segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mobilidade digital é uma realidade emergente

por Gilson Schwartz
postado originalmente em ICONOMIA


Ainda que esteja entre os países mais pobres do mundo, Moçambique já ostenta uma presença marcante nos seus centros urbanos e em zonas mais afastadas de "telemóveis", como os portugueses e moçambicanos falam do telefone celular.

A Mcel ocupa os espaços nos outdoors e seus pontos de venda e assistência reforçam essa presença de uma nova tecnologia onde aparentemente tudo seria atraso e desconexão.

Além da Mcel, estão em Moçambique a Globo e a Record, a primeira recentemente renovou a parceria com a retransmissora local. Da Record, comenta-se que boa parte dos brasileiros trabalhando com a rede no país estão em atividades missionárias - dada a importância do dízimo no modelo de negócios da "tv do bispo".

O país africano de língua portuguesa é bem posicionado com relação à África do Sul e o que à primeira vista é um país pobre e atrasado mostra-se como fronteira de alto crescimento em setores globalizados e competitivos como telefonia celular e televisão.

O telefone celular é objeto de reflexões de amplo alcance formuladas pelo sociólogo moçambicano Elisio Macamo: "Tenho em mim que o celular se tornou num artefacto essencial à compreensão de alguns aspectos do nosso mundo da vida e isto, tal e qual o dinheiro visto por Simmel, como causa e efeito da transformação das condições de sociabilidade num contexto de cristalização da tensão entre o indivíduo e o colectivo".

Simmel analisou o dinheiro como uma realidade tão decisivamente imaterial quanto aparentemente a mais material, fez uma análise não-materialista do símbolo da riqueza material.

Hoje os cadernos especializados em mercados de luxo como relógios tratam do celular como novo símbolo não apenas de uma função, mas de uma importância social e econômica. A edição do último domingo do Financial Times tem esse tema na capa do caderno "Relógios e Joalheria". Trata dos "mobile phones with a Swiss twist", um jeito próprio de explicitar status por meio do uso de "luxury communication devices".

Macamo e o Financial Times atentam para o mesmo processo revolucionário nas cadeias produtivas de riqueza, identidade e conhecimento contemporâneas - a mídia digital tornou-se ubíqua e locativa, global e local, instrumental e prática porém igualmente simbólica e intangível.

Numa reunião entre altos executivos em Londres ou nas ruas de Maputo, o celular está transformando a linguagem líquida da cultura digital em temporalidades móveis com fronteiras plásticas entre o indivíduo e a sociedade, a auto-defesa e o agrupamento, o trabalho e o lazer.

(*) Foto de Eduardo Vizer, loja da Mcel em Maputo.
(**) Link para as reflexões de Elisio Macamo sobre o telefone celular a partir da obra de Simmel:
http://ideiascriticas.blogspot.com/2008/04/o-celular-1.html

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Um breve panorama do debate democrático e comunicacional na América Latina!


As recentes experiências de Poder Popular exercido na América Latina conseguiram retomar um debate que remonta à fratura da 1ª Internacional. Assunto esquecido, o problema da equação da liberdade com a igualdade foi uma das causas do rompimento da Associação Internacional dos Trabalhadores entre os centralistas e os federalistas. Hoje no lado de cá do Atlântico, os limites da democracia de mercado são questionados frontalmente em ao menos três países: Bolívia, Equador e Venezuela.

No meio dessa disputa, a esfera da comunicação ganha papel cada vez mais relevante. Assim como o capitalismo pós-industrial tem como seu porta-voz e força motriz na comunicação social e digitalizada, os setores de movimento popular que põem em cheque a capacidade do Estado legal tornar-se um ente promotor do direito para todos, vêem na comunicação social uma frente de luta e construção de identidades populares. Esta é outra “novidade” conquistada em inúmeros confrontos, físicos e de idéias. O direito a ser igual dentro da diversidade que não pode tornar-se diferença estruturada move uma série de sentidos latino-americanos. Identidades são ressuscitadas como o “pensamento bolivariano”, o “federalismo artiguista”, a defesa de um país pluri étnico como redescobrimento das maiorias de povos originais andinos; estas dentre dezenas de identidades que se fizeram valer como força política e social coletiva, pôde ganhar grau de existência real através da comunicação.

O debate em defesa desta diversidade democrática de corte igualitário – portanto sendo o avesso do pós-moderno e do multiculturalismo estadunidense – defronta-se todos os dias com dois adversários no próprio campo. Uma é a noção de radicalidade democrática, quando os distintos setores de interesse, agrupações ideológicas e movimentos específicos possam conviver em um plano de igualdade e defesa estratégica. Este conceito que ganha o nome de Poder Popular, em última instância, é a criação de outra institucionalidade, forma de vida coletiva e de poder que vai além da democracia de mercado e também de qualquer liderança carismática. É sabido que em torno de “personalidades” tudo o que se constrói é transitório e a herança política passará por problemas insolúveis como são os vários “peronismos sem Perón” na Argentina. Outro problema a ser solucionado é a comunicação como capacidade de gerar um discurso-síntese, no melhor estilo dos jornais operários de início de século. Ir além do utilitarismo, saber falar para toda a sociedade a partir de um ponto de vista de classe e povo é uma dificuldade que todas as esquerdas do Continente têm e que no Brasil é já é uma crise estruturante do pensamento político e comunicacional.

Saídas existem e vão sendo abertas no exercício do Direito à informação, comunicação e cultura. Muitas vezes este Direito está acima da lei e se confronta também com os arrivistas de lideranças carismáticas. Para um breve panorama da democracia na comunicação como pólo de irradiação e aglutinação da radicalização democrática, entendo ser o suficiente para o início de um debate de rigor, mas a partir de uma posição declarada. O grau de certeza que trago, é que a comunicação popular e coletiva caminha lado a lado da direção coletiva e da institucionalidade que surge do poder que emana do povo.

Bruno Lima Rocha, msc e doutorando, membro do Cepos

Estratégias de Comunicação & Política (Curso de Educação Continuada da Unisinos, 2º semestre de 2008, início 22 agosto)


Para entender o mundo real é preciso ter uma teoria que explique e resolva os problemas

Sabe fazer análise de conjuntura? Qual a diferença de manobra, tática, estratégia e objetivo? Quais são os limites da democracia representativa? Como a mídia opera nas decisões estratégicas do país? Qual o papel de entidades empresariais, partidos políticos e movimentos populares nas “arenas democráticas”? Porque o agente econômico precisa do político profissional? É possível controlar o governo eleito? Quem governa? Onde está o poder de fato? Existe democracia participativa sem mídia democrática?

Quer os conceitos para responder a estas perguntas? Então este curso é para ti comunicador, militante, ativista, pesquisador ou assessor que opera no Jogo Real da Política como ela é! Estratégias de Comunicação & Política, para quem quer conhecer, escrever e fazer a política muito além do voto!

Ministrante: Bruno Lima Rocha (blimarocha@via-rs.net), cientista político e jornalista; articulista com atuação no Rio Grande do Sul, Brasil e América Latina. Editor de Estratégia & Análise (www.estrategiaeanalise.com.br)

Coordenação: professor doutor Valério Brittos, Grupo CEPOS – Comunicação, Economia Política e Sociedade

Informações e inscrição:
Linha Direta Unisinos, fone/fax (51) 3591-1122
www.unisinos.br/extensao/comunicacao
email: econtinuada@unisinos.br

VAGAS LIMITADAS
Inscrições até 19/08/2008

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Video de alunos sobre linguagem do jornalismo na TV

Os alunos da disciplina de Iniciação ao Conhecimento Científico, ministrada pelo Professor Dr. Valério Cruz Brittos, no curso de Comunicação Social da Unisinos, produziram um video a respeito da linguagem do jornalismo televisivo, abordando o programa CQC, da TV Bandeirantes.

Autores:
Magda Marques
Tamires Gomes
Rodrigo Wollf
Simone Ludwig
Amanda Garcia
Leandro dos Santos

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Programa discute publicidade nas tevês paga


O professor e pesquisador do PPGCom da Unisinos Valério Brittos participará do programa Ver TV veiculado na TV Câmara e na NBR nessa quinta-feira, 26. Na TV Brasil, o programa será exibido no sábado, 28. Nesta edição o assunto discutido será a publicidade nas TVs pagas e consequentemente a regulamentação do setor.

Segundo Brittos é essencial discutir a TV paga, pois ela é um negócio que veio para dar qualidade de imagem e conteúdo para o meio, porém ela é dominada pelas propagandas. “A TV paga é duplamente financiada, porque os assinantes pagam e os anunciantes também”, diz.

O maior motivo para essa atitude das tevês por assinatura está na baixa inserção nos lares dos brasileiros. Foi um negócio que não deslanchou como nos outros países da América Latina que em alguns casos chega a 59 milhões. No Brasil a soma de assinantes no último levantamento, em 2006, foi de 4,22 milhões.

O número de propagandas na TV paga está relacionado ao baixo custo do espaço publicitário, que é proporcional a abrangência dos canais. Ao contrário das tevês de canal aberto que conhecem os seus índices de audiência e, por isso, cobram preços altos pela veiculação.

“Não haveria necessidade de ter tanto espaço para as propagandas da tevê paga, por causa de um modelo de tevê que não deu certo quem fica prejudicado são os assinantes”, afirma.

Brittos deixa claro que este é o momento de discutir a TV por assinatura e lembra que está sendo tramitado no Congresso Nacional um Projeto de Lei que pode obrigar as empresas de TV paga a aceitarem cotas de conteúdo nacional na programação.

Ver TV

O programa Ver TV é o primeiro a analisar a televisão brasileira, transmitido pela TV Câmara e pela TV Brasil. É apresentado pelo jornalista e sociólogo Laurindo Leal Filho todas as quintas-feiras, às 22h30min, e é transmitido aos sábados pela TV Brasil, às 21h30min. Os debates têm o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

O professor Valério Brittos já participou ano passado em um debate sobre as concessões para os canais. O professor da Unisinos irá gravar o programa nessa quinta-feira em Brasília, e retorna no mesmo dia.

por Camila Vargas
www.portal3.com.br

terça-feira, 24 de junho de 2008

Fotos do Congresso

Professor Valério Brittos fala durante o painel de abertura do evento


Professora Christa Berger, da Unisinos, com alunos da Eduardo Mondlane


Professoras Christa Berger e Carol d'Essen


Christa autografa seu livro "A Era Glacial do Jornalismo"

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Digitalização em pauta

Em entrevista publicada no site portal 3, o Professor Dr. Valério Cruz Brittos falou sobre as proposições do 1º DDD. O Professor da Unisinos comentou também sobre o projeto Convergência Digital: ações com horizonte nas tecnologias e conteúdos de informação e comunicação, que discute a implantação da TV Digital no Brasil.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Alunos da UEM cantam Pátria Amada

Faça o download de Pátria Amada, hino nacional de Moçambique, cantado pelo coral da Universidade Eduardo Mondlane.

Pátria Amada

Na memória de África e do Mundo
Pátria bela dos que ousaram lutar
Moçambique, o teu nome é liberdade
O Sol de Junho para sempre brilhará

Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

Povo unido do Rovuma ao Maputo
Colhe os frutos do combate pela paz
Cresce o sonho ondulando na bandeira
E vai lavrando na certeza do amanhã

Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

Flores brotando do chão do teu suor
Pelos montes, pelos rios, pelo mar
Nó juramos por ti, oh Moçambique
Nenhum tirano nos irá escravizar

Moçambique nossa pátria gloriosa
Pedra a pedra construindo um novo dia
Milhões de braços, uma só força
Oh pátria amada, vamos vencer

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Pesquisa em audiovisual

Importantes pesquisas na área do audiovisual podem ser encontradas no sítio http://www.kilpptv.comdigital.info/, que reúne os estudos da Profa. Dra. Suzana Kilpp, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da UNISINOS. Estão disponíveis textos e vídeos relativos às seguintes pesquisas: História da televisão no Rio Grande do Sul, Ethicidades televisivas, O Voyeurismo televisivo: molduras, moldurações, emolduramentos, “A traição das imagens”. Espelhos, câmeras e imagens especulares em reality shows e Devires de imagem-duração.

sábado, 14 de junho de 2008

Fotos de participantes do congresso

Prof. Gilson aprendendo a tocar mbila, instrumento musical moçambicano
Prof. Valério Brittos na platéia, entre particiantes do congresso

professoras Helenice, Caroline com uma aluna de Jornalismo da ECA






Alunos da ECA-Moçambique





Algumas fotos do congresso

Prof. Fernando Mattos


Prof. Luca Bussotti


Professora Helenice


Painel do dia 11/06/2008

Painel do dia 10/06/2008



Painel de abertura do Congresso no dia 09/06/2008


Repercussões do 1° DDD

Os quatro dias de estudos e debates foram excelentes! De agora em diante precisamos colocar a mão na massa para que este projecto dê continuidade e possamos ganhar experiência na área da comunicação com suas interfaces. Só assim poderemos contribuir na construção da ciência e do pensamento comunicacional.

Leonilda Sanveca Muatiacale

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pós-Graduação no Brasil

Estão abertas as inscrições para o Programa de Estudantes-Convênio de Pós-graduação (PEC-PG), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), por intermédio do Departamento Cultural (DC), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mais detalhes podem ser encontrados em: http://www.cnpq.br/editais/ct/2008/pec_pg.htm. Através deste programa são concedidas bolsas de mestrado e doutorado no Brasil a cidadãos oriundos de países em desenvolvimento, para que realizem estudos de pós-graduação em Instituição de Ensino Superior (IES) brasileira. As inscrições e recebimento da documentação nas Representações Diplomáticas Brasileiras vão até 31 de julho de 2008.

Avanço na cooperação

O edital ProÁfrica 2008 deve ser lançado neste segundo semestre, projetando-se que o CNPq manterá este programa neste ano. Para isso, precisamos pensar como avançar nesta cooperação entre Brasil e Moçambique. O Edital ProÁfrica 2007 pode ser conhecido em <http://www.cnpq.br/editais/ct/2007/006.htm>, sendo uma oportunidade para ver as bases que têm sido propostas. No ano passado, as áreas áreas do conhecimento contempladas foram: Saúde - Aids e Doenças Tropicais, Biotecnologia e Fármacos , Ciência dos Materiais e Nanociências, Biocombustíveis e Agroenergia, Biodiversidade e Recursos Naturais, Meteorologia e Mudanças Climáticas, Preservação da Memória Social, Desigualdade, Violência e Políticas Sociais e Democracia e Participação Política. O "1º Congresso Brasil-Moçambique" foi proposto no âmbito da área "Democracia e Participação Política". As modalidades de apoio foram: Chamada I: Apoio Financeiro à Realização de Visitas Exploratórias; Chamada II: Apoio Financeiro a Atividades de Cooperação Internacional para a Execução de Projetos Conjuntos em C&T&; Chamada III: Apoio Financeiro para Realização de Eventos em C&T&I. Este projeto foi aprovado na Chamada III.

Jornalismo Moçambicano na Internet (uma breve reflexão)

A aprovação pelo parlamento moçambicano da lei 18/91 de 10 de Agosto, a Lei de imprensa, foi o marco da abertura duma nova era do jornalismo Moçambicano pós-colonial, enquadrado na (então) nova política de mercado. No entanto, só a a partir de um período muito recente as empresas midia nacionais começaram a colocar alguns dos seus produtos também na Internet, e mesmo assim, se tivermos em conta a classificação de Pavlick (QUADROS, 2002), a maior parte desses conteúdos referem-se aos estágios iniciais do jornalismo on-line - em que há uma transposição da versão impressa para a Internet ou essa transposição e mais alguns produtos diferenciados do jornal de papel. Basta para isso notarmos os casos dos sites de jornais impressos nacionais: a maior parte deles (senão todos) faz apenas uma amostragem de uma parte de cada artigo, remetendo, para leitura completa, a uma sistema de pay-per-view, e os casos que são excepção referem-se a artigos já publicados em edições anteriores dos jornais.

O jornal "O PAÍS", é dos poucos que faz uma mesclagem de assuntos em termos de actualidade.

No que se refere à televisão, a TVM faz uma apresentação de alguns artigos importantes (do seu ponto de vista), que mesmo assim, são muito superficiais e actualizados em períodos de tempo muito longos (diariamente) - o que remete a ideia de o site ser apenas um complemento, para levar as pessoas verem a televisão. Já a STV não exibe notícias no seu site, apenas informação referente à programação e à empresa em sí.

O caso da rádio é relativamente diferente, aliás, pelas especificidades do tipo de transmissão da mensagem ao público (não faria muito sentido colocar no site, apenas excertos do que foi ou está a transmitido). Encontramos os casos da Rádio Moçambique e da 9FM, em que os internautas têm acesso directo ao sinal da rádio, possibilitando ouvir em tempo real o que está a ser passado na rádio - daí que não hajam muitos artigos escritos no próprio site.

O cenário actual mostra que os midia nacinais têm muito que evoluir no que se refere a disponibilização séria de informação grátis na internet. A situação actual pode até ser justificada pela ainda fraca aderência de consumidores à "rede", por motivos relacionados a vários aspectos (desde deficiências na distribuição da Internet pelo país, até aos preços aplicados onde esta chega), o que torna a publicidade, por exemplo, ainda muito pouco rentável para o meio nacional. Assim, só a cobrança pelo acesso aos artigos em sí, pode gerar fundos, ou então, como já verificamos, a presença das empresas midia na Internet é usada apenas para marketing e publicidade dos produtos da mesma (jornais, revistas, etc).

Luís Chagaca

Via http://luischagaca06.blogspot.com/

Cidade do Conhecimento USP Brasil - vídeos da palestra do Gilson

Para quem se interessar em assistir o vídeo apresentado e outro relacionado, é fácil:



Programação do Congresso Moçambique - Brasil: Digitalização, Democracia e Diversidade - 9 a 12 de junho

Programação do Congresso

Dia 9 de junho - 14:00 às 19:00 horas
Sessão de abertura: Magnífico Reitor da UEM, diretor da ECA/UEM e coordenação.
Painel 1: Digitalização das mídias, democracia e diversidade – Prof. Dr. Valério Brittos (UNISINOS, Brasil), Prof. Dr. Gilson Schwartz (USP, Brasil) e Prof. Celestino Vaz (UEM, Moçambique).


Dia 10 de junho - Das 14:30 às 19:00 horasPainel 2: Indústrias culturais, democracia e diversidade – Prof. Dr. César Bolaño (UFS, Brasil), Prof. Ms. João Miguel (UEM-Moçambique) e Prof. Dr. Tomás José Jane (UEM-Moçambique).


Dia 11 de junho - das 14:30 às 19:00 horasPainel 3: Políticas de cultura e de comunicação: o papel dos agentes públicos e privados – Profa. Dra. Christa Berger (UNISINOS, Brasil), Prof. Jorge Barata (UEM, Moçambique) e Prof. Ms. Lourenço Eugênio Cossa (UP, Moçambique).


Dia 12 de junho - das 14:30 às 19:00 horasPainel 4: Convergência tecnológica, espaço público e o papel dos movimentos sociais nas sociedades contemporâneas – Prof. Dra. Helenice Carvalho (UFRGS, Brasil), Prof. Dr. Fernando Mattos (PUC-Campinas, Brasil) e Prof. Dr. Luca Bussotti (UEM – Moçambique/palestrante).


Iconomia da Emancipação Digital

Cidade do Conhecimento - Links para o projeto:

Página Inicial da Cidade do Conhecimento

Videoclipe sobre a Cidade 1.0


Premiação: Top 30 no Development Gateway Award

Pioneirismo em Aplicações de Telefonia Celular para o Desenvolvimento Local

Web 3D: Arquipélago pro bono na Plataforma "Second Life"

Difusão - Programa Gestão de Mídias Audiovisuais para o Desenvolvimento Local - 2008

Visita à Ilha da Cidade do Conhecimento no Second Life


Iconomia - Economia Política, Semiótica e Engenharia de Produção

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Livro (a ser apresentado no 1° DDD)

Economia Política da Comunicação: interfaces brasileiras

Por Valerio Cruz Brittos e Adilson Cabral (orgs.)

A publicação é um conjunto das principais apresentações ao longo do I Encontro da Ulepicc-Brasil, que busca sistematizar não apenas o conhecimento consolidado em torno da própria Economia Política da Comunicação, mas também desafios conceituais e metodológicos, expostos na interface com os temas apresentados pelos diversos convidados de mesas e grupos de trabalho, resultando em contribuições que apresentam um leque de possibilidades para futuras abordagens.

O livro é dividido em duas partes distintas: a primeira compreende artigos inseridos no campo da Economia Política da Comunicação ou em permanente diálogo com suas referências, já a segunda parte trata das interfaces com outras subáreas em Comunicação, que tanto se afirmam pelas instigantes provocações como por relevantes pontos de tangência merecedoras de investigações a serem elaboradas.
Informações e aquisições em: http://www.e-papers.com.br/produtos.asp?codigo_produto=1416

SUMÁRIO DO LIVRO

Prefácio
Introdução

PARTE I – O CAMPO E SEUS DIÁLOGOS

Get back to where you once belonged: alvorada, ocaso e renascimento da economia política nas análises da comunicação -Suzy dos Santos

Indústria cultural: conceito, especificidades e atualidade no capitalismo contemporâneo- Valério Cruz Brittos / João Miguel

Marx, Habermas, Foucault e a TV digital, plataforma de comunicação tecnologicamente mediada-César Bolaño

Economia política da comunicação no Brasil: terreno fértil para análises maduras-Adilson Cabral

Colonização do discurso pelos imperativos categóricos do progresso-William Dias Braga

Cultura tecnológica, mídia e consumo globalizado -Dênis de Moraes

Trans-formaciones sociales y relaciones sociotécnicas en la cultura tecnológica-Eduardo A. Vizer

Políticas para comunicação e cidadania: o discurso inclusivo do livro verde brasileiro-Juliano Maurício de Carvalho

A grande mídia diante do local e do comunitário-Eula Dantas Taveira Cabral

PARTE II - O CAMPO E SUAS INTERFACES

Pesquisar para a emancipação digital-Gilson Schwartz

Sociedade e televisão-Laurindo Lalo Leal Filho

Reconfigurações da midiasfera sob a luz das interfaces-Simone Pereira de Sá

Perspectivas analíticas para a abordagem da relação entre comunicação e cultura-Márcio Souza Gonçalves

Os estudos culturais e o materialismo dialético-Marialva Barbosa

Relevância dos observatórios de comunicação, cultura e informação no contexto ibero-americano-Micael Herschmann

Sincronias e descompassos: América Latina e o relógio do mundo-Vera Lúcia Follain de Figueiredo

Ulepicc-Brasil reúne pesquisadores brasileiros de economia política da comunicação, da informação e da cultura

Sobre os autores

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Livro (a ser apresentado no 1º DDD)

Cenários, teorías e epistemologías da comunicação. Org. Jairo Ferreira. E-papers, Río de Janeiro. Brazil 2007.

Reúne trabalhos de varios autores sobre a problemática da construção teórica e epistemológica do campo da comunicação. Apresenta e discute concepções semióticas e socioantropológicas na construção do campo da comunicação.

Livro (a ser apresentado no 1º DDD)

Sociedad Mediatizada. Coord. Denis De Moraes, Gedisa, Barcelona, (octubre 2007).

Reúne trabalhos de análisis crítica sobre os processos de mediatização na sociedade actual. Os autores são Mattelart, Castells, De Moraes, Barbero, Orozco, Augé e Vizer.

Livro (a ser apresentado no 1º DDD)

LA TRAMA (IN)VISIBLE DE LA VIDA SOCIAL: COMUNICACIÓN, SENTIDO Y REALIDAD". Edit. La Crujía, Buenos Aires, Argentina, 2006, 2a. ediçao. No prelo em portugués, Edit. Sulina P.Alegre.
Eduardo Andrés Vizer

o livro apresenta uma visão abrangente da comunicação como "construção social do mundo da vida". Apresenta proposições
teóricas e metodológicas sobre a natureza e a fundamentação da comunicação e sua pesquisa.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Livro

LANÇAMENTO PAULUS ABORDA AS PROBLEMÁTICAS DA TELEVISÃO DIGITAL NO BRASIL


“A televisão digital terrestre é uma inovação que pode representar a continuidade do processo de exclusão típico do país ou a abertura para a inclusão”, afirmam César Ricardo Siqueira Bolaño e Valério Cruz Brittos, autores do novo livro da PAULUS Editora: A televisão brasileira na era digital – Exclusão, esfera pública e movimentos estruturantes.
Alicerçando as idéias expostas em estudos e dados que são apresentados ao longo do texto, os autores traçam um diagnóstico atual e bem construído sobre questões que dizem respeito à indústria cultural brasileira.
Segundo Gabriel Kaplún, professor de licenciatura em Ciências da Comunicação da Universidade da República do Uruguai, “este é um livro útil para os brasileiros, seguramente. Mas também para os latino-americanos e para todos os que, em distintas partes do mundo, batalham a cada dia pela democratização das comunicações”.
A obra está organizada em duas partes principais (A lógica digital na indústria televisiva e Mercado brasileiro de televisão (e rádio) e as tendências de transição ao digital), com seus capítulos subseqüentes. Cada qual explora aspectos culturais, políticos, tecnológicos e outras particularidades que envolvem a questão da televisão digital.
“A TV digital, quando fornece o sistema de video on demand, que é a parte básica da oferta e do funcionamento do sistema interativo, contribui para uma reviravolta completa do velho paradigma da cultura de onda, próprio dos modelos televisivos convencionais, constituindo-se segundo um modelo editorial puro, o dos chamados videosserviços”, conjecturam os autores na introdução da obra.
A televisão brasileira na era digital - Exclusão, esfera pública e movimentos estruturantes pertence à coleção Comunicação e trata de um tema atual e de interesse nacional. É leitura obrigatória para todos os profissionais da comunicação e também para os cidadãos brasileiros que buscam a democratização das comunicações.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Prof. Ms. Lourenço Eugénio Cossa

Comunicação e linguagem: estabelecendo pontes na publicidade

Este artigo aborda a questão da comunicação e língua (gem) e estabelecendo ponte entre ambos no domínio da publicidade, evidenciando o discurso publicitário referente ao HIV-Sida. Evidencia a publicidade praticada em uma língua (gem) distinta da usada pela maioria de destinatários. A abordagem orientar-se-á dentro do referencial teórico-metodológico da Análise de Discurso fundado por Pêcheux, e de outros autores, para identificar efeitos de sentidos produzidos na interação - cartazes publicitários e sujeitos. Assim toma-se a língua (gem) como modo de produção social discursiva, de o sujeito persuadir, explanar suas idéias, convecções e desenvolver o mundo. Portanto, desta análise constata-se que os discursos publicitários podem desencadear efeitos de sentidos, desejados pelos seus idealizadores como não planificadas.

Prof. Celestino Vaz Tomás

Estratégias de Comunicação e Marketing no Contexto do Mercado de Ensino Superior Alargado (Regional)

A introdução da economia de mercado moçambicano em 1987 colocou novos actores no cenário sócio -económico e cultural, designadamente o sector privado e a sociedade civil. É neste quadro que se criou o espaço legal que permitiu a intervenção do sector privado no Ensino Superior, através da Lei nº 1/93, de 24 de Junho - Lei do Ensino Superior que regula o Ensino Superior Público e Privado, iniciando-se desde modo o processo de criação das primeiras Instituições Privadas do Ensino Superior, designadamente, a Universidade Católica de Moçambique (UCM) pelo Decreto 43/95, o Instituto Superior Politécnico e Universitário em (ISPU) pelo Decreto 44/95, cujas actividades se iniciaram em Agosto de 1996. Em 1997 entra em funcionamento o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM), criado pelo Decreto 46/96.
Hoje, em Moçambique o número de Instituições de Ensino Superior é de 23 de entre Públicas (11) e Privadas (12). O número de estudantes do Ensino Superior ascende hoje 28.000, com cerca de 1.389 docentes a tempo inteiro em todas Instituições de Ensino Superior. O aumento de número de instituições de ensino superior privado vai aumentar logicamente a concorrência. Trata-se da implantação do mercado de ensino universitário que veio colocar desafios ao ensino superior publico.
As instituições de ensino superior moçambicano entraram numa fase de concorrência. A expansão das universidades transformou praticamente o mercado. O número de estudantes que buscam instrução de nível superior está crescer de forma galopante, mas nota-se uma bipolaridade: o fluxo de estudantes para o ensino público é na sua maioria estudantes de fraco poder aquisitivo que buscam cursos à preços acessíveis para seu nível de renda, enquanto o ensino privado é frequentado por estudantes da classe média alta e de estudantes trabalhadores.
Há poucos anos, a oferta de vagas era menor que a demanda, as instituições não necessitavam de se preocupar com a optimização do uso de recursos e de ofertas de cursos com saída imediata para o mercado do trabalho. Hoje o panorama mudou completamente e as instituições que querem ter sucesso necessitam de estabelecer a ligação entre universidade/mercado. Entretanto, a maioria das instituições não está preparada para uma mudança para um mercado de ensino mais agressivo e alargado.