O plano de banda larga dos Estados Unidos, que a Federal Communications Commission (FCC) vai apresentar ao Congresso no dia 17 de março, prevê que, em 2020, 100 milhões de domicílios daquele país estejam conectados à internet a 100 Mbps, uma velocidade dez vezes superior a da maioria das casas estadunidenses conectadas à internet. Um enorme desafio já que 1/3 da população, segundo levantamento feito pela propria FCC, ainda não tem banda larga ou porque o preço é elevado ou porque desconhece os benefícios do serviço. Com este plano, os Estados Unidos querem eliminar o gap que têm em banda larga e disputar a liderança com os países que estão na vanguarda.
Alguns pontos do plano nacional de banda larga foram divulgados pela FCC na quinta-feira da semana passada, segundo o noticiário de jornais e sites norte-americanos. Mas as autoridades não revelaram quanto vai custar o plano, nem qual será o investimento governamental e qual será a parte da iniciativa privada. Inicialmente foram previstos investimentos de US$ 78 bilhões para conectar todas as pequenas empresas e domicílios rurais à internet, mas já em setembro, segundo o Wall Street Journal, autoridades da FCC já estimavam em mais de US$ 350 bilhões, em dez anos, o investimento necessário para construir a infraestrutura de moderna banda larga e desenvolver os programas previstos no plano.
De acordo com a repórter Marguerite Reardon, do site CNET News, as autoridades da FCC revelaram que o acesso em banda larga vai acelerar a criação de empregos (por meio de cursos de treinamento e requalificação, a serem feitos por meio de parceria público-privada), melhorar a qualidade da atenção à saúde e a educação, reduzir os gastos domésticos com energia (usando o monitoramento remoto) e prover uma rede de segurança pública em todo o país. Com a rede nacional de banda larga, a expectativa é compartilhar as informações médicas e prover monitoramento e diagnóstico remoto. “Com a remoção de parte da atual regulação, a FCC acredita que uma robusta infraestrutura de banda larga vai permitir economizar US$ 700 milhões na área da saúde durante os próximos 15 a 25 anos”, diz a matéria.
Durante a coletiva de imprensa, ainda de acordo com o noticiário, o chairman da FCC, Julius Genachowski, disse que o plano de banda larga vai recomendar que o governo invista US$ 18 bilhões, nos próximos dez anos, para construir e operar uma rede sem-fio nacional de segurança pública.
Entre as perguntas ainda não respondidas, estão as medidas que a FCC vai adotar para estimular os investimentos privados -- o plano prevê universalização da cobertura e aumento das velocidades da rede existe – e a competição. Segundo a reportagem de Marguerite Reardon, as empresas de telefonia e cabo não querem abrir suas redes nem que o serviço de internet seja regulado, mas a FCC já teria dado sinais de que vai obrigar as operadoras a alugar suas redes por preço de varejo para provedores interessados em atender pequenas empresas. (Da Redação)
Fonte: Tele Síntese