Por Cristiane Abreu
Aos 71 anos, o comunicador gaúcho Sérgio Reis esbanja vitalidade. Com nome e voz de cantor famoso, o jornalista se expressa com a propriedade de quem acompanhou de perto a evolução da TV no Rio Grande do Sul.
Sérgio dirigiu, em 1972, a primeira transmissão a cores da TV brasileira. Antes disso, já havia participado da inauguração das TVs Gaúcha, Difusora e Guaíba, na quais exerceu funções de diretor de programação e de apresentador de programas.
Ao lado da mestre em Ciências da Comunicação Márcia Andres e do publicitário Denis Simões, o jornalista será ministrantes do curso de extensão “Os 50 anos de televisão no Rio Grande do Sul”, promovido pela Unisinos. Sérgio promete falar durante as aulas sobre o processo histórico que envolve as cinco décadas de TV no Estado. “Minha ideia é tirar algumas crenças estereotipadas”, avisa.
Para ele, o povo gaúcho carece de programação local. “Ainda há lugar para a localidade, a questão é viabializar esse espaço”. Sérgio aponta os noticiários como um dos exemplos de formatos que se destacam na região pela qualidade.
De acordo com ele, a TV atual precisa, sobretudo, de três coisas: criatividade, humildade e cultura. “A novela das nove, da Rede Globo, é a mesma há 40 anos. Já o humor até hoje explora a homossexualidade. Com isso, as pessoas cultas acabam se afastando do veículo”, diz Sérgio, que, até na hora de criticar, não deixa de lado o tom bem-humorado.
O curso de extensão em que o jornalista falará sobre a história da TV no Estado, da qual participou ativamente, está com inscrições abertas até quarta-feira (6/5) pelo endereço www.unisinos.br/educacaocontinuada
Fonte: J.U Online