Com um contrato inicial de 40 Mbps, firmado com a Telebrás, a TIM vai oferecer, a partir de setembro, acesso a internet nos moldes do Plano Nacional de Banda Larga – ou seja, conexões de 1Mbps por R$ 35. Esta capacidade inicial é para atendimento em quatro cidades – duas em Goiás, duas no Distrito Federal – mas a meta da operadora é ampliar o serviço a mil localidades até o fim do próximo ano.
Além das quatro primeiras cidades – Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas, em Goiás, e Samambaia e Recanto das Emas, no DF – outras oito, ainda não reveladas, devem fazer parte da primeira ampliação do contrato já firmado, pelo qual a Telebrás vende capacidade entre R$ 120 e R$ 200 o megabit.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, destacou que esse acordo com a operadora integra o Plano Nacional de Banda Larga dentro da estratégia de garantir a oferta do acesso à Internet em regiões mais carentes como o Norte do Brasil.
Segundo o diretor de Marketing da TIM, Rogério Takayanagi, as mil cidades previstas até o fim de 2012 serão discutidas com a própria Telebrás e o Ministério das Comunicações, mas a empresa adianta que parte da lista vai contemplar municípios onde já existem obrigações de cobertura pelo leilão 3G. A rede da Telebrás, no entanto, deverá garantir maior capacidade às conexões.
Semelhante aos termos acordados entre o Minicom e as concessionárias, a oferta da TIM a R$ 35 também prevê um limite para download, ainda que sensivelmente superior àquele previsto para as conexões móveis conforme o Termo de Compromisso assinado entre as teles e o governo.
No caso da TIM, esse limite será de 500 MB – similar, portanto, ao que as concessionárias deverão oferecer nos acessos fixos. Quando os consumidores esgotarem esse limite, dentro do período mensal dos contratos, o acesso de 1Mbps será reduzido para 128 kbps.
A diferença mais significativa em relação ao acordo com as concessionárias, no entanto, é que o PNBL nos moldes da Telebrás já impõe uma garantia mínima de qualidade. No caso, a estatal exige o cumprimento dos critérios definidos pelo Inmetro e pelo Comitê Gestor da Internet (CGI).
O principal deles é a garantia de entrega de, pelo menos, 20% da velocidade contratada – o dobro dos 10% praticados atualmente pelo mercado. Além disso, a empresa deve aceitar a instalação de equipamentos de monitoramento de qualidade. Outro ponto é que, nos moldes da Telebrás, cada Mbps só pode ser compartilhado por até 20 clientes.
O presidente da Telebrás, Caio Bonilha, por sua vez, aproveitou a ocasião para afirmar que o acordo fechado com a TIM se dará nos mesmos moldes daquilo que vem sido oferecido aos provedores, sem nenhum tratamento diferenciado para a operadora.
Fonte: Convergência Digital.