, terão forte impacto na consolidação da tecnologia, que permite, entre outras coisas, o pagamento móvel de forma segura.

O relatório sustenta que o uso da NFC nos celulares é o melhor caminho para a população brasileira que ainda não tem acesso aos serviços bancários. Isso porque para uma grande parcela da população, a capacidade de ter cartões armazenados em seus telefones para facilidade de pagamento é uma opção muito mais atrativa do que ter que viajar longas distâncias regularmente para usar agências bancárias e caixas eletrônicos.
Além disso, consumidores da classe média brasileira também são cada vez mais propensos a adotar a NFC devido à sua capacidade para integrar a proposição central de valor com outros produtos de consumo digitais, tais como a fidelidade, mídia social, e os serviços baseados em localização (por exemplo, cupons). Vale lembrar que a NFC é uma tecnologia que permite a dois dispositivos sem fio - que estão a alguns centímetros de distância entre si - transferir pequenas quantidades de dados de forma segura. Esta tecnologia viabiliza pagamentos de bens e serviços como bilhetes de transportes, tickets de entretenimento e identificação, transformando o celular em uma carteira móvel.
Para o varejo
Para o setor de varejo, o estudo aponta que benefícios concentram-se na forma como a NFC pode aprimorar o relacionamento dos varejistas com seus clientes e ter mais eficiência em suas margens de custo. Estimulando o volume de transações por meio da segmentação da distribuição de cupons e análise de dados avançada, a NFC pode aumentar os canais de vendas existentes no setor de varejo através dos seguintes recursos:
• Aumento das vendas por varejista
• Maior capacidade de atingir os consumidores no ponto de decisão
• Experiência de usuário sem rupturas
• Melhoria dos dados em torno de segmentação de clientes e análises de vendas
• Ferramentas de segmentação de mercado que otimizam campanhas de vendas
Além de estimular o volume de transações, a NFC tem o potencial de compensar os custos operacionais do varejo. Centrado sobre os custos associados com formação de filas, existência de fraude e manipulação de dinheiro, a NFC tem o potencial de criar eficiências operacionais, como:
• Redução das filas devido à redução de tempo no check-out
• Diminuição dos custos operacionais decorrente da menor necessidade de pessoal
• Redução de fraudes devido a um uso maior de autenticação e auditoria
• Maior conscientização do consumidor em relação ao roubo de handsets
• Redução do manuseio de numerário pela mudança de pagamento físico para eletrônico
Com os custos de implementação concentrados principalmente em upgrades de pontos de vendas, o benefício direto para os varejistas pode ser significativo, desde que haja suficiente escala e infraestrutura para transações NFC no mercado.
Esta escala e sua infraestrutura estão sendo construídas de forma constante na Europa, onde MasterCard e Visa têm expandido agressivamente sua base de dispositivos e terminais sem contato. Suas parcerias estratégicas para PayPass e PayWave com grandes redes, como Krispy Kreme, McDonalds e Subway, têm sido uma fonte de rápido sucesso e constitui uma base importante para a expansão da aceitação da NFC no varejo.
Há também uma série de outras iniciativas específicas. Destas, a pesquisa aponta como uma das mais interessantes a acelerada na adoção de terminais de pontos de venda sem contato e o desenvolvimento da respectiva infraestrutura em Londres, antes dos Jogos Olímpicos de 2012. Este esforço tem acontecido por meio de estreita colaboração entre vários players.
O patrocínio da MasterCard ao sistema subterrâneo de metrô de Londres, o patrocínio da Visa aos Jogos e o engajamento proativo dos principais bancos do país mostra como a colaboração intersetorial pode definir o cenário para o desenvolvimento mais rápido e generalizado de infraestrutura.
Isto levou à cooperação não só entre os bancos e processadores, mas entre o governo central e o local, que combinaram seus esforços para gerar uma dinâmica de pagamentos sem contato em diferentes setores. Embora represente uma iniciativa local, os esforços e a visibilidade associados com os Jogos de Londres têm o potencial para validar diferentes aspectos da proposta de valor e dar mais peso a modelos globais go-to-market.
Outras iniciativas, estas na Austrália, como o MasterCard PayPass, estão impulsionando a adoção de novos terminais de pontos de venda e poderiam servir como um pontapé inicial importante para a adoção da NFC. Estas iniciativas sugerem que a taxa de implementação poderá crescer, pois a MasterCard anunciou que a partir de outubro 2012 todos os seus cartões emitidos na Austrália incluirão tecnologia PayPass sem contato.
Segurança
Particularmente no que diz respeito a fraudes, a pesquisa indica que a padronização pode reduzir o passivo líquido dos varejistas. A NFC pode reduzir as fraudes de três maneiras:
1. Os consumidores estão mais conscientes da perda ou roubo de telefone celular do que da perda ou roubo de cartões – acelerando o tempo de comunicação associado aos dispositivos desaparecidos.
2. Transações efetuadas no celular são mais seguras do que aqueles realizadas com cartão devido à autenticação multifator (desde que a mWallet tenha essa proteção).
3. Caso a conta mWallet seja comprometida, o núcleo da plataforma NFC oferece maior visibilidade em transações não autorizadas e maior capacidade de eliminar as informações de segurança do aparelho.
Para o consumidor também são apontadas uma série de benefícios, principalmente:
1. Conveniência para os consumidores: o aparelho habilitado NFC pode ser usado para o transporte de bilhetes em todos os mercados, garantindo facilidade de uso para o consumidor. Por exemplo, um consumidor usa o handset NFC ativado para pagar por um bilhete ao usar o transporte público em uma viagem para um aeroporto de Londres. No aeroporto o consumidor utiliza o handset novamente para embarcar no avião. Após desembarcar em Madrid, o consumidor usa o handset novamente para comprar um bilhete de metrô em Madrid. Durante toda a viagem a experiência do consumidor é exatamente a mesma reduzindo a necessidade de filas, lidar com diferentes tipos de bilhetes e dinheiro.
2. Aumento da concorrência levando a benefícios para o consumidor: serviços móveis NFC reduzem a barreira de acesso para pequenos provedores de serviços sem economias de escala em relação aos grandes players existentes no mercado. Isto leva a uma maior concorrência, mais escolha para os consumidores e os preços reduzidos - todos os benefícios para o consumidor.
3. Serviço de portabilidade: a solução baseada em SIM permite a implantação de vários serviços através do download de aplicativos e garante um serviço completo de portabilidade - o usuário pode ter os seus serviços mesmo quando mudam de handsets ou operadoras.
4. Maior segurança: handsets baseados em SIM e habilitados em NFC beneficiam se de fortes características de segurança, como números de PIN para acessar os serviços, técnicas de autenticação forte para proteger a carteira móvel (como a assinatura digital, OTP), bem como, a capacidade de operadoras para ativar ou desativar serviços de “over the air” se o handset for perdido ou roubado e reinstalar os serviços OTA toda vez que um handset é substituído por outro.

Fonte: Convergência Digital.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Telebras e PUC/RS oficializam laboratório de testes para o PNBL


Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 13/01, o extrato de convênio firmado entre a Telebras e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) para a criação de um laboratório de testes para os equipamentos utilizados na rede do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). O laboratório será montado em parceria com a Universidade, que já tem um prédio disponível para a finalidade em seu Parque Científico e Tecnológico, em Porto Alegre.

O orçamento total para o projeto é de R$ 3,2 milhões, sendo R$ 1 milhão do Ministério das Comunicações e R$ 2,2 milhões da Telebras. A PUC-RS entrará com o espaço e com o corpo de pesquisadores. 

O laboratório servirá como ambiente para a medição de desempenho e teste para toda a infraestrutura de rede utilizada no PNBL, permitindo a validação dos vários equipamentos diferentes que se interligam formando a estrutura de fibra óptica que leva a internet em banda larga a todas as regiões do país. A previsão é que comece suas atividades de testes em 2012.




Fonte: Convergência Digital.

Porto Alegre recebe o 3º Fórum de Mídia Livre

Nos dias 27 e 28 de janeiro, na Casa de Cultura "Mário Quintana", em Porto Alegre (RS), ocorrerá o 3ª Fórum de Mídia Livre. As conferências que serão apresentadas seguiram a proposta dos três eixos temáticos do evento: “Mídia Livre e Direito à Comunicação”, “Mídia Livre, Apropriação Tecnológica e Redes”, e “Mídia Livre e Políticas Públicas”.
Além da participação de organizações e movimentos de comunicação, como o Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Mídia), o Fórum contará com convidados internacionais, dentre eles Mohamed Legthas, do portal Ejoussour do Marrocos e palestrantes da América Latina.
Para junho de 2012 também está previsto o 2° Fórum Mundial de Mídia Livre, inserido no calendário da Cúpula dos Povos para a Rio+20.


Fonte: Portal Imprensa. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Redes sociais: o novo fôlego da comunicação digital

Por Andres Kalikoske e Bruno Bottega

O sistema de transmissão de dados que hoje é conhecido como internet foi originalmente desenvolvido em território norte-americano durante os anos 1960. Seu objetivo era promover, no auge da Guerra Fria, o resguardo de informações governamentais, impedindo assim um suposto acesso por forças soviéticas a arquivos materiais confidenciais. Mas o incremento comercial da plataforma logo promoveu um acelerado fluxo de informações, capaz de modificar economias e culturas em escala global. Sua arquitetura em rede passou a integrar computadores autônomos em escala global, de modo que não houvesse uma central para controlar nitidamente as informações disponibilizadas.

Na contemporaneidade, a internet constitui-se como uma mídia comunicacional pseudo-alternativa, uma vez que, ao mesmo tempo em que atua como instrumento poderoso na propagação de mensagens de movimentos minoritários, também tem sido controlada por impérios midiáticos transnacionais. Sua constituição comercial, que no Brasil ocorreu na primeira metade dos anos 1990, tem modificado a cadeia de valor da dos negócios comunicacionais, uma vez que promoveu importantes alterações nas relações com fornecedores, em ciclos de produção e venda e distribuição de bens simbólicos.

Seguramente pode-se afirmar que se antes a mídia impressa, os aparelhos de rádio e as televisões comunicavam limitadamente as audiências, agora uma enorme parcela da sociedade encontra-se conectada, recebendo e enviando informações. Ainda que serviços comunicacionais como o correio, o telégrafo ou a rede telefônica já possibilitassem a interação interpessoal à distância, a internet foi responsável pela reciprocidade instantânea entre os usuários.

Relações familiares

A comunicação mediada por equipamentos eletrônicos alterou as relações humanas e sua sociabilidade. Na internet, as populares redes sociais se materializam através de sites, nos quais o usuário cadastrado pode criar seu perfil e publicar dados pessoais, fotos, audiovisuais e músicas, assim interagindo com amigos virtuais inscritos no mesmo serviço. Trata-se de uma espécie de projeção da vida real no plano virtual cuja limitação substancial vem a ser justamente o contato pessoal.

As primeiras redes neste modelo surgiram nos anos 1990, fortemente focadas em conteúdos nostálgicos. A proposta da Classmates, por exemplo, criada por Randy Conrads em 1995, era o restabelecimento de contato com conhecidos do passado. Em 1997, o Sixdegrees inovou ao possibilitar aos seus usuários a criação de páginas pessoais personalizadas, listas de amigos e envio de mensagens. Mais recentemente, em 2003, surgiu o MySpace, vinculado ao popular programa de mensagens MSN Messenger. Além da sinergia com a Microsoft, que garantiu uma enorme quantidade de usuários em pouco tempo, este novo serviço pouco inovou. Atualmente, o acesso às redes sociais constitui a principal atividade dos brasileiros conectados, superando o envio de correios eletrônicos, antigo líder. O Facebook, por exemplo, tem registrado um número de acessos semanais superior ao próprio Google, o mais conhecido buscador de palavras-chave do mundo.

As redes sociais se reinventam e integram funcionalidades diversas. O Facebook, por exemplo, oferece a possibilidade de chat (bate-papo) com os amigos cadastrados – seu rival Orkut, ainda que tardiamente, também incorporou a mesma ferramenta. Mas osegredo do sucesso do Facebook está na facilidade em constituir redes. Seus laços virtuais são tão fortes que, não exageradamente, pode-se afirmar que sua utilização tem modificado o comportamento offline das pessoas, uma vez que, não raramente, a dimensão entre o mundo real e o virtual se confunde.

A relação familiar também é algo extremamente forte nestas redes: 70% dos pais que estão no Facebook são amigos de seus filhos, apontou uma recente pesquisa publicada na internet. Além disso, segundo o mesmo estudo, o serviço mostra-se extremamente eficaz para, de certa forma, aproximar familiares que se encontram em um território distante. Outro indicador da enorme dimensão das redes sociais tem sido o visível esforço da Google em desenvolver o Google+, sua própria rede de contatos, ainda sem grande aceitação no Brasil.

Fatos e números

Tanto para utilização pessoal quanto comercial, as redes sociais estão amparadas pela chamada era da convergência digital, passando a integrar o bilionário rol de negócios da internet. O próprio Facebook, por exemplo, recebe mais acessos por celulares do que por computadores. No Reino Unido, essa mesma rede é responsável por 50% do tráfico de dados via mobile phone. Algumas redes sociais têm suas bases fundamentadas exclusivamente em dispositivos móveis, como o Foursquare, que trabalha com geolocalização e, por tanto, não faz sentido se acessada de plataformas fixas.

No âmbito profissional, também é digno de observação o fato de que 95% das empresas contratantes utilizam o LinkedIn. A rede social que recebe um novo cadastro de usuário por segundo promete facilitar o conhecimento de profissionais, através de seus contatos mútuos, através de ligações diretas, de segundo grau, terceiro grau e assim por diante. O impacto do compartilhamento de opiniões nas redes sociais também é digno de atenção: 90% dos consumidores pesquisam e acreditam nas opiniões de outros consumidores, sobre produtos e marcas comentadas nas redes sociais, mesmo quando o usuário é desconhecido. Apenas 14% assumiram confiar na propaganda convencional. Possivelmente seja por isso que 93% dos profissionais de marketing já utilizam as mídias sociais.

* Andres Kalikoske e Bruno Bottega são, respectivamente, doutorando em Ciências da Comunicação na Unisinos e graduando em Comunicação Digital na mesma instituição.

Fonte: Observatório da Imprensa.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

TV Pernambuco: o verdadeiro leão do norte

Por Valério Cruz Brittos e Ricardo Vernieri de Alencar

Enquanto cresce a concentração midiática crescente, também se ampliam as experiências alternativas, em termos de direito à comunicação, diversidade cultural e pluralidade no tratamento da informação. Nessa direção deve ser compreendido o atual projeto da TV Pernambuco, veículo de comunicação do governo do estado de Pernambuco, rearticulada a partir de uma provocação da sociedade civil organizada, por meio do Manifesto Cultura e Comunicação, assinado por 25 entidades pernambucanas da área cultural (música, teatro, comunicação, escritores etc.). Isto motivou o governo daquele importante estado do Nordeste a organizar um grupo de trabalho (GT), formado pelos representantes dessas organizações, com o objetivo de fazer um estudo para reformular a TV Pernambuco.

O referido estudo teve como princípios norteadores: formular um novo marco legal para a TV Pernambuco; produzir um diagnóstico e uma proposta para modernizar a geração e distribuição de seu sinal, atentando para as mudanças tecnológicas; implantar uma nova grade de programação, com respeito à diversidade social, política, cultural, étnica e de gênero, privilegiando a produção do estado e do país, bem como criando condições para a inserção na rede pública brasileira; incrementar e qualificar sua produção própria; propor formas de diversificar e incrementar a captação de recursos, bem como de qualificação de seus profissionais; e elaborar o projeto de reformulação técnica e operacional do canal e seu modo de sustentabilidade, incrementando as relações de parceria com os canais públicos.

Exemplo de transformação

Ao fim de três meses o GT elaborou um relatório-diagnóstico sobre a TV Pernambuco que serviu de instrumento-chave para o processo de sua transformação, tendo como desafios: manter o controle social, ter autonomia em relação a governos e mercado e atingir a sustentabilidade. Para a elaboração do relatório, o GT desenvolveu quatro seminários públicos, objetivando pensar com a coletividade o novo formato da televisão pública pernambucana. Os seminários abordaram temas como a missão da uma TV pública, a questão tecnológica e sua gestão, além de, por fim, terem discutido o relatório. Em consequência disso, em 29 de junho de 2011 foi enviado à Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe) projeto de lei para a criação da Empresa Pernambuco de Comunicação (EPC).

O GT da TV Pernambuco propôs a criação da Empresa Pernambucana de Comunicação (EPC), formulada pelo governo do estado em 2008, nos moldes da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) - TV Brasil, ou seja, visando à transformação da emissora em um efetivo canal público, em construção no país. Independente da natureza jurídica, o GT da TV Pernambuco entende que a sua gestão deve ter como princípios: independência editorial; atenção e respeito às diversidades; transmissão de conteúdos produzidos externamente; programação criativa, inovadora e de qualidade; sustentabilidade política, com base na sociedade e econômica, a partir de fontes diversas de financiamento; zelo e transparência no uso dos recursos técnicos e financeiros; e qualificação dos recursos humanos.

Em seu desenho organizacional, a TV Pernambuco terá como estrutura de decisão principal um Conselho Diretor (composto por 15 membros: quatro representantes do Poder Executivo, dois do Legislativo, um do Ministério Público Estadual e oito da sociedade civil), o que aparentemente mostra um caráter mais democrático das decisões estratégicas. Percebe-se que a TV Pernambuco pode constituir-se em um exemplo de transformação organizacional que, tendo como ponto de partida a motivação da sociedade civil organizada, culmina com o envolvimento dos poderes constituídos em prol de uma comunicação democrática, onde todos devem possuir o direito de participar não só como sujeitos passivos, mas também ativos. Tudo isso, no entanto, será configurado - ou não - no dia-a-dia de operação do canal.

Fonte: Observatório da Imprensa.