Com 140 canais (30 em HD) no pacote principal e chegada simultânea nas 106 cidades em que atua, a GVT anunciou nesta quinta-feira, 15, o lançamento comercial, em meados de outubro, da GVT TV, seu serviço de TV paga. A operadora torna-se, dessa forma, o mais novo player da TV por assinatura do Brasil e concorrerá tanto com as empresas de TV quanto com as teles que já oferecem o triple play (voz, dados e TV). O investimento, segundo o presidente da GVT, Amos Genish, é de R$ 650 milhões apenas na TV paga (R$ 200 milhões este ano e R$ 450 milhões no ano que vem). O investimento total da GVT para este ano é estimado em R$ 1,8 bilhão.
A expectativa da GVT, segundo Genish, é que o serviço de TV paga supere, dentro de cinco anos, os negócios de telecomunicações (banda larga e voz) na operadora em termos de mercado. Genish afirma que a GVT TV não é apenas um serviço, e sim uma nova unidade de negócios da GVT.
A operadora inova com o serviço de TV paga no Brasil: é o primeiro modelo híbrido baseado em DTH (satélite) e IP (internet). A programação linear será transmitida via satélite e funcionalidades como a interatividade (redes sociais), catch-up (possibilidade de assistir programas depois de transmitidos), video on demand (VOD) e timeshifting (digital vídeo recorder, que permite a pausa da programação linear) são algumas das novidades para competir com players como Net, Sky e operadoras como Telefônica, Embratel e Oi. “Nossa previsão é que até 2016, o serviço esteja disponível em 180 cidades, das quais 27 no ano que vem”, afirma Genish.
Na cidade de São Paulo, onde a GVT tem encontrado problemas para obter as licenças para a construção da rede, o executivo prefere não fazer previsões sobre prazos. Apesar de não descartar totalmente o serviço em DTH para a cidade, o vice-presidente de marketing e vendas da GVT, Alcides Troller Pinto, diz que uma oferta desse tipo descaracterizaria o serviço que tem como requerimento a rede IP para oferecer outras funcionalidades. Uma eventual parceria com provedor de banda larga em São Paulo, da mesma forma, não garantiria os níveis de qualidade da GVT.
Vivendi
A controladora da GVT, a francesa Vivendi, não deve, a princípio, fornecer conteúdo para a GVT TV. A empresa é proprietária do Canal+ Groupe, que distribui mais de 300 canais (60 exclusivos) em TV digital terrestre (DTT), ADSL (redes de cobre) e catch up. E também da SFR, que dispõe de mais de 10 mil títulos em VOD fixo e móvel.
A oferta de conteúdo está baseada em três pacotes e todos têm canais HD, interatividade, VOD, catch up e timeshifting. O pacote Super HD tem 26 canais, dos quais cinco são em HD, mais os canais da TV aberta e custa R$ 59,90. O Ultra HD é composto por 45 canais, 9 em HD, ao custo de R$ 89,90 mensais e o Ultimate HD oferece 72 canais, 14 em HD, a R$ 129,90. A todos esses pacotes podem ser adicionados outros conteúdos como Telecine, Premium FC, pacote de esportes (seis canais), Sexy Hot, HBO, Combate, internacionais (sete canais) e Big Brother Brasil (pay-per-view). A cada adição, será cobrado um adicional conforme a escolha do assinante.
O vice-presidente de marketing e vendas afirma que a partir desta quinta-feira, 15, alguns clientes, que já manifestaram o interesse pela GVT TV, já terão acesso, em ambiente controlado, ao serviço. O ambiente controlado serve como referência para a operadora estabelecer critérios nas áreas de venda, de instalação, suporte e volume.
Fonte: Adnews