terça-feira, 17 de março de 2009

Grande Estréia! Primeiro dia da Rádio Luta foi classe A!


Depois de mais de 2 anos de preparativos, que contaram com festas de lançamento e arrecadação de fundos na USP e na Unicamp, a solidariedade de diversos grupos e a colaboração das rádios Várzea e Muda, finalmente a rádio Luta 102,1 FM das/os operárias/os da fábrica ocupada Flaskô entrou no ar. A primeira transmissão foi no sábado dia 28/2, das 8h às 24h, com transmissão para o mundo inteiro pela internet. De acordo com as mensagens enviadas, a rádio chegou a ser escutada na Turquia, Bolívia, Argentina, sem contar 2 colombianos que foram aos estúdios acompanhando o MST. A rádio foi escutada ainda em Tefé (AM), Salvador (BA), Santa Catarina, Ubatuba (SP), da grande São Paulo e em toda a região metropolitana de Campinas (SP) e Sumaré (SP), onde a rádio está localizada. A próxima transmissão acontece em 14 de março: envie áudios, textos, sugestões, participe!

Enquanto isso, no dia 4/3 a congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp aprovou moção destacando que apóia as rádios de baixa potência "conhecidas como rádios livres", entende como necessária uma revisão da legislação que rege a matéria radiodifusão, reconhece a importância das atividades da rádio Muda 105,7 FM há mais de 20 anos, solicita que não se trate como crime comum, que a Procuradoria da Unicamp acompanhe o processo contra a rádio, e que o Reitor dê esclarecimentos sobre a presença da PF na Muda. No dia 9/3 acontece a próxima "reunião de grade" em frente à rádio, quando antigas/os e novas/os programadoras/es repartem em assembléia o tempo da rádio para que todos possam ser mu(n)dos/as no ar. Essas reuniões acontecem a cada 6 meses, e é uma "reforma agrária no ar", com a repartição do tempo entre todas/os que quiserem, sem a exigência de pré-requisitos (até a PF e a ANATEL podem fazer um programa, desde que não violem o artigo V da Constituição).

Em 3/3 ocorreu o I Encontro de Comunicadores Populares de Campinas, reunindo radialistas, fotógrafos/as, artistas, estudantes, jornalistas, computeiros/as, poetas, advogados/as, escritores/as, gente do vídeo e do cinema, arquitetos/as, gente nova e gente de cabelo branco, anarquistas e marxistas, que concluíram pela necessidade de se criar um meio de comunicação alternativo ligado aos movimentos sociais e que ajude a aproximar mídias independentes. Nos dias 28 e 29 de março, ONG Ação Educativa sediará a primeira Insurreição Pirata em São Paulo. Todas/os interessadas/os no debate sobre pirataria e livre circulação da informação estão convidadas/os ao encontro, que traçará estratégias de atuação e promoverá a confraternização entre as/os presentes através da livre troca virtual e real.

http://www.radioluta.blogspot.com/