quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ministro prevê internet popular 'já no 2º semestre numa boa parte do país'

Por Darlan Alvarenga

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (9) que a oferta de internet a preços mais acessíveis, por meio do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), deve estar disponível “já no 2º semestre” e “numa boa parte do país”.

Pelos acordos que estão sendo firmados, as empresas se comprometem a oferecer à população conexão de alta velocidade (1 megabit por segundo) a, no máximo, R$ 35 por mês.

“Nossa idéia é ter já no segundo semestre deste ano oferta numa boa parte do país”, disse Bernardo. “Eu digo que é em uma boa parte do país porque dificilmente vamos conseguir fazer no país inteiro a não ser talvez num prazo de dois anos, dois anos e meio. Mas a idéia é até o final do governo da presidente Dilma nós termos internet que eu chamo de popular em todo o Brasil”.


A declaração foi feita em São Paulo, onde participou de um participou de evento promovido pelo HSBC sobre mercados emergentes, com a presença de investidores nacionais e internacionais.

O ministro destacou que o início da oferta de internet "nas cidades média, de interior", vai depender de investimentos, sobretudo da iniciativa privada, em redes de fibras óticas. “Se não fizer investimento, não tem como oferecer no Brasil inteiro. Por isso eu digo que será progressivo”, disse.

Na quarta-feira, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, disse que deve fechar nos próximos dias pelo menos seis novos contratos com empresas interessadas em oferecer acesso à internet por meio do PNBL.

Segundo Bernardo, o governo irá estimular o investimento privado através de mudanças em vários marcos regulatórios na área de telecomunicações. Para Bernardo, o potencial de crescimento do mercado de telecomunicações é “enorme”.

“Tem muita gente que não dispõe da oferta, regiões inteiras, e se baratearmos o preço estaremos estimulando um grande mercado de consumo porque vai aumentar a venda de computador e de tablet – que desoneramos agora. Isso gera emprego e também vai aumentar o nosso desempenho na escola, a produtividade no trabalho e o acesso a novas mídias”, disse.

Fonte: G1

Faixa de 3,5 GHz é nova batalha entre Anatel é radiodifusores

Por Luis Osvaldo Grossmann

Anatel e radiodifusores estão novamente em rota de colisão, agora por conta do leilão da faixa de 3,5 GHz, que tem como um dos principais atributos a possibilidade de fazer deslanchar no país operações de WiMAX. O nó da questão está na interferência causada na Banda C, ou seja, especialmente na recepção de televisão por antenas parabólicas.

Duas das principais operadoras de satélite do país – StarOne (Embratel) e Hispamar (Hispasat+Oi) – além do sindicato nacional das empresas desse setor aproveitaram a audiência pública que discutiu o edital do leilão do 3,5 GHz, nesta quinta-feira, 9/6, para fazerem fortes apelos à Anatel no sentido de adiar o processo de licitação até que uma solução efetiva seja encontrada.

Todas foram enfáticas no uso de termos como “graves consequências” ou “nível extremamente prejudicial de interferência” mesmo com o uso atual, restrito, da faixa de 3,5 GHz. “O prosseguimento do edital sem novos testes poderá comprometer o uso da Banda C”, disse o representante da StarOne, Carlos Santiago. “Pedimos para adiar até a garantia de convivência [das operações em 3,5 GHz] com o satélite”, emendou o presidente do Sindisat, Luiz Otávio Prates.

A Banda C – e a Banda C estendida – diz respeito, no Brasil, às frequências nas faixas de 3,6 GHz a 4,2 GHz. Na prática, as empresas sustentam que a convivência é inviável, especialmente pelo nível de potência mais alto das operações na faixa, como o WiMAX, mesmo nos blocos mais distantes da faixa de 3,5 GHz, o que exige distâncias muito grandes entre os diferentes receptores – segundo estudos nos EUA, entre 50km e 280km.

O pleito das operadoras de satélite recebeu apoio do sindicato das teles – teoricamente as mais interessadas no leilão, ainda que seus grupos econômicos atuem em ambos os setores. Segundo o Sinditelebrasil, a licitação deve ser adiada até que fique claro, de preferência através de um parecer técnico, quem terá que arcar com os custos de eliminação das interferências.

A agência, no entanto, considera que há exagero nas reclamações dos operadores de satélite. “É um tema em discussão, sabemos do problema, mas do nosso ponto de vista não existem problemas muito sérios nessa faixa”, sustentou o gerente geral de Comunicações Pessoais Terrestres da Superintendência de Serviços Privados (SPV), Bruno Ramos.

Ramos chegou a deixar um recado no sentido de que os equipamentos utilizados pelas empresas de satélite, inclusive os filtros para redução de interferências, devem passar a ser alvo de certificação da Anatel. É que, na lógica da agência, as operadoras utilizam equipamentos importados que contemplam faixas mais amplas do que aquelas definidas no Brasil para a Banda C, daí os problemas de interferência.

É, na verdade, uma conclusão apontada pela Motorola quando, em 2009, cedeu equipamentos para a realização dos testes de interferência utilizados pela Anatel e pelo Ministério das Comunicações. “Foram constatadas interferências causadas por receptores de TV por satélite que operam na banda C, nas faixas de 3,7 GHz a 4,2GHz e que não dispõem de filtros adequados para a recepção destes sinais”, declarou oficialmente a empresa, na época.

Fonte: Convergência Digital

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Serpro critica empresas de telecom e prega "Unbundling" federal

Por Luiz Queiroz

Na semana passada o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, se queixou no 55º Painel Telebrasil, realizado em Brasília, que a Previdência Social ainda não consegue melhorar o padrão de atendimento dos serviços aos cidadãos, simplesmente porque não dispõe de oferta de rede pelas empresas de telefonia.

Nesta terça-feira, 07/06, foi a vez do presidente do Serpro, Marcos Mazoni, reforçar essa questão, durante a abertura do Seminário "Redes 2011", promovido pela Network Eventos. Mazoni disse, por exemplo, que o compartilhamento de redes entre o Serpro e o Banco do Brasil, entre outros órgãos federais, tem dado capacidade às duas instituições melhorarem a qualidade dos serviços prestados tanto em Brasília, quanto São Paulo.

Mas explicou que isso não ocorre, quanto mais distante o Serpro estiver dos grandes centros urbanos. Citou o Amazonas, onde a empresa é obrigada a pagar um alto preço de rede para uma única empresa de telefonia.

Não citou nome da companhia e disse ao público que preferia não utilizar o real sentido da palavra que gostaria de usar como exemplo, para o alto valor que vem sendo obrigado a pagar pelos serviços de rede da operadora. Mazoni destacou a importância da Telebrás nesse contexto diante do novo presidente, Caio Bonilha, que participou da abertura do evento.

Para ele, a solução será o governo praticar o "Unbundling" em nível federal, como solução para um problema que a legislação brasileira ainda não conseguiu resolver com o mercado privado de telecomunicações.

Fonte: Convergência Digital

Telecomunicações: Brasil negocia integração latina

Por Mônica Tavares

BRASÍLIA. O Brasil negocia com Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia e Venezuela a integração das telecomunicações na América do Sul, informou ontem o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Para ele, existe demanda para o serviço de banda larga tanto no Brasil quanto na região. Também há discussões para a construção de novos cabos submarinos para os Estados Unidos, a Europa e a África.

Paulo Bernardo contou que a linha de fibra ótica ligando a Venezuela a Roraima e Manaus fez com que a conexão entre o país vizinho e a capital do Amazonas caísse de R$400 para R$39,90, com velocidade melhor.

- Mal começamos a conversar sobre África e nossos vizinhos já surgiram para dizer que gostariam de participar também, o que nos parece natural, correto, desejável. Podemos fazer coisas partilhadas - afirmou.

Também está sendo preparado com os ministérios de Ciência e Tecnologia e da Defesa um debate sobre investimentos em satélite, cuja demanda é crescente em áreas como meteorologia e internet de alta velocidade (banda larga).

- O Estado vai entrar fazendo uma parte dos investimentos e nós queremos estimular que os atores privados os façam também, para aumentar a oferta (de serviços) - completou.

Governo também deve fazer licitação para área rural

Na banda larga doméstica, o leilão de 2,5 gigahertz (GHz), adiantou Bernardo, deve ser realizado no início de 2012. Já está avançada a licitação da faixa de 3,5 GHz. Estas frequências serão usadas para ampliar o serviço de comunicação móvel de terceira e quarta gerações (3G e 4G).

O governo também poderá fazer licitação para atender a área rural. Começaram a aparecer novos interessados em prestar o serviço usando a faixa de 450 megahertz (MHz). A empresa americana Access, que atua na Suécia e na Escandinávia, contou o ministro, mostrou-se interessada em explorar a banda larga na área rural do país. O Brasil ainda não definiu se vai entregar esta faixa para as concessionárias ou realizar licitação.

Sobre a Copa do Mundo de 2014, o ministro garantiu que as cidades-sedes vão contar com uma infraestrutura de telecomunicações de altíssima qualidade, que será ampliada para outros municípios nos anos seguintes.

Bernardo defendeu que haja desoneração de ICMS para os serviços de telefone para baixa renda (Acesso Individual Classe Especial - Aice). Renovado pela Anatel na semana passada, o serviço teve assinatura mensal fixada em R$9,50, sem impostos, ou R$13,80, com ICMS, com direito a uma franquia de 90 minutos. O objetivo é chegar a 13 milhões de beneficiados pelo Bolsa Família. A primeira versão do Aice foi um fracasso: só 134 mil pessoas usam o serviço.

Fonte: Rio-Negócios

terça-feira, 7 de junho de 2011

Um olhar sobre o MSN

Por Valério Cruz Brittos e Lucas de Souza Ferreira

Chegado ao Brasil em 2000, o MSN Messenger, programa de comunicação instantânea da Microsoft, conhecido popularmente apenas como MSN, logo obteve grande repercussão entre o público jovem por ser de fácil acesso e praticidade de diálogo, de forma que, em 2003, tornou-se o serviço de conversação mais utilizado pelos internautas. Na nova sociabilidade hoje estabelecida, ocupa um papel importante, não podendo ser descartado em qualquer análise que se faça do ser e estar no mundo contemporâneo.

Desde sua criação, o MSN vem evoluindo, sendo a versão 7.5 uma das mais inovadoras, na medida em que trouxe diversos complementos para animar as conversas: o que antes era para ser apenas um jeito mais fácil de comunicação, acabou transformando-se num incrível divertimento para seus usuários. Além de emoticons, tanto estáticos quando animados, transferência de arquivos e jogos, essa versão trouxe também a possibilidade de colocar uma foto junto do nick (pseudônimo), facilitando a interação.

Para os usuários do MSN atual, versão 2011, essas inovações do 7.5 são coisas do passado, comparando-se com as de agora. Presentemente, ganha força crescente a modalidade de vídeo do MSN que funciona à semelhança de uma videoconferência, quando a comunicação se dá através de imagem e áudio. Com isso, passa-se de um modelo de mensagens com linguagem rudimentar, de escrita muito próxima da fala, para outro baseado diretamente na voz (e na imagem), mais rápido e calcado em outras habilidades.

Mediação tecnológico-empresarial

Todas essas frequentes inovações no MSN têm como objetivo manter os utentes conectados o maior tempo possível. Tal estratégia vem obtendo resultados positivos, pois progressivamente mais os indivíduos preferem comunicar-se desta maneira, também por poderem interagir com diversas pessoas ao mesmo tempo, de diferentes lugares, fazendo o utilizador sentir-se rodeado de amigos, ainda que isto não passe de uma ilusão, na maioria das vezes. Sem dúvida, a comunicação internética não é exclusiva, mas é condicionadora.

As conversas entre amigos – e outros tantos tipos de intercâmbio, como no mundo profissional, o que não é o foco deste artigo – cada vez mais passam a receber mediação tecnológico-empresarial, um dado que já vinha da telefonia, mas que não se reproduzia com tanta dimensão. Se as repercussões disso no futuro são ainda desconhecidas, também se deve admitir que, nas sociedades complexas, o contato direto, presencial, foi dificultado pela própria extensão das distâncias e a ampliação substancial dos horizontes relacionais.