Por Helton Posseti
Desde o chamado "relançamento" da TIM em fevereiro de 2009 a operadora vem se esforçando para melhorar a qualidade do serviço de voz e, consequentemente, a receita com ele. No segundo semestre, entretando, começam os investimentos mais direcionados aos serviços de terceira geração, que até então vinham sendo trabalhados em segundo plano. A cobertura de 3G, que hoje está em 144 cidades, deverá saltar para cerca de 300 cidades até o final do ano, informa o presidente da operadora Luca Luciani. O aumento da cobertura 3G da TIM deverá consumir cerca de um terço do investimento programado para o segundo semestre, de R$ 1,5 bilhão. Um terço do investimento ainda será realizado na rede de voz e mais um terço está previsto para as redes de transmissão. No primeiro trimestre do ano, a operadora investiu cerca de R$ 1 bilhão.
Paralelamente ao aumento da cobertura, a operadora lança novos planos para estimular o consumo dos serviços de dados. A banda larga móvel tem planos baseados em minutos desde o dia 20 de julho. Para o dia dos pais, a empresa programou um promoção que dará seis meses de internet ilimitada na compra de um smartphone. Outro produdo será a internet pré-paga pelo celular – produto que a diretoria da TIM desenhou para tirar os cunsumidores de baixa renda das Lan houses. Segundo Luciani, há famílias que deixam cerca de R$ 20 por mês nesses estabelecimentos.
Apesar dos investimentos em 3G se intensificarem no segundo semestre, Luciani faz uma ressalva: a participação da receita de dados na receita total, que hoje está em 11%, não chegará a 20% no curto prazo. O presidente da TIM tem um raciocínio bastante claro que explica a estratégia da companhia de não apressar-se em relação à terceira geração. Segundo ele, seria muito fácil fazer um overlay de 3G sobre a cobertura 2G. O problema é a ausência de redes de transmissão em diversas localidades remotas, de modo que, se a operadora tiver que construir rede própria, o pay back ficaria muito alongado. "Se 87% da nossa receita é voz, não faz sentido alocar todo o recurso em dados", resume ele.
Fonte: TELETIME News
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Investimento de multinacionais brasileiras no exterior bate recorde
Por Fabrícia Peixoto
A participação de empresas brasileiras no mercado externo, processo também conhecido como internacionalização, bateu recorde no primeiro semestre deste ano, com negócios que somaram US$ 12 bilhões.
Esse é o melhor resultado para um semestre desde que o Banco Central começou a fazer o levantamento, em 1968.
No conceito de participação, a autoridade monetária considera a compra total ou parcial de uma empresa no exterior, inclusive por meio de uma maior participação acionária.
O resultado reflete uma forte recuperação em relação ao ano passado, quando os negócios somaram apenas US$ 1,1 bilhão, em função principalmente da crise econômica internacional.
Causas
Para especialistas, a retomada dos investimentos brasileiros no exterior é consequência, dentre outros fatores, da desvalorização de empresas estrangeiras, que ainda não se recuperaram da crise.
"Empresas americanas e europeias ainda não recuperaram seu valor de mercado. E como as brasileiras estão com dinheiro em caixa, puderam avançar no exterior", diz o professor Jase Ramsey, da Fundação Dom Cabral.
Outra razão, segundo ele, está em uma "vantagem artificial": a valorização do real frente ao dólar, que dá maior poder de compra às empresas brasileiras.
"Sem dúvida, o artíficio cambial ajuda. Mas ao mesmo tempo, precisamos reconhecer que as companhias brasileiras conseguiram passar pela crise com dinheiro em caixa. É mérito delas também, que saíram da turbulência relativamente mais fortes", diz Ramsey.
Na avaliação do professor de comércio internacional da Fundação Instituto de Administração (FIA), José Roberto Araújo Cunha, a internacionalização das empresas brasileiras, além de ser uma questão de "sobrevivência" em certos setores, também traz "benefícios" para a economia interna.
"Aquele pensamento de que estaríamos exportando empregos é parte do passado. As empresas que vão para o exterior ganham competitividade e, assim, conseguem praticar preços interessantes para o consumidor brasileiro", diz.
Oportunidade
A lógica é a da "perda de oportunidade". Ou seja, se a empresa brasileira não entrar no mercado americano, por exemplo, companhias de outras nacionalidades – como chinesas e coreanas – vão ocupar esse espaço.
"E quando isso acontece, elas ganham escala e podem praticar preços menores. Já as brasileiras perdem espaço lá fora e ainda correm o risco de ter seu produto com competidores mais baratos inclusive no mercado doméstico", diz.
Cunha cita o setor de autopeças brasileiro como um exemplo de setor que já foi forte, mas que deixou de se internacionalizar e acabou perdendo competitividade.
Uma das empresas brasileiras que mais se internacionalizaram nos últimos anos, a Gerdau também está entre aquelas que aproveiram para fazer negócios no semestre, com um investimento de US$ 1,6 bilhão na Ameristeel, baseada nos Estados Unidos, onde já era majoritária.
O professor da FIA diz que as empresas buscam espaço em outros mercados não apenas para ampliar seus lucros, mas também para ter acesso direto ao consumor – especialmente quando existem barreiras comerciais.
"Vários países impõem barreiras tarifárias ou não-tarifárias à importação de certos produtos. Muitas vezes, as empresas estrangeiras não conseguem exportar e acabam abrindo unidades nesses mercados", diz.
“As empresas brasileiras estão fazendo o que as asiáticas fizeram há 30 anos”, diz.
Fonte: BBC Brasil
A participação de empresas brasileiras no mercado externo, processo também conhecido como internacionalização, bateu recorde no primeiro semestre deste ano, com negócios que somaram US$ 12 bilhões.
Esse é o melhor resultado para um semestre desde que o Banco Central começou a fazer o levantamento, em 1968.
No conceito de participação, a autoridade monetária considera a compra total ou parcial de uma empresa no exterior, inclusive por meio de uma maior participação acionária.
O resultado reflete uma forte recuperação em relação ao ano passado, quando os negócios somaram apenas US$ 1,1 bilhão, em função principalmente da crise econômica internacional.
Causas
Para especialistas, a retomada dos investimentos brasileiros no exterior é consequência, dentre outros fatores, da desvalorização de empresas estrangeiras, que ainda não se recuperaram da crise.
"Empresas americanas e europeias ainda não recuperaram seu valor de mercado. E como as brasileiras estão com dinheiro em caixa, puderam avançar no exterior", diz o professor Jase Ramsey, da Fundação Dom Cabral.
Outra razão, segundo ele, está em uma "vantagem artificial": a valorização do real frente ao dólar, que dá maior poder de compra às empresas brasileiras.
"Sem dúvida, o artíficio cambial ajuda. Mas ao mesmo tempo, precisamos reconhecer que as companhias brasileiras conseguiram passar pela crise com dinheiro em caixa. É mérito delas também, que saíram da turbulência relativamente mais fortes", diz Ramsey.
Na avaliação do professor de comércio internacional da Fundação Instituto de Administração (FIA), José Roberto Araújo Cunha, a internacionalização das empresas brasileiras, além de ser uma questão de "sobrevivência" em certos setores, também traz "benefícios" para a economia interna.
"Aquele pensamento de que estaríamos exportando empregos é parte do passado. As empresas que vão para o exterior ganham competitividade e, assim, conseguem praticar preços interessantes para o consumidor brasileiro", diz.
Oportunidade
A lógica é a da "perda de oportunidade". Ou seja, se a empresa brasileira não entrar no mercado americano, por exemplo, companhias de outras nacionalidades – como chinesas e coreanas – vão ocupar esse espaço.
"E quando isso acontece, elas ganham escala e podem praticar preços menores. Já as brasileiras perdem espaço lá fora e ainda correm o risco de ter seu produto com competidores mais baratos inclusive no mercado doméstico", diz.
Cunha cita o setor de autopeças brasileiro como um exemplo de setor que já foi forte, mas que deixou de se internacionalizar e acabou perdendo competitividade.
Uma das empresas brasileiras que mais se internacionalizaram nos últimos anos, a Gerdau também está entre aquelas que aproveiram para fazer negócios no semestre, com um investimento de US$ 1,6 bilhão na Ameristeel, baseada nos Estados Unidos, onde já era majoritária.
O professor da FIA diz que as empresas buscam espaço em outros mercados não apenas para ampliar seus lucros, mas também para ter acesso direto ao consumor – especialmente quando existem barreiras comerciais.
"Vários países impõem barreiras tarifárias ou não-tarifárias à importação de certos produtos. Muitas vezes, as empresas estrangeiras não conseguem exportar e acabam abrindo unidades nesses mercados", diz.
“As empresas brasileiras estão fazendo o que as asiáticas fizeram há 30 anos”, diz.
Fonte: BBC Brasil
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