quarta-feira, 27 de abril de 2011

Teles querem destinação de 700 MHz junto com leilão de 2,5 GHz

Por: Luís Osvaldo Grossmann

As operadoras de telefonia querem antecipar o destino da faixa de 700 MHz, de preferência incluindo a frequência no leilão da faixa de 2,5 GHz – esta já com minuta de edital em discussão na Anatel.

“Estamos falando em usarmos uma pequena faixa, os espaços em branco da faixa de 700 MHz, e isso já poderia vir junto com o leilão da faixa de 2,5 GHz”, defende o diretor executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy.

Nessa linha, Levy entende que a data de 2016 – prevista para a conclusão da migração da TV analógica para digital – poderia ser antecipada. Segundo ele, não haveria conflito com a radiodifusão por se tratarem das faixas “brancas” entre as frequências destinadas.

As emissoras de TV, naturalmente, têm uma visão diferente do tema. A Abert também já se movimenta para convencer o governo de que mesmo com o dividendo digital ainda haverá uso da frequência pela radiodifusão.

FAT

Oficialmente, o diretor executivo do Sinditelebrasil esteve nesta terça-feira, 26/4, com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo para convidá-lo a participar do próximo Painel Telebrasil, previsto para os primeiros dias de junho, em Brasília.

A conversa, no entanto, passeou por temas caros às teles, como medidas de desoneração e apoio à qualificação de mão-de-obra – as teles querem ver aprovado um projeto para destinar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador para treinamento de pessoal.

O Sinditelebrasil apresentou um projeto ao Ministério do Trabalho, dentro do sistema de Planos Setoriais de Qualificação dos Trabalhadores (Planseq). A meta é garantir pelo menos R$ 30 milhões para a implantação de treinamento.

“Estamos com falta de mão-de-obra, especialmente para a construção de infraestrutura básica, como torres, estações radiobase e lançamento e de fibras ópticas. Estamos competindo pelos mesmos trabalhadores com a construção civil, que está muito aquecida”, explica Levy.