sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fotos do penúltimo dia do curso Mídia, Controle e Democracia


Luciano Correia dá um histórico do telejornalismo


João Miguel expõe dados africanos de acesso à tecnologia


Helenice Carvalho fala da cultura material


Aluno questiona professores quanto ao tema


Público atento às colocações de Luciano


Professores falam da democratização da comunicação

Professores discutem a digitalização da comunicação no curso Mídia, Controle e Democracia.

por Taize Odelli

Ontem, dia 30, às 19 horas, no auditório do Afocefe Sindicato, em Porto Alegre, ocorreu o penúltimo dia do curso Mídia, Controle e Democracia, organizado pelo Grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS). Os professores Luciano Correia, João Miguel e a professora Helenice Carvalho, trataram do tema Digitalização das Comunicações.

O Professor Mestre Luciano Correia, da Universidade Federal de Sergipe e doutorando da Unisinos, abriu a palestra, dando um histórico do jornalismo na televisão, abordando a linguagem utilizada pelos telejornais, adaptada inicialmente das rádios, e invenções que mudaram a forma de fazer o telejornal, dando a ele uma linguagem própria.

Também falou da postura da Rede Globo e suas manipulações, usando como exemplo a cobertura da emissora da campanha Diretas Já e a eleição e impeachment do presidente Collor. Sobre a digitalização, Correia ressaltou que, além da qualidade estética que a digitalização da televisão proporcionará, ela também poderá ser usada para reeditar a história. “A Globo está procurando apagar o seu passado”, diz Correia. Ele ressaltou que a digitalização aproximará o público ao entretenimento e espetáculo, e que o jornalismo está caminhando nessa direção.

Posteriormente, João Miguel, professor da UEM – Moçambique e doutorando da Unisinos, tratou das questões econômicas e sociais da digitalização. Segundo João Miguel, o capitalismo procura diminuir o tempo de giro da mercadoria na sociedade, e as tecnologias estão oferecendo isso aos consumidores.

O professor ainda levantou um tema preocupante na digitalização, que é o acesso à tecnologia. Levantando dados na África sobre o uso da internet, ele diz que a digitalização não deve ser aclamada e restrita apenas a uma pequena parte de consumidores com poder aquisitivo.

Finalizando as exposições dos professores, Helenice Carvalho, professora doutora da UFRGS, falou da cultura material da população. Ressaltou o levantamento do professor João Miguel, dizendo que é difícil ser implantado com sucesso tal tecnologia em um continente pobre como a África. “O Brasil é quase tão pobre quanto à África, mas se finge de rico, e fala de TV Digital”, diz ela.

A professora ainda falou da dificuldade que será adquirir a aparelhagem necessária para se ter uma boa recepção do sinal digital. Como as peças necessárias para transmissão e recepção do sinal são importadas, haverá um grande custo que a sociedade terá que pagar para sentir as ditas melhorias na comunicação.

A questão ressaltada pelos professores, em geral, é a democratização da comunicação. Segundo eles, os cidadãos deveriam ter maior acesso à mídia, e teriam também que discuti-la. Luciano Correia falou que, a maravilha que a digitalização proporcionará será o canal de retorno com o público, mas isso só será viável se ele tiver total acesso à digitalização.

O curso Mídia, Controle e Democracia tem continuação hoje, às 19 horas, com o tema A proposta de um modelo de comunicação democrática, que será apresentado pelos professores Bruno Lima Rocha e Rodrigo Jacobus.

O mercado futuro e as papeleiras que se financiam gerando dívida externa

por Bruno Lima Rocha*

“Se escolher navegar os mares do sistema bancário, construa seu banco como construiria um barco: sólido para enfrentar com segurança, qualquer tempestade”.

A bela frase, que dá a idéia da importância da “segurança no investimento” e a “credibilidade de honrar depósitos e compromissos” é de Jacob Safra, judeu sefardita residente em Alepo, Egito , e que dera início ao império da família de financistas, como eles mesmos se auto denominam. Pois a segurança ao navegar parece que não foi levada em conta pelos mares dos derivativos. O Banco Safra detém 28% do capital acionário da Aracruz Celulose. Outros 28% pertencem ao grupo sueco-norueguês Lorentzen; 28% a Votorantim Celulose e Papel (VCP, subsidiária da Votorantim) e como sócio minoritário e financiador das papeleiras, entram 12,5% do capital pertencendo ao BNDES. Apostaram errado e agora, ao invés de liquidar parte do patrimônio do banco para cobrir a perda.

Não começa na crise a série de atos de tipo irresponsável e criminoso envolvendo a silvicultura no RS. Antes de estourar a crise da jogatina financeira, alguns procuradores da República instalados no Rio Grande chamaram a atenção para o desrespeito ao zoneamento ambiental e a participação do Estado, através de recursos do Tesouro Nacional alocados no BNDES, na infração das leis federal e estadual. Agora, entramos em um terreno ainda mais nebuloso. Como pode uma empresa com participação acionária do dinheiro do contribuinte apostar em mercado futuro? Que papel cumpre o Estado, através de seus “técnicos de carreira” e controladores, se a hierarquia do Banco de “Desenvolvimento” não controla seus investimentos. Expor ao risco o dinheiro público é apropriação indevida. A dimensão política dessa aventura com o patrimônio coletivo é a usurpação privada dos bens e riquezas gerados pela sociedade.

A Aracruz Celulose e Papel, uma joint-venture de grupos com vinculações brasileiras, mas atuando como transnacionais, anunciou perdas com “derivativos e câmbio” da ordem de R$ 2,1 bilhões apenas no terceiro trimestre de 2008. Ou seja, estava jogando no mercado futuro, deixando no risco e no cassino as linhas de crédito por esta empresa obtida. Já é um absurdo dispormos as terras mais férteis do país para o plantio de árvores exóticas cuja finalidade do produto é o papel para exportação. Isso é uma forma econômica de invasão do território do Cone Sul e do uso dos recursos não renováveis, como o Aqüífero Guarani e a Laguna dos Patos. Além do cloro em abundância no Lago Guaíba , fica a expectativa frustrada da não-expansão da fábrica de Guaíba, e a “choradeira” de sempre. Forçando o Estado a refinanciar o capital privado, já preparam o terreno midiático para condicionarem a “saúde financeira” com uma ou mais linhas de crédito abertas pela União. Preparemos todos nossos bolsos, pois mais facada virá.

Os resultados da Votorantim Celulose e Papel (VCP), empresa do Grupo Votorantim apresentam “prejuízo líquido de R$ 586 milhões” no terceiro trimestre de 2008. Foi o preço do papel? Alguma praga que se abateu nos desertos verdes de eucalipto? Não, a perda foi o estouro da bolha e a jogatina com linhas de crédito. O Grupo Votorantim vai torrar R$ 2,2 bilhões para “diminuir a sua exposição cambial”. Traduzindo, a VCP e sua matriz pegaram dinheiro barato lá fora, apostaram na valorização da moeda brasileira, venderam seus créditos e podem não honrar seus compromissos de dívidas. Não bastasse isso, ainda aumentam o rombo nos balanços em função do dólar valorizado acima da “aposta no swap”. O mercado futuro impregnou o sistema produtivo, financeirizando os balanços e condicionando as expectativas destes agentes econômicos. Já não basta ter de financiar com dinheiro público – de forma direta e via isenção fiscal – os investimentos “produtivos” destas empresas. A “choradeira gerencial” é para que os contribuintes cubram o rombo fruto da aposta errada.

Os projetos das papeleiras já são uma barbaridade do ponto de vista estratégico. Dentre vários motivos para essa firmação, elenco três deles: o modelo vai gastar em 30 anos recursos naturais não-renováveis; vai poluir as reservas de água já potáveis; e vai usar a terra fértil para uma commodity primária e que não alimenta ninguém. Isto sem falar no absurdo de desnacionalizar o solo em terras de fronteira e rasgar as normais legais através de contratos de gaveta para plantio de eucalipto e áreas de mananciais e lindeiras da Laguna dos Patos!

Além das razões elencadas acima, o entreguismo narrado tem ares de tragédia produtiva. O que produz não presta para uma sociedade sana e sustentável. E, antes de produzir, apostam seus créditos e comprometem já as poucas riquezas que podem gerar. No fim do túnel, a luz da lanterna de salvação deles é o Tesouro Nacional. Quanta “coincidência”!


*Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise. E-mail: blimarocha@gmail.com.

Fonte: Estratégia e Análise

Sala de imprensa: programa de estréia debate jornalismo policial

Neste domingo (2/11), às 18h, estréia o "sala de imprensa" na tv assembléia, canal 16 da net. Apresentado pelo jornalista Jeison Silva, o programa busca novos ângulos sobre os temas que fazem parte da agenda de jornais, rádios, tvs e da internet.

No "sala de imprensa" o telespectador conhece de perto os bastidores das redações e participa das discussões sobre a matéria-prima do jornalismo: a informação. todos os lados integram a mesa redonda: universidades, profissionais e segmentos que constróem o espaço público, atuando como fontes.

A idéia do programa surgiu a partir de uma conversa entre o âncora e o coordenador de mídia eletrônica da assembléia, o jornalista Jaurês Palma. "O slogan da tv assembléia é ‘o canal dos grandes debates’. nada mais coerente que levar ao ar um programa sobre jornalismo", afirma Silva.

O primeiro programa é sobre jornalismo policial. Estiveram presentes o comandante do cpc, coronel Jarbas Vanin; a professora da pucrs, Ivana Maria Cassol e o repórter do diário gaúcho, Renato Dornelles. os convidados destacaram o papel da mídia no sentimento de insegurança da população, as diferenças sociais e a relação repórter/polícia.

Sugestões de pauta pelo e-mail saladeimprensa@al.rs.gov.br

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Links para acompanhar e interagir com o curso

Já estão disponíveis o endereço e o Messenger (MSN) para que os participantes do curso Mídia, Controle e Democracia, que não puderem comparecer aos debates, possam assistir às transmissões online, e interagir, enviando perguntas e comentários durante as exposições.
O endereço para assistir a transmissão é: http://www6.ufrgs.br/neiti/blog/?page_id=60

O MSN para interagir com os expositores é: grupocepos@hotmail.com

Algumas fotos do 2º dia do curso


Kalikoske conta a história da teledramaturgia na América Latina



Turchiello fala sobre o mercado gaúcho de televisão




Após as exposições houve debate sobre os temas do dia


Expositores respondem perguntas da platéia


Público presente atento à palestra



Toda a palestra foi gravada e logo estará disponível no blog



Estudante questiona os impactos da TV digital

Telenovela e digitalização em pauta no segundo dia do curso

por Andrei Andrade

O curso Mídia, Controle e Democracia, que seguirá até sexta-feira realizando reflexões críticas sobre as indústrias culturais, teve nesta terça-feira, dia 28, sua segunda noite de debates. Com o tema “O padrão tecno-estético da mídia do oligopólio”, os painelistas Márcia Turchiello e Andres Kalikoske abordaram questões relevantes sobre o mercado audiovisual no Brasil e na América Latina.

Kalikoske, que é mestrando em Comunicação Social, abordou a produção de teledramaturgia nos principais conglomerados de comunicação da América Latina (Globo, no Brasil; Telefé, na Argentina; Televisa, no México; Telemundo, em Porto Rico, que é radicada nos EUA; Venevisión, na Venezuela; e RCN, na Colômbia) e as barreiras que estas impõem à entrada de novos grupos neste mercado que elas controlam.

Outro enfoque dado à apresentação foi a lógica de comercialização dos produtos de teledramaturgia por estes grupos hegemônicos. Kalikoske classifica três diferentes tipos de venda: integral (quando a novela é vendida pronta), venda de roteiro (quando o comprador faz uma refilmagem a partir do roteiro original) e venda de projeto ou formato (quando é vendida a idéia, e dada liberdade para que o comprador remodele o produto ao gosto de seu público).

Em seguida, Márcia, que é mestre em Comunicação Social, falou sobre o mercado gaúcho de televisão, e como os principais grupos se inserem no modelo das indústrias culturais. Ficou clara a forte presença da RBS no estado e a intenção da Record em tornar sua imagem popular a fim de fazer frente ao grupo dos Sirotsky.

Ponto importante na democratização da comunicação, a produção de conteúdo local das emissoras também foi abordada, com comparações do ano de 2007 da quantidade e dos temas predominantes da programação regional dos principais veículos de televisão gaúchos.

O debate com o público presente girou em torno da adesão da RBS à TV digital, que ocorrerá no dia 4 de novembro, e as repercussões que isso pode ter no mercado audiovisual gaúcho e junto à sociedade.

O curso Mídia, Controle e Democracia prossegue hoje, com o tema “Comunicação, Educação e Sociedade”, que terá como expositores Nádia Schneider, doutoranda da UNISINOS e Paola Nazário, mestranda da UNISINOS. Em breve, estarão disponíveis no blog as fotos e os arquivos de áudio das palestras das noites anteriores.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fotos do 1º dia do curso Mídia, Controle e Democracia

Mesa de abertura com Lopes, Leal, Brittos e Campos


Cerca de 60 pessoas participaram do curso do CEPOS



Público permanece atento às falas dos palestrantes


Brittos fala sobre controle social da comunicação

Laurindo Leal foi o destaque da noite


Curso foi transmitido para todo o país pela internet

Clementino Lopes representou a Abraço-RS na mesa



Radialista questiona ensino de Comunicação Social



Conselho Regional de Psicologia marcou presença

Estudante pergunta sobre TV pública

Leal e Brittos opinam sobre questões da platéia

Banca do Grupo CEPOS vende livros a dez reais

'Marx nunca teve tanta razão', diz Saramago sobre crise financeira

LISBOA (AFP) - O escritor português José Saramago, ao analisar a atual crise do sistema capitalista, afirmou nesta segunda-feira que Karl Marx "nunca teve tanta razão".

O escritor formulou esta declaração em uma entrevista coletiva sobre o lançamento do filme "Ensaio sobre a Cegueira", de Fernando Meirelles, em Lisboa.
"Onde estava todo esse dinheiro (desbloqueado para resgatar os bancos)? Estava muito bem guardado. Logo apareceu, de repente, para salvar o quê? vidas? Não, os bancos", declarou o prêmio Nobel de Literatura de 1998.
"Marx nunca teve tanta razão como agora", ressaltou José Saramago, acrescentando que "as piores conseqüências ainda não se manifestaram".
Ao ser ouvido sobre o vínculo entre o tema de seu romance e a crise financeira, o escritor respondeu que "sempre estamos mais ou menos cegos, sobretudo, para o fundamental".
Nos seus 85 anos, José Saramago publicou dezenas de obras, entre prosa, poesia, ensaio e teatro.
Em agosto último, apenas recuperado de uma pneumonia, terminou de escrever seu último romance, "A viagem do elefante", uma história épica e jovial sobre o périplo de um elefante asiático pela Europa do século XVI.

Leal e Brittos abrem curso sobre Mídia, Controle e Democracia

por Rafael Cavalcanti

Começou ontem em Porto Alegre, o curso Mídia, Controle & Democracia, do Grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS). O evento que pretende apresentar à sociedade uma análise crítica das Indústrias Culturais no Brasil contou com a presença dos professores Laurindo Leal Filho e Valério Cruz Brittos na palestra de abertura. Cerca de sessenta pessoas lotaram o auditório do Afocefe Sindicato para ver a dupla falar sobre Comunicação, Capitalismo e Políticas Públicas.

Para quem não conseguiu chegar ao local, o curso ofereceu a agradável surpresa de transmitir ao vivo toda a palestra através de uma página na internet. A organização também disponibilizou um endereço no MSN para que todos os espectadores virtuais pudessem dar sua opinião a respeito do assunto e fazer perguntas aos palestrantes. Um coletivo de Teresina, no Piauí, acompanhou o evento dessa forma.

A primeira fala foi do professor Doutor Valério Brittos, docente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos e coordenador do Grupo Cepos. Brittos afirmou que o atual sistema midiático corresponde a uma especificação do capitalismo moderno conhecida como fase da multiplicidade da oferta.

“Essa fase é marcada por um conjunto de mídias e bens simbólicos que se apresentam para o consumo da população. A variação da oferta se dá na busca por segmentos do mercado. Sua lógica é a da mercadoria, onde as pessoas pagam direto ou indiretamente pelo produto, o que nos faz crer que, apesar do que dizem as empresas, não existe mídia gratuita. O consumidor a custeia na maioria das vezes através da propaganda”, explica o professor, criticando o discurso das emissoras abertas ao dizerem que não cobram nada pelo serviço de radiodifusão.

Mantendo a linha de reflexão sobre a mídia, o professor Doutor da USP e ouvidor-geral da Empresa Brasil de Comunicação, jornalista Laurindo Leal, elogiou a iniciativa do Grupo Cepos em debater os meios de comunicação no país. “Como não temos acesso à grande mídia, precisamos fazer o trabalho de formiguinha onde isso for possível. Nos nossos meios, nas rádios comunitárias, nos nossos jornais sindicais, nas nossas universidades, no movimento estudantil. É a única forma em que podemos ter algum controle para fazer essa discussão sobre a mídia de um modo alternativo”, diz Leal.

Segundo o jornalista, a mídia fala sobre tudo menos sobre ela mesma, rendendo-lhe assim um poder importante em qualquer país, porém de maior proporção no Brasil onde mais de 90% da população se informa através da televisão. Laurindo Leal se mostrou preocupado pela forma como são tomadas as decisões do que vai ser apresentado ou não em programas nacionais de formação de opinião pública, assim como a interferência de programas de entretenimento em questões de Estado tem provocado tragédias, a exemplo, respectivamente, do caso Bonner x Homer e do sequestro seguido de morte da jovem Eloá.

Também compôs a mesa da palestra o coordenador executivo da Abraço-RS, Clementino Lopes, e o vice-presidente da Afocefe Sindicato, Guilherme Campos. As duas entidades estão participando como apoio do evento. Junto aos professores, eles dialogaram com os presentes sobre questões relacionadas ao controle público da comunicação eletrônica brasileira durante o momento de perguntas e intervenções da platéia.

O curso terá prosseguimento logo mais, às 19h, no auditório do Afocefe Sindicato, localizado no Centro de Porto Alegre. O tema da palestra de hoje será O padrão técnico-estético da mídia do oligopólio. A professora Ms. Márcia Turchiello e o mestrando Andres Kalikoske serão os palestrantes.

Em breve, estarão disponíveis no blog as fotos e os arquivos de áudio da palestra com os professores Valério Brittos e Laurindo Leal.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

CEPOS em mobilização


O grupo CEPOS marcou sua presença no ato público em prol da Conferência Nacional de Comunicação, realizado na IV Conferência Brasileira de Mídia Cidadã. O evento surgiu de uma iniciativa do Observatório da Mídia Regional: direitos humanos, políticas e sistemas e da Cátedra Unesco/Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional.


O ato público ocorreu na Universidade Federal de Pernambuco no dia 18 de outubro e contou com a presença dos cepeanos Valério Cruz Brittos, coordenador do CEPOS, Paola Madeira Nazário e Nadia Helena Schneider. Os integrantes do grupo de pesquisa reivindicaram junto aos demais presentes a efetivação da convocação, pelo governo federal, da Conferência Nacional de Comunicação para o ano de 2009.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Membros do Grupo CEPOS participam da IV Conferência Brasileira de Mídia Cidadã


Os integrantes do grupo de pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS), professor Dr. Valério Cruz Brittos, a mestranda Paola Madeira Nazário e a doutoranda Nadia Helena Schneider (Unisinos), marcaram presença na IV Conferência Brasileira de Mídia Cidadã. Na ocasião, tiveram o prazer de participar da palestra de Armand Matellart que abrilhantou o evento. Uma realização da Cátedra Unesco/Metodista em Comunicação para o Desenvolvimento Regional e do Observatório da Mídia Regional: direitos humanos, políticas e sistemas. Na foto acima estão presentes Nadia Helena Schneider, Michelle Mattelart, Armand Mattelart, Valério Brittos e Paola Nazário.
A conferência aconteceu em Recife, de 16 a 18 de outubro de 2008, no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O objetivo foi promover o diálogo entre as pesquisas acadêmicas produzidas no campo da comunicação social e as experiências de produção de mídia da sociedade civil, mercado e Estado sobre o papel dos meios de comunicação na concretização de uma sociedade que supere a democracia representativa e construa as bases de uma democracia participativa. Contou com a participação de pesquisadores, militantes dos movimentos sociais, estudantes de comunicação, jornalistas, comunicadores comunitários e demais representantes da sociedade civil.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Inscrições abertas para curso sobre TV Digital - EaD

O curso de extensão TV Digital Terrestre: desafios e reconfiguração da televisão brasileira – EaD, promovido pela Unisinos, terá início dia 24 de outubro. As inscrições podem ser feitas no site www.unisinos.br/educacaocontinuada.

O curso oferece ao aluno a oportunidade de entender e acompanhar o processo de implantação da TV digital no país e as mudanças e adaptações que o mercado terá de enfrentar. Essa reconfiguração no sistema atual abrange temas como a multiprogramação, interatividade, estrutura econômica-política, convergência midiática, entre outros.

A realização do curso será à distância através da Plataforma Moodle. Os alunos precisarão ter e-mail próprio, conhecimentos básicos de informática, acesso à internet e disponibilidade de estudo de 4 a 5 horas semanais.

O curso será ministrado pela jornalista Márcia Turchiello Andres, mestre em Ciências da Comunicação pela Unisinos; graduada em Jornalismo pela Unijuí e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS).

Serviço
O que: TV Digital Terrestre: desafios e reconfiguração da televisão brasileira – EaD
Início: 24 de outubro a 21 de novembro.
Inscrições: No site www.unisinos.br/educacaocontinuada

Estado do Piauí homenageia membro do Grupo CEPOS


Em cerimônia realizada no último dia 19 no Palácio Karnak, a Profª Jacqueline Lima Dourado recebeu do Governo do Estado do Piauí a comenda da Ordem Estadual do Mérito Renascença, a maior condecoração concedida às pessoas que se destacam pelos serviços prestados em prol do Estado.

A cerimônia iniciou com a apresentação do vídeo do Hino do Piauí interpretado por artistas locais, produzido pelo Governo do Estado. Os convidados assistiram ao vídeo pelos televisores instalados no pátio externo do Palácio.

A professora recebeu a medalha das mãos do governador Wellington Dias (foto) em função dos trabalhos realizados como educadora na área de comunicação. Jacqueline é formada em jornalismo, especialista em Teoria da Comunicação e Teoria da Imagem, mestre em Comunicação e Cultura, atualmente é doutoranda em Ciências da Comunicação na Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS), e entre suas atividades participa do grupo de Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS).

Entre outros destaques da sociedade piauiense estão o comerciante Abraão Gama, a artesã Alexandrina Leite Castro, a médica Amariles de Souza Borba, a vice-presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência Maria Helena de Oliveira, entre outras personalidades de diversas camadas sociais.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O potencial democrático e sua redução à mercadoria

Valério Brittos e Rafael Cavalcanti*

Desde os primeiros debates sobre a implantação da TV digital no Brasil, a idéia de uma nova televisão, a partir desta mudança tecnológica, foi a perspectiva vendida pela própria mídia. Nesta visão de revolução a partir da digitalização, o discurso sustentou-se em parte na idéia de que a TV mudaria diante da melhora da qualidade da imagem transmitida e da oferta de uma interatividade inédita para milhões de pessoas que não tinham acesso à televisão por assinatura ou internet. Assim, estaria assegurada a democratização do meio de comunicação mais requisitado pelos brasileiros, ante a oferta de conteúdos da internet, da interatividade e da inserção de novos canais e atores sociais na rede aberta, o que favoreceria a difusão da pluralidade nos diversos campos do conhecimento.

Contudo, até o momento, a TV digital tem sido assumida fundamentalmente como mercadoria, serviço estabelecido sem a prioridade de avançar na verdadeira democratização midiática. Contribui para isso a regulamentação liberal para esta tecnologia, por onde as emissoras podem definir seus projetos de digitalização, essencialmente a partir de seus próprios planejamentos e estratégias. Esta regulação setorial flexível não se coaduna com os propósitos originais do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), instituído pelo decreto 4.901, de 26 de novembro de 2003, que tinha, dentre outros objetivos, promover a inclusão social, a diversidade cultural do país e a língua portuguesa, visando à democratização da informação.

Concentração de capital e mercantilização da cultura

Posicionar-se de modo claro quanto à pauta da digitalização da televisão no Brasil é a postura da Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital. Composta por mais de 130 entidades, a Frente defende, entre outras questões, um marco regulatório que prepare o país para os desafios da convergência e a universalização da inclusão digital, por meio do rádio e da televisão. Organizações como essa, que lutam por um marco mais plural da comunicação, têm denunciado a falta de vontade política das autoridades brasileiras em avançar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) do decreto 5.820/06, que implanta o SBTVD.

Tais mobilizações da sociedade civil possibilitam que os esforços para retomar o caráter democrático oferecido pela TV digital possam chegar a vitórias similares à Lei do Cabo, de 1995, quando canais públicos, comunitários e universitários ganharam espaço na televisão paga, após intensa pressão popular no Congresso Nacional. No entanto, a mesma lei, que foi comemorada como um avanço, acabou não se materializando em resultados tão positivos como esperados, do ponto de vista prático, 13 anos depois, simplesmente porque o espaço conquistado está esvaziado, falido, pouco qualificado ou mesmo reproduzindo a lógica mercantil das grandes emissoras.

Mudar a direção pela qual a televisão digital brasileira está sendo encaminhada, com a intenção de priorizar o seu potencial democrático, significa incluir na luta diversas políticas de combate à concentração de capital na comunicação e à mercantilização da cultura. Significa defender a gratuidade dos serviços essenciais, o controle social do conteúdo, a disponibilidade de espaço para emissoras de pequeno porte oriundas da sociedade civil, o financiamento de propostas populares pelo lucro das maiores operadoras, a obrigatoriedade de produção local e, conseqüentemente, a diversidade cultural. Enfim, é inexistente qualquer televisão digital potencialmente plena, em sua função social, sem políticas de democratização da comunicação.

Valério Brittos é doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas e coordenador do grupo de pesquisa em Comunicação, Economia Política e Sociedade (Cepos); e Rafael Cavalcanti é bolsista de iniciação ao conhecimento científico na Unisinos e membro do grupo Cepos.

Notícia originalmente publicada no site Observatório da Imprensa.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Profº. Valério Brittos participa de congresso no México

O Prof. Dr. Valério Cruz Brittos, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da UNISINOS, participou na última semana do 9º Congreso Latinoamericano de Investigación de la Comunicación (ALAIC), realizado no Tecnológico de Monterrey - Campus Estado de México, no México. Brittos apresentou no México o trabalho “TV pública, políticas de comunicação e democratização: movimentos conjunturais e mudança estrutural”, desenvolvido em parceria com o Prof. Dr. César Bolaño (UFS).

O evento - cuja edição anterior realizado na Unisinos, em 2006, foi coordenado por Brittos - teve como tema “Medios de Comunicación, Estado y Sociedad en América Latina” e foi promovido pela Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC). De acordo com Brittos, o trabalho aborda questões referentes à TV Brasil e aos principais movimentos da política nacional de comunicação. “São feitas, como contribuição ao debate, algumas sugestões a respeito do modelo de televisão mais adequado para o país”, complementa. O GT de Economía Política de las Comunicaciones da ALAIC tem uma longa tradição.

Notícia publicada no blog do PPG de Comunicação Social da Unisinos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Alavancagem: um caso típico de agiotagem bancária

Por Bruno Lima Rocha*

Passados já 30 dias do estouro da tal bolha imobiliária, a “crise segue sem fim”, abalando os critérios de confiança no sistema financeiro e bancário! Bem, chavões à parte, é necessário compreender parte das relações estruturais que definham da jogatina no cassino do dinheiro que em tese não existe, mas faz muita falta.

A primeira noção é a de “alavancagem”. No Brasil de Lula e Henrique Meirelles, uma instituição bancária pode ter “alavancada” sua capacidade de crédito em até 10 vezes o patrimônio líquido. Já nos EUA de Bush Jr.; Henry Paulson; Condoleezza Rice; Dick Cheney e Cia. a especulação com o crédito pode ser até 35 vezes o patrimônio dos bancos. Vamos entender como a coisa funciona, apenas neste aspecto.

O Banco A empresta dinheiro a juros, cujas taxas são marcadas por um “administrador” do sistema financeiro chamado Banco Central, para 10 clientes. O Banco não tem o dinheiro para repor o que emprestou caso seus correntistas queiram resgatar o valor lá depositado. Ou seja, se os titulares de contas bancárias, sejam pessoas físicas ou jurídicas, queiram retirar o dinheiro do banco, este mesmo:

“banco = depósito de dinheiro alheio”, não terá como devolver aquilo que lá estava depositado.

Uma conseqüência direta do crédito podre é essa. O Banco A empresta dinheiro para 10 Clientes Sem Condição de Pagar. Os Executivos desse Banco A, que ordenaram o tipo de operação de empréstimo podre, receberam bônus pelo volume de operação. Os grandes acionistas desse Banco A também receberam pela leva de empréstimos podres. As ações desse Banco A, movidas por uma ou duas ou três mega corretoras - como a rainha da estafa Merril Lynch - também lucraram no vende-compra-vende das ações de tipo nominal e preferencial da instituição “sólida”.

No momento em que as operações de crédito podre, que repito nos EUA de Bush Jr. formaram o colchão dos “bancos de investimento”, mas também dos bancos de tipo comercial, se espalharam pelo mundo, os “ativos contaminados” poluem a credibilidade dos correntistas em ter a garantia que seu dinheiro esteja lá ainda. Quem deposita o dinheiro em contas correntes ou cadernetas de poupança tenta sacar o máximo possível no menor tempo. Os governos bloqueiam os saques, mas “sinalizam” para o “mercado” e os contribuintes que irá garantir os depósitos. Até o momento de escrever este curto artigo, a garantia de depósito nos EUA era de até US$ 250 mil dólares e na Europa de até 50 mil Euros. Os depósitos legais além dessa quantia não estão garantidos pelo seguro do Estado. Quem os cobre?

Se o socorro é para os bancos e não para os correntistas, é porque a Banca será preservada. Se a Banca não tem como cobrir os depósitos porque tem calote na praça e tem empréstimos acima de sua capacidade de saldo, então os operadores desta Banca são os responsáveis. Seja por gestão temerária, seja por roubo e saque puro e simples. Para garantir os depósitos bancários, a medida correta no sentido de Justiça, é a expropriação do patrimônio pessoal dos ganhadores de bônus como “tubarões do mercado financeiro”. No sentido real do drama, os metalúrgicos aposentados de Detroit deveriam cobrar também da fortuna pessoal do ex-presidente do Goldman Sachs, não por acaso o Secretário do Tesouro, Henry M. Paulson, um dos grandes responsáveis pela própria crise. Se houver a “iliquidez” no Brasil e os bancos que governam com Lula desde 1º de janeiro de 2003 alegarem não poder cobrir os depósitos bancários, os correntistas devem cobrar também do patrimônio pessoal do presidente do Banco Central, o tucano Henrique Meirelles, não por acaso ex-presidente mundial do Bank of Boston.

Um mero exemplo de como funciona a proximidade e a vizinhança entre os corsários financistas. Apenas 3 anos após Meirelles assumir o governo do Brasil, o Itaú em 2006 compra toda máquina do BankBoston atuando no país. O segundo maior banco do Brasil de Armínio Fraga e Pedro Malan compra o ex-banco do presidente do Banco Central do controlador desta instituição. Quem controla o BankBoston é o Bank of America, que no dia 15 de setembro comprara a Merrill Lynch pela bagatela de US$ 50 bilhões. A mega corretora que fez “alavancagem” absurda e também não teve como cobrir seus compromissos.

A exuberância irracional dos mercados, como fala Alan Greenspan, nada mais é do que o limite do risco moral, jogando de forma absurda com o futuro das sociedades concretas. Quando o estágio é terminal, aí entra o Estado, não para punir o crime financeiro, mas para “acalmar os nervos” dos mercados. Nada no sistema financeiro é por acaso.

*Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise. E-mail: blimarocha@gmail.com.

O violento rombo causado pelos corsários do cassino financeiro

Por Bruno Lima Rocha*

A chamada crise dos mercados financeiros representa um rombo violento e muito maior do que se imagina. Ao longo dos últimos 40 dias as autoridades financeiras de países com desenvolvimento capitalista passam a se coordenar de forma menos esporádica. A desordem de um mundo unipolar, com a pretensão da administração NeoCon de Bush Jr. à frente, tende a se reordenar com a meta de coordenação multipolar. É o canto do cisne da barbárie tecno-financeira; chamam a cooperação em planos financeiros para não perder as mãos, apenas penhorando alguns dedos.

Quando se lê: “queda nas taxas de juros”, é para diminuir o custo do crédito e permitir uma maior agilidade transacional. Esta ação coordenada de redução da taxa de juros, seguindo o exemplo do Japão que está em quase 0%, foi um intento de frear, interromper o saque e a retirada de dinheiro, investimentos, resgate de fundos e o que houver de riqueza quantificável nesse mundo de dinheiro digital. É preciso lembrar que a aventura com a finança do alheio é gerar crédito na praça com um volume de recursos que está muito acima do patrimônio líquido das instituições bancárias. Essa agiotagem internacional leva ao pânico de quem tem seu dinheiro nestas contas que não estão cobertas. Levam o terror a todo um sistema produtivo que não opera em cima da poupança interna nem do crédito controlado pelos governos e sim na jogatina do cassino.

Para não aumentar a quebradeira na economia produtiva, que está umbilicalmente vinculada à economia especulativa, alguns Estados tomaram uma medida forte. Na semana que termina os Bancos Centrais dos EUA (Federal Reserve), da Inglaterra (Banco da Inglaterra), Banco do Canadá, Comunidade Européia (BCE), Sveriges Riksbank (Suécia), SNB (Banco Nacional da Suíça), o Banco dos Emirados Árabes e o Banco Central da China reduziram suas taxas de juros, como já disse, seguindo o padrão japonês. A média de redução foi de 0,5 a 1,5% de acordo com cada Banco Central.

Os BCs também estão fazendo ofertas de dinheiro em grande volume, como no dia 29 de setembro, quando dez BCs de forma coordenada foram injetados mais de US$ 620 bilhões; como no dia 7 de outubro, quando outros seis BCs anunciaram a injeção de US$ 450 bilhões até o final do ano. O risco é de “falta de dinheiro”. Ou seja, o risco é que o número de resgates e saques seja maior do que a capacidade real dos depósitos. Fica uma dúvida conceitual: - “Que grau de racionalidade pode existir quando os empréstimos e créditos circulantes em todo o mundo não são resgatáveis em curto prazo?!” Não é que a economia não tenha lastro, o que existe de fato é um abuso na jogatina, apostando na previsibilidade do comportamento dos agentes econômicos produtivos e escorando as relações das riquezas nas sociedades concretas em cima de um vazio. Quando a bolha estoura, entra a concertação de classe operada a partir da idéia de “solução sistêmica” e “razão de Estado” para salvar a Banca e manter o crédito circulante, mas sem interromper a especulação correspondente.


Vejam que interessante. Ao mesmo tempo em que reduzem a taxa de juros – na prática diminuindo a margem de lucros dos bancos – os mesmos governos alimentam com dinheiro público para garantir a transação entre estas instituições. O BCE injeta uma média de US$ 50 bilhões diários como a garantia de liquidez! A Banca está sendo garantida pelos Estados, que de sua parte, não estatizam de vez, para não seguir o modelo adotado de forma rápida pela Irlanda. Ainda assim, o buraco não é preenchido, e por quê?

O sintoma da falta de base moral para as transações financeiras se vê na desinformação estrutural. Vejamos o tamanho do problema, refletindo na verdade a enormidade dos ativos tóxicos, os empréstimos podres circulantes, as agiotagens feitas ao longo dos últimos 8 anos e que tomaram conta do modus operandi do sistema financeiro do mundo. Parto do princípio que quando tenho dúvidas, pergunto para a direita, porque esta corrente de pensamento político-econômico-filosófico se expõe nos fatos de uma forma escancarada.

O diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn afirmou em 9 de outubro com todas as letras: “Estamos à beira de uma recessão. A situação é muito grave, mas ao mesmo tempo podemos resolver os problemas se agirmos de forma rápida, vigorosa e coordenada.” Segue o diretor do famigerado Fundo, tão valente com os países subdesenvolvidos e tão dócil com o G-7 e países afins: “Acho que é justo dizer que todos nós subestimamos a força da crise financeira. Ao que parece, as raízes dessa crise são mais profundas do que o esperado.”

Analisemos. Serem mais profundas as raízes da crise significa que a informação privilegiada do tamanho e volume dos ativos tóxicos e dos créditos podres, dos empréstimos concedidos a gente e empresas sem capacidade de pagamento, é muito maior do que a anunciada pelos meios corporativos e as fontes de informações como Fox News, CNN International e cia. Como pode alguém crer que o FMI não tinha noção do volume do calote à vista? Como poder algum ser humano em sã consciência aceitar a idéia de que os executivos do Fed e da Secretaria do Tesouro – incluindo Herny M. Paulson, o ex-corsário doGoldman Sachs– não “imaginavam” o volume do rombo?! Simplesmente não pode ser pensada uma idéia absurda. Isso é desinformação, e jogar na confusão e nas trevas conceituais um fato consumado que nenhuma destas autoridades financeiras, estatais e jornalísticas quer aceitar.

O fato é contumaz. Tem mais crédito concedido do que a capacidade dos bancos em cobrir seus próprios depósitos. Tem um volume além do imaginado por nós mortais leitores, em créditos podres, gerando papéis em títulos de valor não resgatável pelas instituições que os geraram. A chantagem financeiro e midiática condiciona que os cidadão acatem a resolução dos Bancos Centrais cobrirem com dinheiro dos contribuintes o rombo gerado pelos altos executivos que ganham bônus por cada picaretagem fruto de vendas absurdas. O resultado dessa armação de 8 anos seguidos já está sendo pago por todos nós.

A organização das relações de produção, troca, geração de serviços e consumo de uma sociedade não pode ser intermediada pelo dinheiro financeiro e o crédito gerador de super endividamento. A defesa da economia real e organizada de forma soberana pelo tecido social-produtivo sob controle das maiorias é a garantia de nosso próprio futuro. Pelear sem trégua pelo controle dos recursos-chave e das cadeias produtivas dos países é um dever dos movimentos populares. O cassino financeiro tem de acabar.

*Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise. E-mail: blimarocha@gmail.com.

MOÇAMBIQUE - Estudantes da eca satisfeitos com a mudança de instalações

Por Félix da Esperança
Os estudantes da Escola de Comunicação e Artes da UEM, (ECA) estão satisfeitos com a mudança de instalações, desde o dia 14 de Julho do corrente ano. Jorge Barata director adjunto da escola afirma que a mudança surge como resposta para o constante crescimento que a ECA tem vindo a registar nos últimos tempos.
Segundo Barata, a mudança era até certo ponto inevitável por que a sua direcção já vinha recebendo pressões no sentido de garantir um espaço adequado para uma formação académica digna, para estudantes do nível superior.
“ nós fizemos essa mudança para satisfazer os nossos estudantes e já estamos a lutar para tal, como podem notar as novas intalações estão minimamente apetrechadas com material de estudo, temos uma sala de informática equipada com 40 computadores, estamos ainda apetrechar a biblioteca e os laboratórios de rádio, televisão e jornal impresso, numa primeira fase penso que estamos num bom caminho”
Questionado se, a mudança não entra em choque com aquilo que são os objectivos da UEM, visando dentro de cinco anos, a transferência de todas faculdades para o campus universitário geral, Barata afirmou que se for necessário assim será, mas a actual mudança não afecta em nada.
De acordo com os estudantes ouvidos, de forma geral pode dizer-se que a mudança foi boa e até certo ponto económica olhando para aquilo que era a distância por percorrer das suas casas em relação ao campus universitário.
Para Alexandre Fernado, estudante do 2ºano de jornalismo - “a mudança foi boa porque a “nova eca” possui um espaço que chega para todos, além disso está equipada de computadores, laboratórios de televisão rádio e jornal impresso.”
Iracema Joel, estudante do 1º ano de jornalismo – monstra-se igualmente satisfeita pelas mesmas razões apontadas pelo colega, mas acrescenta que o único problema é o barulho provocado pelas crianças que estudam do outro lado da escola.”
Claudio Rodrigues e Maria Atália estudantes dos cursos de música e teatro respectivamente:
“esta mudança está ser económica porque a distância ficou reduzida e muito benéfica pelo facto da ECA actual contar com salas revestidas de respectivos instrumentos musicais, salas para preparação fisíca uma coisa que, para ter acesso antes os estudantes de teatro tinham que recorrer ao centro cultural universitário e depois “marchar” para o campus, por tanto agora é melhor, embora as condições não sejam ainda suficientes dá para começar com as aulas práticas”
A escola de comunicação e artes da UEM começou a funcionar em 2004 no campus universitário e contava com uma turma de jornalismo.
Actualmente funciona na baixa da cidade de Maputo no Edificio da escola Mahometana cita na Av. Fernão Farinha e conta com quatro turmas do curso de licenciatura em jornalismo três de música e uma de teatro.
Em Maio deste ano (2008), a ECA graduou os primeiros 25 estudantes licenciados em jornalismo na história do país.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Lula da Silva baptiza CEB como centro cultural

Maputo, Sexta-Feira, 17 de Outubro de 2008:: Notícias

O PRESIDENTE brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, que se encontra de visita ao nosso país, vai baptizar hoje o Centro de Estudos Brasileiros (CEB) em Centro Cultural Brasil-Moçambique (CCBM), um acto a acontecer esta manhã nas instalações daquela instituição, na cidade de Maputo.
A decisão de transformar o CEB em Centro Cultural Brasil-Moçambique foi emanada pelo governo brasileiro a 22 de Setembro do ano em curso na qual se anunciava, em circular instrutória, esta mudança de nome relacionada com a evolução que os CEB´s têm vindo a assinalar em várias partes do mundo.
De facto, tal como se dizia na referida circular instrutória, tradicionalmente os CEB´s focalizavam prioritariamente as suas actividades no ensaio da língua portuguesa.
Nos últimos anos, essas actividades têm-se expandido passando a abarcar também a divulgação da cultura brasileira nas suas diversas manifestações, assim como promovem a divulgação de manifestações artísticas culturais locais, tendo-se transformado em genuínos centros culturais.
Justifica-se assim, de acordo com a aludida integração, fazer reflectir em sua denominação essa nova realidade, pelo que a partir de agora os CEB´s passarão a designar-se “Centro Cultural Brasil (...) e o nome do país em que se encontra. Deste modo, o CEB de Maputo passará ao chamar Centro Cultural Brasil-Moçambique.
Ainda esta manhã Lula da Silva irá manter um encontro com a comunidade brasileira residente em Maputo, assim como inaugurar o novo gabinete onde se vai instalar a FIOCRUZ, grande empresa pública de investigação biomédica, de produção de vacinas e medicamentos, a firma que vai instalar a fábrica de anti-retrovirais em Moçambique.
Para animação cultural foram convidados o Grupo de Capoeira “Arte Viva”, de canto coral “Arautos do Evangelho” e as pequenas cantoras do grupo “Seguindo Sonhos”.
Entretanto, ainda continua patente a exposição individual “Kanimambo II” da artista plástica brasileira residente em Maputo, Ivana Panizi.
A mostra abriu terça e é composta por dezenas de obras da sua arte plural que vai da pintura em materiais diversos, como por exemplo no plástico, até às imagens pintadas ou fotografadas e colocadas no interior de garrafas. Depois da exposição “Kanimambo I”, também exibida numa das galerias de Maputo, Ivana Pnizi resolveu fazer esta segunda amostra mais alargada do seu riquíssimo e espectacular trabalho ocupando as duas galerias do CEB, ou seja, a “Portinari” e a “Djanira”.

La crisis es el modo capitalista de financiación (II)

Bruno Lima Rocha y João Pedro Casarotto*

Cuando la economía pierde su materialidad aparente y gana otras formas de concreción, la “confianza” aumenta de peso. Vivimos en la era de la información y en especial de las tecnologías de información. Aun así es entre bastidores que funciona el submundo de los negocios financieros. Este nivel más o menos compartimentado juega un papel fundamental en el que entran con peso las agencias de riesgo.

Un ejemplo es el ataque al petróleo, primero forzando un alza y después haciendo caer el precio del barril. La burbuja de las commodities es igual para las empresas de alta tecnología y el subprime. Todas son pura especulación, rapiña pura. Todas las commodities fueron infladas criminalmente y el gran ejemplo de ello es la commodity petróleo. Ella fue llevada a las alturas con maniobras financieras y con el apoyo de los medios que hacían creer que el precio realmente estaba alto.

Pero estas cotizaciones alcanzadas sólo lo fueron en las bolsas pues:

1) No hubo ni hay escasez, por el contrario hay cada vez más descubrimientos de reservas de petróleo, como es el caso del pre-sal brasileño.

2) Los costos de explotación continuaron siendo los mismos, la única elevación real fue a que hubo fue un aumento de la inflación norteamericana y de la depreciación del dólar (estos valores fueron los únicos aumentos reales que influenciaron el alza del precio del petróleo). El incremento de estos costos no llegó ni a los pies de los aumentos fruto de la especulación. Considerando estas variables, el incremento del costo de extracción en el pozo en los países árabes no debe haber llegado a 10 dólares por barril. Todo el resto fue pura especulación. Esta situación también es un grueso crimen que va a repercutir profundamente en toda la economía, pues fueron estos falsos valores que impulsaron (por mostrarse supuestamente económicamente viables) la investigaciones del tipo pre-sal, biodiesel, etanol, etc. En el momento que el precio del petróleo caiga, como va a caer, muchos de estos proyectos quedarán económicamente inviables. Este es la prójima jugada que será provocada por las transnacionales dueñas del petróleo, bajan los precios y derrumban todas las energías alternativas.

Y hablando de “análisis de riesgo”, ¡el mayor riesgo es confiar en estos análisis! Estas empresas de "auditoria" no sobreviven a una auditoria bien hecha. Si hubiese una justicia global, todo el asunto sería sólo un caso policial. Un fraude sin fin. Ellos están en esta estafa hace mucho tiempo. Firman cualquier tipo de balance, crean su fama a través de los medios de comunicación corruptos e incompetentes. Quién tendría que auditar no hace auditoria sino especulación, son las mismas empresas que dieron el “investment grade” para Brasil, las mismas que avaluaron de forma positiva a los bucaneros de las finanzas.

Es el caso de la Standard & Poor’s, que se definió como el auge del fraude globalizado, al avaluar de forma positiva el pozo sin fondo del Lehman Brothers. Muchas de estas agencias dieron créditos de confiabilidad para gigantes fraudulentos como la Merrill Lynch. Lo mismo se dio con su supuesta pericia y auditoria, como en el caso de la Pricewaterhouse Coopers o la Arthur Andersen.


El quiebre de la Banca debía instituir, en términos de justicia social, un severo castigo a los ejecutivos de 1º, 2º y 3º escalón de las empresas estadounidenses que fueron a la bancarrota, como Bear Stearns; Fannie Mac ;Freddie Mac; Lehman Brothers; la propia Merrill Lynch (imbatible en las operaciones de riesgo y corrupción); los bancos de inversiones Goldman Sachs y Morgan Stanley y que ahora van capitalizar los recursos de los pobres ahorristas; Washington Mutual y el sexto mayor banco de los EUA, el Wachovia. En la hora de la rapiña, instituciones con alguna solidez y presencia en la Administración Bush Jr., como el Bank of America y el Citigroup (del jefe del gobierno del Consejo de Política Monetaria –COPOM– el banquero Henrique Meirelles) van a comprar a precio de gallina flaca y con ayuda de dinero público, la masa fallida.

No quedaría solo ahí el castigo, si hubiera Justicia para la elite por parte de la propia elite. Porque además de los ejecutivos, el castigo tiene que ser extendido a los accionistas, los que realmente ganan dinero y para los políticos que abrieron las puertas para el inicio del descontrol organizado por los financistas. Debía ser extendido también a los medios corporativos que vendieron la ilusión de la ganancia. Pero, como castigar, si el actual secretario del Tesoro de los EUA, el republicano Henry M. Paulson, aún es ex-presidente del Goldman Sachs, una de las empresas campeonas del robo y que ha tenido ejecutivos procesados por el FBI. El crimen continúa porque el paquete del Tesoro de los EUA será administrado por un bloque de correctoras de Nueva York. No por casualidad los ejecutivos líderes de estas empresas de especulación son ex-compañeros que trabajaron bajo las órdenes de Paulson cuando él era presidente del banco que ayudó a quebrar la economía irreal. O sea, son los predadores como él, quines van a administrar los recursos del contribuyente y el aumento de la deuda interna de EEUU, que en la práctica es pagada por todos nosotros en el resto del mundo.

Paulson representa una fracción de la clase dirigente que está al frente de una transnacional del tipo “fraudes globales”, como la Merrill Lynch. La mega correctora, así como sus congéneres, se volcó completamente al juego de azar en la Bolsa y las hipotecas podridas, y ahora con el dinero del Tesoro van a volcar “players gigantes”. La estupidez de la Unión Europea es la versión más antigua de un “gentleman”, como el mafioso Silvio Berlusconi. Están socorriendo a los grupos financieros en dificultad y siguen pagando la ruleta del casino en las acciones de tipo tiovivo.

La ruleta quebrada llegó a Europa también con la quiebra del banco inglés Bradford & Bingley, cuya suspensión de pagos fue dividida entre los herederos de la herencia de Thatcher y Major y cuyo cadáver fue entregado a la saña del Banco Santander; del alemán Hypo Real Estate. Mega especulación inmobiliaria en la lejana Islandia, donde el Glitnir, tercer banco del país, fue “comprado” por el gobierno local en el 75% de sus acciones, y con el “banco de inversión Fortis, donde los gobiernos de Holanda, Bélgica y Luxemburgo, (paraíso financiero e isla de lavado de dinero en el viejo continente) compraron el 49% de esta institución cuya existencia real es una joint venture del casino en los países bajos.

El bumerang en términos de economía política de esa salvación de tipo “keynesianismo financiero” es el aumento de la deuda pública de los países de capitalismo avanzado. Los EUA tienen más del 70% de su PIB comprometido con el rombo del Estado. Lean con atención, la mayor potencia bélica del mundo ha comprometido a 2/3 de su economía, en el casino sin fin del alargamiento y transferencia de su deuda. En la Europa comunitaria, los bancos centrales quemarán buena parte de sus reservas. La aplicación de rescate y socorro no fue para la salvaguardia de los ahorristas, sino para los CEOs de las instituciones especuladoras.

Lo más probable es que el próximo gobierno de los EUA irá a socorrer todo este azar de las finanzas. Puede ser que hasta alguien pague el pato y vaya preso, pero el castigo colectivo de los corsarios del casino digital, no sucederá. El riesgo de un nuevo “Camelot”, como ocurrió con los asesinatos de J.F. Kennedy, Martin Luther King y Bob Kennedy, fue enterrado. Esto ocurrió cuando el también Chicago Boy, Barack Obama metió el cuerpo y fue al Senado a votar con Bush Jr. (el falso idiota, el hombre que concordó en quebrar a su país para atender a su clase), Ben S. Bernanke (presidente del Fed), Henry M. Paulson (representante de los bancos de inversión a finales del gobierno de George W. Bush) y Dick Cheney (hombre de confianza de las gigantes del petróleo y de las empresas de contratos militares privados).

Repetimos lo que afirmamos antes. La mejor hipótesis explicativa de la responsabilidad de esta crisis apunta al nexo político-criminal y financiero. O sea, el generador de la crisis fue una conspiración de tipo clásica. Ya existen líneas de investigaciones abiertas por el FBI. En el Viejo Mundo, la tesis más pertinente es la de un comisario de la DST francesa (contra inteligencia). Apunta el especialista en crimen financiero que la crisis del sub prime tuvo el mismo modus operandi de 1987. Para quien no se acuerda, ¡una buena parte de los sospechosos son los mismos!

Las elites financieras, los predadores del antivalor, sólo comprenden la crisis del mercado financiero nada más que como una alternativa de supervivencia. El verdadero castigo de esta elite es la multipolaridad y la quiebra del patrón dólar como forma de cambio en la economía globalizada.

Esto porque el único raciocinio razonable es el siguiente. El mundo en que vivimos es el de la forma mercancía inmaterial, cuando todo se vuelca en commodities y puede ser blanco de acción especulativa. De fluctuación en fluctuación la “confianza” -construida por la conspiración financiera y mediática- impera. En la hora de la bomba H (cuando todo explota) entra en el campo un híbrido de Keynesianismo de tipo financiero, para salvar a los tiburones y especuladores.

Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise, e-mail: blimarocha@gmail.com; João Pedro Casarotto é contador e dirigente do Sindicato dos Fiscais de Tributo do Rio Grande do Sul (SINTAF/RS), e-mail: jompe.rs@gmail.com.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Valério Brittos e César Bolaño falam sobre a reconfiguração da TV brasileira


A reforma agrária da televisão brasileira ainda não foi feita, mas ainda é possível fazer muita coisa para democratizar as comunicações nesta fase de implantação da TV digital, e este é o momento. Quem garante são os pesquisadores César Bolaño e Valério Brittos, em entrevista à professora da PUC-Rio e doutoranda em Comunicação pela UFRJ Patrícia Maurício. A entrevista foi concedida durante o XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom), em Natal, em 6 de setembro de 2008.

Como é a militância de vocês por uma TV digital democrática?

Bolaño – Analisar a TV digital é conseqüência natural do nosso trabalho com TV. É um momento importante da regulação e decidimos fazer um estudo em profundidade. Nosso trabalho é um dos únicos fora do ponto de vista tecnológico, trabalha do ponto de vista da economia política. Coloca a tecnologia no seu devido lugar. Nossa militância é no campo acadêmico. Dentro do campo acadêmico a gente estuda um objeto de poder e o analisa de uma perspectiva crítica, que nos coloca ao lado dos movimentos pela democratização das comunicações no Brasil, e muitos dos militantes são nossos alunos e leitores. E nosso objetivo é que nosso diálogo com eles seja mais aprofundado.

Brittos – Nosso trabalho, de um lado, é alimentado pelos militantes, que acabam sendo nossos leitores e alunos, porque estamos todos no mesmo campo de perspectiva de mudança social. Nesse sentido nós somos alimentados por eles, porque demandas deles contribuem para a nossa reflexão, mas ao mesmo tempo nosso trabalho acaba servindo de pesquisa colada na realidade social e instrumento de mudança social. Essa é a principal questão, o diálogo com a militância. A ciência é pela manutenção do sistema, mas gostaríamos que fosse pela ruptura do sistema. Pensar num novo modelo de sociedade baseada na justiça social, na fraternidade e na solidariedade. Não temos filiação partidária. Publicamos livros, artigos em espaços de divulgação científica não científicos (como Observatório da Imprensa), participamos de debates em sindicatos e há dez anos temos a revista Eptic, on line, que se tornou pólo arregimentador deste debate. A revista foi fundada em 1999, já on line, junto com o portal, e herdou o nome de um boletim em papel, que desapareceu. Existe hoje um boletim por e-mail que é o EPnotícias.

Bolaño – A idéia inicial era fazer o portal e também a revista (esta para dar vazão à produção brasileira internacional), na época ninguém sabia o que era revista on line. A nossa é muito clássica, como uma revista acadêmica normal, fugindo dos custos. Por sermos contra-hegemônicos, a questão dos recursos é sempre um problema. Nós tirávamos um boletim por ano em papel. Ao longo dos dez anos foi sendo incrementada e hoje temos um portal com uma revista, webnotícias, teses, dissertações sobre economia política da comunicação. (ver no site a história).

Qual é o retorno de todo este trabalho?

Brittos – O retorno é enorme. Um fato objetivo é a criação da Ulepicc (União Latina de Economia Política da Informação da Comunicação e da Cultura). Em dez anos consolidamos uma área que era emergente e com dispersão na América Latina. Hoje é consolidada e aglutinada. Isso se deu com a nossa militância em diversas associações e através da Eptic, que é aglutinadora, pretende reunir todo o mundo latino, todos os de fala latina. A Ulepicc é uma federação internacional, temos três capítulos nacionais: no Brasil (fundado em 2004), na Espanha (2004) e em Moçambique (2008).

Como começou a Ulepicc?

Brittos e Bolaño – A Ulepicc começa em 2001 em Buenos Aires, estimulada por nós. A carta de Buenos Aires mostra um compromisso com a ação social. A última reunião internacional foi no México e a próxima será no ano que vem em Madri. As últimas reuniões do capítulo brasileiro foram em Niterói, em 2006, e Bauru, em 2008. A próxima será na ECA/USP em 2010. Fora uma série de eventos que a gente organiza. Na Compós tem o GT de Economia Política e Políticas de Comunicação. A Compós existe há uns 15 anos e nunca teve um GT desses. A articulação começou em 2005, arregimentando assinaturas, e o primeiro foi em 2007.

Qual é o objetivo de vocês em relação à TV digital?

Brittos e Bolaño – Queremos que a TV digital sirva como avanço para a democratização da comunicação. Em parte isso foi perdido porque o modelo – padrão japonês – não divide o canal, não teve uma reforma agrária ainda. Sem nova licitação, vai para o mesmo empresário. Isso foi perdido, mas ainda há mais. Queremos que haja licitação para novos canais; que haja uma lei de comunicação social. O pensamento do Ministério das Comunicações é que a legislação seja totalmente permissiva. Mas tem que ter regras. O que fazer com isso? Compromissos, caderno de encargos – obrigações de quem recebe a concessão. A TV digital é o momento para isso.

Por Patrícia Maurício
Notícia publicada no site EPTIC.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Torcida moçambicana festeja vitória dos Mambas em Gaberone



No último Domingo, 12/10, a torcida moçambicana festejou a vitória da selecção nacional em Gaberone. No país, a festa também foi eufórica! Isso já era esperado! Valeu o esforço de cada jogador e de toda a equipa tecnica! Quem diria que chegaria esse dia para os Mambas!? Já houve tempos em que a nossa selecção perdia vergonhosamente por 8 a 0 com seleções vizinhas, aqui em casa, e os torcedores abandondavam as arquibancadas antes do fim da partida! Agora as coisas estão a mudar!? Esperamos que seja sempre assim! Aprendamos que jogadores sozinhos sem torcida não vão longe. Quem sabe melhor essas coisas são os nossos irmãos brasileiros. Eles ajudam, empurram os jogadores, os animam até chegar ao gooollll...Aliás, no Domingo, aquele último apito do árbitro, em Gaberone, deu início a festa no coração de todo moçambicano, fora e dentro do país! Que essa festa continue até à classificação para o CAN 2009, e em surdina, cá para nós, por que não aspirar dar um chute na bola, nem que seja por um dia, no mundial de 2010, aqui na vizinha África do Sul.
As fotos foram cedidas por um aluno meu, do Curso de Comunicação, Joaquim Chirindza, fiel torcedor dos Mambas!
Profa. Leonilda Muatiacale


La crisis es el modo capitalista de financiación (I)

Bruno Lima Rocha y João Pedro Casarotto*

El lunes 29 de septiembre fue un día histórico para el capitalismo contemporáneo. Fue el día que la Cámara de los Diputados de Estados Unidos rechazó por primera vez el paquete de salvación financiera para los banqueros aventureros del Norte, allí quedó explícita la noción de que la crisis es un crimen.

Esto nos lleva a dos conclusiones.

Sí hay crimen, pero no el cataclismo que los medios divulgan. La mayor prueba de que no hay ese cataclismo es este primer rechazo de la Cámara de Diputados. Después, en la típica carrera codo a codo disputando las sobras, la votación de los diputados se revirtió. Si hubiese acontecido el cataclismo anunciado, el Congreso de EEUU habría aceptado el Plan Bush-Paulson aún antes de ser enviado. El robo endémico sucedió con los bancos de inversiones que ya habían sido desregulados por Clinton (el mejor amigo del ex presidente Fernando Henrique Cardoso). Estaba escrito que esto sucedería.

Es preciso comprender que la gestión temeraria y los fraudes continuados en los balances de gigantes corporativos del tipo sociedad anónima, fueron la esencia del gobierno de Bush Jr. Ésta tampoco es la primera burbuja de la última década. Ya hube otras burbujas antes de la sub prime, que fue el caso de las empresas de alta tecnología. La jugada fue tan alta que estas empresas fueron separadas de la bolsa de NY y formaron la Nasdaq. Esta era la nueva bolsa de valores creada solamente para empresas de alta tecnología para evitar que las especulaciones con estas empresas afectaran la economía real representada por la bolsa de Nueva York.

Si hay crisis en el capitalismo, no es por superproducción, sino por la transformación en commodities de todo aquello que pueda ser comercializado en un mercado futuro. Es decir, todo que puede convertirse en mercancía puede ser fruto de especulación. Y, para empeorar la cosa, el dinero circulante en el mundo está compuesto en más del 80% por activos financieros. Los índices más correctos apuntan a que solamente 1% del dinero es en especie, sea en papel moneda o metal. Otro 11% son depósitos bancarios perfectamente cuantificables y con identificación de valor. Y el restante, el 88% del total, es puro juego de azar. No existe economía real que resista a tamaño descontrol. Ahora lo que se vive en los bastidores, es la defensa de los bancos comerciales de los EEUU, que no pudieron hacer las mismas trampas de los llamados “bancos de inversión”. Los bancos de ahorristas estaban siendo altamente reglamentados, y en el caso concreto del ahorro, tienen una vigilancia severa después del golpe de 1987, en el cual estuvo directamente involucrado el candidato republicano -en esa época ya senador- John McCain. Los banqueros “formales” no pudieron hacer las criminales y sucesivas maniobras y están airados por la ayuda que Bush Jr. dio a los bancos de inversiones, pues esto va desequilibrar a todo el mercado financiero dándole una gran competitividad a esos bancos de inversiones fraudulentas.

Además de los banqueros comerciales de EEUU, la Comunidad Europea también está gritando con estrépito por las maniobras de Bush. Esto nos prueba también que no hay el tal cataclismo, en el que quieren hacernos creer para poder colocar más dinero para la liquidez de fondos que son ilíquidos por su propia naturaleza fraudulenta. Si hubiera este cataclismo todos indistintamente, congreso, bancos comerciales, comunidad europea, darían un apoyo integral, irrestricto e inmediato, pues todos, de momento, dependen de los EEUU.

Lo que hubo fue crimen sí, pues formaron una gran y criminal cuadrilla de manipulación financiera. La burbuja inmobiliaria es siempre la primera señal de crisis. Primero explotan las negociaciones de tipo inmóvil para residencias o negocios. La lucha sin tregua por el suelo urbano y metropolitano es seguida por la expansión del crédito de riesgo y la compraventa, en el sentido especulativo, de millones de metros cuadrados urbanizados. Así ocurrió en 1929, lo mismo sucedió en las operaciones de tipo “land sharking” de la burbuja japonesa del final de los ’80 y que llevó a Japón en la recesión desde ese entonces y lo mismo se dio ahora en la última década, con el absurdo de la tal sub-prime en los EUA.

Conforme ya dijimos, la “burbuja” es acción criminal, de tipo especulativo, inflando una cadena de préstamos sin correspondencia real y repitiendo la solución de salva-vidas con el dinero que sale de la sociedad y va directo a generar “liquidez” en el cajero y en los bolsillos de los altos ejecutivos.

Esta alta clase dirigente y operadora de inversiones, sumada a los dueños de los grandes medios existe como una forma de sustentación de la macro-criminalidad. Es una oligarquía controlada por los CEOs de las transnacionales, que ejecuta su forma de gobierno y desregula –regulando a su favor- todo lo que puede alrededor del mundo. En este momento estamos asistiendo a una estruendosa "realización de logros" que promueve una brutal transferencia de renta hacia la aristocracia norteamericana. Esta maniobra, aún cayendo sobre el contribuyente estadounidense y pasándole la cuenta a todo el planeta, es el ejemplo de guerra "quirúrgica", una forma de acumulación de riquezas brutal y descarnada.

La financiación del capitalismo está mostrando su faz más cruel y da inicio a un proyecto oligárquico de poder en la nación más poderosa del mundo, es decir, el gobierno de pocos en beneficio propio, con el amparo en la riqueza pecuniaria.

Bruno Lima Rocha é jornalista e cientista político, editor do portal Estratégia e Análise, e-mail: blimarocha@gmail.com; João Pedro Casarotto é contador e dirigente do Sindicato dos Fiscais de Tributo do Rio Grande do Sul (SINTAF/RS), e-mail: jompe.rs@gmail.com.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mídia, controle e democracia - curso de análise crítica das indústrias culturais

Estão abertas as inscrições para o curso "Mídia, controle e democracia - curso de análise crítica das indústrias culturais." O curso de formação inteiramente gratuito e com certificado reconhecido pela Unisinos (http://www.unisinos.br/) acontece de 27 a 31 de outubro, 2ª a 6ª, das 19:00 às 21:30 na sede do Sindicato dos Técnicos do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul (Afocefe Sindicato: www.afocefe.org.br), na Rua dos Andradas 1234, 21º andar (Porto Alegre – RS).

O curso é uma realização do Grupo de Pesquisa Comunicação, Economia Política e Sociedade (CEPOS), da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS – http://mocambiquebrasil.blogspot.com), com patrocínio da Fundação Ford (www.fordfoundation.org.br) e apoio da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, estadual do Rio Grande (Abraço-RS: http://www.abracors.org.br/).

Para se inscrever, basta enviar email para abraco@abracors.org.br, e deixar seu nome completo, CPF e RG, profissão e endereço. No sábado, após o término do curso, a Abraço RS fará uma plenária na Sede Campestre da Afocefe.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

27 de outubro, segunda-feira
Tema da palestra: “Comunicação, Capitalismo e Políticas Públicas”
Expositores: Prof. Dr. Valério Cruz Brittos, UNISINOS; e Prof. Dr. Laurindo Leal Filho, USP.

28 de outubro, terça-feira
Tema da palestra: “O padrão técnico-estético da mídia do oligopólio”
Expositores: Profª. Ms. e pesquisadora Márcia Turchiello Andres, UNISINOS; e Prof. Andres Kalikoske, mestrando UNISINOS.

29 de outubro, quarta-feira
Tema da palestra: “Comunicação, Educação e Sociedade”
Expositores: Profª. Ms. Nádia Schneider, doutoranda UNISINOS; e Profª. Paola Nazário, mestranda UNISINOS.
Debate entre entidades do movimento e dos trabalhadores da Comunicação no Rio Grande do Sul.

30 de outubro, quinta-feira
Tema da palestra: “Digitalização das Comunicações”
Expositores: Profª. Drª. Helenice Carvalho, UFRGS; Prof. Ms. Luciano Correia, doutorando UNISINOS e prof. UFS; Prof. Ms. João Miguel, doutorando UNISINOS e prof. UEM-Moçambique.

31 de outubro, sexta-feira
Tema da palestra: “A proposta de um modelo de comunicação democrática”
Expositores: Prof. Ms. Bruno Lima Rocha, doutorando UFRGS; Prof. Rodrigo Jacobus, mestrando UFRGS.

01 de novembro, sábado
Atividade complementar: Plenária da Abraço-RS

Temas:
- Andamento dos processos jurídicos de concessão de outorga das rádios comunitárias do Rio Grande do Sul.
- A proposta de mudança do marco regulatório das radcom, superando a Lei 9612/98.
- Conjuntura das comunicações no Brasil: Norma Geral de Outorgas; fusão da Brasil Telecom com a Oi; Projeto de Lei 29; aumento da participação das transnacionais no mercado brasileiro de comunicação; a pré-Conferência Nacional de Comunicações no RS.

Local: Sede Campestre da Afocefe-Sindicato, na Avenida Guaíba, 11978, Bairro Ipanema (praia), quase Espírito Santo, Porto Alegre. Início 09:30 da manhã.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O milagre da blogosfera

O MILAGRE DA BLOGOSFERA
Por: Félix da Esperança Filipe
Como vão colegas, vou fazer uma pequena abordagem sobre os blogs, essa ferramenta tecnológica muito importante para as nossas reflexões. Desde já, permito-me perguntar-vos: o que e como seriam as nossas experiências, impressões, opiniões e correspondências sem a blogosfera? Por mim confesso que não faria muito sentido.

O termo blog provém da expressão weblog que foi cunhada em Dezembro de 1997 pelo norte americano Jorn Barger, surge do casamento das palavras inglesas Web (rede) e log (diário ou livro de bordo) o que identifica claramente a sua intenção inicial de ser um mero diário, um repositório de comentários, experiências intímas e de algumas ligações pessoais feitos a partir de assuntos de interesse do próprio autor/editor e disponibilizados em páginas da internet de forma cronológica e datados.

Entre várias vertentes, no mundo da imprensa existem dois tipos de jornalismo, que são o hegemónico e o alternativo. O hegemónico é aquele que costuma chamar-se também por grande imprensa, muitas vezes veicula aquilo que são os interesses de grandes partidos políticos, sistemas ideológicos, está vinculado a indústria cultural.

O jornalismo alternativo é aquele que aborda questões ignoradas e negligenciadas pela grande mídia, são instituições fora do escopo do jornalismo hegemónico. Os colegas podem pensar, por que esta abordagem jornalistica? A razão é simples, é que nos últimos anos a blogosfera está associada ao jornalismo e entre os tipos supracitados está mais ligada ao último, neste caso o alternativo.

Nos blogs postamos as nossas opiniões sem receio de sofrer censura alguma, os nossos pontos de vista não passam por rascunhos desnecessários e infindáveis, não há aquela atitude do tipo tens que rectificar isto porque não vai agradar ao chefe X e/ou ao patrão Y, nos blogs é só opinar e os leitores vêem as partes por acertar.

Aqui os internautas escrevem, exprimem aquilo que lhes vai na alma com liberdadade de expressão, mas sem deixar de lado a ideia de que a nossa liberdade termina onde começa dos outros. Na blogosfera não há espaço para sentinelas burocratas, publica-se sem olhar as cores partidárias, credos religiosos, questões raciais, tribais e étnicas porque aqui os valores de um Homem não se medem com base nos preconceitos.

Um dos grandes valores dos blogs é a facilidade com que estes, permitem desenvolver um debate com pluralidade de ideias, uma condição muito útil para o amadurecimento intelectual de qualquer homem.

Colegas, quantos de nós queremos ver a nossa opinião a circular na grande imprensa, mas por causa de meras questões editoriais, de amizade, de simpatia, até de apelidos vemos as nossas intenções insatisfeitas, ainda bem que as tecnologias não permitem tanta mesquinhez.

Devido a sua vulnerabilidade em relação a questões como estas que acabei de citar, o meu país (Moçambique) precisa de mais blogs.

Em 1848 Marx e Engels disseram: “Proletários de todos países, uni-vos! Hoje 160 anos depois, por um debate pluridimensional e inspirado no mesmo ideal digo:” Bloguistas” de todo mundo, uni-vos!

Então colegas vamos escrever e postar aqui os nossos pontos de vista, pesquisas, artigos científicos e tudo mais porque a blogosfera é um verdadeiro milagre tecnológico que permite um debate de ideias salutar, por isso urge usufruir desta dádiva electrónica.
fdaesperanca@hotmail.com
http://www.ffilipe.blogspot.com/
ULEPICC-MZ

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Belém sediará a 7ª Oficina para Inclusão Digital

Pela primeira vez, a região Norte vai sediar o evento de maior abrangência nacional em relação à inclusão digital. É a Oficina para Inclusão Digital (OID), cuja sétima edição será em Belém, de 4 a 7 de novembro, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. Desde esta terça-feira, 07/10, está no ar o site oficial da iniciativa. As inscrições podem ser feitas pelo site inclusao.digital.pa.gov.br.

A oficina, que ocorre desde 2001, já foi realizada em Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Neste ano, o comitê organizador escolheu a capital paraense para receber coordenadores e monitores de iniciativas de inclusão digital, gestores públicos e privados, autoridades, legisladores, representantes da sociedade civil, professores da rede pública de ensino, estudantes, acadêmicos, especialistas e interessados em tecnologias da informação e comunicação.

Os participantes irão debater a inclusão digital na Amazônia; conectividade em banda larga; inclusão digital e meio ambiente; ampliação do papel dos telecentros e redes comunitárias; formação para uso das tecnologias de informação e comunicação no desenvolvimento local; os papéis do setor público, da iniciativa privada e da sociedade civil na inclusão digital; entre outros. A 7ª OID é promovida, em parceria, pelo Ministério do Planejamento e pelo Governo do Estado do Pará.

Da redação
Convergência Digital