O governo colombiano acusou a emissora de TV Telesur de fazer propaganda em favor das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O motivo foi a divulgação de imagens da libertação de Pablo Emilio Moncayo, refém da guerrilha por 12 anos, nesta terça-feira (30/03).
"O canal deve explicar ao país porque estava em um ponto do território colombiano em companhia de guerrilheiros das Farc", afirmou o alto comissário para a paz da Colômbia, Frank Pearl.
As imagens da Telesur, emissora com sede em Caracas, na Venezuela, mostram Moncayo antes da chegada a missão humanitária montada para resgatá-lo.
“Dentro dos acordos que foram feitos com a missão humanitária está o de não usar câmeras de vídeo ou foto para evitar a divulgação de imagens durante a operação de libertação", afirmou Pearl.
Hoje (31/03), a Telesur respondeu ao governo colombiano, afirmando que as imagens foram recebidas pela redação. Em comunicado, a emissora diz que a acusação é “irresponsável” e pode “estigmatizar” o trabalho da equipe e “atentar contra a segurança” dos profissionais num país onde, segundo a emissora, existe um elevado número de jornalistas ameaçados e violações dos direitos humanos.
A senadora Piedad Córdoba, mediadora com as Farc, informou que no momento da libertação de Moncayo não viu câmeras da Telesur.
“O certo é que nós não nos demos conta disso, em todas as oportunidades a guerrilha sempre tem uma câmera para filmar o que está acontecendo. Nós não vimos câmeras da Telesur, nem absolutamente nada", afirmou Piedad.
Fonte: Comunique-se