A economia do setor público para pagar os juros da dívida (superavit primário) cresceu 13,6% no semestre e ficou em R$ 40,1 bilhões, segundo dados do Banco Central.
Nos primeiros seis meses do ano, o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) contribuiu com R$ 24,767 bilhões, enquanto os governos estaduais com R$ 13,966 bilhões e os municipais com R$ 1,993 bilhão. As empresas estatais, excluída a Petrobras, apresentaram deficit primário de R$ 621 milhões.
Somente no mês de junho, o resultado foi de R$ 2,1 bilhões, 44% acima do registrado em maio, mas abaixo dos 3,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O governo central e os governos regionais registraram superavits de R$ 746 milhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente, enquanto as empresas estatais registraram deficit de R$ 387 milhões.
O valor economizado no ano equivale a 2,36% do PIB. Em 12 meses, está 2,07% do PIB (R$ 69,4 bilhões), abaixo da meta de 3,3% para este ano.
A dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,39 bilhão (41,4% do PIB, mesmo patamar registrado no mês anterior).
O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal que, em junho, apresentou deficit de R$ 13,621 bilhões, contra R$ 10,130 bilhões registrados em igual período de 2009.
No primeiro semestre, o deficit nominal chegou a R$ 51,229 bilhões, contra R$ 43,682 bilhões no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, encerrados em junho, o deficit nominal é de R$ 112,169 bilhões ou 3,35% do PIB.
Fonte: Folha.com