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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Em meio a conflitos, Grã-Bretanha quer proibir redes sociais

Os britânicos podem perder o acesso a redes sociais por conta da onda de protestos que ocorre em Londres. O primeiro-ministro, David Camaron, informou que serviços como Twitter e o Blackberry Messenger (BBM) podem ser suspensos por estarem sendo usados pelos desordeiros. As informações são da Reuters.

Ironicamente, o uso de redes sociais foi um dos principais recursos encontrados por manifestantes de países como Egito para denunciar abusos nos confrontos de rua. A atitude, na época, recebeu franco apoio do Twitter – agora ameaçado por um dos países com forte histórico na democracia.

"Estamos trabalhando com a polícia, os serviços de inteligência e a indústria para ver se seria correto interromper a comunicação das pessoas via websites e serviços quando soubermos que eles estão conspirando para a violência, desordem e criminalidade", disse Cameron ao Parlamento.

Autoridades locais afirmam que as redes têm sido usadas para organização de ataques em conjunto e que o preferido seria o BBM. A escolha do serviço da Research in Motion se deu principalmente porque as mensagens são criptografadas, o que não acontece com o Twitter, por exemplo.

Mas nos últimos dias também foi noticiado que os londrinos estavam usando o recurso para trocar informações que ajudassem a evitar locais onde há conflitos ou, ainda, para cooperar na limpeza das ruas.

A RIM não quis confirmar se pretende fornecer à Grã-Bretanha informações sobre os usuários do BBM, mas disse que responde a todas as autoridades de órgãos regulatórios da Justiça e das telecomunicações.

Fonte: Adnews

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Twitteiro vira central de informações sobre caos no Rio

Por Rodrigo Martins

No meio do caos no Rio de Janeiro, com a atual onda de ataques, um estudante de jornalismo do 2º ano encontrou no Twitter um meio de ajudar a população. Pablo Tavares, de apenas 23 anos e que mora em Niterói, começou a ver o número de testemunhos de pessoas que presenciaram ataques multiplicarem-se na rede de microblogging. Também viu um número impressionante de boatos. E decidiu que sua forma de ajudar seria esclarecê-las.

Foi então que na terça-feira à noite ele criou o Twitter @caosrj, o qual se tornou uma central de informações. Primeiro, começou a postar informações sobre carros incendiados e formas de escapar dos pontos de tiroteio. Quando os ataques foram ganhando volume, Pablo começou a minitorar rádios, jornais e TVs e retuitá-los.

E está conseguindo repercussão. A conta ainda tem cerca de 500 seguidores, mas, só nesta quinta-feira, ele já conseguiu mais de 300 menções, entre retweets e conversas. Acha pouco? Luciano Huck, número um em seguidores no Brasil, com impressionantes 2,5 milhões de pessoas que o acompanham, teve “só” 500 menções. Um dos twitteiros mais relevantes no Brasil, Marcelo Tas, citou o @caosrj como destaque em palestra nesta quinta-feira.

Prova da relevância é olhar o que as pessoas dizem sobre @caosrj no Twitter. @pathamilton3 elogia: “Boa iniciativa! Precisamos de conteúdos jornalísticos pautados na verdade dos fatos. Boatos geram mais caos”. A @sueliarantes pergunta: “Alguém confirma se o Shopping Carioca fechou?”. E @ranassamir recomenda aos amigos: “Siga o @caosrj e acompanhe as notícias do front”. Como essas mensções, chegam outras e outras e outras à conta.

E dá para confiar nas informações? O IDGNow conversou com Pablo nesta quinta-feira: “Eu acompanhava as notícias na mídia, principalmente sobre Niterói, onde moro. Mas vi que os veículos estavam atrasados em relação ao Twitter, o que é natural. Afinal, há muitos boatos, os veículos precisam checar antes. Mas comecei a ver que muitas pessoas relatavam casos que elas estavam vendo, como carros sendo queimados ou locais de tiroteios. Quando via que três, quatro ou mais usuários confirmavam uma história, a probabilidade de ela ser verdadeira é grande. E o mesmo acontecia para desmentir: quando algo não está certo, os outros usuários desmentem”, diz.

Quando uma informação não é confirmada depois, Pablo diz que manda um tweet em seguida desmentindo-a.

Fonte: Estadão