quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Teles podem abandonar Confecom

As empresas de telecomunicações podem ficar fora da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). Segundo apurou este noticiário, o governo já foi informado sobre a intenção da Telebrasil de se desligar da conferência. As razões explicadas pelo associação, que representa as teles, passam pela dificuldade de mobilizar os delegados para as etapas regionais da Confecom. A Telebrasil se deu conta de que não conseguiria mobilizar pessoal para participar, em condições de votar e atender aos requisitos do regimento, em todas as etapas estaduais. Seriam mais de 300 delegados que precisariam ser mobilizados em todas as plenárias, fora o trabalho dos coordenadores em 27 unidades da federação.

O número que foi apresentado ao governo como um custo estimado para esse esforço é da ordem de R$ 4,5 milhões, o que é mais da metade do custo total da conferência. Além disso, o modelo de mobilização baseado em delegados contratados poderia ser questionado pelas demais entidades participantes. Outro receio das teles é que boa parte dos delegados a serem mobilizados precisaria vir de empresas como provedores de acesso e operadores de SCM, que não necessariamente teriam as mesmas preocupações da cúpula da Telebrasil durante a Confecom. Essas empresas são as que têm maior capilaridade no mercado de telecomunicaões, mas quase sempre têm reivindicações antagônicas às posições das grandes concessionárias.

A movimentação de saída das teles é surpreendente porque surge em um momento em que o governo recebe sinais de que a Abert pode retornar à conferência. A entidade, que representa empresas de rádio e TV, teria sido cobrada pelo presidente Lula para participar da Confecom. Todos esses movimentos se somam ao adiamento da Confecom para os dias 8, 9 e 10 de dezembro determinado pelo Ministério das Comunicações.

Fonte: Teletime