O Ministério das Comunicações realizará licitação para contratação de empresa especializada para implantação de 163 cidades digitais em todo o país, estruturadas em solução wireless de transmissão de dados, voz e imagem e com acesso à internet de alta velocidade (512 Kbps). O objetivo do projeto é criar redes de alcance locais, enquanto a oferta de serviço de conexão à internet continuará a ser feita pelas concessionárias dos serviços de telecomunicações. O projeto prevê estímulo aos pequenos provedores e aos desenvolvedores locais, que poderão explorar a oferta de acesso, disponibilizando serviços e aplicativos à comunidade em geral, para o máximo aproveitamento da rede de alcance local.
A licitação se dará pela modalidade de pregão presencial, por registro de preço, e as propostas serão apresentadas no dia 12 de maio, às 10hs, na sede do Minicom. Os equipamentos e softwares para implantação das cidades digitais, deverão operar na faixa de Freqüência 2,4000 –2,4835GHz da banda ISM. A empresa vencedora ainda será responsável pela capacitação de pelo menos cinco multiplicadores por município no gerenciamento das redes.
Cada estado terá no mínimo três cidades digitais e, no máximo, 17, que serão instaladas em Minas Gerais. Em Roraima, em decorrência de orçamento próprio proveniente de emenda parlamentar, serão implantadas 15 cidades digitais. As prefeituras municipais definirão as comunidades, órgãos públicos e localidades em que serão instalados os pontos e equipamentos que integram a cidade digital.
A infraestrutura de comunicação planejada no Projeto Cidades Digitais será de alto desempenho e confiabilidade, capaz de suportar diversas tecnologias emergentes de voz, dados e vídeo sobre IP e preparada para as novas demandas, que requeiram troca de informações em tempo real, como telemedicina, videoconferência, teleaulas, televigilância e outras aplicações em benefício da educação, da saúde e da segurança dos moradores.
Desde 2008 o Minicom tenta contratar as cidades digitais, mas problemas com o edital, lançado em setembro daquele ano, provocou a suspensão da licitação. O novo edital determina que as cidades digitais tenham baixo custo de implementação, com boa relação custo-benefício; utilizem tecnologias wireless para transmissão de dados, voz e imagens, que suportem a realização de teleconferências, telemedicina, teleaulas e televigilância; ofereçam acesso rápido a informações; e atendam ao projeto UCA (Um Computador por Aluno) e a outros programas governamentais de inclusão digital.
Fonte: Tele Síntese