Para garantir a isenção da cobertura eleitoral realizada pelos veículos da Empresa Brasil de Comunicação, o Conselho Curador aprovou o Plano Editorial e de Cobertura das Eleições de 2010. O documento passou a vigorar nesta quinta-feira (27/05) e traz diretrizes para a cobertura jornalística e de programação, além de instituir uma norma de conduta para os profissionais que atuam na empresa.
Para o jornalismo, está proibido o uso do “off”, a divulgação de notícias sobre a vida pessoal dos candidatos e denúncias não fundamentadas. O documento ressalta ainda a importância da cobertura das mídias sociais utilizadas pelos candidatos. Só poderão ser citadas pesquisas eleitorais registradas na Justiça Eleitoral, não encomendadas por partidos e de institutos com credibilidade. A diretoria-executiva estabeleceu que os institutos serão Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus.
A eleição para os cargos do legislativo também merecerão atenção especial na cobertura dos veículos da empresa e, nos programas jornalísticos, os candidatos realmente competitivos terão tratamento isonômico e os candidatos “nanicos” ganharão espaço “quando produzirem atos e fatos merecedores de registro”.
O documento também define a pauta de alguns programas de reflexão. A série “Três a um” prevê a realização de entrevistas com os três principais candidatos e a discussão, nas demais edições, de grandes temas da agenda nacional. O “Caminhos da Reportagem” vai realizar uma série sobre grandes temas, como transportes, educação, infra-estrutura, etc.
Normas de conduta
Além das diretrizes na programação, o documento prevê regras para os profissionais da empresa. Os apresentadores, âncoras e repórteres deverão tomar cuidado com o vestuário, evitando usar roupas com cores identificadas com partidos, como o vermelho, do PT, e o azul e amarelo, do PSDB. Eles também devem evitar adereços com conotação eleitoral e expressões faciais que denotem satisfação ou descontentamento com a notícia lida.
Os funcionários também estão proibidos de gravar depoimentos de apoio, participar de campanhas e comparecerem como apoiadores em eventos de partidos e candidatos.
“A observância deste conjunto de normas e orientações, por parte da diretoria-executiva e de todos os profissionais da EBC, é fundamental para a afirmação da natureza pública dos canais, a construção da credibilidade e a instituição dos preceitos da comunicação pública”, diz o documento.
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Fonte: Comunique-se