O Plano Nacional de Banda Larga deverá ficar concluído no final de janeiro, visto que as equipes técnicas que trabalham na proposta final receberam uma nova atribuição do presidente Lula, que mandou unificar os documentos apresentados pelo Ministro das Comunicações, Hélio Costa, e o que está sendo coordenado pelo assessor especial Cézar Alvarez.
Conforme fontes do governo, com a decisão da Justiça do Rio de Janeiro de repassar para a União a posse das fibras ópticas da Eletronet, foi necessário um adiamento na formulação da política (que estava prevista para ser anunciada ainda este ano) para incluir imediatamente as fibras que estão apagadas nessa rede (só duas fibras são usadas pelas empresas do Sistema Eletrobrás) e que já poderão ser acesas. Com esse adiamento, Lula mandou que o documento do Minicom também fosse levado em consideração.
Conforme a proposta do Ministério das Comunicações, para o Brasil acelerar a implementação da banda larga e chegar a 90 milhões de acessos em cinco anos, serão necessários investimentos de mais de R$ 75 bilhões, dos quais R$ 49 bilhões viriam das operadoras de telefonia fixa e móvel e o restante representaria as isenções fiscais e tributárias por parte do governo federal e estaduais. Embora o grupo de trabalho coordenado por Cezar Alvarez tenha contratado um consultor externo para fazer as contas de quanto custaria levar a banda larga para pelo menos 3,8 mil municípios brasileiros, os valores, segundo as fontes, estão muito mais próximos do documento do Minicom do que das projeções divulgadas pelo Ministério do Planejamento.
Fonte: Tele Síntese