Embora tímido na análise dos resultados alcançados até aqui pelo Plano Nacional de Banda Larga, o relatório da subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha o programa tem uma recomendação direta ao governo federal: a reativação do Fórum Brasil Conectado.
O Fórum se propunha reunir governo, sociedade e operadoras para discutir e propor ações do Plano Nacional de Banda Larga. Apesar de idealizado como “permanente”, foi destituído há um ano. Além disso, a maioria das metas nele indicadas ainda não foram alcançadas.
Ao defender a reativação do Fórum, em ofício a ser encaminhado à Casa Civil, a subcomissão elenca “o receio que a ausência de uma instância formal de diálogo e concertação cause, a médio e longo prazo, o distanciamento entre as ações planejadas pelo Poder Público e os verdadeiros anseios da população brasileira”.
No mais, o relator da subcomissão de banda larga, Newton Lima (PT-SP), admite que preferiu ser cauteloso em suas conclusões. “Tivemos, na prática, apenas um mês de discussões. O estágio atual não me permite estar seguro para firmar uma posição”, disse ele após a aprovação do texto pela comissão de C&T.
Segundo o deputado, uma avaliação mais precisa do programa depende das respostas a 19 perguntas que serão encaminhadas ao Ministério das Comunicações. São questões sobre a existência de indicadores no PNBL, seu cronograma, tarefas da Telebras, obrigações a serem impostas em leilões de espectro, entre outras.
Algumas das perguntas podem elevar o debate. Os deputados querem saber se existem estudos sobre o impacto da alteração da Norma 4/95 ou da eventual mudança da prestação do serviço de Internet para o regime público. Também questionam as discrepâncias entre os números de escolas públicas conectadas.
Finalmente, o relatório aprovado prevê pedidos à presidência da Câmara e à equipe econômica do governo para o destravamento do projeto sobre o uso de recursos do Fust, além de ofícios aos governadores estaduais defendendo a adesão ao Convênio Confaz que permite isenção de ICMS na banda larga.
Fonte: Convergência Digital.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Sky lança locação virtual de filmes e séries
A Sky lançou seu serviço over-the-top de locação virtual de filmes, o Sky Online. Assinantes estão recebendo convites para testar a plataforma, que permite alugar ou comprar filmes para assistir online. O assinante precisa instalar um player proprietário para gerenciar e assistir seus conteúdos.
Além das modalidades de compra e locação, o usuário pode assinar o Clube Sky Online. Por R$ 14,90 mensais ele tem direito a assistir por streaming uma série de conteúdos de acervo, além de rádios online, programas de TV e jogos ao vivo do Campeonato Espanhol. O valor é promocional e após seis meses será reajustado para R$ 19,90 mensais.
Na oferta estão filmes recentes como "Smurfs", que pode ser comprado por R$ 34,90 ou alugado por R$ 6,90, mesmo valor cobrado por "Harry Potter e as Relíquias da Morte II" ou "Thor". Filmes mais antigos como "Batman Begins" são alugados por R$ 4,90.
Entre as séries de TV há sobretudo títulos infantis da Nickelodeon e Cartoon, como "Meninas Superpoderosas" e "Bob Esponja". O serviço dá acesso também aos conteúdos esportivos do portal ESPN360. O serviço é exclusivo, inicialmente, aos assinantes da Sky.
Fonte: Tela Viva.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Dilma, no rádio, diz que 60% dos domicílios terão "internet rápida"
O governo federal está trabalhando a todo vapor para levar internet em banda larga a todos os municípios até 2014, informou a presidenta Dilma Rousseff na coluna Conversa com a Presidenta, publicada nesta terça-feira, 20/12. Segundo ela, a meta é elevar para 60% o total de casas com acesso rápido à rede mundial de computadores. Hoje, apenas 27% dos domicílios têm internet.
“Com o Programa Nacional de Banda Larga e a participação da Telebras, vamos levar as conexões de internet para áreas mais afastadas, para as cidades do interior do Brasil, incluindo a Amazônia, onde as empresas de telefonia ainda não oferecem o serviço”, disse a presidenta ao agricultor Erno Walter Schmidt, de Navegantes (SC).Ela explicou ainda que o governo já reduziu à metade o preço médio das assinaturas, que antes era de R$ 70 e agora está em R$ 35, para uma velocidade de um megabit por segundo. Além disso, a Anatel fará um novo leilão para permitir que todas as áreas rurais do Brasil contem com serviços de telefonia e conexão à internet.
*Fonte: Blog do Planalto.
Fonte: Convergência Digital.
Desafios e possibilidades do modelo PluriTV
Na indústria da televisão, o processo de digitalização não apenas fomentou o fluxo dos produtos audiovisuais como multiplicou enormemente suas possibilidades de produção e consumo. O resultado foi um cenário pulverizado, caracterizado por múltiplas telas, em grande parte dotadas de mobilidade e portabilidade, localizadas em lugares inusitados e nunca antes vistos. O sistema televisual é expandido quanto à sua ubiquidade, embora o abastecimento de seus conteúdos ainda privilegie atores hegemônicos já estabelecidos no mercado audiovisual, especialmente quando se refere às principais janelas, que mobilizam grandes audiências e seguem funcionando num modelo concentrado pela escassez.
A TV tradicional não sai de cena, mas passa a conviver com uma pluralidade de telas, com modelos específicos de serviços e negócios, o que conforma a PluriTV, que oferece poucas certezas e muitas possibilidades. Seu processo formativo, ainda em curso, decorre de fatores diversos, tais como (a) desenvolvimento da comunicação, do espaço da cultura, da informática e do setor eletrônico; (b) investimento em inovação por grandes grupos transnacionais, altamente capitalizados; (c) necessidade de novos modelos de rentabilidade a partir da crise do intervalo comercial tradicional; e (d) pulverização de audiências, o que, em decorrência, enfraquece o poder histórico da televisão clássica, com vocação generalista.
Desde que o movimento de convergência se intensificou, a senhora televisão perdeu gradativamente sua capacidade de mediar isolada o controle social, passando a dividir este lugar com outros aparelhos eletrônicos, como celulares multifuncionais, computadores portáteis e tablets. Inicia-se, assim, um processo de expansão consequente do capitalismo, demarcado pela denominada Fase da Multiplicidade da Oferta, cuja característica principal é o aumento de agentes e serviços, com uma significativa diminuição da relação custo-tempo, para que as inovações sejam oferecidas aos consumidores. Esta mudança continua em processamento, gerando obsolescências forçadas, eliminação de etapas e acelerações.
Inovação vs. conteúdo
O austríaco Joseph Schumpeter (1883-1950), um dos mais importantes economistas do século passado, compreende a inovação não apenas como a introdução de novos processos produtivos, mas também a partir do lançamento de diferentes suportes. Sua tese surgiu na década de 1940, ainda que voltada exclusivamente ao mundo empresarial não-cultural, numa época em que não se falava em indústrias criativas. A inovação schumpeteriana pressupõe a forma como uma tecnologia é incorporada, trabalhada e difundida mercadologicamente pelas companhias, o que pode se relacionar com o modo pelo qual um canal pago ou uma emissora televisiva aberta assimila um dado tecnológico e o utiliza estrategicamente para marcar uma posição distintiva no mercado, de preferência visando ao alcance de uma posição cimeira.
Com o advento da digitalização, sua proposição pode ser compreendida desde a alteração da cadeia de valor do produto, gerando mudanças radicais no âmbito da produção, distribuição, consumo e comercialização para outros mercados. Na visão schumpeteriana, esta prática é chamada de destruição criadora, que, de modo simplificado, é como reinventar a partir do que já existe. O legado de Schumpeter tem demonstrado que empresas inovadoras, as quais correspondem às solicitações do mercado, têm sido promovidas, enquanto grupos sem agilidade para acompanhar as mudanças são extintos. Ao contrário da velha máxima futebolística, hoje se mexe em time que está ganhando. Assim, a TV tradicional, em crise, é reinventada e, de outro modo, passa a ocupar vários espaços sem o protagonismo anterior.
No transporte público
No quesito conteúdo, a inovação da PluriTV poderia ser muito maior. Isso porque seu potencial rapidamente chamou a atenção de atores hegemônicos do mercado televisivo, que passaram, então, a redistribuir seus estoques nas múltiplas telas. Como os produtos já foram produzidos e difundidos, não há novo investimento em realização, dificultando a entrada de novos atores, até por falta de competitividade. Os shoppings das principais capitais, por exemplo, passaram a oferecer publicidade utilizando-se de conteúdo proveniente da internet. Um modelo de reprodução parecido com este também atinge condomínios de luxo de São Paulo: enquanto as crianças brincam no playground dos edifícios, as mães ou babás podem assistir documentários específicos sobre educação infantil, recreação ou culinária.
O transporte público é outro serviço que tem recebido atenção das emissoras de TV aberta. Mais de 500 coletivos de São Paulo já dispõem de televisores, a maioria sintonizada na Globo. Recentemente, a emissora da família Marinho firmou parceria para distribuir seus estoques também nos principais terminais de metrô da capital paulista. O Rio de Janeiro, que ainda é um mercado em ascensão para este novo negócio, já conta com mais de 50 ônibus equipados com telas de LCD. São transmitidos resumos diários de 45 minutos de novelas, jornalismo e entretenimento da programação televisiva da Globo, sempre com um dia de atraso, serviço estendido às embarcações que fazem travessias de Niterói para o centro do Rio. A PluriTV está em todos os lugares, como nos aviões, podendo ser vistos desde pequenos noticiosos das companhias aéreas a séries tradicionais e filmes das majors.
***
[Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske são, respectivamente, professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e doutorando em Ciências da Comunicação na mesma instituição]
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Hulu lança serviço latino
A plataforma americana de conteúdo over-the-top (OTT) Hulu lançou o Hulu Latino, um serviço premium com programas do horário nobre da Univisión, TeleFutura e Galavision.
Usuários do serviço básico agora serão capazes de acessar, gratuitamente, conteúdos como "La fuerza del destino", "Aquí y ahora" ou "Protagonistas" no dia seguinte à transmissão no canal linear. Além disso os usuários do serviço pago (por assinatura) Hulu Plus poderão assistir o conteúdo oferecido no serviço gratuito em qualquer dispositivo'.
O Hulu também anunciou onze novos parceiros comerciais: Azteca América, Butaca, Caracol TV, Comarex, Estrella TV, Imagina US, Laguna Productions, Maya Entertainment, RCTV, Venevisión e TodoBebé. Todas essas empresas terão seus conteúdos disponíveis no Hulu e no Hulu Plus em 2012.
Fonte: Tela Viva.
Usuários do serviço básico agora serão capazes de acessar, gratuitamente, conteúdos como "La fuerza del destino", "Aquí y ahora" ou "Protagonistas" no dia seguinte à transmissão no canal linear. Além disso os usuários do serviço pago (por assinatura) Hulu Plus poderão assistir o conteúdo oferecido no serviço gratuito em qualquer dispositivo'.
O Hulu também anunciou onze novos parceiros comerciais: Azteca América, Butaca, Caracol TV, Comarex, Estrella TV, Imagina US, Laguna Productions, Maya Entertainment, RCTV, Venevisión e TodoBebé. Todas essas empresas terão seus conteúdos disponíveis no Hulu e no Hulu Plus em 2012.
Fonte: Tela Viva.
Anatel aprova proposta de novo regulamento para TV paga
A Anatel vai colocar em consulta pública, por 45 dias, a proposta de regulamento para o novo Serviço de Acesso Condicionado, conforme a lei que unifica, independentemente da tecnologia empregada, as regras para oferta de TV paga. Como previsto na própria lei, o regulamento deverá entrar em vigor até 9 de março do próximo ano.
Do que afeta mais diretamente a percepção dos consumidores, a proposta prevê que os decodificadores poderão ser comprados independentemente da prestadora - que não poderá se negar a utilizá-los para a recepção dos sinais, preservada a compatibilidade técnica. Além disso, foi inserido um artigo para evitar a venda casada com outros serviços.
“O preço relativo à oferta do Seac em separado não poderá exceder aquele relativo à Oferta Conjunta de menor preço na qual as condições de fruição do Seac sejam semelhantes às previstas para o caso de sua oferta em separado.” A ideia é que as operadoras não vendam o serviço isoladamente mais caro do que a soma de um pacote que também contemple outros serviços, como telefonia e Internet.
Outro ponto relevante para os consumidores, no entanto, sequer foi mencionado. Apesar de a discussão ter consumido cerca de quatro horas da reunião do Conselho Diretor da Anatel, o regulamento proposto não faz nenhuma referência ao ponto extra, questão que, vale lembrar, gerou uma grande disputa entre operadoras e agência - e uma solução que ainda deixa margem para a cobrança indireta.
Substituição
Uma das principais discussões se deu sobre o melhor tratamento para a substituição ou revogação das atuais normas de serviço. Decidiu-se manter a proposta do relator, Marcelo Bechara, de substituição, mas com a sugestão da conselheira Emília Ribeiro de deixar expresso que, apesar da troca, serão mantidos os itens dessas mesmas normas que tratam dos aspectos técnicos da prestação.
A substituição das normas é um dos pontos confusos do regulamento. Na prática, há uma nítida intenção de induzir a migração dos serviços - ou seja, que as empresas que oferecem TV paga por MMDS, DTH, Cabo, etc. Resta a dúvida se haverá, ou não, um “limbo jurídico” para aquelas que não adotarem o Seac. A expectativa é que a redação seja aprimorada na consulta pública
Outro ponto levantado diz respeito à utilização da faixa de 2,5 GHz pelo MMDS. Emília Ribeiro entendeu que deveria ser também expresso que as empresas que migrarem para o novo Seac manterão o uso da radiofrequência. Por maioria, no entanto, os conselheiros entenderam se tratar de um dispositivo desnecessário.
Contrapartidas
A consulta pública sobre o texto do novo regulamento vai incluir questionamentos sobre eventuais contrapartidas a serem impostas às prestadoras do serviço. A proposta, do conselheiro Rodrigo Zerbone, é perguntar à sociedade como seriam definidas essas obrigações, o nível, prazo adequado e as vantagens e desvantagens de tal medida.
Fonte: Convergência Digital.
Do que afeta mais diretamente a percepção dos consumidores, a proposta prevê que os decodificadores poderão ser comprados independentemente da prestadora - que não poderá se negar a utilizá-los para a recepção dos sinais, preservada a compatibilidade técnica. Além disso, foi inserido um artigo para evitar a venda casada com outros serviços.
“O preço relativo à oferta do Seac em separado não poderá exceder aquele relativo à Oferta Conjunta de menor preço na qual as condições de fruição do Seac sejam semelhantes às previstas para o caso de sua oferta em separado.” A ideia é que as operadoras não vendam o serviço isoladamente mais caro do que a soma de um pacote que também contemple outros serviços, como telefonia e Internet.
Outro ponto relevante para os consumidores, no entanto, sequer foi mencionado. Apesar de a discussão ter consumido cerca de quatro horas da reunião do Conselho Diretor da Anatel, o regulamento proposto não faz nenhuma referência ao ponto extra, questão que, vale lembrar, gerou uma grande disputa entre operadoras e agência - e uma solução que ainda deixa margem para a cobrança indireta.
Substituição
Uma das principais discussões se deu sobre o melhor tratamento para a substituição ou revogação das atuais normas de serviço. Decidiu-se manter a proposta do relator, Marcelo Bechara, de substituição, mas com a sugestão da conselheira Emília Ribeiro de deixar expresso que, apesar da troca, serão mantidos os itens dessas mesmas normas que tratam dos aspectos técnicos da prestação.
A substituição das normas é um dos pontos confusos do regulamento. Na prática, há uma nítida intenção de induzir a migração dos serviços - ou seja, que as empresas que oferecem TV paga por MMDS, DTH, Cabo, etc. Resta a dúvida se haverá, ou não, um “limbo jurídico” para aquelas que não adotarem o Seac. A expectativa é que a redação seja aprimorada na consulta pública
Outro ponto levantado diz respeito à utilização da faixa de 2,5 GHz pelo MMDS. Emília Ribeiro entendeu que deveria ser também expresso que as empresas que migrarem para o novo Seac manterão o uso da radiofrequência. Por maioria, no entanto, os conselheiros entenderam se tratar de um dispositivo desnecessário.
Contrapartidas
A consulta pública sobre o texto do novo regulamento vai incluir questionamentos sobre eventuais contrapartidas a serem impostas às prestadoras do serviço. A proposta, do conselheiro Rodrigo Zerbone, é perguntar à sociedade como seriam definidas essas obrigações, o nível, prazo adequado e as vantagens e desvantagens de tal medida.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
A briga entre Google, Twitter, eBay e o governo americano
Gigantes da internet e o governo norte-americano entraram em um embate por questões relacionadas aos direitos autorais na internet. Representrantes do eBay, Google, Twitter, Yahoo e Wikipedia se uniram para elaborar carta pública contra o projeto de lei antipirataria, proposto pelo Congresso.
Batizado de Sopa (Lei para Parar com a Pirataria On-line, em inglês), o documento foi apresentado ao Senado com o nome de Lei para Proteção da Propriedade Intelectual. Mas, apesar de receber apoio das indústrias cinematográfica e musical, o projeto é visto pelos grandes como censura pelo fato de permitir ao governo fechar sites sem ter de levar o assunto à Justiça.
A carta foi publicada em vários jornais nos EUA e endereçada aos congressistas. Parte do texto cita que, se levada adiante, a proposta pode transformar o governo num sistema restrito de liberdade de expressão, assim como funciona na China, Malásia ou Irã. "Todos nós tivemos a sorte de fundar grupos ou associações baseadas na internet, em um ambiente regulador que promovia o setor empresarial, a inovação, a criação de conteúdo e a livre expressão on-line", escreveram.
"Tememos que a Lei para Proteção da Propriedade Intelectual e a Lei para Parar a Pirataria On-line --que, inicialmente, foram feitas com a boa intenção de controlar a pirataria on-line-- ponham em risco essa estrutura", acrescentaram.
Fonte: AdNews
Anatel aprova proposta de novo regulamento para TV paga
A Anatel vai colocar em consulta pública, por 45 dias, a proposta de regulamento para o novo Serviço de Acesso Condicionado, conforme a lei que unifica, independentemente da tecnologia empregada, as regras para oferta de TV paga. Como previsto na própria lei, o regulamento deverá entrar em vigor até 9 de março do próximo ano.
Do que afeta mais diretamente a percepção dos consumidores, a proposta prevê que os decodificadores poderão ser comprados independentemente da prestadora - que não poderá se negar a utilizá-los para a recepção dos sinais, preservada a compatibilidade técnica. Além disso, foi inserido um artigo para evitar a venda casada com outros serviços.
“O preço relativo à oferta do Seac em separado não poderá exceder aquele relativo à Oferta Conjunta de menor preço na qual as condições de fruição do Seac sejam semelhantes às previstas para o caso de sua oferta em separado.” A ideia é que as operadoras não vendam o serviço isoladamente mais caro do que a soma de um pacote que também contemple outros serviços, como telefonia e Internet.
Outro ponto relevante para os consumidores, no entanto, sequer foi mencionado. Apesar de a discussão ter consumido cerca de quatro horas da reunião do Conselho Diretor da Anatel, o regulamento proposto não faz nenhuma referência ao ponto extra, questão que, vale lembrar, gerou uma grande disputa entre operadoras e agência - e uma solução que ainda deixa margem para a cobrança indireta.
Substituição
Uma das principais discussões se deu sobre o melhor tratamento para a substituição ou revogação das atuais normas de serviço. Decidiu-se manter a proposta do relator, Marcelo Bechara, de substituição, mas com a sugestão da conselheira Emília Ribeiro de deixar expresso que, apesar da troca, serão mantidos os itens dessas mesmas normas que tratam dos aspectos técnicos da prestação.
A substituição das normas é um dos pontos confusos do regulamento. Na prática, há uma nítida intenção de induzir a migração dos serviços - ou seja, que as empresas que oferecem TV paga por MMDS, DTH, Cabo, etc. Resta a dúvida se haverá, ou não, um “limbo jurídico” para aquelas que não adotarem o Seac. A expectativa é que a redação seja aprimorada na consulta pública
Outro ponto levantado diz respeito à utilização da faixa de 2,5 GHz pelo MMDS. Emília Ribeiro entendeu que deveria ser também expresso que as empresas que migrarem para o novo Seac manterão o uso da radiofrequência. Por maioria, no entanto, os conselheiros entenderam se tratar de um dispositivo desnecessário.
Contrapartidas
A consulta pública sobre o texto do novo regulamento vai incluir questionamentos sobre eventuais contrapartidas a serem impostas às prestadoras do serviço. A proposta, do conselheiro Rodrigo Zerbone, é perguntar à sociedade como seriam definidas essas obrigações, o nível, prazo adequado e as vantagens e desvantagens de tal medida.
Do que afeta mais diretamente a percepção dos consumidores, a proposta prevê que os decodificadores poderão ser comprados independentemente da prestadora - que não poderá se negar a utilizá-los para a recepção dos sinais, preservada a compatibilidade técnica. Além disso, foi inserido um artigo para evitar a venda casada com outros serviços.
“O preço relativo à oferta do Seac em separado não poderá exceder aquele relativo à Oferta Conjunta de menor preço na qual as condições de fruição do Seac sejam semelhantes às previstas para o caso de sua oferta em separado.” A ideia é que as operadoras não vendam o serviço isoladamente mais caro do que a soma de um pacote que também contemple outros serviços, como telefonia e Internet.
Outro ponto relevante para os consumidores, no entanto, sequer foi mencionado. Apesar de a discussão ter consumido cerca de quatro horas da reunião do Conselho Diretor da Anatel, o regulamento proposto não faz nenhuma referência ao ponto extra, questão que, vale lembrar, gerou uma grande disputa entre operadoras e agência - e uma solução que ainda deixa margem para a cobrança indireta.
Substituição
Uma das principais discussões se deu sobre o melhor tratamento para a substituição ou revogação das atuais normas de serviço. Decidiu-se manter a proposta do relator, Marcelo Bechara, de substituição, mas com a sugestão da conselheira Emília Ribeiro de deixar expresso que, apesar da troca, serão mantidos os itens dessas mesmas normas que tratam dos aspectos técnicos da prestação.
A substituição das normas é um dos pontos confusos do regulamento. Na prática, há uma nítida intenção de induzir a migração dos serviços - ou seja, que as empresas que oferecem TV paga por MMDS, DTH, Cabo, etc. Resta a dúvida se haverá, ou não, um “limbo jurídico” para aquelas que não adotarem o Seac. A expectativa é que a redação seja aprimorada na consulta pública
Outro ponto levantado diz respeito à utilização da faixa de 2,5 GHz pelo MMDS. Emília Ribeiro entendeu que deveria ser também expresso que as empresas que migrarem para o novo Seac manterão o uso da radiofrequência. Por maioria, no entanto, os conselheiros entenderam se tratar de um dispositivo desnecessário.
Contrapartidas
A consulta pública sobre o texto do novo regulamento vai incluir questionamentos sobre eventuais contrapartidas a serem impostas às prestadoras do serviço. A proposta, do conselheiro Rodrigo Zerbone, é perguntar à sociedade como seriam definidas essas obrigações, o nível, prazo adequado e as vantagens e desvantagens de tal medida.
Fonte: Convergência Digital
Terminais de ônibus ganham wi-fi grátis em SP
Quem espera por ônibus nos terminais da cidade de São Paulo, terá agora a internet como aliada. A SPTrans, empresa ligada à Prefeitura, vai iniciar na segunda-feira um projeto-piloto para estrear a novidade na capital que faz seus moradores gastarem, em média, 2h43 minutos no trânsito diário.
Os passageiros poderão usar celulares, notebook e tablets para se conectar de graça dentro dos terminais. Inicialmente, a velocidade da banda é de 4 Gigabyes, com possibilidade de ampliação para 5 ou 6. “Os testes vão durar dois meses. Ao final desse período, vamos fazer um relatório bastante circunstanciado, ou seja, determinando o tamanho da banda (de acesso) necessária”, diz Alexandre Pelegi, coordenador do núcleo de comunicação da Secretaria Municipal dos Transportes, em entrevista ao Jornal da Tarde.
Por enquanto, a tecnologia está liberada apenas para o Terminal Santo Amaro, na zona sul, mas, em janeiro, será levada ao do Sacomã, também na zona sul, e ao da Lapa, na oeste. Se o projeto vingar, a expectativa é estender o acesso gratuito para os 27 terminais de ônibus da cidade, por onde circulam cerca de 2 milhões de pessoas diariamente.
Para que o passageiro consiga usufruir da conexão, é necessário que ele faça um cadastro com o número do CPF. Cada pessoa terá internet livre por até 15 minutos. Passado este tempo, o acesso só será restabelecido depois de uma hora. Não será permitido acessar conteúdo pornográfico e baixar arquivos.
A iniciativa é bancada por empresas que já operam nos três lugares que recebem o projeto-piloto. Uma delas é a Rede Ponto - Certo, que mantém máquinas de recarga do Bilhete Único.
Se a medida realmente emplacar, haverá licitação para escolher as empresas que vão oferecer o serviço. Nesta etapa, os terminais serão equipados com telas seníveis ao toque, com informações dos itinerários dos ônibus.
Fonte: Convergência Digital
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Eu Internet - Os robôs que decidem por nós
Quem viu o filme "Eu Robô" lembra da VIKI, o mega cérebro virtual que comandava os robôs e tomava decisões a favor do homem tirando dele a liberdade por não ser capaz de vivê-la. Todos conhecem os robôs com os quais a ficção científica e as indústrias nos acostumaram. Mas existem alguns robôs invisíveis que poucos conhecem: aqueles da rede que estudam o nosso comportamento e decidem o que mostrar (podemos ver) para nós.
Os robôs que administram as pesquisas no Google, ou aqueles que determinam as notícias que aparecem no seu Facebook são dois exemplos. Se hoje pesquisamos algo no Google o número de informações que recebemos é realmente muito alto e quando temos muita informação é como não ter nenhuma. Gosto de imaginar que seja este o motivo pelo qual o Google começou a desenvolver robôs que permitissem estudar meu padrão de pesquisa e me oferecer informações “relevantes”. Mas será que os robôs sabem o que é realmente relevante para mim? E quando?
Eli Pariser, diretor executivo da MoveOn.org, uma organização sem fins lucrativos afiliada ao partido democrático americano, tem no seu facebook várias amizades com democráticos e algumas também entre os republicanos. Eli comenta, em uma palestra do TED (*), que um dia, acessando seu facebook, descobriu que suas amizades republicanas tinham sumido da página. Os robôs as tinham eliminado autonomamente. A primeira impressão é que os robôs tomaram uma decisão sócio-política por conta do Eli.
Mas a verdade é que estes robôs fizeram apenas aquilo pelos quais foram programados: identificar um padrão de uso e priorizar as informações com base neste padrão. Naturalmente os contatos do Eli com os amigos democráticos eram mais frequentes do que aqueles com os amigos republicanos, portanto os robôs eliminaram os contatos menos acessados.
Sempre segundo Eli, também no Google os robôs agem segundo esta lógica. Mesmo que você não esteja “logado” existem bem 57 elementos que eles consideram para determinar o conteúdo da página de busca que vai aparecer, a partir do computador no qual você está, o tipo de navegador que você usa, e até a sua localização.
Isso significa que a busca não é mais padrão, mas segue um padrão que ela decide na base do uso que nós fazemos da rede.
A Internet está nos mostrando aquilo que ela pensa que nós queremos ver, mas não necessariamente o que nos precisamos ver, afirma Eli. Amazom, Google, Facebook, Yahoo news, entre outros, têm robôs em ação para criar estes filtros em volta de cada um de nós. Estes filtros se reagrupam no que Eli chama de Bolha dos filtros, que é pessoal de cada um nós. Representa o nosso padrão de uso da rede, o nosso universo pessoal e único de informações que vivemos na rede e na base do qual os filtros agem.
O que encontramos na nossa bolha depende de quem somos e do que nos fazemos. Se voltarmos a pensar na quantidade de informações na rede e na necessidade de uma seleção delas, a bolha até que faz sentido.
Mas a questão é que não somos nós a decidir o que deve estar na bolha e, mais importante, não temos conhecimento do que fica fora da bolha. Quem decide isso por nós, são os robôs.
O ideal seria que eles nos proporcionassem um correto equilíbrio entre as informações disponíveis. Mas o problema é que a seleção é feita na base do que clicamos por primeiro e isso pode comprometer este equilíbrio.
O sociólogo Manuel Castells no seu livro a “Galáxia da Internet”, evidencia como o grupo de estudantes de pós-graduação da UCLA que nos anos 60 tiveram um papel decisivo no projeto Arpanet, do qual nasceu a Internet que hoje conhecemos, eram impregnados dos valores de liberdade individual, do pensamento independente e da solidariedade e cooperação com seus pares, todos eles valores que caracterizavam a cultura do campus na década de 1960.
Esta cultura foi sempre uma diretriz importante para Internet. A sensação de ter acesso livre e descontrolado a todas as informações postadas na rede é um dos princípios da mesma rede.
A Internet se contrapôs à transmissão controlada de informações da televisão e da imprensa, transformando o espectador passivo em um ator ativo. Permitiu-nos conectarmos uns com os outros criando uma rede que Pierre Levy define maravilhosamente como o conjunto de milhares de pontos de vistas diferentes. Tudo isso com a certeza (e agora talvez apenas ilusão) do poder da escolha.
O que estamos vendo agora é uma passagem da lógica de informação distribuída da televisão e dos jornais à lógica dos algoritmos destes robôs. Com o agravante que estes robôs não possuem os princípios éticos que inspiraram no bem e no mal os mass media tradicionais.
Sabemos o quão importante é a qualidade da informação para um desenvolvimento social democrático e que a diminuição desta qualidade é diretamente ligada à diminuição da nossa liberdade e à caída da democracia.
Precisamos da rede como ela é. Uma conexão infinita entre almas, e não um universo bolha delimitado por robôs. Precisamos de uma inovação neste sentido. Precisamos de robôs capazes de nos mostrar as regras da filtragem para nós decidirmos quais dos milhares de pontos de vista diferentes que constituem a rede queremos ver.
Outra solução é responder à distribuição horizontal das informações na rede com a criação de pólos verticais de informações administrados por pessoas. Lugares específicos no espaço cibernético onde se encontram informações específicas. Informações selecionadas e publicadas não por robôs na base de uma pesquisa de relevância, mas por pessoas que usam critérios culturais, éticos e profissionais.
Pólos cibernéticos verticais com um capital social que dê crédito às informações publicadas e permita a tranquilidade de uma filtragem efetuada na base de critérios de qualidade da informação, por cibergestores que dominam estas informações.
Por Giuseppe Mosello, fundador da Learnway e criador da Cidade Virtual
Fonte: AdNews
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