quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Para Intel, TV conectada precisa se firmar como plataforma de acesso à Internet
Por Fernando Lauterjung
Não há dúvidas de que a TV deve ser mais um importante centro de acesso a conteúdos online, nem de que estes conteúdos devem ir muito além de vídeo. No entanto, o caminho que o equipamento trilha para se tornar uma plataforma multimídia ainda é controverso. Lance Koenders, diretor de marketing da Intel, afirmou a este noticiário no IBC 2011 que os fabricantes de equipamentos consumer estão pulando uma etapa ao vender as TVs conectadas como plataforma para consumo de aplicativos. Para ele, neste primeiro momento, a ideia que deveria ser levada ao consumidor é a de uma TV capaz de acessar a Internet. "A Apple popularizou os smartphones ao criar um telefone que também é ótimo para acessar a Internet. O mercado de aplicativos veio anos depois", diz, lembrando que em seu lançamento, o telefone da Apple contava com aproximadamente meia-dúzia de aplicativos. Questionado sobre a participação da fabricante de processadores no mercado consumer, Koenders diz que ainda não é significativa, uma vez que a empresa entrou neste mercado há pouco tempo (em 2008).
Na IBC 2011, a Intel apresenta principalmente soluções voltadas ao mercado de TV por assinatura. Segundo Koenders, a evolução das redes demanda processadores mais rápidos e dedicados. Se uma operadora resolve adotar uma plataforma de games online que não é compatível com o middleware presente na caixa, um bom processador pode trabalhar, de forma independente, com o sinal de vídeo linear, e ainda rodar diversas aplicações paralelas, em sistemas operacionais diferentes. "Podemos ter três ou quatro sistemas operacionais rodando ao mesmo tempo na caixa, de forma transparente ao usuário", garante.
A Intel apresenta ainda no evento caixas de serviços over-the-top baseada em seus processadores. Uma das apostas da empresa é que os games serão conteúdos importantes nos serviços de TV. Entre os equipamentos apresentados, está uma caixa com sensor de movimento (semelhante ao Kinect, da Microsoft). Trata-se ainda de uma caixa experimental.
Fonte: Tela Viva