terça-feira, 13 de setembro de 2011
Teles cobram uma politica para o 4G no Brasil
Por Ana Paula Lobo e Rodrigo dos Santos
As teles móveis começam a se posicionar com relação ao desembarque do 4G no Brasil, diante das cobranças e do posicionamento do governo Dilma sobre o uso do LTE nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. O presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, e da Oi, Francisco Valim, afirmam que o fatiamento do espectro - com os leilões diferenciados de 3,5GHz, 2,5GHz e depois os 700 Mhz - não é a melhor estratégia a ser adotada para o Brasil. Dividendo digital oriundo da TV digital volta à mesa no Futurecom 2011.
"O LTE só agrega complexidade ao negócio. Ele é para poucos e não sei se a solução para a universalização da banda larga móvel que precisamos no país", afirmou o presidente da TIM Brasil, Luca Luciani. Para o executivo, precipitar um leilão de frequência - como é o caso do 2,5GHz para o LTE, como quer o governo Dilma para garantir o serviço 4g na Copa do Mundo - pode não ser a melhor estratégia para o próprio Brasil.
"Acredito que precisamos ter mais Wi-fi para ampliar a cobertura, massificar o serviço. Queremos espectro. Teremos o 4G, mas precisamos ter políticas mais definidas para o país", afirma Luciani. O presidente da Oi, Francisco Valim, por sua vez, também cobra uma regra mais transparente por parte do governo - leia-se Anatel que é responsável pela elaboração das regras - para a chegada do 4G no país.
"Fatiar não é o melhor modelo para que possamos ter um plano estratégico. Sabemos que o 700 Mhz é para daqui a cinco anos ( o switch off da TV digital está programado para 2016), mas precisamos saber desde já se teremos a faixa ou não. Assim há uma programação dos investimentos", completa. Assista a apresentação de Luca Luciani, da TIM, sobre o gargalo de espectro no Brasil, através da CDTV, do Convergência Digital.
Fonte: Convergência Digital