A emissora Ecuador TV foi invadida por policiais rebelados, na última quinta-feira (30), que tentaram interromper as transmissões do canal e da Gama TV, controlados pelo governo do Equador. De acordo com declarações feitas por apresentadores das duas redes, os invasores teriam agredido funcionários: "Estão agredindo nossos companheiros, destruíram as portas", informou um jornalista.
Segundo informações da AP e da Reuters, um grupo de rebelados se dirigiu ao local onde ficam as antenas de transmissão das duas emissoras. Funcionários da Gama TV informaram que o prédio da rede foi cercado por manifestantes que tentavam cortar a energia elétrica, e um deles, María Alejandra Cervallos, conseguiu entrar no edifício.
Dentro da emissora, María concedeu uma entrevista se denominando "representante das pessoas que não tinham voz". A manifestante chegou a pedir para que o presidente do Equador, Rafael Correa, respeito pelos policiais rebelados.
Na quinta, um grupo da Polícia Nacional do Equador, que teria recebido apoio de pelo menos uma facção militar, e fez com que o governo decretasse estado de exceção por cinco dias. Os policiais tomaram quartéis, aeroportos e a Assembleia Nacional, e houve saques em Quito, capital equatoriana.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Correa afirmou que a ação foi vítima de uma tentativa de golpe, e após se alvejado com bombas de gás, foi hospitalizado e prometeu punir os rebelados.
O governo também ordenou às emissoras de rádio e TV do país para interromperem sua programação normal, por tempo indeterminado, para transmitirem em cadeia nacional declarações de ministros e autoridades, que criticaram a revolta dos policiais.Fonte: Portal IMPRENSA
