Mostrando postagens com marcador PIB. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PIB. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Importação tem maior alta em 26 anos e desacelera expansão dos EUA no 2º trimestre

DE SÃO PAULO
COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas no país) norte-americano desacelerou no segundo trimestre, mas ainda registrou expansão de 2,4% entre abril e junho --dado anualizado--, informou o Departamento do Comércio nesta sexta-feira.

No primeiro trimestre deste ano houve um crescimento de 3,7% (dado revisado). As estimativas dos analistas eram de um aumento entre 2,5% e 2,6% para o segundo trimestre. O resultado, no entanto, foi influenciado por um aumento nas importações no maior ritmo desde o primeiro trimestre de 1984.

"A desaceleração antecipada da economia está acontecendo. Será que o investimento das empresas vai despencar no próximo trimestre, se os gastos das famílias continuarem fracos?", afirmou Lee Olver, diretor de Estratégias Financeiras da Madison Williams & Co., em Houston.

O crescimento no trimestre passado foi contido por um aumento de 2,8% nas importações, que ofuscou a elevação de 10,3% nas exportações. Isso gerou um déficit comercial que tirou 2,78 pontos percentuais do PIB, a maior subtração desde o terceiro trimestre de 1982.

Tirando o setor externo, no entanto, os dados foram positivos. Os estoques empresariais avançaram 17%, a maior taxa desde o primeiro trimestre de 2006, após a alta de 7,8% nos primeiros três meses do ano. O gasto com equipamento e software foi o maior desde o terceiro trimestre de 1997.

A construção de moradias saltou 27,9%, depois de ter sido um dos pontos negativos do primeiro trimestre, refletindo os estímulos dados por um crédito fiscal a compradores. A alta foi a maior desde o terceiro trimestre de 1983.

CONSUMO

O relatório trouxe alguns pontos de preocupação também. O gasto do consumidor --indicador importante porque responde por dois terços da economia americana-- não foi tão forte quanto se espera, crescendo 1,6% no segundo trimestre, ante 1,9% no primeiro, dado revisado ante a leitura preliminar de 3 por cento. O gasto com do consumidor normalmente representa 70% da atividade econômica dos EUA.

Os estoques empresariais aumentaram US$ 75,7 bilhões no segundo trimestre, ante US$ 44,1 bilhões no primeiro. Excluindo os estoques, que podem limitar a produção futura, a economia teria se expandido apenas 1,3% no segundo trimestre.

RECESSÃO

A pior recessão nos Estados Unidos desde a década de 30 foi mais profunda que o calculado anteriormente e isto se reflete em diminuições maiores da despesa dos consumidores e de moradia, de acordo com as revisões anuais de números feitas pelo Departamento de Comércio americano, também divulgadas hoje.

Desde o início da recessão, no último trimestre de 2007, até o segundo trimestre de 2009, a economia da maior economia do mundo se contraiu 4,1%. O cálculo anterior previa uma contração de 3,7%.

Atualmente, porém, a economia norte-americana registra crescimento nos últimos quatro trimestres. Apesar disso, o crescimento tem sido morno, impactando muito pouco as altas taxas de desemprego no país.

A economia em ritmo preguiçoso e o índice de desempregados em 9,5% estão diminuindo a popularidade do presidente Barack Obama, e reduzindo as perspectivas dos Democratas nas eleições parlamentares de novembro.

Uma pesquisa da Reuters divulgada nesta semana mostrou apenas 34% de aprovação à política econômica de Obama, contra 46% que a classificaram como insatisfatória.

Os números representam forte declínio na comparação com o início de 2009, logo após ele assumir o mandato, quando mais de metade da população aprovava a maneira de Obama de lidar com a pior crise financeira em décadas.

Segundo o governo norte-americano, o avanço no segundo trimestre divulgado hoje baseia-se em dados incompletos e sujeitos a posterior revisão por parte da agência de estatísticas (Bureau of Economic Analysis). A segunda prévia, com base em dados mais completos, será divulgada em 27 de agosto.


Fonte: Folha.com

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Setor público faz economia maior para pagar juros no semestre

Por Eduardo Cucolo

A economia do setor público para pagar os juros da dívida (superavit primário) cresceu 13,6% no semestre e ficou em R$ 40,1 bilhões, segundo dados do Banco Central.

Nos primeiros seis meses do ano, o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) contribuiu com R$ 24,767 bilhões, enquanto os governos estaduais com R$ 13,966 bilhões e os municipais com R$ 1,993 bilhão. As empresas estatais, excluída a Petrobras, apresentaram deficit primário de R$ 621 milhões.

Somente no mês de junho, o resultado foi de R$ 2,1 bilhões, 44% acima do registrado em maio, mas abaixo dos 3,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. O governo central e os governos regionais registraram superavits de R$ 746 milhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente, enquanto as empresas estatais registraram deficit de R$ 387 milhões.

O valor economizado no ano equivale a 2,36% do PIB. Em 12 meses, está 2,07% do PIB (R$ 69,4 bilhões), abaixo da meta de 3,3% para este ano.

A dívida líquida do setor público atingiu R$ 1,39 bilhão (41,4% do PIB, mesmo patamar registrado no mês anterior).

O resultado primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal que, em junho, apresentou deficit de R$ 13,621 bilhões, contra R$ 10,130 bilhões registrados em igual período de 2009.

No primeiro semestre, o deficit nominal chegou a R$ 51,229 bilhões, contra R$ 43,682 bilhões no mesmo período do ano passado. Em 12 meses, encerrados em junho, o deficit nominal é de R$ 112,169 bilhões ou 3,35% do PIB.


Fonte: Folha.com