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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Blogs influentes são mais lidos que jornais impressos

Alguns blogs de jornalistas famosos e considerados influentes, mantidos em portais, chegam a superar jornais impressos brasileiros em termos de abrangência. As páginas de Juca Kfouri (UOL), Patrícia Kogut, Fernando Moreira, Ricardo Noblat (O Globo) e Marcelo Tas (Terra), segundo o Comunique-se, são exemplos.

A maioria deles supera a circulação dos dez maiores diários do país, que têm de 125 mil a 295 mil exemplares diários, segundo dados da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Porém, apesar da diferença no número de leitores, os blogs, jornais e portais não são vistos como rivais, mas como complementos editoriais. Grandes veículos impressos também têm endereços virtuais (para os cerca de 73 milhões de internautas no Brasil) que, consequentemente, são bem populares como o Terra, O Globo, e UOL/Folha.

Em primeiro lugar no ranking dos blogueiros fica o endereço virtual de Patrícia Kogut, que possui cinco milhões de leitores por mês (visitantes únicos), com 14 milhões de páginas visualizadas. Juca Kfouri tem três milhões de visitantes únicos mensais; quase cinco milhões de visualizações de página.

Fernando Moreira, dono do Page Not Found tem uma média de quatro milhões de visitas por mês; 1,7 milhão de visitantes únicos.

Já o blog do Ricardo Noblat tem 257 mil visitantes no mês, mais de um milhão de page views). A página deMarcelo Tas é vista por 200 mil internautas em um mês e chega a ter picos de 300 mil.

Para Juca, o motivo principal é a facilidade do acesso, Ele, que é colunista da Folha de São Paulo e da CBN, se define como blogueiro.

Com informações do Comunique-se


Fonte: Adnews

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O estado da blogosfera em 2010

Por Carla Peralva

O site Technorati monitora e analisa o mundo dos blogs. No edição deste ano do relatório O Estado da Blogosfera, o foco foram as blogueiras. Para complementar o estudo, algumas das mulheres mais influentes da rede foram chamadas para comentar os resultados.

Se, em 2009, as mulheres eram 33% dos blogueiros, neste ano elas correspondem a 37% dos autores. O maior impacto desse crescimento é sentido pelas empresas com forte presença online, uma vez que as moças – principalmente se forem mães – se mostram muito mais dispostas a escrever sobre produtos e marcas. Também é do sexo feminino a maior disposição para gostar de páginas comerciais no Facebook e compartilhar links sobre empresas no Twitter.

O relatório deste ano mostra que a blogosfera não é mais uma comunidade iniciante, mas, sim, um mundo estabelecido – ainda em fase de transição, é verdade – que mantém um diálogo sustentado com os grandes meios de produção de conteúdo.

Os blogs estão em crescente convergência com as mídias sociais e as fronteiras que separam blogs, microblogs e redes sociais estão desaparecendo gradativamente. Isso se dá, principalmente, pelo compartilhamento massivo do conteúdo publicado em blogs via redes sociais e sites de posts mais curtos, como o Tumblr. No entanto, algo escrito em um blog continua a ser significativamente mais influente do que uma informação enviada via Twitter, por exemplo.

A pesquisa, feita com 7.205 blogueiros, apresenta um cenário de otimismo: mais da metade planeja publicar mais frequentemente no futuro e 43% quer ampliar a lista de temas por eles tratados em seus sites.

Em geral, quem bloga é mais escolarizado e tem renda familiar superior à média da população mundial: 79% dos blogueiros têm diploma universitário e 43%, pós-graduação. E os blogs podem ser lucrativos: 11% dizem que o blog é sua principal fonte de renda.

Fonte: Estadão

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Blogs, um lugar para construir a liberdade

Por Valério Cruz Brittos* e Marco Ries**

O termo blogosfera surgiu pela primeira vez em 1999, como uma brincadeira. Após ser replicado por um especialista em comunicação, tornou-se, pela mídia estadunidense, sinônimo do espaço coletivo de blogs. Um blog é o local que uma pessoa escreve seus pensamentos, já a blogosfera vai além, trata-se de um fenômeno social de comunicação.

Apesar de estar em voga, a noção de blogs não é algo completamente novo. A idéia de uma ferramenta onde usuários possam publicar conteúdos de forma fácil e intuitiva acompanha a evolução do processo comunicativo. Vários fatores aconteceram em paralelo e assim permitiram um aumento significativo do poder de influência dos blogs.

O próprio crescimento exponencial da penetração da internet resultou em uma maior popularidade dos blogs. No entanto, esta ampliação da rede gerou um oceano de informação sem organização hierárquica. Assim, mecanismos de busca eficientes como Google têm sido fundamentais para que os blogs sejam encontrados e conseqüentemente tenham sua popularidade propagada, tornando-se verdadeiros filtros.

Outra questão importante foi o barateamento e decorrente crescimento da base instalada de celulares e câmeras digitais. Tal fato permitiu que conteúdos de texto, fotos e vídeo sejam registrados e publicados nos blogs via redes sem fio, ultrapassando a necessidade do blogueiro estar obrigatoriamente frente a um computador tradicional (fixo ou portátil).

Os blogs funcionam como a internet, quanto à liberdade de expressão. Porém, como a internet, também se reporta, direta ou indiretamente, a grandes empresas. Sua popularização provém da facilidade de acesso, suporte ou conhecimento técnico, mas principalmente por adotar um caráter pseudo-libertário, onde o usuário permite-se fazer uso do blog para expressar qualquer anseio. Assim sendo, trata-se de mais uma rede social.

Por demonstrar certo teor de liberdade de expressão, os blogs foram amplamente adotados por jornalistas, criando pelo mundo uma forte teia de novos lugares jornalísticos. Esse fenômeno deve-se à possibilidade do jornalista expressar opiniões fora do veículo que integra, além de contar como uma visibilidade a mais para o profissional. A partir daí, muitas organizações têm nos blogs espaços da própria empresa, com tudo que isso representa.

O principal diferencial nas ferramentas da internet, incluindo-se o blog, está no imediatismo e simultaneidade junto ao receptor, podendo receber contribuições das mais variadas e dialogar com os públicos com os quais interagem. Blogueiros escolhem seus candidatos ou partidos e promovem divulgações, das mais exageradas às mais subliminares.

Por mais que a blogosfera implique na democratização do meio, aproximando-o do conceito de público, ainda se reporta à indústria da internet e demais setores dispostos a investir no espaço digital. De qualquer maneira, a liberdade de expressão está ligada ao conhecimento do todo que circunda o sujeito, estando nas mãos de poucos. Ao mesmo tempo, surge como uma proposta a mais, um sopro de esperança ao jornalismo e à famigerada liberdade.

* Professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da UNISINOS, coordenador do Grupo de Pesquisa CEPOS (apoiado pela Ford Foundation) e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela FACOM-UFBA. E-mail: val.bri@terra.com.br
** Graduado em Publicidade e Propaganda pela UNISINOS e graduando em Jornalismo na mesma Universidade, onde é bolsista de iniciação científica e membro do de Pesquisa CEPOS (apoiado pela Ford Foundation). E-mail: matries@bol.com.br