quarta-feira, 4 de agosto de 2010

TIM pretende dobrar cobertura 3G até o final do ano

Por Helton Posseti

Desde o chamado "relançamento" da TIM em fevereiro de 2009 a operadora vem se esforçando para melhorar a qualidade do serviço de voz e, consequentemente, a receita com ele. No segundo semestre, entretando, começam os investimentos mais direcionados aos serviços de terceira geração, que até então vinham sendo trabalhados em segundo plano. A cobertura de 3G, que hoje está em 144 cidades, deverá saltar para cerca de 300 cidades até o final do ano, informa o presidente da operadora Luca Luciani. O aumento da cobertura 3G da TIM deverá consumir cerca de um terço do investimento programado para o segundo semestre, de R$ 1,5 bilhão. Um terço do investimento ainda será realizado na rede de voz e mais um terço está previsto para as redes de transmissão. No primeiro trimestre do ano, a operadora investiu cerca de R$ 1 bilhão.

Paralelamente ao aumento da cobertura, a operadora lança novos planos para estimular o consumo dos serviços de dados. A banda larga móvel tem planos baseados em minutos desde o dia 20 de julho. Para o dia dos pais, a empresa programou um promoção que dará seis meses de internet ilimitada na compra de um smartphone. Outro produdo será a internet pré-paga pelo celular – produto que a diretoria da TIM desenhou para tirar os cunsumidores de baixa renda das Lan houses. Segundo Luciani, há famílias que deixam cerca de R$ 20 por mês nesses estabelecimentos.

Apesar dos investimentos em 3G se intensificarem no segundo semestre, Luciani faz uma ressalva: a participação da receita de dados na receita total, que hoje está em 11%, não chegará a 20% no curto prazo. O presidente da TIM tem um raciocínio bastante claro que explica a estratégia da companhia de não apressar-se em relação à terceira geração. Segundo ele, seria muito fácil fazer um overlay de 3G sobre a cobertura 2G. O problema é a ausência de redes de transmissão em diversas localidades remotas, de modo que, se a operadora tiver que construir rede própria, o pay back ficaria muito alongado. "Se 87% da nossa receita é voz, não faz sentido alocar todo o recurso em dados", resume ele.

Fonte: TELETIME News