Por Luis Osvaldo Grossmann
Se não houver novas surpresas, as primeiras cinco cidades beneficiadas pelo Plano Nacional de Banda Larga serão conectadas em 60 dias pela Telebrás – Brasília (DF), Alexânia, Senador Canedo e Morrinhos, em Goiás, e Araporã, em Minas Gerais.
A previsão é possível graças à assinatura, na sexta-feira, 13/5, do primeiro contrato para uso das fibras ópticas da Petrobras – com pelo menos quatro meses de atraso em relação à perspectiva inicial da Telebrás, que era ter isso em mãos até o fim de janeiro.
O acerto entre as duas estatais, no entanto, implica em pelo menos uma burocracia. A Petrobras precisa aprovar cada um dos projetos de instalação dos pontos de presença (PoPs) na rede.
A assinatura desse primeiro contrato, para o trecho Sudeste da rede, prevê 28 desses PoPs nos 2 mil km de fibras que ligam Brasília às capitais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Diferentemente do acerto com a Eletrobrás, que previu contratos “nacionais” com as subsidiárias do setor elétrico – Furnas, Chesf, Eletrosul e Eletronorte – os contratos com a Petrobras são por trechos.
Assim, além do trecho Sudeste, restam assinar com a petrolífera as redes Sul e Nordeste – que vai até a Bahia. Os valores, no entanto, são semelhantes: R$ 94,95 por km, por par de fibras, por mês.
Numa conta simples, esse primeiro acerto com a Petrobras resultaria em um contrato de aproximadamente R$ 2,2 milhões por ano. O valor exato, porém, não foi divulgado e é sujeito a outros fatores.
O primeiro deles é que em alguns trechos a Telebrás pretende utilizar mais de um par de fibras. Por outro lado, a estatal também negocia a prestação de serviços de telecomunicações para a Petrobras, o que envolverá um encontro de contas.
Apesar da exigência contratual, a Telebrás já começa a montar um cronograma. A partir do ok da Petrobras, as obras de cada PoP começam em uma semana – e devem levar 60 dias. E a estratégia é ter cinco novos PoPs aprovados a cada semana.
No caso das redes do setor elétrico, a Telebrás ainda aguarda uma sinalização formal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de que não é necessária a chancela do órgão regulador para que o uso das fibras seja efetivamente iniciado.
Fonte: Convergência Digital