A Rede Record exibiu neste domingo (25/04) uma reportagem em que critica o tratamento dado pelo O Globo a um evento religioso da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O Dia D, como é chamada a festa, reuniu mais de oito milhões de pessoas em todo o Brasil. O evento foi retratado pelo jornal carioca como um "caos" para o Rio de Janeiro.
A reportagem da Record questionou o destaque negativo dado ao encontro religioso na manchete “Caos no Rio de novo surpreende autoridades”. “A foto ocupava meia página e não mostrava o evento, só ônibus estacionados. E comparava uma festa religiosa com a tragédia que provocou a morte de mais de 250 pessoas no começo desse mês”, critica a emissora.
Na página interna, o jornal fez um trocadilho com o nome da igreja. ”Caos universal e autorizado”. De acordo um cientista político entrevistado pela Record, a crítica do jornal à Iurd foi clara.
No dia seguinte, O Globo publicou outra matéria sobre o evento. “Inquérito apura responsável por caos durante megaculto”, com algumas fotos de montanhas de lixo deixadas pelos fiéis. “O jornal não mostra que voluntários do evento recolheram o lixo”, rebateu a Record, que ainda acusa o veículo de ter “manipulado a imagem”.
A emissora ainda acusa O Globo de ter ridicularizado a festa. “Uma frase em destaque zombava: O evento era da igreja, mas a visão era do inferno”. Algumas frases como essas partiram dos leitores e entrevistados pelo veículo.
Para finalizar a reportagem, a Record disse que o jornal não deu espaço para os fiéis ou organizadores do evento. “Outro detalhe revela o preconceito: os fiéis e os organizadores do evento não aparecem nas páginas do O Globo, o jornal não quis ouvi-los”, afirmou.
A emissora questionou e comparou o tratamento dado, por um jornal do grupo Infoglobo, a um evento católico ocorrido em São Paulo há dois. “Mas por que o tratamento não foi igual na cerimônia da enseada de Botafogo? Qual a explicação para tanto preconceito religioso?”, questiona a emissora.
Na última semana, o bispo da Universal, Clodomir Santos, já havia respondido ao jornal, afirmando que o tratamento dado ao evento era "uma maldade” e “falta de respeito", ao comparar a festa ao caos das chuvas no Rio.
Fonte: Comunique-se