A partir do próximo ano os alunos de escolas públicas terão de dividir a atenção dada aos cadernos, livros e lousa com os tablets. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o MEC vai disponibilizar "centenas de milhares" de unidades com o objetivo de universalizar o acesso à tecnologia na sala de aula.
A informação foi repassada nessa quinta-feira pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, durante palestra a editores de livros escolares na 15ª Bienal do Livro. Segundo Haddad, o edital para a compra dos equipamentos será publicado ainda este ano. “Estamos investindo em conteúdos digitais educacionais. O MEC investiu, só no último período, R$ 70 milhões em produção de conteúdos digitais”, comunica. O edital prevê produção local, totalmente desonerada de impostos e já tem o aval do Ministério da Fazenda.
O ministro reconheceu que o Ministério da Educação enfrenta um processo de transformação. “Precisamos, agora, dar um salto com os tablets. Mas temos que fazer isso de maneira a fortalecer a indústria, os autores, as editoras, para que não venhamos a sofrer um problema de sustentabilidade, com a questão da pirataria.”
A iniciativa do MEC tem apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, comandado pelo ministro Aloísio Mercadante. Os discursos estão alinhados. Há pouco mais de um mês, Mercadante manifestou a ideia de forrar as escolas públicas com tablets. Foi além: disse que pretende seguir exemplos bem-sucedidos de países que trocaram os livros de papel pelas pranchetas digitais.
"Queremos levar [o tablet] para a escola pública e fazer como outros países já estão fazendo. Taiwan já acabou com o livro didático, só tem livro na biblioteca. O aluno lê toda a bibliografia por meio do tablet que também é um caderno eletrônico. A Coreia, em dois anos, não terá livro didático. É o próximo passo do nosso projeto”, afirmou Mercadante.
Fonte: Adnews