quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

3G Brasil: Anatel revisa base e varejo vira 'arma' na briga móvel x fixa

No mês de janeiro, a Anatel uniformizou o critério de classificação dos acessos 3G e a base de acessos via celulares chegou a 19,2% no Brasil. Claro e Oi foram as maiores beneficiadas pela mudança no critério da agência reguladora, informa o portal Teleco. 

Na banda larga móvel, a TIM, com o pré-pago a R$ 1,99, retoma a briga com as conexões fixas, interrompida por conta da qualidade da infraestrutura de conexão. Redes de varejo viram parceiras preferenciais e classes C, D e E seguem como alvo.

No processo de revisão da Anatel, houve um aumento de 10 milhões de acessos via celulares 3G, revela o portal Teleco, desta quinta-feira, 23/02. Nessa uniformização, Claro e Oi registraram maior crescimento chegando, respectivamente, a 19,5 milhões de acessos 3G e a 3,9 milhões, sendo que a Oi não revelou os números de janeiro para terminais de dados. 

A Vivo contabilizava, segundo o Teleco, 11,7 milhões de aparelhos com acesso 3G e a TIM, 7,9 milhões. Hoje, segundo dados do Teleco, 19,2% dos acessos feitos via celulares acontecem via rede Terceira Geração. Os aparelhos respondem por 43,2 milhões dos 50,8 milhões de acessos banda larga móvel contabilizados pela Anatel. 

Varejo vira 'arma' na briga das móveis x fixas

Já os modems de acesso - terminais de dados - ficam em 7,6 milhões, mas esse montante, adverte o Teleco, deve ser ainda maior uma vez que a Oi não divulgou seus números em janeiro. E no uso maior da 3G, a TIM retomou uma briga que tinha sido 'relegada' a um segundo plano nos últimos dois anos, em função, principalmente, da qualidade da infraestrutura de rede - a disputa da conexão móvel com a fixa. 

A operadora lançou o acesso pré-pago a R$ 1,99 por dia. O alvo, assume o responsável pela área de Internet Móvel de consumo da TIM, Bruno Marsili, é, sim, o consumidor residencial que não quer pagar um pacote de banda larga nem ter contratos de fidelização.

"Esse produto não é para o consumidor que quer acessar a Internet diariamente. Ele fica até mais caro se for assim. Mas ele é voltado para aquele internauta que quer acessar no sabado, no domingo, no feriado, quando não está no trabalho para navegar na Web. É para quem acessa uma vez, duas vezes no máximo de casa para não ter que pagar planos de banda larga", explica Marsili.

Para atrair esse novo usuário, a ideia é mesmo apostar no preço do acesso e na liberação pelo dia inteiro, mesmo com limitações de downloads - 80 MB. "Posso garantir que esse delimitante não impedirá o internauta de assistir vídeo, de baixar seus programas favoritos", sustenta o executivo da TIM Brasil. Subsídio dos modems está fora da estratégia, mas a TIM obteve um custo de R$ 99,00 junto aos principais fornecedores, entre eles, Huawei e Onda. 

"Os preços dos modems caíram bastante e ele virá no pacote, na hora da compra do primeiro PC, e poderá ser parcelado", observa Marsili. Neste item, as redes de varejo despontam como prioritárias para o sucesso da estratégia. Marsili não quis antecipar nomes das redes já fechadas, mas assume que a Magazine Luíza, por exemplo, já vai iniciar a venda de PCs com o modem TIM incluído. Outras redes estão em negociação e deverão vender o produto ainda neste primeiro trimestre.

Com relação à qualidade do serviço - bastante contestada no início pelos clientes - Marsili diz que a TIM tem, hoje, 25 mil quilometros de rede baseada em fibra óptica e ampliou o seu backhaul e presença nas localidades. "O momento é totalmente distinto. Temos a TIM Fiber - que vai entrar no mercado - para nos dar reforço nesse modelo de acesso para PCs e notebooks onde não há a conexão fixa tradicional", completa.



Fonte: Convergência Digital.