sexta-feira, 30 de maio de 2008
Comunicações no 1º DDD
Apresentamos, em seguida, algumas comunicações que serão proferidas no 1º DDD.
Prof. Dr. Tomás José Jane
Comunicação comunitária: uma alavanca para o desenvolvimento local
Por: Dr. Tomás José Jane
Falar da Comunicação Comunitária como um dos novos modelos de desenvolvimento local constitui nossa contribuição para um debate profundo sobre como o homem de hoje, o cidadão comum, pode beneficiar-se das novas tecnologias de comunicação e de informação, para lutar contra a pobreza absoluta. Muitos estudiosos de comunicação têm questionado a ausência da comunicação nos processos de desenvolvimento e, principalmente, nos de combate à pobreza, situação que apoquenta grandemente os países subdesenvolvidos e os que se encontram em vias de desenvolvimento, como é o caso de Moçambique. É por essa razão que trazemos para este fórum de debate o tema “Comunicação comunitária: uma alavanca para o desenvolvimento local”.
Pretendemos, com este estudo, provocar no seio dos pesquisadores aqui presentes o debate sobre o quanto necessário é o uso da comunicação comunitária como instrumento para a solução dos problemas locais e, duma maneira particular, o uso das novas tecnologias de comunicação e informação na luta pela redução da pobreza absoluta principalmente no campo e nas zonas suburbanas do nosso país.
Pretendemos, também, lançar o desafio aos pesquisadores deste rico campo de ciências da comunicação, no sentido de prestarem atenção especial especificamente à subárea de comunicação comunitária, oferecendo ferramenta que permita o cidadão a apropriar-se das tecnologias de comunicação e informação e, coletivamente com os seus parceiros, construir novos modelos e sistemas de divulgação de seus conhecimentos de produção para o seu auto-sustento, valendo-se dos meios locais de comunicação. Fazendo isso, estará, o pesquisador, contribuindo para que o esse cidadão comum, aquele que efectivamente é o produtor e alimentador da sociedade, aquele que sempre foi colocado à margem dos benefícios do poder dos media, possa, de forma mais presente e activa, participar na construção do seu presente e de seu futuro.
Palavras chaves: Comunicação comunitária, participação comunitária, desenvolvimento comunitário, combate à pobreza absoluta.
Por: Dr. Tomás José Jane
Falar da Comunicação Comunitária como um dos novos modelos de desenvolvimento local constitui nossa contribuição para um debate profundo sobre como o homem de hoje, o cidadão comum, pode beneficiar-se das novas tecnologias de comunicação e de informação, para lutar contra a pobreza absoluta. Muitos estudiosos de comunicação têm questionado a ausência da comunicação nos processos de desenvolvimento e, principalmente, nos de combate à pobreza, situação que apoquenta grandemente os países subdesenvolvidos e os que se encontram em vias de desenvolvimento, como é o caso de Moçambique. É por essa razão que trazemos para este fórum de debate o tema “Comunicação comunitária: uma alavanca para o desenvolvimento local”.
Pretendemos, com este estudo, provocar no seio dos pesquisadores aqui presentes o debate sobre o quanto necessário é o uso da comunicação comunitária como instrumento para a solução dos problemas locais e, duma maneira particular, o uso das novas tecnologias de comunicação e informação na luta pela redução da pobreza absoluta principalmente no campo e nas zonas suburbanas do nosso país.
Pretendemos, também, lançar o desafio aos pesquisadores deste rico campo de ciências da comunicação, no sentido de prestarem atenção especial especificamente à subárea de comunicação comunitária, oferecendo ferramenta que permita o cidadão a apropriar-se das tecnologias de comunicação e informação e, coletivamente com os seus parceiros, construir novos modelos e sistemas de divulgação de seus conhecimentos de produção para o seu auto-sustento, valendo-se dos meios locais de comunicação. Fazendo isso, estará, o pesquisador, contribuindo para que o esse cidadão comum, aquele que efectivamente é o produtor e alimentador da sociedade, aquele que sempre foi colocado à margem dos benefícios do poder dos media, possa, de forma mais presente e activa, participar na construção do seu presente e de seu futuro.
Palavras chaves: Comunicação comunitária, participação comunitária, desenvolvimento comunitário, combate à pobreza absoluta.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Prof. Dr. Valério Brittos
Digitalização, democracia e diversidade midiáticas
O trabalho está assentado no trinômio digitalização, democracia e diversidade, no âmbito dos processos midiáticos, considerando a inter-relação estabelecida entre esses elementos, no capitalismo contemporâneo. Desenvolve-se a reflexão com base na Economia Política da Comunicação (EPC), eixo teórico-metodológico de pesquisa dos fenômenos comunicacionais, considerando-os constituídos por uma série de especificidades. Nesse sentido, debate-se o quadro socioeconômico e sua dimensão midiática, a partir daí discutindo sua conexão com as questões da democracia e da diversidade, considerando-se o patamar digital. Como corolário da análise, aponta-se a noção de espaço público midiático como lugar de conformação de lógicas contraditórias, onde pode travar-se a luta social, visando a construção de um novo patamar societário, tendo em vista a disputa em torno da hegemonia.
O trabalho está assentado no trinômio digitalização, democracia e diversidade, no âmbito dos processos midiáticos, considerando a inter-relação estabelecida entre esses elementos, no capitalismo contemporâneo. Desenvolve-se a reflexão com base na Economia Política da Comunicação (EPC), eixo teórico-metodológico de pesquisa dos fenômenos comunicacionais, considerando-os constituídos por uma série de especificidades. Nesse sentido, debate-se o quadro socioeconômico e sua dimensão midiática, a partir daí discutindo sua conexão com as questões da democracia e da diversidade, considerando-se o patamar digital. Como corolário da análise, aponta-se a noção de espaço público midiático como lugar de conformação de lógicas contraditórias, onde pode travar-se a luta social, visando a construção de um novo patamar societário, tendo em vista a disputa em torno da hegemonia.
Prof. Dr. César Bolaño
A Teoria Materialista da Cultura de Raymond Williams, a Economia Política da Comunicação e a atual Digitalização das Indústrias Culturais
As origens mais próximas da atual reestruturação capitalista e seus impactos sobre as indústrias da cultura e da comunicação vêm dos anos 1970. Raymond Williams, à época, teve forte influência sobre os autores que, logo em seguida, desenvolveriam a Economia Política da Comunicação, seja através de sua formulação original de uma teoria da cultura vinculada ao materialismo histórico, como em Marxismo e Literatura, seja pela análise empírica de objetos próprios da EPC, como em Televisão: tecnologia e forma cultural. O objetivo deste texto é retomar essas contribuições à luz da problemática da digitalização e das mudanças estruturais nos sistemas de televisão, iniciados com o surgimento da TV segmentada, nos anos de 1980, chegando ao debate em torno da TV digital e os desafios impostos pelo desenvolvimento da internet.
As origens mais próximas da atual reestruturação capitalista e seus impactos sobre as indústrias da cultura e da comunicação vêm dos anos 1970. Raymond Williams, à época, teve forte influência sobre os autores que, logo em seguida, desenvolveriam a Economia Política da Comunicação, seja através de sua formulação original de uma teoria da cultura vinculada ao materialismo histórico, como em Marxismo e Literatura, seja pela análise empírica de objetos próprios da EPC, como em Televisão: tecnologia e forma cultural. O objetivo deste texto é retomar essas contribuições à luz da problemática da digitalização e das mudanças estruturais nos sistemas de televisão, iniciados com o surgimento da TV segmentada, nos anos de 1980, chegando ao debate em torno da TV digital e os desafios impostos pelo desenvolvimento da internet.
Profa. Dra. Christa Berger
Política de Comunicação e Cultura: um discurso de resistência
Vivemos em um tempo de alargamento das desigualdades econômicas, de aproximação no consumo de bens simbólicos e de transformação das relações pessoais pela repercussão das tecnologias de comunicação na sociedade. É neste cenário que são propostas Políticas de Comunicação e de Cultura associadas à perspectiva de democratização da sociedade e de projetos de inclusão social através da educação, da informação e das tecnologias digitais.
Neste texto, apresento o primeiro esboço de Política de Comunicação que se encontra refletido no relatório McBride e que desembocou na proposta da Nova Ordem de Informação Internacional (NOII) e, na seqüência, como os ecos deste tempo ressoam nos esforços realizados no Brasil para incluir na pauta política o debate sobre o direito à Informação e à Comunicação.
As Políticas de Comunicação e Cultura, historicamente, situam-se no horizonte da problemática sobre o poder. Em países da América Latina e da África a discussão faz sentido quando gira para o pólo da resistência.
Christa Berger é jornalista, doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, pós-doutorado pela Universidade Autônoma de Barcelona. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, pesquisadora do CNPq. Autora do livro Campos em Confronto: a terra e o texto (ed.UFRGS, 2003, 2 ed.) e organizadora do livro Jornalismo no Cinema (ed.UFRGS, 2002) e co-organizadora com Beatriz Marocco, de A Era Glacial do Jornalismo: Teorias Sociais da Imprensa (ed.Sulina, 2006).
Vivemos em um tempo de alargamento das desigualdades econômicas, de aproximação no consumo de bens simbólicos e de transformação das relações pessoais pela repercussão das tecnologias de comunicação na sociedade. É neste cenário que são propostas Políticas de Comunicação e de Cultura associadas à perspectiva de democratização da sociedade e de projetos de inclusão social através da educação, da informação e das tecnologias digitais.
Neste texto, apresento o primeiro esboço de Política de Comunicação que se encontra refletido no relatório McBride e que desembocou na proposta da Nova Ordem de Informação Internacional (NOII) e, na seqüência, como os ecos deste tempo ressoam nos esforços realizados no Brasil para incluir na pauta política o debate sobre o direito à Informação e à Comunicação.
As Políticas de Comunicação e Cultura, historicamente, situam-se no horizonte da problemática sobre o poder. Em países da América Latina e da África a discussão faz sentido quando gira para o pólo da resistência.
Christa Berger é jornalista, doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, pós-doutorado pela Universidade Autônoma de Barcelona. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, pesquisadora do CNPq. Autora do livro Campos em Confronto: a terra e o texto (ed.UFRGS, 2003, 2 ed.) e organizadora do livro Jornalismo no Cinema (ed.UFRGS, 2002) e co-organizadora com Beatriz Marocco, de A Era Glacial do Jornalismo: Teorias Sociais da Imprensa (ed.Sulina, 2006).
Prof. Dr. Gilson Schwartz
Iconomia da Emancipação Digital
Políticas públicas de inclusão digital têm como objetivo transmitir noções básicas sobre uso de ferramentas de acesso a computadores pessoais. No quadro teórico da “iconomia”, a pesquisa, desenvolvimento e inovação nos modelos de produção, compartilhamento e distribuição de conhecimentos exige novo enfoque, capaz de integrar a formação de identidades à solução de problemas. É a insatisfação com o padrão de inclusão digital instrumental que nos leva ao conceito de emancipação digital, que buscam o deslocamento do paradigma da “sociedade da informação” para o da “sociedade do conhecimento”. O acesso às redes é um elo necessário mas insuficiente. Cidadãos emancipados são os que se tornam capazes de formular e agir individual e coletivamente em função de projetos de desenvolvimento humano, combinando tecnologia, sustentabilidade e narrativa.
Políticas públicas de inclusão digital têm como objetivo transmitir noções básicas sobre uso de ferramentas de acesso a computadores pessoais. No quadro teórico da “iconomia”, a pesquisa, desenvolvimento e inovação nos modelos de produção, compartilhamento e distribuição de conhecimentos exige novo enfoque, capaz de integrar a formação de identidades à solução de problemas. É a insatisfação com o padrão de inclusão digital instrumental que nos leva ao conceito de emancipação digital, que buscam o deslocamento do paradigma da “sociedade da informação” para o da “sociedade do conhecimento”. O acesso às redes é um elo necessário mas insuficiente. Cidadãos emancipados são os que se tornam capazes de formular e agir individual e coletivamente em função de projetos de desenvolvimento humano, combinando tecnologia, sustentabilidade e narrativa.
Profa. Dra. Helenice Carvalho
Informação ou comunicação: o permanente dilema em uma sociedade midiatizada”.
O texto a ser apresentado pretende discutir o papel do crescente processo de digitalização que as sociedades vêm passando e que se caracteriza por ser um processo tecnicamente inevitável que leva naturalmente a uma convergência entre os diferentes meios existentes os quais, até meados da década de noventa encontravam-se separados entre si. Tal processo apresenta uma série de efeitos e consequências tanto em nível econômico, tecnológico, cultural e social bastante significativas, e que precisam ser analisadas e levadas em consideração, em especial tomando-se em conta cada contexto em que os mesmos se inserem. Em se tratando de movimentos sociais, nos parece esencial que se leve em consideração a implantação de tecnologías que promovam, antes de mais nada, a apropriação social dos espaços públicos, a diversidade da informação e a multiplicidade de expressões culturais. Nesse sentido, a tecnologia dos aparelhos celulares parecem ter começado a desempenhar um papel fundamental nos últimos tempos, uma vez que vêm possibilitando integrar em um mesmo aparelho uma crescente quantidade de operações, que permitem aos cidadãos comuns, em grande parte das vezes, operarem como se fossem, “jornalistas” ou “repórteres fotográficos”, chegando quem sabe, a gerarem em um futuro breve, condições técnicas e tecnológicas para o surgimento de um jornalismo participativo.
O texto a ser apresentado pretende discutir o papel do crescente processo de digitalização que as sociedades vêm passando e que se caracteriza por ser um processo tecnicamente inevitável que leva naturalmente a uma convergência entre os diferentes meios existentes os quais, até meados da década de noventa encontravam-se separados entre si. Tal processo apresenta uma série de efeitos e consequências tanto em nível econômico, tecnológico, cultural e social bastante significativas, e que precisam ser analisadas e levadas em consideração, em especial tomando-se em conta cada contexto em que os mesmos se inserem. Em se tratando de movimentos sociais, nos parece esencial que se leve em consideração a implantação de tecnologías que promovam, antes de mais nada, a apropriação social dos espaços públicos, a diversidade da informação e a multiplicidade de expressões culturais. Nesse sentido, a tecnologia dos aparelhos celulares parecem ter começado a desempenhar um papel fundamental nos últimos tempos, uma vez que vêm possibilitando integrar em um mesmo aparelho uma crescente quantidade de operações, que permitem aos cidadãos comuns, em grande parte das vezes, operarem como se fossem, “jornalistas” ou “repórteres fotográficos”, chegando quem sabe, a gerarem em um futuro breve, condições técnicas e tecnológicas para o surgimento de um jornalismo participativo.
Prof. Dr. Fernando Mattos
CONCENTRAÇÃO MIDIÁTICA, SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E EXCLUSÃO DIGITAL: diferentes elementos da exclusão social no Brasil
O presente texto faz uma leitura crítica da dinâmica da inclusão e da exclusão digital no contexto brasileiro e de suas implicações socioeconômicas, bem como demonstra algumas das falhas de interpretação calcadas em certo determinismo tecnológico e de uma visão exacerbadamente otimista acerca do papel das chamadas novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) no Capitalismo Contemporâneo. Além disso, pretende-se abordar a relação entre a exclusão social, a exclusão digital e o fenômeno da globalização, além de apontar a relevância dos fatores qualitativo e cognitivo no que se refere às políticas públicas de inclusão digital. Por fim, a concentração da mídia, no Brasil, revela outro fator decisivo para a exclusão social existente no país.Palavras-chave: concentração da mídia, sociedade da informação, inclusão digital, exclusão digital, globalização.
O presente texto faz uma leitura crítica da dinâmica da inclusão e da exclusão digital no contexto brasileiro e de suas implicações socioeconômicas, bem como demonstra algumas das falhas de interpretação calcadas em certo determinismo tecnológico e de uma visão exacerbadamente otimista acerca do papel das chamadas novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s) no Capitalismo Contemporâneo. Além disso, pretende-se abordar a relação entre a exclusão social, a exclusão digital e o fenômeno da globalização, além de apontar a relevância dos fatores qualitativo e cognitivo no que se refere às políticas públicas de inclusão digital. Por fim, a concentração da mídia, no Brasil, revela outro fator decisivo para a exclusão social existente no país.Palavras-chave: concentração da mídia, sociedade da informação, inclusão digital, exclusão digital, globalização.
Prof. Ms. João MIguel
Convergência tecnológica e implicações político-comunicacionais
O presente estudo procura compreender as dinâmicas que caracterizam a sociedade hodierna, marcada por uma valorização crescente da tecnologia. Salienta-se, entretanto, que os discursos em volta deste fenômeno descuidam e tendem, amiúde, a fazer pouco caso da sobreposição dos princípios mercadológicos em relação aos interesses sociais. Nessa ótica, entende-se que há necessidade de se manter em pauta a reflexão sobre esta temática, de forma a encontrar-se políticas que, ao mesmo tempo, considerem as diversidades e diminuam as desigualdades, cada vez mais gritantes entre as nações centrais e as periféricas; entre as elites e as classes menos favorecidas no interior dos países.
O presente estudo procura compreender as dinâmicas que caracterizam a sociedade hodierna, marcada por uma valorização crescente da tecnologia. Salienta-se, entretanto, que os discursos em volta deste fenômeno descuidam e tendem, amiúde, a fazer pouco caso da sobreposição dos princípios mercadológicos em relação aos interesses sociais. Nessa ótica, entende-se que há necessidade de se manter em pauta a reflexão sobre esta temática, de forma a encontrar-se políticas que, ao mesmo tempo, considerem as diversidades e diminuam as desigualdades, cada vez mais gritantes entre as nações centrais e as periféricas; entre as elites e as classes menos favorecidas no interior dos países.
Profa. Ms. Leonilda Sanveca Muatiacale
ESTOU NA REDE, LOGO EXISTO:
Um olhar semiótico sobre o cenário da convergência dos media em Moçambique.
Todas as formas de comunicação e desenvolvimento tecnológico provocam mudanças na vida das pessoas e da sociedade. A proposta deste ensaio é compreender o fenômeno da convergência dos media, sobretudo digitais (Internet, Celular e TV) e as novas formas de sociabilidade condicionadas pelas tecnologias de informação e comunicação no contexto moçambicano caracterizado pela diversidade cultural, lingüística e étnica. Ao parafrasearmos a expressão célebre do grande filósofo René Descartes: “penso, logo existo”- nesta pesquisa- “estou na rede, logo existo”- buscamos analisar as características da cultura mediática e a pertinência do conceito de Visibilidade Mediática, à luz da abordagem teórica desenvolvida por Eugénio Trivinho (2007) com o aporte de alguns elementos da semiótica discursiva. Esse arcabouço teórico possibilita-nos a compreensão crítica das multifacetadas dinâmicas do processo comunicacional e suas implicações actuais, sobretudo, na sociedade moçambicana.
[1]Bacharel em Jornalismo pelo Centro Universitário Newton Paiva de Belo Horizonte-MG e Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-Brasil. Pesquisadora e docente universitária de Metodologia de Investigação Científica e Comunicação de Massa.
Um olhar semiótico sobre o cenário da convergência dos media em Moçambique.
Todas as formas de comunicação e desenvolvimento tecnológico provocam mudanças na vida das pessoas e da sociedade. A proposta deste ensaio é compreender o fenômeno da convergência dos media, sobretudo digitais (Internet, Celular e TV) e as novas formas de sociabilidade condicionadas pelas tecnologias de informação e comunicação no contexto moçambicano caracterizado pela diversidade cultural, lingüística e étnica. Ao parafrasearmos a expressão célebre do grande filósofo René Descartes: “penso, logo existo”- nesta pesquisa- “estou na rede, logo existo”- buscamos analisar as características da cultura mediática e a pertinência do conceito de Visibilidade Mediática, à luz da abordagem teórica desenvolvida por Eugénio Trivinho (2007) com o aporte de alguns elementos da semiótica discursiva. Esse arcabouço teórico possibilita-nos a compreensão crítica das multifacetadas dinâmicas do processo comunicacional e suas implicações actuais, sobretudo, na sociedade moçambicana.
[1]Bacharel em Jornalismo pelo Centro Universitário Newton Paiva de Belo Horizonte-MG e Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo-Brasil. Pesquisadora e docente universitária de Metodologia de Investigação Científica e Comunicação de Massa.
Prof. Dr. Luca Bussott
A comunicação institucional negadora da cidadania?
Manifestações comunicacionais do Estado Moçambicano
A intervenção aqui proposta visa lançar algumas possíveis hipóteses de pesquisa num terreno até hoje não muito aprofundado: o inerente as modalidades pelas quais o Estado Moçambicano, através da sua vertente comunicacional, se relaciona com os seus cidadãos. Neste caso, por “vertente comunicacional” se entendem aquelas manifestações concretas e diárias em que o Estado, por meio das suas estruturas “finais” (front-office) e da comunicação inter-institucional (back-office) se apresenta aos usuários dos serviços públicos, com uma postura que parece recordar muito mais a atitude “colonialista” do que um Estado “amigo” e próximo aos seus cidadãos. O objectivo é portanto o seguinte: fundamentar de forma mais sólida esta hipótese de trabalho, construíndo um primeiro quadro de evidências empíricas que deverão auspicavelmente desembocar em pesquisas confirmatórias ou desmentedoras, de acordo com aprofundamentos mais abrangentes.A abordagem prevalecente vai ser de tipo sociológico-organizacional, alicerçeada numa longa e frequente actividade de observação participante e em casos em que fui directamente envolvido, com consequências nefastas para mim, na ineficiente actividade burocrático-estatal. Neste sentido, o próprio investigador é assumido como involuntário protagonista duma postura ainda fortemente “burocratizada” e pouco atenta à eficácia do resultado final da acção administrativa dos funcionários públicos e das relativas estruturas departimentais.
Manifestações comunicacionais do Estado Moçambicano
A intervenção aqui proposta visa lançar algumas possíveis hipóteses de pesquisa num terreno até hoje não muito aprofundado: o inerente as modalidades pelas quais o Estado Moçambicano, através da sua vertente comunicacional, se relaciona com os seus cidadãos. Neste caso, por “vertente comunicacional” se entendem aquelas manifestações concretas e diárias em que o Estado, por meio das suas estruturas “finais” (front-office) e da comunicação inter-institucional (back-office) se apresenta aos usuários dos serviços públicos, com uma postura que parece recordar muito mais a atitude “colonialista” do que um Estado “amigo” e próximo aos seus cidadãos. O objectivo é portanto o seguinte: fundamentar de forma mais sólida esta hipótese de trabalho, construíndo um primeiro quadro de evidências empíricas que deverão auspicavelmente desembocar em pesquisas confirmatórias ou desmentedoras, de acordo com aprofundamentos mais abrangentes.A abordagem prevalecente vai ser de tipo sociológico-organizacional, alicerçeada numa longa e frequente actividade de observação participante e em casos em que fui directamente envolvido, com consequências nefastas para mim, na ineficiente actividade burocrático-estatal. Neste sentido, o próprio investigador é assumido como involuntário protagonista duma postura ainda fortemente “burocratizada” e pouco atenta à eficácia do resultado final da acção administrativa dos funcionários públicos e das relativas estruturas departimentais.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Livro
TÍTULO: “Comunicação, Educação, Economia e Sociedade no Brasil: Desenvolvimento histórico, estrutura atual e os desafios do século XXI”.
AUTORIA: César Bolaño, Dean Hansen, Fátima Lima, Fernando Mattos e Valério Brittos.
EDITORA: Editora UFSANO: 2008ISBN: 978-85-7822-013-6
RESUMO: Este é um livro de Economia Brasileira diferente. Para os alunos de Economia, ele pretende ser uma leitura complementar, que ajuda a pensar o desenvolvimento capitalista do Brasil na perspectiva da Economia Política da Comunicação, um enfoque interdisciplinar que incorpora, além dos economistas, contribuições importantes de outros campos das Ciências Sociais, sobretudo da área de Comunicação. Para os alunos de Comunicação, ele procura apresentar, de forma integrada, uma visão realista dos problemas da economia brasileira que atingem os setores da Comunicação e correlatos, que as chamadas Ciências da Comunicação freqüentemente esquecem. Nesse sentido, pretende ser uma ferramenta básica para a compreensão da realidade brasileira, e os dilemas que se nos apresentam neste particular momento da nossa História, por parte dos futuros comunicadores.
AUTORIA: César Bolaño, Dean Hansen, Fátima Lima, Fernando Mattos e Valério Brittos.
EDITORA: Editora UFSANO: 2008ISBN: 978-85-7822-013-6
RESUMO: Este é um livro de Economia Brasileira diferente. Para os alunos de Economia, ele pretende ser uma leitura complementar, que ajuda a pensar o desenvolvimento capitalista do Brasil na perspectiva da Economia Política da Comunicação, um enfoque interdisciplinar que incorpora, além dos economistas, contribuições importantes de outros campos das Ciências Sociais, sobretudo da área de Comunicação. Para os alunos de Comunicação, ele procura apresentar, de forma integrada, uma visão realista dos problemas da economia brasileira que atingem os setores da Comunicação e correlatos, que as chamadas Ciências da Comunicação freqüentemente esquecem. Nesse sentido, pretende ser uma ferramenta básica para a compreensão da realidade brasileira, e os dilemas que se nos apresentam neste particular momento da nossa História, por parte dos futuros comunicadores.
Livro
TÍTULO: “Comunicação, Educação, Economia e Sociedade no Brasil: Desenvolvimento histórico, estrutura atual e os desafios do século XXI”.
AUTORIA: César Bolaño, Dean Hansen, Fátima Lima, Fernando Mattos e Valério Brittos.
EDITORA: Editora UFSANO: 2008ISBN: 978-85-7822-013-6
RESUMO: Este é um livro de Economia Brasileira diferente. Para os alunos de Economia, ele pretende ser uma leitura complementar, que ajuda a pensar o desenvolvimento capitalista do Brasil na perspectiva da Economia Política da Comunicação, um enfoque interdisciplinar que incorpora, além dos economistas, contribuições importantes de outros campos das Ciências Sociais, sobretudo da área de Comunicação. Para os alunos de Comunicação, ele procura apresentar, de forma integrada, uma visão realista dos problemas da economia brasileira que atingem os setores da Comunicação e correlatos, que as chamadas Ciências da Comunicação freqüentemente esquecem. Nesse sentido, pretende ser uma ferramenta básica para a compreensão da realidade brasileira, e os dilemas que se nos apresentam neste particular momento da nossa História, por parte dos futuros comunicadores.
AUTORIA: César Bolaño, Dean Hansen, Fátima Lima, Fernando Mattos e Valério Brittos.
EDITORA: Editora UFSANO: 2008ISBN: 978-85-7822-013-6
RESUMO: Este é um livro de Economia Brasileira diferente. Para os alunos de Economia, ele pretende ser uma leitura complementar, que ajuda a pensar o desenvolvimento capitalista do Brasil na perspectiva da Economia Política da Comunicação, um enfoque interdisciplinar que incorpora, além dos economistas, contribuições importantes de outros campos das Ciências Sociais, sobretudo da área de Comunicação. Para os alunos de Comunicação, ele procura apresentar, de forma integrada, uma visão realista dos problemas da economia brasileira que atingem os setores da Comunicação e correlatos, que as chamadas Ciências da Comunicação freqüentemente esquecem. Nesse sentido, pretende ser uma ferramenta básica para a compreensão da realidade brasileira, e os dilemas que se nos apresentam neste particular momento da nossa História, por parte dos futuros comunicadores.
Lançamento de livros no 1º DDD
Durante o 1º DDD (9 a 12 de junho) serão lançados diversos livros. As referências dessas obras estarão disponíveis neste blog.
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Programação do Congresso
Dia 9 de junho - 14:00 às 19:00 horas
Sessão de abertura: Magnífico Reitor da UEM, diretor da ECA/UEM e coordenação.
Painel 1: Digitalização das mídias, democracia e diversidade – Prof. Dr. Valério Brittos (UNISINOS, Brasil), Prof. Dr. Gilson Schwartz (USP, Brasil) e Prof. Celestino Vaz (UEM, Moçambique).
Dia 10 de junho - Das 14:30 às 19:00 horas
Painel 2: Indústrias culturais, democracia e diversidade – Prof. Dr. César Bolaño (UFS, Brasil), Prof. Ms. João Miguel (UEM-Moçambique) e Prof. Dr. Tomás José Jane (UEM-Moçambique).
Dia 11 de junho - das 14:30 às 19:00 horas
Painel 3: Políticas de cultura e de comunicação: o papel dos agentes públicos e privados – Profa. Dra. Christa Berger (UNISINOS, Brasil), Prof. Jorge Barata (UEM, Moçambique) e Prof. Ms. Lourenço Eugênio Cossa (UP, Moçambique).
Dia 12 de junho - das 14:30 às 19:00 horas
Painel 4: Convergência tecnológica, espaço público e o papel dos movimentos sociais nas sociedades contemporâneas – Prof. Dra. Helenice Carvalho (UFRGS, Brasil), Prof. Dr. Fernando Mattos (PUC-Campinas, Brasil) e Prof. Dr. Luca Bussotti (UEM – Moçambique/palestrante).
Sessão de abertura: Magnífico Reitor da UEM, diretor da ECA/UEM e coordenação.
Painel 1: Digitalização das mídias, democracia e diversidade – Prof. Dr. Valério Brittos (UNISINOS, Brasil), Prof. Dr. Gilson Schwartz (USP, Brasil) e Prof. Celestino Vaz (UEM, Moçambique).
Dia 10 de junho - Das 14:30 às 19:00 horas
Painel 2: Indústrias culturais, democracia e diversidade – Prof. Dr. César Bolaño (UFS, Brasil), Prof. Ms. João Miguel (UEM-Moçambique) e Prof. Dr. Tomás José Jane (UEM-Moçambique).
Dia 11 de junho - das 14:30 às 19:00 horas
Painel 3: Políticas de cultura e de comunicação: o papel dos agentes públicos e privados – Profa. Dra. Christa Berger (UNISINOS, Brasil), Prof. Jorge Barata (UEM, Moçambique) e Prof. Ms. Lourenço Eugênio Cossa (UP, Moçambique).
Dia 12 de junho - das 14:30 às 19:00 horas
Painel 4: Convergência tecnológica, espaço público e o papel dos movimentos sociais nas sociedades contemporâneas – Prof. Dra. Helenice Carvalho (UFRGS, Brasil), Prof. Dr. Fernando Mattos (PUC-Campinas, Brasil) e Prof. Dr. Luca Bussotti (UEM – Moçambique/palestrante).
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