quarta-feira, 28 de maio de 2008

Profa. Dra. Christa Berger

Política de Comunicação e Cultura: um discurso de resistência

Vivemos em um tempo de alargamento das desigualdades econômicas, de aproximação no consumo de bens simbólicos e de transformação das relações pessoais pela repercussão das tecnologias de comunicação na sociedade. É neste cenário que são propostas Políticas de Comunicação e de Cultura associadas à perspectiva de democratização da sociedade e de projetos de inclusão social através da educação, da informação e das tecnologias digitais.
Neste texto, apresento o primeiro esboço de Política de Comunicação que se encontra refletido no relatório McBride e que desembocou na proposta da Nova Ordem de Informação Internacional (NOII) e, na seqüência, como os ecos deste tempo ressoam nos esforços realizados no Brasil para incluir na pauta política o debate sobre o direito à Informação e à Comunicação.
As Políticas de Comunicação e Cultura, historicamente, situam-se no horizonte da problemática sobre o poder. Em países da América Latina e da África a discussão faz sentido quando gira para o pólo da resistência.
Christa Berger é jornalista, doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, pós-doutorado pela Universidade Autônoma de Barcelona. Professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, pesquisadora do CNPq. Autora do livro Campos em Confronto: a terra e o texto (ed.UFRGS, 2003, 2 ed.) e organizadora do livro Jornalismo no Cinema (ed.UFRGS, 2002) e co-organizadora com Beatriz Marocco, de A Era Glacial do Jornalismo: Teorias Sociais da Imprensa (ed.Sulina, 2006).