“Existem pessoas que não gostam de mudanças. Para todas as outras, existe o WikiLeaks”, diz slogan do vídeo
Por José Gabriel Navarro
Enquanto gera revolta em lideranças mundiais por publicar documentos secretos de diplomatas e grandes empresas, o WikiLeaks faz questão de mostrar bom-humor.
O último sinal disso é um filme produzido pela polêmica ONG em que parodia o conceito “Priceless” (“Não tem preço”), criado pela McCann Erickson para a MasterCard no fim dos anos 1990.
No vídeo, em vez de listar bens desejados pela maioria dos consumidores, como os comerciais da MasterCard costumam mostrar, são mencionados os custos que o australiano Julian Assange, editor e principal porta-voz do WikiLeaks, tem para se manter em sua prisão domiciliar — ele aguarda julgamento sobre acusações de agressão sexual.
A sucessão de gastos se encerra com a locução “Ver o mundo se transformar graças ao seu trabalho: não tem preço”. “Existem pessoas que não gostam de mudanças. Para todas as outras, existe o WikiLeaks”, diz a assinatura, em alusão à da MasterCard (“Existem coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras, existe MasterCard”).
A acidez da iniciativa tem um motivo: o site de denúncias criado por Assange é alvo de um bloqueio por parte das cinco maiores instituições financeiras norte-americanas, Visa, Mastercard, PayPal, Western Union e o Bank of America. Eles estão retendo doações feitas por pessoas em todo o mundo que queriam e querem prestar apoio à ONG, sobretudo após o editor ser detido.
Assista ao “institucional” produzido pela equipe do WikiLeaks, em inglês:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jzMN2c24Y1s
Fonte: Meio e Mensagem