A FENAJ encaminhou nesta segunda-feira (30/3) suas contribuições à consulta pública do MEC sobre diretrizes curriculares dos cursos de Jornalismo. A Federação pretende contribuir com os debates no processo de audiências públicas promovido pela Comissão de Especialistas do MEC que analisa a matéria.
O prazo de envio de contribuições à consulta pública encerrou-se nesta segunda-feira. As contribuições da FENAJ foram elaboradas por sua Executiva e pelo Departamento de Educação. O documento é referenciado em debates acumulados pela categoria e que estão expressos no Programa de Estímulo à Qualidade do Ensino em Jornalismo, no Programa de Estágio Acadêmico, no documento final do Seminário sobre as Diretrizes Curriculares de Campinas e em resoluções dos Congressos Nacionais dos Jornalistas. Ele servirá, também, para orientar a continuidade da participação da FENAJ e dos Sindicatos no processo de revisão das diretrizes, que prossegue com a realização das audiências públicas –24 de abril, em Recife, e 18 de maio, em São Paulo.
Além de elencar o perfil específico e competências sociais, intelectuais e técnicas esperadas dos egressos do Curso de Graduação em Jornalismo, o documento defende que a formação acadêmica deve assegurar “o interesse público na geração de conhecimento válido sobre os fenômenos que envolvem o exercício do Jornalismo e da especificidade que o distingue do conjunto da área das comunicações” e a “necessidade de pesquisa e experimentação de teorias e técnicas relacionadas com as linguagens e práticas aplicáveis ao exercício do jornalismo”.
O documento defende, ainda, o curso específico de graduação em Jornalismo, com duração mínima de quatro anos, o estágio acadêmico não-obrigatório, sob o entendimento de que, “se antecipamos o exercício profissional ainda no processo de formação, correremos o risco de formar para o mercado e não, como deve ser, preparar jornalistas com capacidade de nele intervir criticamente buscando efetivamente cumprir a função social do Jornalismo”. Também defende cursos de pós-graduação com identidade própria e que mantenham formas de integração com a graduação em Jornalismo. Afinal, não é possível “que a diplomação se dê em cursos e/ou formatos que não incluam a totalidade das diretrizes para a graduação”.
A FENAJ apontou, ainda, que os processos de reconhecimento e avaliação dos cursos de Jornalismo devem ser repensados, atualizados e transformados nas suas formulações, para se adequarem a estas novas diretrizes curriculares.
Fonte: FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas